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DEMI
As aulas recomeçaram e os veranistas foram embora. O clube tinha muito menos movimento e, por conta disso, as gorjetas estavam em baixa. A coisa mais importante era que Joe não havia mais falado no pedido de casamento desde a noite em que me contara o que tinha dito à mãe e à irmã dele e ao meu pai. Ele nunca mais sequer falou neles. Às vezes, eu me perguntava se ele tinha mudado de ideia ou se eu havia imaginado tudo.
Se não fosse Bethy me perguntar todas as semanas se Joe havia tocado no assunto de novo, eu acharia que aquilo era fruto da minha imaginação. Toda vez que eu respondia que não, ela cava mais e mais agitada. Sem falar que o meu coração doía um pouquinho mais. Temia que ele tivesse pensado melhor e decidido que era um erro. Antes de ele ter mencionado o assunto naquela noite, eu nem sequer me permitia acreditar que ele pudesse querer se casar comigo. Imaginava que criaríamos o bebê com duas casas diferentes. Não me permitia pensar no futuro com ele. Não era algo por que eu queria esperar.
Minhas horas estavam diminuindo por conta da queda do movimento e comecei a me perguntar se eu precisava arrumar um segundo emprego. Não havia muita coisa para escolher por aqui. Também era bem provável que Joe não fosse aceitar a ideia muito bem.
Quando entrei no meu quarto, duas coisas me chamaram a atenção. Havia pétalas de rosas em cima da cama e, no centro delas, um envelope com o meu nome escrito cuidadosamente na frente. Peguei o envelope e o abri. O papel tinha uma textura sofisticada e o sobrenome Jonas gravado em alto relevo na parte de cima.
Demi, me encontre na praia.
Com amor,
Joe
A caligrafia estranhamente perfeita dele me fez sorrir. Fui até o meu armário e peguei um vestido leve branco com duas listras pretas. Se ele tinha planejado alguma coisa romântica na praia, eu não ia aparecer usando as roupas de trabalho.
Depois de escovar os cabelos e retocar a maquiagem, saí pelas portas francesas que davam para o golfo e desci até a praia. Joe estava vestindo um short cáqui e uma camisa de botão. Fiquei feliz por ter trocado de roupa. Ele estava de costas para mim com as mãos nos bolsos, olhando para a água. Queria parar e admirar aquela cena, mas também estava ansiosa para vê-lo. Ele havia saído na hora em que eu acordei naquela manhã.
Desci da trilha e pus o pé na areia. Exceto por nós dois, o lugar estava absolutamente deserto. Embora não houvesse mais quase ninguém na cidade, ainda fazia sol e calor de 31 graus. Olhei para baixo e percebi alguma coisa na areia. Havia algo escrito, com um pedaço de madeira atirado ao lado.
Parei e li em voz alta: “Demi Lovato, quer se casar comigo?” Enquanto eu refletia sobre as palavras, Joe passou por cima delas e se ajoelhou na minha frente.
Tinha na mão uma caixinha que abriu lentamente, deixando um anel de diamante cintilar à luz do sol poente. A pedra pareceu ganhar vida. Estava acontecendo. Eu queria aquilo? Sim. Eu confiava nele? Sim.
Ele estava pronto? Eu não tinha certeza. Não queria que ele estivesse fazendo aquilo por se sentir pressionado. Seria fácil estender a mão e pôr o anel no dedo. Mas era o que Joe realmente queria?
– Você não precisa fazer isso – obriguei-me a dizer olhando para ele.
Ele não falava com a irmã ou a mãe havia semanas. Por mais que não gostasse delas... não, por mais que as detestasse, não queria ser o que caria entre ele e a família dele.
– Não, eu não preciso fazer nada. Mas quero passar o resto da minha vida com você. E com ninguém mais.
Ele disse as palavras certas. Mas eu ainda tinha a impressão de que alguma coisa estava errada. Ele não podia querer aquilo de verdade. Era jovem, rico e maravilhoso. Eu não tinha nada a oferecer a ele. Eu o prenderia, mudaria o seu mundo.
– Não posso fazer isso com você. Não posso atrapalhar o seu futuro. Você pode fazer qualquer coisa. Prometi que deixaria você fazer parte da vida do nosso bebê. Isso não vai mudar quando achar que está pronto para ir embora.
