O primeiro capítulo de Amor Sem Limites, última temporada, para vcs! Comentem para o próximo! Beijos, amo vcs ♡
Bruna
~
JOE
Se não estivesse tão hipnotizado por Demi e pela
forma como ela iluminava o ambiente, eu o teria visto entrar. Mas não
vi. De repente, a conversa ao meu redor silenciou e todos os olhares
estavam voltados para a porta atrás de mim. Olhei para Demi, que
ainda conversava com Woods e não percebera a mudança na atmosfera,
passei-a para trás de mim num gesto de proteção e só então me
virei para ver o que havia capturado a atenção do bar.
Os mesmos olhos prateados que eu enxergava todos
os dias no espelho estavam voltados para mim. Fazia um tempo que não
via meu pai. Normalmente, mantínhamos mais contato, mas, com Demi
entrando em meu mundo e tirando-o do eixo, não me sobrara tempo nem
energia para procurar o meu pai e conversar com ele.
Então, ao que parecia, desta vez ele é que viera
atrás de mim.
– É o seu pai – disse Demi baixinho ao meu
lado.
Ela saíra de onde eu a havia escondido atrás de
mim e segurava meu braço agora.
– É, sim.
DEMI
Sem a maquiagem dos shows e a roupa de couro
preta, ele parecia uma versão mais velha de Joe. Precisei andar
rápido para acompanhar o ritmo dele, que segurava firme a minha mão
enquanto caminhava a passos largos para longe dos outros clientes no
bar. Seu pai ia na frente. Eu não saberia dizer se Joe estava feliz
por vê-lo ou não. A única interação que houve entre eles foi o
aceno de cabeça que Joe fez, indicando a porta. Ele obviamente não
queria que essa apresentação tivesse plateia.
Dean Jonas, o baterista mais famoso do mundo,
parou várias vezes no caminho para autografar objetos enfiados na
frente dele. E não apenas por mulheres. Um cara chegou inclusive a
pedir que ele assinasse um guardanapo do bar. O brilho ameaçador nos
olhos de Joe enquanto tentava tirar o pai dali manteve o restante das
pessoas longe. Em vez de se aproximarem, todos permaneceram em
silêncio e ficaram assistindo ao baterista do Slacker Demon seguir
em direção à porta.
A brisa noturna estava fria. Estremeci
imediatamente, e Joe parou e enroscou os braços em mim.
– Precisamos ir para casa. Não vou fazê-la
ficar parada aqui fora para conversar. Está frio demais – disse
Joe ao pai.
Dean parou de caminhar e olhou para mim. Seu olhar
me avaliou lentamente, e pude ver o instante em que ele notou minha
barriga.
– Dean, esta é Demi Lovato, minha noiva. Demi,
este é Dean Jonas, meu pai – disse Joe, com a voz estrangulada.
Não parecia querer fazer essa apresentação.
– Ninguém me contou que eu ia ser avô –
falou ele com a voz arrastada.
Não entendi ao certo como ele se sentia em
relação a isso, porque seu rosto não deixou transparecer nenhuma
emoção.
– Andei ocupado – foi a única resposta que
Joe lhe deu.
Que estranho. Ele estava com vergonha de contar ao
pai? Fiquei enjoada e comecei a me afastar dele.
Seus braços me apertaram mais, e pude sentir sua
atenção focada completamente em mim.
– O que houve? – perguntou ele, dando as
costas para o pai e abaixando-se para olhar direto nos meus olhos.
Eu não queria ter essa conversa na frente de
Dean. Podia sentir os olhos dele em cima da gente. Sacudi a cabeça,
mas ainda estava com o corpo tenso. Não consegui evitar: o fato de
ele não ter contado ao pai estava me incomodando.
– Vou levá-la para o carro. Encontro você em
casa – disse Joe por cima do ombro, sem tirar os olhos de mim.
Baixei o olhar, desejando não ter reagido. Estava fazendo drama.
Dean ia pensar que eu era uma chorona.
