27.2.15

Capitulo 12 - Amor Sem Limites

Amores, aqui está. Me desculpem pela demora, eu pensei q tivesse postado, porém, obviamente, n postei. Eu vou ter apenas tres aulas hj, se tiver 5 comentarios quando eu chegar, eu posto mais um p vcs, ok? Comentem! Beijos, amo vcs ♥
Bruna

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DEMI

–Aqui estamos. Não é muito, mas é meu – disse meu pai ao subir no barco com uma

cabine pequena que certamente tinha só uma cama. Eu tinha esperanças de que houvesse algum sofá lá dentro também.

Tinha cado muito aliviada ao descer do avião no pequeno aeroporto e encontrar Abe esperando por mim. Estava preocupada em talvez ter gastado minhas últimas economias em passagens de avião para ir encontrar um homem que não aparecesse. Desta vez, ele estava lá para me ajudar.

– A boa notícia é que tem um beliche e uma cama de casal. Eu co com o beliche e você pode ficar com a cama. Vai ser melhor para você e o bebê. Também comprei algumas coisas para você no mercado, as que eu sabia que você gostava. A geladeira é minúscula, mas tenho uma caixa térmica também, para as coisas que precisam ficar geladas.

Dentro do velho barco, reconheci traços do meu pai. Seu chapéu preferido, que minha mãe lhe dera no dia dos Pais quando eu era pequena, estava pendurado no gancho da entrada da cabine. A mala de pesca que Valerie e eu havíamos escolhido para ele em um Natal estava no canto, com a vara de pesca que ele comprara em uma de nossas férias de verão em família na Carolina do Norte. Eu não imaginava que ele ainda tivesse essas coisas.

– Está perfeito, papai. Obrigada por me deixar vir para cá. Eu só precisava dar um tempo – falei, virando-me para ele.

O bigode e a barba dele estavam compridos, mas ainda assim pude ver sua boca franzida de preocupação.

– Qual é o problema, ursinha? Você parecia tão feliz há uma semana. Como as coisas ficaram ruins tão rápido?

Eu não queria falar sobre o assunto ainda.

– Peguei no sono no avião, mas dormi mal. Já faz bem mais de 24 horas desde a última vez que deitei numa cama. Posso tirar um cochilo primeiro? – perguntei.

Papai pareceu ainda mais chateado com o fato de eu estar cansada.

– Você não devia estar se cansando assim. Por que voou à noite? Deixe para lá, pode me contar depois. Entre ali, vá para aquele quarto depois dos degraus. Vou trazer sua mala para baixo. Não temos muito espaço, mas podemos dar um jeito.

Nem quis tomar banho no banheiro minúsculo ou trocar de roupa. Estava cansada demais para pensar em qualquer coisa.

– Só quero dormir um pouco – falei.

A cama preenchia todo o “quarto”. Tocava em todas as paredes. Ainda na porta, subi nela engatinhando e deixei meus sapatos caírem, então me enrosquei no colchão e dormi.

Acordei no meio da tarde. O balanço suave do barco era relaxante. Que bom que não me deixava mareada. Não teria sido agradável. Estiquei as pernas, me sentei na cama e enfiei a mão no bolso para ligar o telefone. Vinha evitando fazer isso. A essa altura, Joe já devia saber que eu não estava mais em Los Angeles e devia estar chateado. Ainda não estava pronta para lidar com ele. Ainda precisava de um tempo para decidir o que fazer.

Não conferi meus recados nem as mensagens de texto depois de ligar o telefone. Simplesmente coloquei-o de volta no bolso e subi os degraus que levavam ao convés principal. Meu pai não estava por perto, mas no aeroporto me contara que trabalhava na marina em troca de manter o barco atracado sem custos e que precisava trabalhar naquela tarde.

A geladeirinha tinha algumas garrafas d'água. Peguei uma e também uma banana do cesto de frutas sobre a geladeira e saí para me sentar ao sol. Ventava, mas o dia estava ensolarado. A temperatura regulava com a de Los Angeles.

– Abe sabe que você está no barco dele? Ele não parece ser o tipo de cara que sai com garotas tão novas – perguntou uma voz grave atrás de mim. Virei-me e vi um cara de 20 e poucos anos de pé no barco ao lado. Estava sem camisa, com a calça jeans frouxa no quadril. Era magro, porém forte. Tinha o cabelo castanho comprido com os clareados pelo sol preso num rabo de cavalo baixo. Havia várias mechas soltas.

Não consegui ver seus olhos, porque ele usava óculos estilo aviador.

– Sabe falar? – perguntou ele com um sorriso, tomando um gole da garrafa d'água que tinha na mão.

