DEMI
Joe havia marcado a data do nosso casamento. Ele
me deu uma semana. Nem tentei
discutir. A determinação em seu olhar deixou
claro que não adiantaria. Eu estava mais do que pronta para me casar
com ele, mas tinha a sensação de que ele tinha medo de que eu
pudesse desistir. Principalmente depois do que havia acontecido com
Nan na casa do pai dele.
Nós iríamos nos casar doze dias antes do Natal.
O plano era passarmos as festas de fim de ano em casa e partir no dia
primeiro para uma longa lua de mel. Ele havia cado dividido entre me
levar para conhecer o mundo e não querer que eu viajasse muito.
Estava preocupado com que me cansasse demais. O que também
dificultava os preparativos do casamento. Acabei convencendo-o de que
o que eu queria mesmo era ficar na cobertura dele em Manhattan. Como
nunca fora a Nova York, seria uma aventura para mim. Também teríamos
o conforto da casa dele, e meu obstetra iria me indicar um colega que
pudesse me atender enquanto estivéssemos lá.
Por sorte, Joe tinha dinheiro suficiente para que
o casamento fosse organizado às pressas e, ainda assim, casse lindo.
Eu queria uma cerimônia simples, na nossa casa. Surpreendentemente,
as coisas simples também demandavam muita preparação. Eu não
teria conseguido fazer nada sem Bethy. Jimmy também ajudou muito,
mas os dois quase se mataram mais de uma vez. Estavam disputando o
controle.
Joe havia contratado Henrietta para ficar conosco
durante toda a semana antes do casamento. Vê-la entrando na despensa
todas as noites para ir a seu quarto sob a escada sempre me fazia
sorrir. Eu tinha boas lembranças daquele quarto.
Quando a campainha tocou depois do café da manhã,
corri para abrir a porta. Imaginei que fossem meu pai e Capitão. De
noite seria o ensaio do casamento, e eu precisava do meu pai para
ensaiar minha entrada. Ao abrir a porta, fui surpreendida por Dean e
Harlow. Não os esperava até o dia seguinte.
– Surpresa! Chegamos um dia antes. Eu não
queria perder nenhuma das festividades – falou Dean, dando um
sorriso e entrando na casa com sua mala, enquanto Harlow vinha atrás,
em silêncio, com a dela. – Onde está o meu garoto? – perguntou
Dean, olhando ao redor.
– Joe foi buscar os smokings com Grant –
expliquei. – Eles estarão de volta logo. Vamos subir. Vou levá-la
ao seu quarto, Harlow. Dean, imagino que saiba onde fica o seu.
– Sim, já vou subir para o meu. Preciso beber
alguma coisa e tomar um pouco de sol.
Sorri para Harlow.
– Escolhi meu quarto preferido para você. É o
que tem a melhor vista. Costumava ser o meu quarto – disse a ela.
– Obrigada. Mas não preciso ficar em um dos
melhores quartos. Eu caria tranquilamente no menor. Sei que sua
família vem também – disse ela, parando no último degrau da
escada.
– Meu pai e meu... hã... meu irmão moram em
velhos barcos de pesca. Eles vão preferir o menor quarto que temos
aqui, pode acreditar. Espero que goste. É o mais afastado também.
Assim, você terá mais privacidade.
Harlow deu um sorriso tímido e assentiu. Eu a
levei até o cômodo que ocupei por um breve período antes de me
mudar para o andar de cima.
– O voo foi bom? – perguntei, quando o que eu
queria realmente saber era como estavam as coisas na casa dela.
– Foi bom. Vi Orgulho e preconceito de novo.
Ajudou a viagem a passar mais rápido.
– Eu adoro esse filme – admiti. – E então,
como estão as coisas... sem a Nan? – Joe não havia falado em Nan
uma vez sequer desde que voltamos para casa. Eu sabia que ela não
fora convidada para o casamento, e isso me fazia sentir muito
culpada. Mas o medo de que ela armasse uma cena e acabasse com nosso
dia era real.