Abri a boca para argumentar quando Joe passou o
braço pela minha cintura e me levou para o Range Rover. Ele estava
ansioso. Não gostava de me ver chateada, algo em que precisávamos
trabalhar. Eu iria ficar chateada às vezes. Ele não podia controlar
isso.
Joe abriu a porta do lado do carona, me pegou no
colo e me botou dentro da caminhonete como se eu tivesse 5 anos.
Quando achava que eu estava chateada, ele começava a me tratar feito
criança. Nós realmente precisávamos trabalhar nisso também.
Ele nem sequer havia fechado a porta do motorista
quando olhou para mim.
– Tem alguma coisa errada. Preciso saber o que é
para consertar.
Suspirei e me atirei no banco. Era melhor acabar
logo com aquilo, mesmo que eu fosse parecer meio sensível.
– Por que você não contou ao seu pai sobre o
bebê?
Joe estendeu o braço e fechou a mão sobre a
minha.
– É este o problema? Você está chateada
porque eu não contei ao Dean?
Assenti e mantive os olhos em nossas mãos,
pousadas em minha perna.
– Não tive tempo para procurá-lo. E sabia que
ele apareceria quando eu contasse, porque iria querer conhecê-la. Eu
ainda não estava pronto para ter companhia. Principalmente a dele.
Eu estava sendo boba. Ultimamente, minhas emoções
estavam em alerta máximo. Ergui os olhos e encontrei seu olhar
preocupado.
– Está bem. Eu entendo.
Joe se inclinou e beijou meus lábios suavemente.
– Desculpe por ter chateado você – sussurrou
ele antes de me dar mais um beijo no canto da boca e se recostar no
assento. Era em momentos como esse que eu me derretia toda. – Ele
está aqui agora. Então vamos ver o que o trouxe antes que a minha
mãe descubra. Quero você para mim. Não gosto de ter a minha
família maluca em volta.
Joe não soltou a minha mão enquanto ligava o
carro e começava a andar. Apoiei a cabeça no assento e me virei
para olhar para ele. A barba por fazer o deixava parecendo mais velho
e rebelde. Muito sexy. Pensei que seria legal ele deixar de se
barbear com mais frequência. Gostava de senti-la também. Ele havia
tirado o brinco e agora quase nunca o usava.
– Por que acha que ele está aqui? –
perguntei.
Joe olhou para mim.
– Pensei que ele tivesse vindo para conhecê-la.
Mas acho que ele não sabia sobre você ainda. Pareceu surpreso. O
que quer dizer que isso pode ter a ver com Nan.
Nan. A irmã dele não voltara a Rosemary desde
que recebera alta do hospital. Joe não parecia preocupado com isso,
mas ele amava a irmã. Eu detestava ser o motivo pelo qual ela se
mantinha afastada. Agora que ela sabia quem era seu verdadeiro pai e
que eu nunca havia tirado nada dela, eu esperava que pudéssemos ser
amigas, por Joe. Mas nada indicava que
isso iria acontecer.
– Você acha que a Nan foi atrás do Kiro? –
perguntei.
Joe deu de ombros.
– Não sei. Ela parece mudada desde o acidente.
O carro parou do lado de fora da grande casa de
praia que o pai de Joe lhe comprara quando ele era apenas um garoto.
Joe apertou a minha mão.
– Eu amo você, Demi. Tenho muito orgulho de que
vá ser a mãe do meu lho. Quero que todo mundo saiba. Nunca duvide
disso.
Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu assenti
antes de pegar a mão dele e beijá-la. – Eu estou sensível. Você
pode me ignorar quando eu fico assim.
Joe balançou a cabeça.
– Não sei ignorar você. Eu quero
tranquilizá-la.
A porta do lado do carona se abriu, e, quando
virei a cabeça, vi Dean Jonas parado com um sorriso no rosto.
– Deixe-a sair do carro, filho. Está na hora de
eu conhecer a mãe do meu neto.
Dean ofereceu a mão e eu lhe estendi a minha sem
saber o que mais fazer. Seus dedos compridos seguraram a minha mão e
ele me ajudou a descer do Range Rover. Joe chegou ao meu lado num
instante, pegou minha mão da do pai e me puxou para si. O pai riu e
balançou a cabeça.
