25.2.15

Capitulo 11 - Amor Sem Limites

Aqui está o cap 11. Comentem para o próximo! Bjs, amo vcs ♥
Bruna

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DEMI

Joe ainda não tinha voltado. Ele não havia respondido a nenhuma das minhas ligações

ou mensagens. Eu passara mais de quatro horas na clínica e ele não me ligara nem uma vez. Meu lho estava bem, mas o médico tinha dito que eu precisava descansar, ingerir mais líquidos e não me estressar. Se eu não seguisse suas orientações, precisaria ficar de repouso na cama. Permanecer em Los Angeles lidando com os problemas de família não ia me ajudar. Eu precisava ir embora.

Olhei para meu telefone para conferir se não havia perdido alguma ligação desde a última vez que o conferira, três minutos antes. Estava tentando não me preocupar com Joe.

Tinha que diminuir o estresse. Meu filho precisava disso.

Harlow cara muito quieta no carro. Compreendi que ela não sabia o que dizer. Joe não tinha aparecido nem ligado. Ela também tentara telefonar para ele. Mas o silêncio dela fora bem-vindo. Eu não queria falar sobre o assunto.

Voltar para Rosemary não parecia uma boa ideia naquele momento, porque eu queria distância de Joe também. Rosemary só me faria sentir saudade e pensar nele. Meus pensamentos foram interrompidos por uma batida na porta. Abri-a e encontrei um Dean de aparência cansada.

– Joe ligou para Kiro e disse que Georgianna está vindo para cá. Não sei quanto tempo levará para chegar, nem de onde vem, para começo de conversa. Só achei que talvez você quisesse saber que a rainha má está a caminho.

Só escutei que Joe havia ligado para Kiro. O resto não importava.

– Quando foi que ele ligou? – perguntei.

– Há mais ou menos uma hora, eu acho. Kiro acabou de me dizer.

Joe estava bem. Estava com o telefone. Só não queria me atender. Mais uma vez, deparei com a verdade brutal de que Nan era mais importante. Balancei a cabeça e fechei a porta.

Repassei minha lista de contatos até encontrar o número de meu pai. Ele atendeu no segundo toque.

– Demi? – A voz surpresa dele serviu para me lembrar como era raro que eu lhe telefonasse. Pude ouvir o vento do barco.

– Papai, preciso sair daqui. Posso ir visitar você? – perguntei, recusando-me a chorar. Eu havia feito uma ligação igual a esta uma vez e, embora ele tivesse me decepcionado, no fim achei que havia encontrado a felicidade. Já não tinha tanta certeza.

– Claro que sim. Qual o problema?

– Só não estou mais aguentado. Preciso de um lugar onde possa pensar.

– Venha até o aeroporto de Key West, que estarei esperando por você. É só me dizer que horas seu avião chega.

– Está bem. Eu ligo assim que tiver o horário. Obrigada.

– Não me agradeça. Sou seu pai. É para isso que estou aqui.

Fechei os olhos bem forte e desliguei o telefone. Eu ia mesmo deixar Joe. Isso me partia o coração. Acessei o aplicativo da companhia aérea no telefone e encontrei o primeiro voo que ia de Los Angeles para Atlanta. Lá eu pegaria o voo para Key West. Depois de marcar tudo, arrumei minhas roupas rapidamente e chamei um táxi.

Eu sabia que a atitude adulta seria deixar um bilhete para Joe, mas estava brava demais com ele. Mandaria uma mensagem de texto mais tarde. Talvez depois que ele decidisse que era importante retornar minhas ligações.

Ninguém me viu saindo da casa e entrando no táxi. Fiquei contente por não precisar me explicar. Não tinha obrigação de fazer isso.

JOE

Georgianna estava vindo para Los Angeles. Acompanharia Nan para interná-la na clínica que o médico indicara. Nossa mãe provavelmente faria questão de que fosse a mais moderna, por isso eu me adiantara e havia me assegurado de que fosse a melhor. Georgianna estaria mais preocupada com a aparência do que com o bem-estar mental de

Nan. Alguma coisa estava errada com minha irmã e ela precisava de ajuda. Eu tinha uma família para cuidar. Não podia continuar sendo responsável por ela.

Assim que Nan acordou e conversou comigo, eu lhe disse que nossa mãe estava a caminho. Quando ela caiu no sono de novo, saí e fui buscar meu telefone. Demi havia me ligado várias vezes, assim como Harlow. Eu a havia deixado preocupada e tinha muito do que me desculpar. Abri a primeira mensagem de texto enviada por Demi.

Harlow me trouxe ao médico dela. Eu estava com cólicas. Fizeram um ultrassom, e estou num quarto sendo monitorada.

