3.3.15

Capitulo 14 - Amor Sem Limites

Olá! Desculpa não ter postado antes. A Bru tinha me pedido para postar mas acabou que coma a agonia da volta às aulas eu me esqueci. Eu volto para fazer uma maratona para vcs ♡


DEMI

Joe havia marcado a data do nosso casamento. Ele me deu uma semana. Nem tentei

discutir. A determinação em seu olhar deixou claro que não adiantaria. Eu estava mais do que pronta para me casar com ele, mas tinha a sensação de que ele tinha medo de que eu pudesse desistir. Principalmente depois do que havia acontecido com Nan na casa do pai dele.

Nós iríamos nos casar doze dias antes do Natal. O plano era passarmos as festas de fim de ano em casa e partir no dia primeiro para uma longa lua de mel. Ele havia cado dividido entre me levar para conhecer o mundo e não querer que eu viajasse muito. Estava preocupado com que me cansasse demais. O que também dificultava os preparativos do casamento. Acabei convencendo-o de que o que eu queria mesmo era ficar na cobertura dele em Manhattan. Como nunca fora a Nova York, seria uma aventura para mim. Também teríamos o conforto da casa dele, e meu obstetra iria me indicar um colega que pudesse me atender enquanto estivéssemos lá.

Por sorte, Joe tinha dinheiro suficiente para que o casamento fosse organizado às pressas e, ainda assim, casse lindo. Eu queria uma cerimônia simples, na nossa casa. Surpreendentemente, as coisas simples também demandavam muita preparação. Eu não teria conseguido fazer nada sem Bethy. Jimmy também ajudou muito, mas os dois quase se mataram mais de uma vez. Estavam disputando o controle.

Joe havia contratado Henrietta para ficar conosco durante toda a semana antes do casamento. Vê-la entrando na despensa todas as noites para ir a seu quarto sob a escada sempre me fazia sorrir. Eu tinha boas lembranças daquele quarto.

Quando a campainha tocou depois do café da manhã, corri para abrir a porta. Imaginei que fossem meu pai e Capitão. De noite seria o ensaio do casamento, e eu precisava do meu pai para ensaiar minha entrada. Ao abrir a porta, fui surpreendida por Dean e Harlow. Não os esperava até o dia seguinte.

– Surpresa! Chegamos um dia antes. Eu não queria perder nenhuma das festividades – falou Dean, dando um sorriso e entrando na casa com sua mala, enquanto Harlow vinha atrás, em silêncio, com a dela. – Onde está o meu garoto? – perguntou Dean, olhando ao redor.

– Joe foi buscar os smokings com Grant – expliquei. – Eles estarão de volta logo. Vamos subir. Vou levá-la ao seu quarto, Harlow. Dean, imagino que saiba onde fica o seu.

– Sim, já vou subir para o meu. Preciso beber alguma coisa e tomar um pouco de sol.

Sorri para Harlow.

– Escolhi meu quarto preferido para você. É o que tem a melhor vista. Costumava ser o meu quarto – disse a ela.

– Obrigada. Mas não preciso ficar em um dos melhores quartos. Eu caria tranquilamente no menor. Sei que sua família vem também – disse ela, parando no último degrau da escada.

– Meu pai e meu... hã... meu irmão moram em velhos barcos de pesca. Eles vão preferir o menor quarto que temos aqui, pode acreditar. Espero que goste. É o mais afastado também.

Assim, você terá mais privacidade.

Harlow deu um sorriso tímido e assentiu. Eu a levei até o cômodo que ocupei por um breve período antes de me mudar para o andar de cima.

– O voo foi bom? – perguntei, quando o que eu queria realmente saber era como estavam as coisas na casa dela.

– Foi bom. Vi Orgulho e preconceito de novo. Ajudou a viagem a passar mais rápido.