– Caramba! Quem diria?!
– Vamos entrar – falou Joe.
JOE
Dean foi até o sofá e se atirou nele antes de
pegar um maço de cigarros. Merda. Eu não
queria ter que lidar com ele agora.
– Não pode fumar aqui dentro nem perto da Demi.
Faz mal para o bebê.
– Caramba, garoto! – exclamou Dean, erguendo
as sobrancelhas. – Tenho certeza de que sua mãe fumou quando
estava grávida de você.
Eu não tinha dúvidas de que ela fazia isso e
muito mais. De jeito nenhum eu exporia meu filho a essas coisas.
– Não quer dizer que seja saudável. Demi não
é igual à mamãe.
À menção de seu nome, Demi entrou na sala
trazendo duas cervejas. Eu não havia pedido que ela fosse buscar.
Não gostava de vê-la servindo ninguém. Mas ela buscou mesmo assim.
Fui até ela e a encontrei no meio do caminho.
– Não precisava fazer isso – falei, pegando
as cervejas da mão dela e dando-lhe um beijo na testa.
– Eu sei. Mas temos visita. Quero que ele se
sinta bem-vindo.
O sorriso em seus lábios tornava mais difícil eu
me concentrar em meu pai. Queria levá-la para o quarto.
– Traga a cerveja, garoto, e pare de ser tão
superprotetor. Vai sufocar a menina. Não sei que porra deu em você.
Demi soltou uma risadinha, e eu decidi que, como
ele a zera rir, deixaria passar o que dissera.
– Aqui está – falei, enfiando a cerveja na
mão dele. – Agora, por que você está aqui?
– O quê? Um pai não pode ver o filho quando
quer?
– Estamos em Rosemary. Você nunca vem aqui.
Dean deu de ombros e tomou um gole da cerveja,
então jogou um braço para trás no sofá e pôs os dois pés em
cima da mesa de centro.
– É a maluca da sua irmã. Ficou completamente
pirada. Precisamos de ajuda.
Tinha a ver com Nan. Eu achei que pudesse ser
isso. Sentei na poltrona na frente dele e estendi a mão para Demi.
Não queria que ela casse de pé, como uma intrusa em nossa conversa.
Ela se aproximou de mim e eu a puxei para se sentar no meu colo.
– O que a Nan fez? – perguntei, quase com medo
de ouvir a resposta.
Dean tomou mais um longo gole de cerveja. Então
passou a mão pelos longos cabelos desalinhados.
– A questão é o que ela não fez. A maldita
garota está nos azucrinando. Não temos sossego. Terminamos a turnê
há duas semanas e voltamos a Los Angeles para descansar um pouco.
Ela apareceu e tudo virou um inferno. Ninguém tem paz. Kiro não
sabe o que fazer com ela. Precisamos de ajuda.
Eu sabia que Nan andava sumida, mas não imaginava
que ela tivesse ido a Los Angeles procurar pelo Kiro. Ela sabia que
meu pai e Kiro dividiam uma mansão em Beverly Hills. Durante toda a
minha vida, fora lá que os dois moraram durante as turnês. Kiro
fora casado duas vezes e saíra da mansão nesses períodos, mas
voltara depois dos divórcios. A propriedade era conhecida como
mansão Slacker Demon. Ninguém nunca sabia ao certo quais
integrantes da banda estavam morando lá.
– Ela está hospedada na mansão? – perguntei.
Meu pai levantou as sobrancelhas de novo.
– Acha que sou idiota? O cacete que ela está
lá. Só que ela aparece o tempo inteiro. Fica fazendo exigências e
a porra toda. Kiro tentou aliviar as coisas e ter algum tipo de
relacionamento com ela, mas ela não deixa. Ela não escuta e... Bom,
ela descobriu que ele tem outra filha. Isso não foi muito legal.
Aparentemente, ela ainda não sabia sobre o filho
de Kiro, mas Mase nunca dera as caras.