– Sim – respondi, ainda um pouco perplexa. Não esperava que meu pai tivesse vizinhos. Era um barco, pelo amor de Deus. Quantas pessoas moravam em barcos?

– Onde está Abe? Ou você invadiu? – Ele estava sendo implacável em seu questionamento.

– Não sei. Acabei de acordar, e ele não estava aqui – respondi.

O cara levantou uma sobrancelha.

– Então ele sabe que você está aí?

Ele era o quê, um policial?

– Abe é meu pai. Ele sabe muito bem que estou aqui – respondi, um pouco mais irritada do que gostaria.

Ele abriu um sorriso de dentes brancos perfeitos. Não era o que eu esperava de um sujeito que tinha aquele cabelo e morava num barco.

– Você é a Demi. Muito prazer. Sou o Capitão – apresentou-se ele, e tomou outro gole da garrafa d'água.

– Capitão?– repeti sem querer. Sei que pareci mal-educada.

– É – respondeu ele.

– É... é um nome estranho – comentei.

Ele deu uma risada baixa.

– Na verdade, não. Eu moro neste barco desde os 16 anos. Já faz dez. Se é para alguém ser Capitão, que seja eu. – Ele me deu uma piscadela e então voltou para sua cabine.

Novamente sozinha, eu me recostei na cadeira e apoiei as pernas à frente, sobre um balde virado de cabeça para baixo. Meu telefone começou a tocar, e eu me perguntei se devia conferir quem ligava. Se fosse Joe, eu ia querer atender. Talvez fosse hora de fazer isso. Ele precisava saber onde me encontrar.

Olhei para baixo e, claro, o nome de Joe estava na tela. Atendi a ligação e levei o aparelho até a orelha. Eu estava abalada demais quando fugi. Precisava de espaço e de tempo. Agora sentia falta dele. Como eu poderia me casar se nem ao menos conseguia ficar ao seu lado quando ele precisava de mim? Será que eu caria zangada assim sempre que ele não estivesse por perto e eu precisasse dele?

– Demi? Por favor, meu Deus, me diga que foi você que atendeu o telefone. – A voz de Joe estava repleta de pânico. Me senti culpada.

– Sou eu – respondi.

– Onde você está, gata? Por favor, me diga onde você está. Eu juro que nunca mais vou deixar você. Cansei de lidar com as merdas da minha irmã e de ser o pai que ela não teve. Eu só preciso de você. Por favor, onde você está? Eu estou em Rosemary, e você não está aqui. – Ele estava muito preocupado. Eu o havia assustado. Senti a garganta apertar e os olhos arderem.

– Estou em Key West com meu pai – respondi.

– Droga. Ele foi buscá-la no aeroporto? Você está no barco? Tem comida aí para você? – Joe fez uma pausa nas perguntas e respirou fundo. Percebi que ele tentava se acalmar.

– Ele foi me buscar, e eu estou bem. Foi ao mercado antes que eu chegasse, e já comi – z uma pausa e fechei os olhos bem apertados para conter as lágrimas. Eu não queria chorar. Joe perderia as estribeiras se me ouvisse chorar. – Sinto muito. Fiquei chateada e precisava dar um tempo de tudo. Precisava de tempo para pensar.

– Eu sei que você está chateada. Você tinha todo direito e ficar. Passou por um susto sem mim, e eu me odeio por isso. Era mesmo para ter me deixado. Caramba, eu teria me deixado. – Ele parou e respirou fundo. – Posso ir buscá-la? Por favor? Eu preciso de você, Demi.

Seria sempre assim? Eu sempre viria em segundo lugar, depois de Nan? Nosso lho caria em segundo lugar? Eu sabia que ele acreditava que não ia mais se preocupar com ela, mas também sabia que não seria assim. Ele amava a irmã e ter que ignorá-la quando ela precisasse dele seria a morte. O que eu tinha de perguntar a mim mesma era se conseguiria viver sem ele.

Não. Simples assim. Mesmo com o coração ainda doendo por ele não ter estado comigo e

com o bebê no dia anterior, eu precisava de Joe e ainda não conseguia imaginar a vida sem ele.

– Nan teve uma overdose. Eu a encontrei inconsciente no quarto do hotel. Deixei meu telefone lá quando saí correndo com os paramédicos para levá-la ao hospital. Foi por isso que não atendi. Me desculpe, Demi. Eu sinto muito, muito mesmo. – O tom de súplica em sua voz me partiu o coração. Eu deveria saber que fora algo sério que o impedira de entrar em contato. Joe sempre atendia minhas ligações e respondia minhas mensagens.