– Eu adoro esse filme – admiti. – E então, como estão as coisas... sem a Nan? – Joe não havia falado em Nan uma vez sequer desde que voltamos para casa. Eu sabia que ela não fora convidada para o casamento, e isso me fazia sentir muito culpada. Mas o medo de que ela armasse uma cena e acabasse com nosso dia era real.

– Tudo tranquilo de novo. Meu pai faz as coisas dele. Eu faço as minhas. O Dean, as dele. Eles vão sair em turnê daqui a uns dois meses, e daí as coisas carão tranquilas de verdade.

Me senti mal por ela. Harlow não tinha ninguém, na verdade. Devia ser solitário morar naquela casa com um pai como Kiro. E, sem ele, ela cava lá sozinha. Isso não era vida. O dinheiro não compra tudo. Harlow era prova disso.

– Por que você não pede para o Kiro comprar uma casa para você aqui? É lindo e tem gente da nossa idade em todo lugar. Caras bonitinhos... – Dei um sorriso provocador. Por mais que Harlow fosse linda, eu não conseguia imaginá-la com um cara. Ela era tímida demais. Como chegaria a conhecer alguém e se abrir com ele?

– Não posso pedir isso ao papai. Estou na UCLA com bolsa integral. Ele teria de pagar se eu fosse para outra universidade. E eu saio, vou às aulas – desconversou. Mas eu sabia do tempo que passei lá que, embora fosse às aulas, ela não tinha amigos.

– Acho que ele pode bancar isso – garanti.

Ela deu de ombros, mas não respondeu. Eu não iria importuná-la com isso naquele momento. Talvez mais tarde.

– Preciso me arrumar. Tenho horário marcado para fazer as unhas em uma hora. Quer ir comigo?

Ela balançou a cabeça.

– Não, obrigada. Acho que vou tirar um cochilo. Saímos muito cedo, e não dormi nada no avião.

Assenti com a cabeça. Tinha entendido que ela preferia ficar sozinha.

Era final de tarde quando meu pai e Capitão chegaram. Eu estava acabando de me arrumar para o ensaio e a festa que se seguiria. Faríamos uma festa pré-casamento no salão do clube. Eu não queria uma despedida de solteira, nem Joe queria que eu fizesse uma. Ficara preocupado com aonde Bethy poderia me levar. E, quando Grant falara em fazer uma despedida para ele, Joe descartara a ideia. Então, em vez de uma despedida para cada um de nós, teríamos uma festa juntos. Decidimos comemorar com todos os nossos amigos. Woods havia oferecido o salão e a equipe de cozinha e de garçons do clube.

O ensaio começaria em trinta minutos, e as pessoas chegariam logo. Joe desceu a escada usando calça bege e camisa de linho branca, e meu coração bateu mais forte. Ele estava lindo. Estava com os cabelos estilosamente desalinhados. A camisa branca deixava seus olhos prateados mais brilhantes e a pele mais bronzeada.

– Você está incrível – sussurrei quando ele parou no primeiro degrau da escada.

– Ei, sou eu que digo isso a você – brincou ele, puxando-me e dando-me um beijo nos lábios. – Você está de tirar o fôlego – emendou ele.

– Hum, você também – murmurei em seus lábios.

GRANT

(Sim, você leu certo.)

Meu irmão ia mesmo se casar. Eu sabia que isso ia acontecer no instante que o vi cair de quatro pela Demi, mas, caramba, vê-los ensaiando o casamento tornou a coisa toda real. Real demais. Senti como se o estivesse perdendo um pouco. Não que não estivesse feliz por ele, porque estava. Era só que ele era meu parceiro de crime desde que eu podia me lembrar. Agora, seria parceiro de Demi.

Peguei uma taça de champanhe de uma bandeja quando um garçom passou por mim. Era melhor tomar aquela porcaria borbulhante até conseguir alguma bebida de verdade no bar dali a uns minutos. Olhando para os convidados, pensei em Nan e em como eu deixara as coisas irem longe demais. Precisava de algo para me ajudar a esquecê-la. Não que eu ainda quisesse algo com ela. Era impossível querer. Escrota, maluca.