– Tudo tranquilo de novo. Meu pai faz as coisas
dele. Eu faço as minhas. O Dean, as dele. Eles vão sair em turnê
daqui a uns dois meses, e daí as coisas carão tranquilas de
verdade.
Me senti mal por ela. Harlow não tinha ninguém,
na verdade. Devia ser solitário morar naquela casa com um pai como
Kiro. E, sem ele, ela cava lá sozinha. Isso não era vida. O
dinheiro não compra tudo. Harlow era prova disso.
– Por que você não pede para o Kiro comprar
uma casa para você aqui? É lindo e tem gente da nossa idade em todo
lugar. Caras bonitinhos... – Dei um sorriso provocador. Por mais
que Harlow fosse linda, eu não conseguia imaginá-la com um cara.
Ela era tímida demais. Como chegaria a conhecer alguém e se abrir
com ele?
– Não posso pedir isso ao papai. Estou na UCLA
com bolsa integral. Ele teria de pagar se eu fosse para outra
universidade. E eu saio, vou às aulas – desconversou. Mas eu sabia
do tempo que passei lá que, embora fosse às aulas, ela não tinha
amigos.
– Acho que ele pode bancar isso – garanti.
Ela deu de ombros, mas não respondeu. Eu não
iria importuná-la com isso naquele momento. Talvez mais tarde.
– Preciso me arrumar. Tenho horário marcado
para fazer as unhas em uma hora. Quer ir comigo?
Ela balançou a cabeça.
– Não, obrigada. Acho que vou tirar um cochilo.
Saímos muito cedo, e não dormi nada no avião.
Assenti com a cabeça. Tinha entendido que ela
preferia ficar sozinha.
Era final de tarde quando meu pai e Capitão
chegaram. Eu estava acabando de me arrumar para o ensaio e a festa
que se seguiria. Faríamos uma festa pré-casamento no salão do
clube. Eu não queria uma despedida de solteira, nem Joe queria que
eu fizesse uma. Ficara preocupado com aonde Bethy poderia me levar.
E, quando Grant falara em fazer uma despedida para ele, Joe
descartara a ideia. Então, em vez de uma despedida para cada um de
nós, teríamos uma festa juntos. Decidimos comemorar com todos os
nossos amigos. Woods havia oferecido o salão e a equipe de cozinha e
de garçons do clube.
O ensaio começaria em trinta minutos, e as
pessoas chegariam logo. Joe desceu a escada usando calça bege e
camisa de linho branca, e meu coração bateu mais forte. Ele estava
lindo. Estava com os cabelos estilosamente desalinhados. A camisa
branca deixava seus olhos prateados mais brilhantes e a pele mais
bronzeada.
– Você está incrível – sussurrei quando ele
parou no primeiro degrau da escada.
– Ei, sou eu que digo isso a você – brincou
ele, puxando-me e dando-me um beijo nos lábios. – Você está de
tirar o fôlego – emendou ele.
– Hum, você também – murmurei em seus
lábios.
GRANT
(Sim, você leu certo.)
Meu irmão ia mesmo se casar. Eu sabia que isso ia
acontecer no instante que o vi cair de quatro pela Demi, mas,
caramba, vê-los ensaiando o casamento tornou a coisa toda real. Real
demais. Senti como se o estivesse perdendo um pouco. Não que não
estivesse feliz por ele, porque estava. Era só que ele era meu
parceiro de crime desde que eu podia me lembrar. Agora, seria
parceiro de Demi.
Peguei uma taça de champanhe de uma bandeja
quando um garçom passou por mim. Era melhor tomar aquela porcaria
borbulhante até conseguir alguma bebida de verdade no bar dali a uns
minutos. Olhando para os convidados, pensei em Nan e em como eu
deixara as coisas irem longe demais. Precisava de algo para me ajudar
a esquecê-la. Não que eu ainda quisesse algo com ela. Era
impossível querer. Escrota, maluca.