– Ela deve estar muito chateada – disse Demi
com preocupação na voz. Eu não entendia como ela podia se
solidarizar com Nan. – Você precisa ir vê-la. Ajudá-la a lidar
com isso e tentar que ela e Kiro tenham um bom relacionamento.
Eu ia discordar, mas Dean me interrompeu:
– Já gostei dela. Isso é exatamente o que você
precisa fazer. Seu quarto está vazio, e você sabe que é
confortável. Leve a Demi com você, e isso vai me dar uma chance de
conhecê-la e também de passar um tempo com você. Se não fizer
isso, Kiro pode acabar matando Nan.
Demi apertou meu ombro.
– Acho que devemos ir. Nan precisa de você.
Joguei a cabeça para trás e olhei para ela.
– Por que se importa com o que Nan precisa? –
perguntei, espantado.
– Porque você a ama – foi a resposta dela,
simplesmente.
– Essa é para casar. Agora chega de falar da
Nan. Quero saber para quando é esse bebê e quando vai ser o
casamento – disse Dean com a voz alegre, um tom muito diferente do
que usava ao falar sobre Nan.
– Estou grávida de 20 semanas – contou Demi,
sorrindo para meu pai. – O bebê só deve nascer no meio de abril.
Quanto ao casamento, íamos nos casar em quinze dias, mas não quero
que isso atrapalhe Joe. Prero adiar o casamento e deixá-lo lidar com
as questões de família primeiro. Ainda nem mandamos os convites.
Então, mudar a data não é problema.
– Não. Eu não vou esperar mais para mudar seu
sobrenome – contestei, mas Demi pôs o dedo em meus lábios.
– Shhh. Não quero discutir isso. Não vou
conseguir aproveitar nosso casamento sabendo
que você tem problemas de família para resolver.
Vamos curtir o dia de Ação de Graças com os nossos amigos, como
combinamos, e então vamos para Los Angeles cuidar de Nan.
Depois que tudo estiver resolvido, poderemos nos
concentrar no casamento.
Eu não queria esperar. Detestava que ela ainda
fosse Demi Lovato com nosso lho na barriga. Queria que ela tivesse
meu nome e que o mundo soubesse que eu a desejava e ao nosso bebê.
Mas a seu olhar me disse que eu não venceria essa discussão.
– Eu só quero que você fique feliz –
respondi por fim.
Demi beijou a ponta do meu nariz.
– Eu sei disso. É um dos muitos motivos pelos
quais eu amo você.
– Se vocês vão esperar até depois do dia de
Ação de Graças para ir a Los Angeles lidar com aquela sua irmã,
eu também vou. Além disso, faz anos que não passo esse feriado com
você – anunciou meu pai.
Eu não sabia ao certo como me sentia em relação
a isso.
– Adoraríamos tê-lo aqui, Sr. Jonas – disse
Demi a ele, com um sorriso alegre que transparecia sinceridade.
Puta que pariu. Eu ia ter que permitir isso.
– Me chame de Dean, querida. Já somos da mesma
família.
A expressão satisfeita nos olhos dela me fez
sorrir. Talvez ter meu pai por perto no feriado não fosse tão ruim,
anal. Se ele era capaz de fazer Demi sorrir, eu daria um jeito de
lidar com ele.
Eu amei o começo dessa temporada!Posta mais e logo pf kkk
ResponderExcluirPosta maaais
ResponderExcluirEssa Nan vai continuar um pé no saco até quando? Posta mais....... tem maratona?
ResponderExcluirUm bom começo
ResponderExcluirPosta mais!!
Posta maais
ResponderExcluirO pai de Joe veio fazer uma bela surpresa, Demi parece gostar dele :) Agora eles têm é de ajudar a Nan
ResponderExcluirPosta logo!
ResponderExcluirContinua
ResponderExcluirNão sei se estou apaixonada pelo Joe ou pelo Dean, surtei bastante quando ele apareceu fiquei apaixonada.
ResponderExcluirEspero que Nan não seja uma vadia com Demi e que eles parem de se afastar e vivam felizes.
Sam, xx