O par de olhos mais sexy que eu já encontrara na vida se fixou nos meus, e eu congelei e a avaliei. Nunca a vira antes. Nunca. Eu jamais me esqueceria daqueles olhos. Não foi a tonalidade deles que me atraiu, porque de onde eu estava não conseguia ver de que cor eram. Foi o desenho deles e os cílios pesados que os emolduravam. As mulheres pagavam caro por cílios postiços que jamais chegariam aos pés daqueles. Esquadrinhei seu rosto até parar naquela boca enorme. MERDA. Meu pau ganhou vida. Eram lábios grandes e carnudos pra caramba. Uma garota com uma boca daquelas era a fantasia sexual de qualquer homem.

Quase tive medo de deixar meus olhos seguirem em frente. Se a cena continuasse melhorando, eu acabaria gozando nas minhas calças. Mas não tive tempo de pensar nisso, porque ela se virou e, como um sopro de ar, foi embora. Longos cabelos castanhos ondulavam ao seu movimento, logo acima da cintura. Minha mãe do céu, seus cabelos caíam até uma bundinha perfeita. Saí atrás dela. Não sabia quem diabos ela era, mas não a deixaria escapar. Eu precisava experimentar aquela boca e ver seus olhos acendendo de prazer enquanto eu puxava aqueles cabelos para trás e a comia.

E eu querendo encontrar uma distração. Ela era a única distração que qualquer homem precisava. Caramba, ela poderia me fazer esquecer o próprio nome. Ela saiu do salão e foi para o saguão do clube. Caminhava rapidamente, mas de forma tão discreta que ninguém parecia notá-la. Como as pessoas não a notavam? Será que eu estava alucinando?

Que homem com um pau não cava fissurado em cada movimento dela depois de vê-la uma vez?

Cheguei ao saguão segundos depois dela e olhei ao redor. Primeiro, achei que a havia perdido de vista, mas então vislumbrei à direta o movimento de longos cabelos castanhos num canto. Ela não me viu, mas eu estava certo de que vira seus cabelos. Caminhei o mais silenciosamente que consegui em sua direção.

– Fique calma. Era só um cara. Um cara muito, muito gato, mas só um cara – ouvi a voz dela dizendo baixinho enquanto me aproximava.

Que porra era aquela?

– Respire fundo. Você é uma mulher adulta. Consegue lidar com um cara olhando para você – disse ela no mesmo sussurro.

Parei antes de chegar perto o bastante para que ela me visse. Ela estava falando sozinha. Eu a deixara nervosa. Como? Uma mulher linda daquelas devia estar acostumada com caras devorando-a com os olhos. Ela começou a repetir que eu era só um cara, e eu não consegui tirar o sorriso dos lábios. Aquilo era simplesmente encantador.

– Ele poderia ser um alienígena. Aí você precisaria se preocupar. Talvez seja melhor irmos conferir para ter certeza – falei casualmente.

Seu corpo todo ficou tenso, e ela não mexeu um músculo. Nem se virou e olhou para mim. Continuou com as costas apertadas contra a parede atrás da qual havia se escondido. A única coisa que se mexeu foi sua mão, que ela parecia ter usado para cobrir a boca. Ela cava mais encantadora a cada instante.

– Mas provavelmente está tudo bem. Joe e Demi não gostam muito de alienígenas. Têm preconceito – continuei, esperando que minha conversa ridícula a fizesse sorrir e relaxar. Pelo menos o bastante para eu conseguir prová-la.

Ela continuou imóvel. Sua mão ainda cobria a boca, e ela estava paralisada no mesmo lugar. Dei a volta e entrei no pequeno cubículo que ela havia encontrado entre dois pilares na parede. Mesmo com as minhas costas contra a outra parede, nossos corpos quase se tocavam. Seus olhos se arregalaram de surpresa quando entrei no esconderijo dela.