O par de olhos mais sexy que eu já encontrara na
vida se fixou nos meus, e eu congelei e a avaliei. Nunca a vira
antes. Nunca. Eu jamais me esqueceria daqueles olhos. Não foi a
tonalidade deles que me atraiu, porque de onde eu estava não
conseguia ver de que cor eram. Foi o desenho deles e os cílios
pesados que os emolduravam. As mulheres pagavam caro por cílios
postiços que jamais chegariam aos pés daqueles. Esquadrinhei seu
rosto até parar naquela boca enorme. MERDA. Meu pau ganhou vida.
Eram lábios grandes e carnudos pra caramba. Uma garota com uma boca
daquelas era a fantasia sexual de qualquer homem.
Quase tive medo de deixar meus olhos seguirem em
frente. Se a cena continuasse melhorando, eu acabaria gozando nas
minhas calças. Mas não tive tempo de pensar nisso, porque ela se
virou e, como um sopro de ar, foi embora. Longos cabelos castanhos
ondulavam ao seu movimento, logo acima da cintura. Minha mãe do céu,
seus cabelos caíam até uma bundinha perfeita. Saí atrás dela. Não
sabia quem diabos ela era, mas não a deixaria escapar. Eu precisava
experimentar aquela boca e ver seus olhos acendendo de prazer
enquanto eu puxava aqueles cabelos para trás e a comia.
E eu querendo encontrar uma distração. Ela era a
única distração que qualquer homem precisava. Caramba, ela poderia
me fazer esquecer o próprio nome. Ela saiu do salão e foi para o
saguão do clube. Caminhava rapidamente, mas de forma tão discreta
que ninguém parecia notá-la. Como as pessoas não a notavam? Será
que eu estava alucinando?
Que homem com um pau não cava fissurado em cada
movimento dela depois de vê-la uma vez?
Cheguei ao saguão segundos depois dela e olhei ao
redor. Primeiro, achei que a havia perdido de vista, mas então
vislumbrei à direta o movimento de longos cabelos castanhos num
canto. Ela não me viu, mas eu estava certo de que vira seus cabelos.
Caminhei o mais silenciosamente que consegui em sua direção.
– Fique calma. Era só um cara. Um cara muito,
muito gato, mas só um cara – ouvi a voz dela dizendo baixinho
enquanto me aproximava.
Que porra era aquela?
– Respire fundo. Você é uma mulher adulta.
Consegue lidar com um cara olhando para você – disse ela no mesmo
sussurro.
Parei antes de chegar perto o bastante para que
ela me visse. Ela estava falando sozinha. Eu a deixara nervosa. Como?
Uma mulher linda daquelas devia estar acostumada com caras
devorando-a com os olhos. Ela começou a repetir que eu era só um
cara, e eu não consegui tirar o sorriso dos lábios. Aquilo era
simplesmente encantador.
– Ele poderia ser um alienígena. Aí você
precisaria se preocupar. Talvez seja melhor irmos conferir para ter
certeza – falei casualmente.
Seu corpo todo ficou tenso, e ela não mexeu um
músculo. Nem se virou e olhou para mim. Continuou com as costas
apertadas contra a parede atrás da qual havia se escondido. A única
coisa que se mexeu foi sua mão, que ela parecia ter usado para
cobrir a boca. Ela cava mais encantadora a cada instante.
– Mas provavelmente está tudo bem. Joe e Demi
não gostam muito de alienígenas. Têm preconceito – continuei,
esperando que minha conversa ridícula a fizesse sorrir e relaxar.
Pelo menos o bastante para eu conseguir prová-la.
Ela continuou imóvel. Sua mão ainda cobria a
boca, e ela estava paralisada no mesmo lugar. Dei a volta e entrei no
pequeno cubículo que ela havia encontrado entre dois pilares na
parede. Mesmo com as minhas costas contra a outra parede, nossos
corpos quase se tocavam. Seus olhos se arregalaram de surpresa quando
entrei no esconderijo dela.
