17.2.15

Capitulo 1 - Amor Sem Limites

O primeiro capítulo de Amor Sem Limites, última temporada, para vcs! Comentem para o próximo! Beijos, amo vcs ♡
Bruna

~

JOE

Se não estivesse tão hipnotizado por Demi e pela forma como ela iluminava o ambiente, eu o teria visto entrar. Mas não vi. De repente, a conversa ao meu redor silenciou e todos os olhares estavam voltados para a porta atrás de mim. Olhei para Demi, que ainda conversava com Woods e não percebera a mudança na atmosfera, passei-a para trás de mim num gesto de proteção e só então me virei para ver o que havia capturado a atenção do bar.

Os mesmos olhos prateados que eu enxergava todos os dias no espelho estavam voltados para mim. Fazia um tempo que não via meu pai. Normalmente, mantínhamos mais contato, mas, com Demi entrando em meu mundo e tirando-o do eixo, não me sobrara tempo nem energia para procurar o meu pai e conversar com ele.

Então, ao que parecia, desta vez ele é que viera atrás de mim.

– É o seu pai – disse Demi baixinho ao meu lado.

Ela saíra de onde eu a havia escondido atrás de mim e segurava meu braço agora.

– É, sim.

DEMI

Sem a maquiagem dos shows e a roupa de couro preta, ele parecia uma versão mais velha de Joe. Precisei andar rápido para acompanhar o ritmo dele, que segurava firme a minha mão enquanto caminhava a passos largos para longe dos outros clientes no bar. Seu pai ia na frente. Eu não saberia dizer se Joe estava feliz por vê-lo ou não. A única interação que houve entre eles foi o aceno de cabeça que Joe fez, indicando a porta. Ele obviamente não queria que essa apresentação tivesse plateia.

Dean Jonas, o baterista mais famoso do mundo, parou várias vezes no caminho para autografar objetos enfiados na frente dele. E não apenas por mulheres. Um cara chegou inclusive a pedir que ele assinasse um guardanapo do bar. O brilho ameaçador nos olhos de Joe enquanto tentava tirar o pai dali manteve o restante das pessoas longe. Em vez de se aproximarem, todos permaneceram em silêncio e ficaram assistindo ao baterista do Slacker Demon seguir em direção à porta.

A brisa noturna estava fria. Estremeci imediatamente, e Joe parou e enroscou os braços em mim.

– Precisamos ir para casa. Não vou fazê-la ficar parada aqui fora para conversar. Está frio demais – disse Joe ao pai.

Dean parou de caminhar e olhou para mim. Seu olhar me avaliou lentamente, e pude ver o instante em que ele notou minha barriga.

– Dean, esta é Demi Lovato, minha noiva. Demi, este é Dean Jonas, meu pai – disse Joe, com a voz estrangulada. Não parecia querer fazer essa apresentação.

– Ninguém me contou que eu ia ser avô – falou ele com a voz arrastada.

Não entendi ao certo como ele se sentia em relação a isso, porque seu rosto não deixou transparecer nenhuma emoção.

– Andei ocupado – foi a única resposta que Joe lhe deu.

Que estranho. Ele estava com vergonha de contar ao pai? Fiquei enjoada e comecei a me afastar dele.

Seus braços me apertaram mais, e pude sentir sua atenção focada completamente em mim.

– O que houve? – perguntou ele, dando as costas para o pai e abaixando-se para olhar direto nos meus olhos.

Eu não queria ter essa conversa na frente de Dean. Podia sentir os olhos dele em cima da gente. Sacudi a cabeça, mas ainda estava com o corpo tenso. Não consegui evitar: o fato de ele não ter contado ao pai estava me incomodando.

– Vou levá-la para o carro. Encontro você em casa – disse Joe por cima do ombro, sem tirar os olhos de mim. Baixei o olhar, desejando não ter reagido. Estava fazendo drama.

Dean ia pensar que eu era uma chorona.