– Acho que não dá para falar direito com a mão sobre a boca assim. Como exatamente você está pensando em conversar comigo? – perguntei, sorrindo de maneira encorajadora. Não queria que ela pensasse que eu era perigoso.

Ela tirou a mão da boca bem devagar e deixou-a cair ao longo do corpo, mas continuou colada na outra parede, como se quisesse ficar o mais longe de possível mim.

– Assim está melhor. Gosto de olhar para sua boca. Você estava atrapalhando a vista – disse, piscando em seguida.

Ela se comprimiu ainda mais contra a parede. Aquela devia ser a experiência mais estranha que eu tivera com uma garota na vida. A maioria se atirava em mim e era muito fácil. Eu gostava disso. Dava menos trabalho. Mas, caramba, estava gostando daquela ali com seu comportamento arredio. Era revigorante e diferente.

– Sou Grant. Irmão do noivo – expliquei, esperando que isso fosse acalmá-la um pouco.

Funcionou. Ela franziu a testa, exibindo uma ruguinha entre as sobrancelhas que fez seu

rosto perfeito ficar mais humano. Mais acessível. Gostei daquilo. Muito. Talvez eu pudesse fazê-la franzir a testa com mais frequência.

– Joe não tem irmão – respondeu ela sem rodeios.

Então ela conhecia Joe. Interessante. Eu nunca a vira, ou com certeza me lembraria. Imaginei que estivesse com algum convidado ou fosse amiga de Demi. Havia poucas pessoas ali que eu não conhecia.

– Bom, só que você está errada nisso, linda. Joe e eu nos tornamos irmãos quando éramos crianças e nossos pais se casaram. Só porque não deu certo para eles, não quer dizer que não tenha dado certo para a gente.

Ela piscou, compreendendo a situação. Ela sabia quem eu era. Estava na hora de jogar limpo. Eu queria saber quem ela era.

– Quer me dizer quem você é? Já que evidentemente descobriu quem eu sou.

Ela desviou o olhar do meu e ficou encarando o chão.

– Acho que preciso entrar – sussurrou. Sua voz ficou ainda mais suave no sussurro. Fiquei me perguntando se ela era tão quieta e educada quando gozava. Naquele momento, era só nisso que eu conseguia pensar. Era tudo o que eu queria saber.

– Você não pode me deixar agora. Se voltar lá para dentro, vou persegui-la a noite toda – avisei, torcendo para que minhas palavras não me fizessem parecer um psicopata.

Ela ficou boquiaberta, e isso me deixou doido. Eu não costumava me sentir atraído por mulheres rígidas, mas aquela atitude formal e certinha vinda de uma fantasia sexual ambulante estava funcionando comigo.

– Por quê? – perguntou ela, e o tom musical de sua voz me lembrou o tilintar de um carrilhão, que, com sua beleza simples, muitas vezes não era notado nas músicas.

– Quer saber a verdade? – perguntei, inclinando-me para mais perto dela e invadindo o espaço pessoal que ela estava fazendo tanto esforço para preservar.

– Por favor – respondeu ela, tão baixinho que quase não escutei.

– Porque tudo em que estou conseguindo pensar é sobre como esses seus olhos cariam cheios de desejo e como a sua boca linda para cacete caria com você gritando de prazer. E estes cabelos – respondi, tocando-os gentilmente. – Caralho, gata, estes seus cabelos são uma indecência.

Eu havia chegado perto demais, e a respiração dela estava rápida e superficial. E, puta que pariu, ela tinha um cheiro incrível. De morango com creme.

– Ah – respondeu ela, encarando-me com olhos que eu agora podia ver que eram castanho-claros. De um tom tão exótico quanto ela própria. Também não havia uma gota de rímel em seus cílios. Eles eram naturais. Completamente naturais.