– Acho que não dá para falar direito com a mão
sobre a boca assim. Como exatamente você está pensando em conversar
comigo? – perguntei, sorrindo de maneira encorajadora. Não queria
que ela pensasse que eu era perigoso.
Ela tirou a mão da boca bem devagar e deixou-a
cair ao longo do corpo, mas continuou colada na outra parede, como se
quisesse ficar o mais longe de possível mim.
– Assim está melhor. Gosto de olhar para sua
boca. Você estava atrapalhando a vista – disse, piscando em
seguida.
Ela se comprimiu ainda mais contra a parede.
Aquela devia ser a experiência mais estranha que eu tivera com uma
garota na vida. A maioria se atirava em mim e era muito fácil. Eu
gostava disso. Dava menos trabalho. Mas, caramba, estava gostando
daquela ali com seu comportamento arredio. Era revigorante e
diferente.
– Sou Grant. Irmão do noivo – expliquei,
esperando que isso fosse acalmá-la um pouco.
Funcionou. Ela franziu a testa, exibindo uma
ruguinha entre as sobrancelhas que fez seu
rosto perfeito ficar mais humano. Mais acessível.
Gostei daquilo. Muito. Talvez eu pudesse fazê-la franzir a testa com
mais frequência.
– Joe não tem irmão – respondeu ela sem
rodeios.
Então ela conhecia Joe. Interessante. Eu nunca a
vira, ou com certeza me lembraria. Imaginei que estivesse com algum
convidado ou fosse amiga de Demi. Havia poucas pessoas ali que eu não
conhecia.
– Bom, só que você está errada nisso, linda.
Joe e eu nos tornamos irmãos quando éramos crianças e nossos pais
se casaram. Só porque não deu certo para eles, não quer dizer que
não tenha dado certo para a gente.
Ela piscou, compreendendo a situação. Ela sabia
quem eu era. Estava na hora de jogar limpo. Eu queria saber quem ela
era.
– Quer me dizer quem você é? Já que
evidentemente descobriu quem eu sou.
Ela desviou o olhar do meu e ficou encarando o
chão.
– Acho que preciso entrar – sussurrou. Sua voz
ficou ainda mais suave no sussurro. Fiquei me perguntando se ela era
tão quieta e educada quando gozava. Naquele momento, era só nisso
que eu conseguia pensar. Era tudo o que eu queria saber.
– Você não pode me deixar agora. Se voltar lá
para dentro, vou persegui-la a noite toda – avisei, torcendo para
que minhas palavras não me fizessem parecer um psicopata.
Ela ficou boquiaberta, e isso me deixou doido. Eu
não costumava me sentir atraído por mulheres rígidas, mas aquela
atitude formal e certinha vinda de uma fantasia sexual ambulante
estava funcionando comigo.
– Por quê? – perguntou ela, e o tom musical
de sua voz me lembrou o tilintar de um carrilhão, que, com sua
beleza simples, muitas vezes não era notado nas músicas.
– Quer saber a verdade? – perguntei,
inclinando-me para mais perto dela e invadindo o espaço pessoal que
ela estava fazendo tanto esforço para preservar.
– Por favor – respondeu ela, tão baixinho que
quase não escutei.
– Porque tudo em que estou conseguindo pensar é
sobre como esses seus olhos cariam cheios de desejo e como a sua boca
linda para cacete caria com você gritando de prazer. E estes cabelos
– respondi, tocando-os gentilmente. – Caralho, gata, estes seus
cabelos são uma indecência.
Eu havia chegado perto demais, e a respiração
dela estava rápida e superficial. E, puta que pariu, ela tinha um
cheiro incrível. De morango com creme.
– Ah – respondeu ela, encarando-me com olhos
que eu agora podia ver que eram castanho-claros. De um tom tão
exótico quanto ela própria. Também não havia uma gota de rímel
em seus cílios. Eles eram naturais. Completamente naturais.
– Quem é você? – perguntei, espantado com a
perfeição diante de mim.