Abri a boca para argumentar quando Joe passou o braço pela minha cintura e me levou para o Range Rover. Ele estava ansioso. Não gostava de me ver chateada, algo em que precisávamos trabalhar. Eu iria ficar chateada às vezes. Ele não podia controlar isso.

Joe abriu a porta do lado do carona, me pegou no colo e me botou dentro da caminhonete como se eu tivesse 5 anos. Quando achava que eu estava chateada, ele começava a me tratar feito criança. Nós realmente precisávamos trabalhar nisso também.

Ele nem sequer havia fechado a porta do motorista quando olhou para mim.

– Tem alguma coisa errada. Preciso saber o que é para consertar.

Suspirei e me atirei no banco. Era melhor acabar logo com aquilo, mesmo que eu fosse parecer meio sensível.

– Por que você não contou ao seu pai sobre o bebê?

Joe estendeu o braço e fechou a mão sobre a minha.

– É este o problema? Você está chateada porque eu não contei ao Dean?

Assenti e mantive os olhos em nossas mãos, pousadas em minha perna.

– Não tive tempo para procurá-lo. E sabia que ele apareceria quando eu contasse, porque iria querer conhecê-la. Eu ainda não estava pronto para ter companhia. Principalmente a dele.

Eu estava sendo boba. Ultimamente, minhas emoções estavam em alerta máximo. Ergui os olhos e encontrei seu olhar preocupado.

– Está bem. Eu entendo.

Joe se inclinou e beijou meus lábios suavemente.

– Desculpe por ter chateado você – sussurrou ele antes de me dar mais um beijo no canto da boca e se recostar no assento. Era em momentos como esse que eu me derretia toda. – Ele está aqui agora. Então vamos ver o que o trouxe antes que a minha mãe descubra. Quero você para mim. Não gosto de ter a minha família maluca em volta.

Joe não soltou a minha mão enquanto ligava o carro e começava a andar. Apoiei a cabeça no assento e me virei para olhar para ele. A barba por fazer o deixava parecendo mais velho e rebelde. Muito sexy. Pensei que seria legal ele deixar de se barbear com mais frequência. Gostava de senti-la também. Ele havia tirado o brinco e agora quase nunca o usava.

– Por que acha que ele está aqui? – perguntei.

Joe olhou para mim.

– Pensei que ele tivesse vindo para conhecê-la. Mas acho que ele não sabia sobre você ainda. Pareceu surpreso. O que quer dizer que isso pode ter a ver com Nan.

Nan. A irmã dele não voltara a Rosemary desde que recebera alta do hospital. Joe não parecia preocupado com isso, mas ele amava a irmã. Eu detestava ser o motivo pelo qual ela se mantinha afastada. Agora que ela sabia quem era seu verdadeiro pai e que eu nunca havia tirado nada dela, eu esperava que pudéssemos ser amigas, por Joe. Mas nada indicava que

isso iria acontecer.

– Você acha que a Nan foi atrás do Kiro? – perguntei.

Joe deu de ombros.

– Não sei. Ela parece mudada desde o acidente.

O carro parou do lado de fora da grande casa de praia que o pai de Joe lhe comprara quando ele era apenas um garoto. Joe apertou a minha mão.

– Eu amo você, Demi. Tenho muito orgulho de que vá ser a mãe do meu lho. Quero que todo mundo saiba. Nunca duvide disso.

Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu assenti antes de pegar a mão dele e beijá-la. – Eu estou sensível. Você pode me ignorar quando eu fico assim.

Joe balançou a cabeça.

– Não sei ignorar você. Eu quero tranquilizá-la.

A porta do lado do carona se abriu, e, quando virei a cabeça, vi Dean Jonas parado com um sorriso no rosto.

– Deixe-a sair do carro, filho. Está na hora de eu conhecer a mãe do meu neto.