– Nan está bem? – perguntei, não por me importar com ela, mas sim com Joe.

– Está. Fizeram uma lavagem estomacal. Minha mãe vai interná-la em uma clínica em Montana. Não posso continuar tentando controlá-la. Tenho que me concentrar em você e no nosso filho.

Ergui o olhar quando meu pai entrou no barco. Ele trazia um saco de papel em uma das mãos e um galão de chá na outra. Eu não conseguiria ir embora tão rápido. Tinha acabado de chegar, e gostava de vê-lo feliz. Ou ao menos contente.

– Quero ficar com meu pai por um tempo – falei, sabendo que ele iria discutir. Estava com muita saudade dele, e sabia que Joe sentia o mesmo

– Tudo bem. Posso ir visitá-lo também? – perguntou ele.

Meu pai estava me observando e deu um sorrisinho. Não precisava dizer a ele o que Joe pedira. Ele já sabia.

– Diga para o garoto vir. Tenho espaço para mais um.

– Seria ótimo. Estou com saudade – respondi.

Joe soltou um suspiro.

– Meu Deus, gata, eu estou com saudade também. Muita saudade. Vou pegar o primeiro voo.

JOE

Eu precisava encontrar Demi. Precisava abraçá-la e ter certeza de que não a havia perdido e

que o nosso lho estava bem. Depois, iria convencê-la a voltar para casa e se casar comigo imediatamente. Eu não queria mais esperar. Não deveria ter esperado tanto tempo.

Meu avião partiu mais cedo e aterrissou trinta minutos antes da hora prevista. Eu não queria ter que esperar até o horário combinado para que Demi chegasse, nem queria que ela viesse ao aeroporto sozinha. Peguei um táxi e pedi ao motorista que me levasse à marina. Poderia achar o barco de Abe. Key West não era uma cidade grande. Eu encontraria Demi antes que ela saísse.

Já no píer que cava entre as leiras de barcos atracados, procurei por algum sinal de Demi ou Abe. Eu havia telefonado, mas a chamada caíra direto na caixa postal. Havia veleiros, pesqueiros e até casas flutuantes naquele lugar. Várias embarcações tinham gente morando nelas. Eu estava chegando à parte final do píer quando vi um cara de pé na popa de um barco. Estava com os braços cruzados no peito nu enquanto olhava fixamente para a embarcação ao lado. Eu estava prestes a lhe perguntar se sabia qual era o barco de Abe Lovato quando acompanhei seu olhar.

Longos cabelos loiros lhe caíam pelas costas e voavam ao vento. O vestido que usava era um dos preferidos dela ultimamente, por ser uma das poucas peças que ainda lhe serviam. A barriguinha que crescera nas últimas semanas estava ocupando mais espaço, deixando a roupa um pouco mais curta do que eu gostaria. Ao vê-la, eu me senti completo de novo... até perceber que era ela que o cara sem camisa encarava. Demi não tinha notado, porque estava de costas, olhando para a água azul cristalina matizada pelo sol poente. Mas eu notei.

O homem das cavernas dentro de mim quis derrubá-lo do barco e atirá-lo na água. Mas eu não podia fazer isso. Por mais furioso que casse por saber que ele estava olhando para o que era meu, eu compreendia. Ela era de tirar o fôlego. Eu também queria parar e admirá-la.

Segui meu segundo impulso de homem das cavernas e fui direto para o barco do pai dela, pulando a bordo e pegando-a nos braços antes que ela pudesse se virar para ver quem era.

– Joe – disse ela, com um suspiro satisfeito, e o homem das cavernas teve vontade de bater no peito. Ela sabia que era eu. Adorei isso. Enterrei o nariz em sua nuca e respirei profundamente. Como era bom aquele cheiro. Naquele momento, seu aroma doce estava misturado com o do mar. Quis arrancar sua roupa e descobrir se o corpo inteiro dela estava com perfume de oceano.

Pus as duas mãos em sua barriga, apenas para lembrar a mim mesmo de que nosso lho estava a salvo. Ele estava saudável e Demi estava bem. Toda vez que eu pensava nela sangrando e com cólicas, meu coração parecia parar. Eu praticamente a abandonara nos últimos dias, tentando controlar Nan para podermos ir embora. As últimas palavras que eu dissera a Demi haviam sido ríspidas, e eu só conseguia pensar nisso quando descobri que ela fora embora. Será que o que eu tinha dito provocara as cólicas? Eu não a merecia, mas não iria abrir mão dela.

