8 comentarios para o proximo... ate amanha! Beijos, Bruna.
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No meu primeiro dia de volta ao trabalho, Woods me designou para os turnos do café da manhã e do almoço no salão. Nada bom. Fiquei parada do lado de fora da cozinha me preparando mentalmente para não pensar no cheiro. Eu tinha acordado enjoada e me obrigara a comer dois biscoitos de água e sal e a tomar um pouco de refrigerante, mas foi tudo o que consegui.
No instante em que entrasse na cozinha, o cheiro ia me pegar. O bacon... ah, meu deus, o bacon...
– Sabe, querida, você precisa entrar lá para trabalhar – disse Jimmy atrás de mim. Eu me virei, assustada e voltando à realidade, e o vi sorrindo. – Os cozinheiros não são tão ruins assim. Você vai superar o berreiro rapidinho.
Além disso, da última vez, você tinha todos eles sob o seu lindo comando.
Forcei um sorriso.
– Você tem razão. Posso fazer isso. Acho que só não estou pronta para as pessoas me fazendo perguntas. – Isso não era necessariamente verdade, mas também não era uma mentira.
Jimmy abriu a porta e eu fui atingida pelo cheiro. Ovos, bacon, salsichas, gordura. Ah, não. Comecei a suar frio e senti meu estômago embrulhar.
– Eu, hum, preciso ir ao banheiro primeiro – expliquei, seguindo para o banheiro dos funcionários o mais rápido possível sem correr. Isso pareceria ainda mais suspeito.
Fechei a porta atrás de mim e a tranquei antes de me ajoelhar no piso frio. Agarrei a privada e botei para fora tudo o que eu havia comido na noite anterior e naquela manhã.
Depois de várias ânsias de vômito, eu me levantei, ainda me sentindo fraca. Umedeci uma toalha de papel para limpar o rosto. A camisa polo estava colada ao corpo por causa do suor. Eu precisava me trocar.
Lavei a boca com o enxaguante bucal em cima da pia e arrumei a camisa da melhor maneira possível. Talvez ninguém fosse perceber. Eu ia conseguir.
Apenas prenderia a respiração quando estivesse na cozinha. Isso iria funcionar. Respiraria fundo antes de entrar todas as vezes. Precisava dar um jeito.
Quando abri a porta, meus olhos se fixaram nos de Woods. Ele estava encostado na parede, parado de frente para a porta do banheiro, com os braços cruzados sobre o peito. Eu estava atrasada.
– Desculpe. Sei que estou atrasada. Só precisava de um tempinho antes de começar. Prometo que não vai acontecer de novo. Vou compensar ficando até mais tarde...
– Na minha sala. Agora – disse ele de repente e se virou para seguir pelo corredor.
Meu coração disparou e fui atrás dele rapidamente. Eu não queria que Woods casse bravo comigo. Aquele emprego era a minha solução pelos próximos meses. Agora que eu havia me convencido a ficar aqui para decidir o que fazer, não queria ir embora. Ainda não.
Woods abriu a porta para mim e entrei na sala.
– Sinto muito. Por favor, não me demita ainda. Eu só...
– Não vou demitir você. – Woods me interrompeu.
Ah...
– Você já foi a um médico? Imagino que seja do Joe. Ele sabe? Porque vou quebrar o pescoço dele se ele souber que você está trabalhando aqui nessa condição.
Ele sabia. Ah, não... Balancei a cabeça freneticamente. Eu precisava interromper aquilo.
Woods não podia saber. Ninguém além da Bethy devia saber.
– Não sei do que você está falando.
Woods arqueou uma sobrancelha.
– É mesmo? – A descrença na voz dele me intimidou.
Ele não engoliria uma mentira. Mas eu tinha um bebê para proteger.
– Ele não sabe. – A verdade saiu da minha boca antes que eu pudesse evitar. – Não quero que ele saiba ainda. Preciso descobrir uma forma de fazer isso sozinha. Nós dois sabemos que o Joe não quer isso. A família dele iria odiar. Não posso aceitar que o meu bebê seja odiado. Por favor, entenda...
Woods resmungou um palavrão e passou as mãos pelos cabelos.
– Ele merece saber, Demi.
Sim, ele merecia. Mas eu não sabia quanto os nossos mundos estavam maculados quando este bebê foi concebido. O quanto seria impossível nós dois termos um relacionamento.
– Eles me odeiam. Odeiam a minha mãe. Eu não posso. Por favor, me dê um tempo para provar que eu posso fazer isso sem ajuda. Vou acabar contando a ele, mas preciso me estabilizar e estar pronta para ir embora depois de contar. Desta vez, o que eu quero e o que ele quer não vêm primeiro lugar. Estou fazendo o que é melhor para este bebê.