Sempre vou deixar você participar.
– Não diga mais nada. Eu juro, Demi, que falta muito pouco para eu atirar você no mar. – Ele se levantou e olhou fixamente para mim. – Nenhum homem jamais amou uma mulher tanto quanto amo você. Nada está antes de você. Eu não sei o que mais preciso fazer para provar que não vou decepcioná-la de novo. Não vou magoá-la. Você não tem mais que ficar sozinha. Eu preciso de você.
Talvez aquilo não fosse certo e eu estivesse cometendo um erro, mas o que ele disse tocou em pontos do meu coração que ele, de alguma maneira, ainda não havia conseguido tocar até aquele momento. Tirei a caixinha da mão dele e peguei o anel.
– É lindo – falei. Porque era. Não era exagerado ou grande demais. Era perfeitamente simples.
– Nada menos do que isso mereceria o seu dedo – respondeu ele, tirando o anel da minha mão.
Então ele voltou a se ajoelhar e olhou nos meus olhos.
– Por favor, Demi Lovato, você quer ser minha esposa?
Eu queria aquilo. Eu o queria.
– Sim – respondi.
Ele pôs o anel no meu dedo.
– Graças a Deus – sussurrou, então se levantou de novo e tomou minha boca num beijo faminto.
Aquilo era real, e talvez não fosse durar para sempre, mas, por ora, era meu. Eu encontraria uma forma de deixá-lo ir embora se ele quisesse. Mas eu o amava. Isso nunca iria mudar.
– Vá morar comigo – implorou.
– Não posso. Preciso pagar metade do aluguel – lembrei a ele.
– Eu paguei todo o aluguel por um ano. Cada centavo que você deu a Woods foi para uma poupança com o seu nome. A mesma coisa aconteceu com o dinheiro de Bethy. Agora, por favor, vá morar comigo.
Queria ficar brava com ele, mas não consegui. Dei outro beijo nos seus lábios e concordei com a cabeça.
– E, por favor, pare de trabalhar – acrescentou.
– Não – respondi. Eu não ia fazer isso.
– Você é minha noiva agora. Vai ser minha mulher. Por que quer trabalhar em um clube? Não quer fazer outra coisa? Que tal ir para a faculdade? Não quer estudar? Tem alguma coisa em que queira se formar? Não estou tentando tirar suas escolhas. Só quero lhe dar mais alternativas.
Eu ia ser a mulher dele. A ficha começou a cair quando o fitei. Eu não precisaria desistir da faculdade como havia feito com a escola. Eu poderia me formar e ter uma profissão.
– Eu quero isso. Só... só me deixe absorver tudo. Muita coisa acontecendo rápido demais – falei, passando os braços ao redor dele.
JOE
Demi estava determinada a trabalhar as duas semanas de aviso prévio para Woods. Eu não ia discutir. Ela tinha concordado com tudo o que eu havia pedido. Não ia forçar a minha sorte. Sentei à mesa com o meu notebook e uma xícara de café e fiquei esperando a hora de ela sair.
Woods parou para conversar comigo por alguns minutos, mas, fora isso, a noite estava tranquila. Quase todo mundo tinha deixado a cidade. Jace continuava por perto por causa de Bethy, mas eu não sabia se ele ia aguentar por muito mais tempo. Pude perceber a expressão ansiosa em seus olhos outro dia, enquanto jogávamos uma rodada de golfe. Ele não estava acostumado a ficar na cidade muito além do verão.
– Este lugar está ocupado?
Ergui o olhar e vi Meg sentando-se à minha frente. Eu não a encontrava desde o torneio de golfe. Olhei para trás e vi Demi enchendo o copo d’água de alguém, mas com os olhos em mim.
– Está, sim – respondi, sem olhar para Meg.
– Eu sei que você está noivo da loura. Todo mundo sabe. Não estou aqui para dar em cima de você.
Demi sorriu para mim e voltou para a cozinha. Merda. O que aquele sorriso queria dizer?
– Ela está com um lindo diamante no dedo. Não tem nada com que se preocupar e sabe disso. Acalme-se, você está pirando por nada.
Desviei a atenção para Meg.
– Ela sabe que você foi a minha primeira mulher. Isso a incomoda.
Meg riu.