Dean ofereceu a mão e eu lhe estendi a minha sem saber o que mais fazer. Seus dedos compridos seguraram a minha mão e ele me ajudou a descer do Range Rover. Joe chegou ao meu lado num instante, pegou minha mão da do pai e me puxou para si. O pai riu e balançou a cabeça.

– Caramba! Quem diria?!

– Vamos entrar – falou Joe.




JOE

Dean foi até o sofá e se atirou nele antes de pegar um maço de cigarros. Merda. Eu não

queria ter que lidar com ele agora.

– Não pode fumar aqui dentro nem perto da Demi. Faz mal para o bebê.

– Caramba, garoto! – exclamou Dean, erguendo as sobrancelhas. – Tenho certeza de que sua mãe fumou quando estava grávida de você.

Eu não tinha dúvidas de que ela fazia isso e muito mais. De jeito nenhum eu exporia meu filho a essas coisas.

– Não quer dizer que seja saudável. Demi não é igual à mamãe.

À menção de seu nome, Demi entrou na sala trazendo duas cervejas. Eu não havia pedido que ela fosse buscar. Não gostava de vê-la servindo ninguém. Mas ela buscou mesmo assim. Fui até ela e a encontrei no meio do caminho.

– Não precisava fazer isso – falei, pegando as cervejas da mão dela e dando-lhe um beijo na testa.

– Eu sei. Mas temos visita. Quero que ele se sinta bem-vindo.

O sorriso em seus lábios tornava mais difícil eu me concentrar em meu pai. Queria levá-la para o quarto.

– Traga a cerveja, garoto, e pare de ser tão superprotetor. Vai sufocar a menina. Não sei que porra deu em você.

Demi soltou uma risadinha, e eu decidi que, como ele a zera rir, deixaria passar o que dissera.

– Aqui está – falei, enfiando a cerveja na mão dele. – Agora, por que você está aqui?

– O quê? Um pai não pode ver o filho quando quer?

– Estamos em Rosemary. Você nunca vem aqui.

Dean deu de ombros e tomou um gole da cerveja, então jogou um braço para trás no sofá e pôs os dois pés em cima da mesa de centro.

– É a maluca da sua irmã. Ficou completamente pirada. Precisamos de ajuda.

Tinha a ver com Nan. Eu achei que pudesse ser isso. Sentei na poltrona na frente dele e estendi a mão para Demi. Não queria que ela casse de pé, como uma intrusa em nossa conversa. Ela se aproximou de mim e eu a puxei para se sentar no meu colo.

– O que a Nan fez? – perguntei, quase com medo de ouvir a resposta.

Dean tomou mais um longo gole de cerveja. Então passou a mão pelos longos cabelos desalinhados.

– A questão é o que ela não fez. A maldita garota está nos azucrinando. Não temos sossego. Terminamos a turnê há duas semanas e voltamos a Los Angeles para descansar um pouco. Ela apareceu e tudo virou um inferno. Ninguém tem paz. Kiro não sabe o que fazer com ela. Precisamos de ajuda.

Eu sabia que Nan andava sumida, mas não imaginava que ela tivesse ido a Los Angeles procurar pelo Kiro. Ela sabia que meu pai e Kiro dividiam uma mansão em Beverly Hills. Durante toda a minha vida, fora lá que os dois moraram durante as turnês. Kiro fora casado duas vezes e saíra da mansão nesses períodos, mas voltara depois dos divórcios. A propriedade era conhecida como mansão Slacker Demon. Ninguém nunca sabia ao certo quais integrantes da banda estavam morando lá.

– Ela está hospedada na mansão? – perguntei.

Meu pai levantou as sobrancelhas de novo.

– Acha que sou idiota? O cacete que ela está lá. Só que ela aparece o tempo inteiro. Fica fazendo exigências e a porra toda. Kiro tentou aliviar as coisas e ter algum tipo de relacionamento com ela, mas ela não deixa. Ela não escuta e... Bom, ela descobriu que ele tem outra filha. Isso não foi muito legal.