– Me desculpe. Meu Deus, Demi, eu sinto tanto, tanto. Eu amo você. Isso nunca mais vai acontecer – prometi, embora as palavras parecessem familiares aos meus ouvidos. Hesitei, percebendo que já dissera aquilo antes. Eu nunca deveria ter ido a Los Angeles.

– Eu amo você – respondeu ela apenas.

– Eu também amo você – falei mais uma vez, abraçando-a enquanto assistíamos ao sol se pôr sob a água.

Quando finalmente escureceu, abaixei a cabeça para falar no ouvido dela.

– Tem um hotel onde possamos dormir esta noite? Quero você, e não vai dar pra ser em silêncio.

Demi se virou e enlaçou meu tronco. Seus olhos verdes estavam brilhando de divertimento.

– Eu consigo ficar quietinha – respondeu ela.

Levantei a mão e passei uma mecha de seu cabelo para trás da orelha, então tracei seu maxilar antes de sentir a maciez carnuda de seu lábio inferior.

– Eu, não.

Um sorriso satisfeito levantou os cantos de sua boca, e ela ficou nas pontas dos pés para me dar um beijo na boca.

– Você pode sussurrar suas safadezas no meu ouvido – atiçou.

Puxei seu lábio inferior com os meus e o suguei um pouco antes de deslizar a língua para dentro de sua boca, para sentir seu sabor. Ela se agarrou aos meus braços e gemeu baixinho, encaixando-se em mim. Porra, de jeito nenhum eu ficaria quieto naquela noite.

– A menos que você queira que seu pai me ouça gemendo por causa do gosto doce da sua bocetinha e gritando seu nome quando entrar em você, acho que vamos precisar de uma porra de um hotel.

Demi colou mais o corpo ao meu e soltou outro gemido.

– Meu Deus, Joe. Se continuar falando assim, vou ter um orgasmo aqui mesmo.

Segurei-a pela bunda e puxei-a contra meu corpo antes de cobrir sua boca de novo com a minha. Se ela estava tão acesa a ponto de gozar só com palavras, eu nunca ia deixar isso passar.

Uma tosse fez Demi se paralisar em meus braços. Ela se soltou lentamente de mim e espiou por cima do meu ombro. Ficou com o rosto vermelho e enfiou a cabeça em meu peito. O fato de ela se grudar outra vez em mim foi a única coisa que me impediu de perder

as estribeiras. Não gostava da ideia de que ela ficasse constrangida por ele nos ver juntos.

Olhei para trás por cima do ombro e vi o cara que observava Demi quando cheguei. Tê-la de novo em meus braços me zera esquecer tudo ao nosso redor. Não que a presença dele pudesse ter feito diferença. Eu queria que ele soubesse que ela era minha. Queria que todo mundo soubesse.

– Talvez seja melhor vocês procurarem um quarto – disse o cara com um sorrisinho, ao acender um cigarro.

– Estamos ótimos aqui. Talvez você precise olhar para o outro lado – respondi. Cuidei para adicionar um tom ameaçador à minha voz.

O cara riu e soltou uma baforada de fumaça.

– Gosto de ver o pôr do sol. Seria uma pena um sujeito perder uma visão tão linda do próprio barco.

O jeito como ele piscou para ela, nos meus braços, fez meu sangue ferver. Demi deve ter notado minha tensão, porque pressionou o corpo contra o meu e me deu um beijo no peito.

– Vamos entrar. Quero ficar a sós com você – disse ela, de forma que apenas eu a escutasse.

Olhei de novo para ela e relaxei. Ela era minha. Eu precisava me acalmar.

– Estou indo atrás de você.

Demi segurou meus braços e me puxou para dentro da pequena cozinha. Dali eu via a porta que levava para o outro cômodo, e a ideia de me enfiar lá com Demi foi extremamente tentadora.

– Quanto tempo seu pai ainda demora para chegar? – perguntei, guiando-a na direção dos degraus.

– Não sei bem – respondeu ela com uma risadinha.

– O quarto tem porta com chave?

8 comentários:

  1. Continua...essa fic é uma das preferidas de todas q VC já postou.

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  2. Posta mais...tomara q o filho q ela ta esperando seja menina

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  3. Desculpa a demora bru!
    AI MEU DEUS DIZ Q O QUARTO TEM CHAVE!
    EU ESTOU SURTANDO! TINHA 3 CAPITULOS PARA EU LER E JESUS MARIA JOSE EU TO CADA VEZ MAIS APAIXONDA!
    CONTINUA!!!!!
    Sam, xx

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  4. MEU DEUS q cap foi esse eu preciso de mais
    Quer me matar de curiosidade
    MAIS ME DE MAIS KKKK
    POSTA MAIS :*

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