– Posso garantir que as lembranças que tenho da nossa experiência e a realidade que ela está vivendo são completamente diferentes. Eu peguei o virgem cheio de tesão. Ela tem o profissional experiente.
Olhei de novo para ver se Demi tinha voltado. Não queria que ela ouvisse aquela conversa.
– Sente-se em outro lugar. Ela anda muito emotiva. Não quero que se aborreça.
Ninguém sabia ainda que ela estava grávida. Eu estava deixando Demi decidir quando contar às pessoas.
– Ela não é feita de vidro, Joe. Não vai quebrar. Ela sabe que você a trata feito uma boneca?
– Sim, eu sei. Estamos trabalhando nisso – respondeu Demi, aproximando-se da mesa e servindo mais café na minha xícara. – Acho que não fomos apresentadas oficialmente. Sou Demi Lovato.
Meg olhou assustada para mim e voltou-se para Demi.
– Meg Carter.
– É um prazer conhecê-la, Meg. Quer beber alguma coisa?
Não era o que eu estava esperando. Não que não tivesse gostado, porque gostei. Significava que eu a estava fazendo se sentir mais segura em relação a mim.
– Se eu pedir uma Coca Diet, ele vai bater em mim? – perguntou Meg.
Demi riu e balançou a cabeça.
– Não. Ele vai se comportar. Prometo. – Então olhou para mim. – Está com fome?
– Estou bem – garanti a ela.
Demi assentiu e voltou para a cozinha.
– Nossa, ela é muito gostosa. Joe, acho que estou um pouquinho apaixonada por ela. Se alguém vai amarrá-lo para sempre, é melhor que seja um pacote completo.
Sorri e tomei um gole do meu café. Dei mais uma espiada para a porta, esperando que Demi voltasse. Mal podia esperar para levar aquela bundinha sexy para casa.
Demi passou toda a viagem de volta para casa se inclinando por cima do banco, beijando o meu pescoço e mordiscando a minha orelha. Estava muito difícil manter a concentração ao volante.
– Estou a ponto de parar no acostamento para comer a minha noiva gostosa se ela não parar – avisei, dando uma mordiscadinha no seu lábio inferior quando ela me beijou perto demais da boca.
– Isso parece mais uma promessa do que uma ameaça – provocou, deslizando a mão para o meio das minhas pernas e segurando a minha ereção.
– Porra, gata, você está me deixando doido – resmunguei, apertando a sua mão.
– Se eu chupar o seu pau, você consegue manter a concentração e dirigir? – perguntou ela, enquanto desabotoava minha calça jeans.
– É muito provável que eu enfie o carro em uma palmeira, mas no momento não dou a mínima – respondi quando ela enfiou a mão na parte da frente da minha cueca.
Por sorte, não precisaríamos descobrir. Parei na entrada da casa e larguei o carro de qualquer jeito. Quando Demi abriu minha calça, meu celular tocou pela terceira vez. Eu o tinha deixado apenas no modo vibratório, para que não nos perturbasse. Minha mãe havia me ligado mais cedo enquanto eu esperava Demi e não estava a m de atendê-la. No instante em que parou, recomeçou.
Droga.
Ou desligava o celular ou teria que enfrentá-la. Como Demi estava com o meu pau na mão, a ideia de desligar parecia muito melhor. Olhei para baixo e vi um número de fora na tela. O código de área era conhecido, mas não sabia quem estava me ligando.
– O que houve? – perguntou Demi.
– Não sei, mas é alguém muito determinado.
Demi parou de me tocar.
– Atenda. Vou me comportar por alguns minutos.
Atendi. Precisava me livrar de quem quer que fosse e levar minha garota para dentro de casa. Mas antes que eu pudesse dizer alô, minha mãe começou a falar e o meu mundo foi arrancado de baixo dos meus pés.
Nan ... Continua
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ResponderExcluirAi meu Deus...... aposto que é a Nan aprontando pra chamar a atenção do Joe ..... posta logo.... que angustia,........
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ResponderExcluirPosta mais pf certeza que a nan vai ferrar tudo
ResponderExcluirAposto que tem algo sobre Nan nessa ligação, é tão irritante o fato de que sempre que ele ta fazendo tudo certo vem uma para estragar a bosta da relação.
ResponderExcluirSam, xx