Woods franziu ainda mais o cenho. Ficamos parados em silêncio durante vários minutos.
– Não gosto disso, mas essa história não é minha. Vá se trocar e procure a Darla. Você pode ficar no carrinho de bebidas hoje. E me diga quando o cheiro da cozinha não for mais um problema.
Tive vontade de abraçá-lo. Ele não ia me obrigar a contar a ninguém e estava me liberando de servir o café da manhã. Antes eu adorava bacon, mas agora... simplesmente não conseguia suportar.
– Obrigada. O jantar não tem problema. É só de manhã e, às vezes, à tarde.
– Entendi. Vou escalar você para os turnos da noite no restaurante. E tome cuidado com o calor quando estiver no carrinho de bebidas. Tenha sempre gelo ou alguma outra coisa para se refrescar. Posso contar para a Darla?
– Não – respondi antes que ele pudesse terminar. – Ela não pode saber.
Ninguém pode saber, por favor.
Woods suspirou, mas concordou.
– Está bem. Vou guardar seu segredo. Se precisar de alguma coisa, é melhor me dizer... senão vou deixar o Joe saber.
– Está bem. Obrigada.
Woods me deu um sorriso tenso.
– Nos vemos mais tarde, então. Eu estava dispensada.
Minha escala no resto da semana foi trabalhando no carrinho de bebidas. Haveria um torneio na semana seguinte e eu deveria trabalhar o dia inteiro. Não podia estar mais feliz com isso. O dinheiro seria ótimo. E embora o calor fosse intenso no campo durante todo o dia, era melhor do que ficar no ar-condicionado sentindo cheiro de bacon ou qualquer outra carne gordurosa e saindo correndo para vomitar.
Desde que eu fora embora, o clube estava mais movimentado. Segundo Darla, os membros que iam apenas durante as férias de verão agora estavam todos residentes. Bethy e eu percorríamos o campo com dois carrinhos diferentes para manter a todos hidratados. Como Woods raramente estava no campo, eu não precisava me preocupar com os seus olhos curiosos. Ele estava ocupado trabalhando.
Jace havia contado a Bethy que Woods vinha tentando provar ao pai que estava pronto para uma promoção.
Depois de reabastecer o meu carrinho pela terceira vez no dia, voltei para o primeiro buraco para recomeçar o percurso. Reconheci a parte de trás da cabeça de Grant imediatamente. Ele estava jogando com... Nan. Eu sabia que esse dia chegaria, mas não havia me preparado para ele.
Eu poderia muito bem pular aquele buraco e deixar que Bethy os atendesse na próxima volta, mas isso seria apenas adiar o inevitável.
Parei o carrinho e Grant virou-se para mim. Ele parecia estar tendo uma conversa séria com Nan. A expressão tensa e frustrada no rosto dele não foi nada reconfortante.
Ele sorriu, mas pude ver que foi um sorriso forçado.
– Estamos bem, Demi. Você pode seguir para o próximo buraco – disse Grant. Nan virou a cabeça ao ouvir o meu nome e a careta detestável no rosto dela me fez engatar a marcha a ré. Talvez o meu primeiro instinto estivesse certo. Eu não deveria ter parado.
– Espere. Eu quero uma coisa.
Ao ouvir a voz de Joe, meu coração bateu de um jeito que só ele conseguia fazer bater. Virei a cabeça e o vi correndo na minha direção usando short azul-claro e camisa polo branca. Nunca deixava de car impressionada com o quanto ele conseguia ficar tão ridiculamente lindo em uma roupa tão careta. Os garotos do Alabama não se vestiam assim para nada. Jogavam golfe de jeans, bonés e qualquer camiseta ou camisa de anela que estivesse limpa no dia. Mas Joe fazia aquele visual parecer irresistível.
– Preciso de uma bebida – falou, com um sorriso fácil ao se aproximar do meu carrinho.
Parou bem na minha frente. Eu não o via fazia uns dois dias. Desde a nossa viagem.
– O de sempre? – perguntei, descendo só para ficar ainda mais perto dele. Ele não recuou e os nossos peitos estavam quase se tocando. Olhei para ele.
– Isso mesmo – respondeu, sem se mexer. Também manteve os olhos fixos nos meus.
Um de nós precisaria se mexer e interromper aquele jogo. Eu sabia que devia ser eu. Não podia levá-lo a acreditar que alguma coisa havia mudado.
Passei por ele e fui até a parte de trás do carrinho para pegar uma Corona. Ao me abaixar para tirar uma do gelo, senti Joe se aproximando de mim por trás.