– Quem é você? – perguntei, espantado com a perfeição diante de mim.

Ela piscou várias vezes, como se não tivesse entendido a pergunta. Com ou sem nome, eu estava prestes a pegá-la no colo e arrastá-la para minha caminhonete.

– Harlow – respondeu ela.

Lentamente, a verdade se derramou sobre mim como um balde de água gelada. PUTA QUE PARIU! Era a irmã de Nan.

JOE

Estava observando Demi dançar com o pai quando vi Grant entrar pisando fundo no salão

como se fugisse de um demônio. Qual seria o problema dele? Olhei para Demi, e ela estava sorrindo feliz para o pai. Então deixei nossa mesa para descobrir o que estava havendo com Grant. Ele era um cara tranquilo. Aquele comportamento não era normal.

Eu o encontrei pegando a dose de uísque puro que o barman serviu. Ele a virou de uma só vez, devolveu o copo e pediu mais. Alguma coisa definitivamente o estava perturbando.

– Por que você não me contou, caralho? – resmungou Grant sem olhar pra mim.

– Do que você está falando? – perguntei, vendo-o virar outra bebida e pedir mais.

Ele voltou o olhar furioso para mim.

– Harlow. Eu conheci a porra da Harlow. Você poderia ter mencionado que a irmã de Nan é uma deusa. Teria me preparado para não comê-la mentalmente de todas as formas imagináveis e não convencer meu pau de que ia pegá-la, porque depois ia descobrir que era impossível. – Ele tomou mais um gole e bateu com o copo no balcão. – Agora estou melhor – suspirou.

– Então você conheceu Harlow? – perguntei, ainda sem entender o que ele estava dizendo. Por que estava tão puto? Eu dissera a ele sobre Harlow.

– É, eu conheci Harlow. Puta merda, Joe, você precisa avisar as pessoas.

Eu ainda estava completamente desnorteado. Ele não estava falando coisa com coisa. – Vou ser sincero. Não sei por que diabos você está tão perturbado.

Grant desabafou com uma risada.

– Porra, você realmente está amarrado pelas bolas – murmurou. – Já que não consegue mais tirar seus óculos cor de Demi e ver outras mulheres, deixe eu dar uma pista. Harlow é a perfeição em pessoa. Caramba, Joe, o que é aquela boca? – Ele estremeceu e balançou a cabeça. – Meu Deus, o que ela seria capaz de fazer com aquela boca. E os olhos dela. Juro que nunca vi nada parecido.

Então ele ia ficar falando sem parar sobre o corpo de Harlow?

– Tudo bem. E isso deixou você puto por quê? – perguntei, pensando que talvez eu precisasse beber alguma coisa para ter aquela conversa.

– Porque eu não posso tocá-la. E, puta merda, eu quero muito tocá-la. De muitas, muitas maneiras. Nunca fiquei tão excitado tão rápido na minha vida. E aí descubro que nunca poderei tocá-la. Que merda! – grunhiu de novo.

Ah. Então Harlow era o brinquedo com que Grant não poderia brincar. Ótimo. Que bom

que ela voltaria para casa em dois dias. Eu não precisava desse tipo de drama. Harlow não era para Grant. Era inocente demais para o meu irmão.

– É, bem, isso é bom, porque a Harlow não vai acompanhar o seu ritmo. Você a magoaria.

Grant fez uma careta para mim.

– O que você quer dizer?

– Quero dizer que ela é muito quieta e tímida. Ela não namora. Não faz nada além de estudar. Não foi contaminada pelo mundo de Kiro. Ela é educada e não gosta de chamar atenção. Mesmo com Nan berrando com ela e xingando-a de coisas injustas, ela engole tudo em silêncio e se afasta. Simplesmente não faz o seu tipo. Você pode ter adorado sua boca, mas, cara, ela não saberia usá-la do jeito que você quer. E nem iria querer. Ela simplesmente não é assim.