Ela piscou várias vezes, como se não tivesse
entendido a pergunta. Com ou sem nome, eu estava prestes a pegá-la
no colo e arrastá-la para minha caminhonete.
– Harlow – respondeu ela.
Lentamente, a verdade se derramou sobre mim como
um balde de água gelada. PUTA QUE PARIU! Era a irmã de Nan.
JOE
Estava observando Demi dançar com o pai quando vi
Grant entrar pisando fundo no salão
como se fugisse de um demônio. Qual seria o
problema dele? Olhei para Demi, e ela estava sorrindo feliz para o
pai. Então deixei nossa mesa para descobrir o que estava havendo com
Grant. Ele era um cara tranquilo. Aquele comportamento não era
normal.
Eu o encontrei pegando a dose de uísque puro que
o barman serviu. Ele a virou de uma só vez, devolveu o copo e pediu
mais. Alguma coisa definitivamente o estava perturbando.
– Por que você não me contou, caralho? –
resmungou Grant sem olhar pra mim.
– Do que você está falando? – perguntei,
vendo-o virar outra bebida e pedir mais.
Ele voltou o olhar furioso para mim.
– Harlow. Eu conheci a porra da Harlow. Você
poderia ter mencionado que a irmã de Nan é uma deusa. Teria me
preparado para não comê-la mentalmente de todas as formas
imagináveis e não convencer meu pau de que ia pegá-la, porque
depois ia descobrir que era impossível. – Ele tomou mais um gole e
bateu com o copo no balcão. – Agora estou melhor – suspirou.
– Então você conheceu Harlow? – perguntei,
ainda sem entender o que ele estava dizendo. Por que estava tão
puto? Eu dissera a ele sobre Harlow.
– É, eu conheci Harlow. Puta merda, Joe, você
precisa avisar as pessoas.
Eu ainda estava completamente desnorteado. Ele não
estava falando coisa com coisa. – Vou ser sincero. Não sei por que
diabos você está tão perturbado.
Grant desabafou com uma risada.
– Porra, você realmente está amarrado pelas
bolas – murmurou. – Já que não consegue mais tirar seus óculos
cor de Demi e ver outras mulheres, deixe eu dar uma pista. Harlow é
a perfeição em pessoa. Caramba, Joe, o que é aquela boca? – Ele
estremeceu e balançou a cabeça. – Meu Deus, o que ela seria capaz
de fazer com aquela boca. E os olhos dela. Juro que nunca vi nada
parecido.
Então ele ia ficar falando sem parar sobre o
corpo de Harlow?
– Tudo bem. E isso deixou você puto por quê? –
perguntei, pensando que talvez eu precisasse beber alguma coisa para
ter aquela conversa.
– Porque eu não posso tocá-la. E, puta merda,
eu quero muito tocá-la. De muitas, muitas maneiras. Nunca fiquei tão
excitado tão rápido na minha vida. E aí descubro que nunca poderei
tocá-la. Que merda! – grunhiu de novo.
Ah. Então Harlow era o brinquedo com que Grant
não poderia brincar. Ótimo. Que bom
que ela voltaria para casa em dois dias. Eu não
precisava desse tipo de drama. Harlow não era para Grant. Era
inocente demais para o meu irmão.
– É, bem, isso é bom, porque a Harlow não vai
acompanhar o seu ritmo. Você a magoaria.
Grant fez uma careta para mim.
– O que você quer dizer?
– Quero dizer que ela é muito quieta e tímida.
Ela não namora. Não faz nada além de estudar. Não foi contaminada
pelo mundo de Kiro. Ela é educada e não gosta de chamar atenção.
Mesmo com Nan berrando com ela e xingando-a de coisas injustas, ela
engole tudo em silêncio e se afasta. Simplesmente não faz o seu
tipo. Você pode ter adorado sua boca, mas, cara, ela não saberia
usá-la do jeito que você quer. E nem iria querer. Ela simplesmente
não é assim.
Demi terminou a dança com o pai e seus olhos
foram na mesma hora para minha cadeira vazia. Ela estava procurando
por mim. Eu precisava ir. Dei um tapinha nas costas de Grant.