Caramba. Ele não estava facilitando a minha vida.
Eu me endireitei e não olhei para trás nem me virei. Ele estava perto demais.
– O que você está fazendo? – perguntei baixinho.
Não queria que Nan ou Grant nos ouvissem.
– Eu sinto a sua falta – respondeu ele.
Fechando os olhos, respirei fundo e tentei acalmar o frenesi que ele estava provocando no meu coração. Eu também sentia falta dele. Mas isso não fazia a verdade desaparecer.
Dizer que eu sentia falta dele não seria inteligente. Eu não precisava deixá-lo acreditando que as coisas poderiam voltar a ser como antes.
– Pegue a sua bebida e vamos logo – gritou Nan atrás dele.
Isso bastou para eu me mexer. Não estava a m de um ataque verbal de Nan.
Não hoje.
– Fique na sua, Nan – resmungou Joe enquanto eu empurrava a Corona para ele e voltava rapidamente para o assento do motorista do carrinho. – Demi, espere – pediu ele, me seguindo.
– Não faça isso – implorei. – Eu não posso com ela.
Ele recuou e assentiu antes de se afastar. Desviei o olhar dele e dei a partida no carrinho. Sem olhar para trás, segui para o buraco seguinte.
JOE
– Você se lembra do que lhe pedi no outro dia, Nan? – resmunguei quando o
carrinho de Demi já estava longe.
– Você estava sendo patético. Só queria ajudá-lo a não parecer um idiota apaixonado.
Eu me aproximei dela. Nan estava me provocando. Eu nunca senti aquela raiva absoluta que a maioria dos irmãos têm a ponto de machucar as irmãs fisicamente quando crianças. Mas, naquele momento, estava sentindo.
Grant entrou no meio de nós dois, formando uma barreira.
– Opa. Você precisa relaxar, amigo.
Desviei o meu olhar furioso de Nan para Grant. Que porra ele estava fazendo?
Ele odiava Nan.
– Saia. Isso é entre mim e a minha irmã – lembrei a ele.
Grant nunca a havia defendido antes. Mesmo quando o pai dele era casado com a nossa mãe, fazia questão que todos entendêssemos quanto odiava Nan.
Nunca houve qualquer ligação remotamente fraternal entre os dois.
– E você vai ter que passar por cima de mim para chegar nela – respondeu Grant, dando um passo na minha direção. – Porque neste momento você está pensando apenas nos sentimentos da Demi. Lembre-se de como a presença dela afeta Nan. Você costumava se importar com isso.
Mas que porra! Eu estava tendo alucinações? Quando foi que Grant começou a defender Nan?
– Eu sei exatamente como isso afeta Nan. Mas o que eu estou tentando fazê-la entender é que nada do que aconteceu foi culpa da Demi. Nan odeia a pessoa errada há tanto tempo que não consegue se livrar dessa história. Qual é o problema com você, anal? Você já sabia disso! Foi você quem defendeu a Demi quando ela apareceu por aqui da primeira vez. Você nunca acreditou que fosse culpa dela. Você soube que ela era inocente desde o começo.
Grant se remexeu desconfortavelmente e olhou de volta para Nan, cujos olhos estavam completamente arregalados.
– Você a deixou frágil, Joe. Durante toda a vida dela, você a protegeu. Ela contava com você. E então você simplesmente a deixa de lado, volta toda a sua atenção a Demi e espera que Nan que bem. Ela pode ser adulta, mas foi dependente de você a vida inteira. Ela não sabe ser de qualquer outra maneira. Se você não estivesse tão absurdamente focado em reconquistar a Demi, enxergaria isso.
Empurrei Grant para fora do meu caminho e olhei para a minha irmã. Eu não precisava daquele sermão dele, mesmo que fosse verdade. No fundo, eu estava feliz que os dois houvessem enfim encontrado algo em comum. Talvez Grant gostasse dela, anal. Nós moramos na mesma casa durante anos. Juntos, sofremos a mesma negligência.
– Eu amo você, Nan. Você sabe disso. Mas não pode me pedir para escolher.
Não é justo.
Nan pôs as mãos nos quadris. Era a sua posição desafiadora.
– Você não pode amar nós duas. Eu nunca vou aceitá-la. Ela apontou uma arma para mim, Joe! Você viu. Ela é louca. Ela ia atirar em mim. Como você pode amar a ela e a mim? Isso não faz sentido.
– Ela jamais teria atirado em você. Ela apontou uma arma para o Grant também. Ele superou. E, sim, amo vocês duas. Amo as duas de jeitos diferentes.