Demi terminou a dança com o pai e seus olhos foram na mesma hora para minha cadeira vazia. Ela estava procurando por mim. Eu precisava ir. Dei um tapinha nas costas de Grant.

– Esta noite, procure alguém que não seja mais virginal do que uma freira – disse e voltei para Demi.

Ela me viu e sorriu enquanto eu caminhava na sua direção. A música mudou, e I Will Wait For You, de Bruno Mars, começou a tocar. Puxei-a para mim e sorri. Eu adorava aquela música. Compreendia cada verso da letra, porque era exatamente como eu me sentia. Eu nunca a havia cantado para Demi antes e fiquei tentado a cantá-la em seu ouvido, mas queria esperar. Ainda não. Eu cantaria para ela... mas não agora.

– Gostou de dançar com seu pai? – perguntei, apenas para poder ouvir sua voz.

– Gostei. Conversamos sobre mamãe. Ela teria adorado estar aqui. Ela adoraria você. Sempre me dizia que Cain não era o cara certo para mim. Ele era fraco demais. Que algum dia alguém brigaria por mim e iria me querer mais do que qualquer outra coisa. Você a teria deixado muito feliz.

Senti um aperto no peito. Nunca uma garota havia me dito que a mãe iria gostar de mim. Saber que Demi achava que sua mãe me aprovaria significava mais do que ela podia imaginar. Eu me lembrava da mãe dela. Não com clareza, mas me lembrava. Eu me lembrava do sorriso e da risada dela. Ela costumava me deixar feliz quando eu era pequeno. O cheiro de suas panquecas fazia com que eu me sentisse seguro. Saber que meu lho ia ter uma mãe como aquela encheu meus olhos de lágrimas. Ele teria o que eu não tive. Algo que eu apenas provara.

– O que foi que eu disse? – perguntou Demi, fazendo uma pausa ao perceber as lágrimas que eu não consegui controlar. Caramba.

– Eu só estava pensando que meu lho vai ter a mãe que eu nunca tive. Sua mãe foi tão especial que sua lembrança ficou comigo – admiti.

Os olhos de Demi se encheram de lágrimas, e ela segurou meu rosto e me beijou. Seus

lábios macios se abriram e sua língua entrou faminta na minha boca. Ali mesmo, na frente de todo mundo. Não era típico dela, mas eu aceitei. Comecei a beijá-la com a mesma intensidade, então ela se afastou o suficiente para que pudesse olhar para mim. Ainda segurava meu rosto entre as mãos.

– Eu amo você, Joe Jonas. Você vai ser o melhor marido e o melhor pai do mundo. Um dia, a esposa do nosso lho vai agradecer por o marido ter você como modelo. Ela terá sorte por sua causa. Porque você terá criado nosso lho para ser o homem que você é. Ele vai amá-la completamente, porque vai saber como. – Ela engasgou num soluço e apertou os lábios nos meus de novo, e eu a aninhei em meus braços e me deliciei em tê-la tão determinada em me assegurar que eu era um bom homem. Nada na vida era tão precioso como aquela mulher. Jamais seria. Eu havia encontrado a felicidade.

9 comentários:

  1. Caramba!!
    Na hora em que a Harlow e o Dean chegaram na casa do Joe e da Demi eu pensei, cara o Grant vai ficar com ela!
    E eu adorei quando vi GRANT lá em cima, adorei mesmo.
    E a Demi e o Joe tão lindos <3<3
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  2. Estou sem palavras pra descrever esse capítulo foi mt mt bom mesmo.....
    Tô amando essa fic
    Posta mais!!!!

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  3. Posta mais por favor ?? to ansiosa pro proximo capitulo.

    Ass: CGFH * - *

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  4. cade o capitulo. estou em desespero já ! mari to sem meu cel por isso nao to falando o grupo. te mandei uma DM no twitter . okay bjks e poste logo !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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