– Esta noite, procure alguém que não seja mais
virginal do que uma freira – disse e voltei para Demi.
Ela me viu e sorriu enquanto eu caminhava na sua
direção. A música mudou, e I Will Wait For You, de Bruno Mars,
começou a tocar. Puxei-a para mim e sorri. Eu adorava aquela música.
Compreendia cada verso da letra, porque era exatamente como eu me
sentia. Eu nunca a havia cantado para Demi antes e fiquei tentado a
cantá-la em seu ouvido, mas queria esperar. Ainda não. Eu cantaria
para ela... mas não agora.
– Gostou de dançar com seu pai? – perguntei,
apenas para poder ouvir sua voz.
– Gostei. Conversamos sobre mamãe. Ela teria
adorado estar aqui. Ela adoraria você. Sempre me dizia que Cain não
era o cara certo para mim. Ele era fraco demais. Que algum dia alguém
brigaria por mim e iria me querer mais do que qualquer outra coisa.
Você a teria deixado muito feliz.
Senti um aperto no peito. Nunca uma garota havia
me dito que a mãe iria gostar de mim. Saber que Demi achava que sua
mãe me aprovaria significava mais do que ela podia imaginar. Eu me
lembrava da mãe dela. Não com clareza, mas me lembrava. Eu me
lembrava do sorriso e da risada dela. Ela costumava me deixar feliz
quando eu era pequeno. O cheiro de suas panquecas fazia com que eu me
sentisse seguro. Saber que meu lho ia ter uma mãe como aquela encheu
meus olhos de lágrimas. Ele teria o que eu não tive. Algo que eu
apenas provara.
– O que foi que eu disse? – perguntou Demi,
fazendo uma pausa ao perceber as lágrimas que eu não consegui
controlar. Caramba.
– Eu só estava pensando que meu lho vai ter a
mãe que eu nunca tive. Sua mãe foi tão especial que sua lembrança
ficou comigo – admiti.
Os olhos de Demi se encheram de lágrimas, e ela
segurou meu rosto e me beijou. Seus
lábios macios se abriram e sua língua entrou
faminta na minha boca. Ali mesmo, na frente de todo mundo. Não era
típico dela, mas eu aceitei. Comecei a beijá-la com a mesma
intensidade, então ela se afastou o suficiente para que pudesse
olhar para mim. Ainda segurava meu rosto entre as mãos.
– Eu amo você, Joe Jonas. Você vai ser o
melhor marido e o melhor pai do mundo. Um dia, a esposa do nosso lho
vai agradecer por o marido ter você como modelo. Ela terá sorte por
sua causa. Porque você terá criado nosso lho para ser o homem que
você é. Ele vai amá-la completamente, porque vai saber como. –
Ela engasgou num soluço e apertou os lábios nos meus de novo, e eu
a aninhei em meus braços e me deliciei em tê-la tão determinada em
me assegurar que eu era um bom homem. Nada na vida era tão precioso
como aquela mulher. Jamais seria. Eu havia encontrado a felicidade.
Caramba!!
ResponderExcluirNa hora em que a Harlow e o Dean chegaram na casa do Joe e da Demi eu pensei, cara o Grant vai ficar com ela!
E eu adorei quando vi GRANT lá em cima, adorei mesmo.
E a Demi e o Joe tão lindos <3<3
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Estou sem palavras pra descrever esse capítulo foi mt mt bom mesmo.....
ResponderExcluirTô amando essa fic
Posta mais!!!!
Posta mais
ResponderExcluirPosta mais
ResponderExcluirPosta logoo
ResponderExcluirContinua
ResponderExcluirPosta mais por favor ?? to ansiosa pro proximo capitulo.
ResponderExcluirAss: CGFH * - *
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ResponderExcluircade o capitulo. estou em desespero já ! mari to sem meu cel por isso nao to falando o grupo. te mandei uma DM no twitter . okay bjks e poste logo !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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