Aparentemente, ela ainda não sabia sobre o filho de Kiro, mas Mase nunca dera as caras.

– Ela deve estar muito chateada – disse Demi com preocupação na voz. Eu não entendia como ela podia se solidarizar com Nan. – Você precisa ir vê-la. Ajudá-la a lidar com isso e tentar que ela e Kiro tenham um bom relacionamento.

Eu ia discordar, mas Dean me interrompeu:

– Já gostei dela. Isso é exatamente o que você precisa fazer. Seu quarto está vazio, e você sabe que é confortável. Leve a Demi com você, e isso vai me dar uma chance de conhecê-la e também de passar um tempo com você. Se não fizer isso, Kiro pode acabar matando Nan.

Demi apertou meu ombro.

– Acho que devemos ir. Nan precisa de você.

Joguei a cabeça para trás e olhei para ela.

– Por que se importa com o que Nan precisa? – perguntei, espantado.

– Porque você a ama – foi a resposta dela, simplesmente.

– Essa é para casar. Agora chega de falar da Nan. Quero saber para quando é esse bebê e quando vai ser o casamento – disse Dean com a voz alegre, um tom muito diferente do que usava ao falar sobre Nan.

– Estou grávida de 20 semanas – contou Demi, sorrindo para meu pai. – O bebê só deve nascer no meio de abril. Quanto ao casamento, íamos nos casar em quinze dias, mas não quero que isso atrapalhe Joe. Prero adiar o casamento e deixá-lo lidar com as questões de família primeiro. Ainda nem mandamos os convites. Então, mudar a data não é problema.

– Não. Eu não vou esperar mais para mudar seu sobrenome – contestei, mas Demi pôs o dedo em meus lábios.

– Shhh. Não quero discutir isso. Não vou conseguir aproveitar nosso casamento sabendo

que você tem problemas de família para resolver. Vamos curtir o dia de Ação de Graças com os nossos amigos, como combinamos, e então vamos para Los Angeles cuidar de Nan.

Depois que tudo estiver resolvido, poderemos nos concentrar no casamento.

Eu não queria esperar. Detestava que ela ainda fosse Demi Lovato com nosso lho na barriga. Queria que ela tivesse meu nome e que o mundo soubesse que eu a desejava e ao nosso bebê. Mas a seu olhar me disse que eu não venceria essa discussão.

– Eu só quero que você fique feliz – respondi por fim.

Demi beijou a ponta do meu nariz.

– Eu sei disso. É um dos muitos motivos pelos quais eu amo você.

– Se vocês vão esperar até depois do dia de Ação de Graças para ir a Los Angeles lidar com aquela sua irmã, eu também vou. Além disso, faz anos que não passo esse feriado com você – anunciou meu pai.

Eu não sabia ao certo como me sentia em relação a isso.

– Adoraríamos tê-lo aqui, Sr. Jonas – disse Demi a ele, com um sorriso alegre que transparecia sinceridade.

Puta que pariu. Eu ia ter que permitir isso.

– Me chame de Dean, querida. Já somos da mesma família.

A expressão satisfeita nos olhos dela me fez sorrir. Talvez ter meu pai por perto no feriado não fosse tão ruim, anal. Se ele era capaz de fazer Demi sorrir, eu daria um jeito de lidar com ele.

9 comentários:

  1. Eu amei o começo dessa temporada!Posta mais e logo pf kkk

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  2. Essa Nan vai continuar um pé no saco até quando? Posta mais....... tem maratona?

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  3. O pai de Joe veio fazer uma bela surpresa, Demi parece gostar dele :) Agora eles têm é de ajudar a Nan

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  4. Não sei se estou apaixonada pelo Joe ou pelo Dean, surtei bastante quando ele apareceu fiquei apaixonada.
    Espero que Nan não seja uma vadia com Demi e que eles parem de se afastar e vivam felizes.
    Sam, xx

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