Nan olhou para Grant e deu um sorriso triste. Isso foi ainda mais estranho.
– Ele não me escuta, Grant. Desisto. Ele está escolhendo o amor dela em vez de mim e dos meus sentimentos.
– Nan, apenas ouça o que ele tem a dizer. Qual é? O que ele está falando faz sentido – disse Grant em um tom gentil que eu jamais o ouvi usando com ela.
Eu só podia estar em um episódio de Além da imaginação.
Nan bateu o pé.
– Não. Eu a odeio. Não suporto olhar para ela. Ela o está magoando agora e eu a odeio ainda mais por isso – gritou Nan.
Olhei ao redor para ver se alguém a escutava e vi Woods vindo na nossa direção. Merda.
Grant se virou e acompanhou o meu olhar.
– Ah, merda – resmungou ele.
Woods parou na nossa frente e olhou de Nan para Grant e depois para mim.
– Ouvi o suficiente para saber sobre o que é esta conversa – disse ele, mantendo o foco totalmente em mim. – Deixe-me ser bem claro. Nós todos somos amigos desde sempre. Eu conheço a dinâmica da família de vocês. – Ele olhou para Nan com cara de nojo e então se voltou para mim. – Se alguém tem algum problema com a Demi, é melhor tratar disso comigo. Ela tem um emprego aqui pelo tempo que quiser. Os três podem não gostar disso, mas, pessoalmente, estou cagando para vocês. Então, superem essa história. Ela não precisa dessa merda toda agora. Deem um tempo, estamos entendidos?
Eu o examinei. O que ele estava querendo dizer e por que estava agindo como protetor da Demi? Não gostei disso. Meu sangue começou a ferver e cerrei os punhos. Ele queria conquistá-la? Aparecer quando ela estava indefesa e bancar o herói? De jeito nenhum. Isso não ia acontecer. Demi era minha.
Woods não esperou uma resposta. Simplesmente se afastou.
– Parece que você tem concorrência – disse Nan com a voz arrastada.
Grant se aproximou e ficou na frente dela novamente.
– Já chega, Nan – sussurrou e olhou para mim.
Eu estava cansado daquilo. Não podia mais lidar com aqueles dois. Atirei o taco no chão e saí atrás de Woods.
Ou ele me ouviu ou sentiu a raiva que eu estava emanando, porque parou pouco antes de chegar à sede do clube e virou-se para mim. Levantou uma das sobrancelhas, como se estivesse achando divertido. Isso só me enfureceu ainda mais.
– Nós dois queremos a mesma coisa. Por que você não respira fundo algumas vezes e se acalma? – perguntou Woods cruzando os braços em cima do peito.
– Fique longe dela, está me ouvindo? Desista. A Demi me ama. Ela só está confusa e magoada. Também está muito vulnerável. Que Deus me ajude se você sequer pensar em tirar vantagem da situação dela. Encho você de porrada.
Woods inclinou um pouco a cabeça e franziu o cenho. Não se afetou com a minha ameaça. Talvez eu precisasse afetá-lo.
– Eu sei que você a ama. Nunca o vi agindo de um jeito tão louco na vida. Entendo isso. Mas Nan a odeia. Se você ama mesmo a Demi, precisa protegê-la do veneno que está pingando dos caninos da sua irmã. Se não, eu farei isso.
Senti como se ele tivesse me dado um tapa na cara. Antes que eu pudesse responder, Woods abriu a porta e entrou. Fiquei olhando fixamente para a porta fechada durante vários minutos antes de me mexer. Eu ia perder uma delas. Amava a minha irmã, mas, com o tempo, ela me perdoaria. Poderia perder Demi para sempre. Não permitiria que isso acontecesse.
Aaaah posta mais!quando q a Demi vai perdoar ele
ResponderExcluirEu odeio tanto a Nan e certeza q ela ta com o Grant!Posta maais
ResponderExcluirEu acho que a Nan e o Grant estão juntos..... era ele que estava no apartamento com ela no outro dia..... o cerco esta se fechando, muita gente já esta sabendo, Joe vai se sentir traído tbém por ser o último a saber...... o Woods está sendo muito bom com ela, espero que ele fique na dele só como amigo mesmo. Continua logo por favor.......
ResponderExcluirEssa Nan é uma vaca, esse Woods está se fazendo de bonzinho pra dar o bote na Demi. O Joe precisa agir logo. Posta mais um hj.
ResponderExcluirCarol
Posta mais!!!!
ResponderExcluirPosta mais um antes de sair
ResponderExcluirPoooooosta , essa Nan é uma vadia
ResponderExcluirPosta mais !!!
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