Senti um nó no estômago. O bebê. Ah, meu Deus, não. Comecei a correr para os elevadores enquanto apertava o botão para ler a mensagem seguinte.

Onde você está?

NÃO! Eu precisava saber se ela estava bem.

Você está bem?

Porra! Ela estava bem? Era só aquilo. Não havia mais mensagens dela. Cliquei na primeira mensagem de Harlow.

Demi está com cólicas e sangramento. Eu a trouxe ao meu médico. Vão mantê-la aqui por algumas horas para observá-la e garantir que esteja bem. Me ligue, que eu explico onde estamos.

Isso havia sido oito horas atrás. PUTA QUE PARIU! Também era a única mensagem de Harlow. Era por isso que ela estava tentando me ligar. CHEGA! CHEGA, PORRA! Eu ia levar Demi para casa imediatamente.

A última mensagem que eu havia recebido de Demi era de cinco horas atrás. Onde ela

estava? Liguei para o número dela, mas caiu direto na caixa postal. Ela estava no hospital? Não, não, ela não podia estar no hospital. Demi tinha que estar bem. Nosso lho tinha que estar bem. Liguei para o número de Harlow. – Alô.

– É o Joe. Como está Demi, onde ela está? Eu estava sem meu telefone. Pelo amor de Deus, me diga que ela está bem. Por favor – implorava descontroladamente enquanto saía correndo do hotel a caminho do meu carro.

– Ela está bem. Acho que está preocupada com você e talvez... magoada – respondeu Harlow.

Senti um nó se formar na minha garganta.

– Estou a caminho. Por favor, diga a ela que estou chegando. Nan tomou uma porrada de analgésicos e eu estava no hospital com ela. Tiveram que fazer uma lavagem estomacal – expliquei. Eu não queria Demi brava comigo, mas, mais importante, não a queria magoada.

– Ah. Eu sinto muito – disse Harlow apenas.

– Por favor, conte à Demi. Estou a caminho daí agora – repeti.

– Ela não desceu para o jantar. Bati na porta do quarto para lhe dar um prato de comida, mas ela não respondeu. Não quero entrar lá caso ela esteja dormindo. Ela teve um dia muito longo.

Ela não tinha descido para comer. Não atendia à porta. O medo de alguma coisa ter acontecido com ela, de encontrá-la como havia encontrado Nan, me apavorou.

– Por favor, abra a porta e veja como ela está. Confira se ela está bem – implorei.

– Está bem – respondeu Harlow depois de uma pausa.

Desliguei e atirei o telefone no assento do carona enquanto acelerava pela Sunset Drive.

Quando abri a porta da frente da casa e encontrei Harlow parada no hall de entrada com meu pai, congelei.

– O que foi? – perguntei, com medo de me mexer.

– Ela foi embora. As malas dela sumiram. E ela não está em outro quarto, porque eu procurei – respondeu Harlow.

Balancei a cabeça e entrei.

– Foi embora? Ela não pode ter ido embora! Para onde teria ido?

– Provavelmente para algum lugar onde não precise lidar com as merdas de Nan e com o noivo saindo correndo e deixando-a sozinha, sem atender às suas ligações. É o que eu acho. Você é um idiota, exatamente como eu, filho – falou Dean com desprezo antes de se afastar.

– Precisei contar. Ele me pegou correndo de um quarto para outro, conferindo se havia alguém dentro – sussurrou Harlow.

– Ela deixou um bilhete? – perguntei, discando o número dela de novo, e mais uma vez a ligação caiu na caixa postal.

Harlow negou com a cabeça.

Passei correndo por ela e subi a escada de dois em dois degraus. Voltei a correr quando cheguei lá em cima. O dia havia passado de ruim a completamente desastroso. Abri a porta do quarto com violência e fui recebido por um silêncio que me deixou com as pernas bambas. Pude ver a cama ligeiramente desarrumada no local em que ela havia se deitado mais cedo. Harlow tinha razão. Ela fora embora. Não havia mais nenhum sinal de Demi no quarto. Ela precisara de mim, nosso lho precisara, e eu estava com Nan, de novo. Bem feito para mim!

Fechei a porta, encostei na parede e deixei o corpo deslizar até o chão para chorar. O medo de perder Nan havia me apavorado, mas a ideia de perder Demi e nosso lho era insuportável. Eu não merecia Demi. Havia prometido que estaria sempre ao seu lado, mas continuava me afastando dela por causa da minha família. Estava na hora de eu parar de permitir que isso acontecesse. E se fosse tarde demais?

Balancei a cabeça e sequei as lágrimas. Eu a encontraria e imploraria seu perdão. Eu me arrastaria aos pés dela. Faria o que fosse preciso. E então nunca mais sairia do lado dela. Por ninguém.

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