15.2.15

Tentação Sem Limites - Capítulo 19

Meninas desculpe, eu pensei que eu tinha programado esse capitulo mas ele acabou não salvando a programação. Mais tarde eu posto mais um ♡


DEMI

O rosto de Joe ficou pálido. Peguei sua mão, mas ele não reagia. Ficou ali sentado, escutando a pessoa do outro lado da linha, sem falar nada. Quanto mais a pessoa falava, mais branco ele cava. Meu coração estava disparado. Alguma coisa terrível havia acontecido. Fiquei esperando que ele dissesse alguma coisa. Qualquer coisa.

– Estou a caminho – falou com uma voz indiferente antes de largar o telefone no colo e tirar a sua mão da minha para segurar o volante.

– O que houve, Joe? – perguntei, mais assustada do que nunca.

– Entre, Demi. Eu tenho que ir. Nan sofreu um acidente. Um maldito veleiro. – Ele fechou os olhos e resmungou um palavrão. – Preciso que você saia do carro e entre. Ligo para você quando puder, mas agora tenho que ir.

– Ela se machucou? Posso ir com você?

– Não! – rugiu ele, o olhar ainda fixo à frente. – Você não pode ir comigo. Por que me perguntou isso? Minha irmã está na UTI, inconsciente. Tenho que ir até ela e preciso que você saia do carro.

Ele estava sofrendo e assustado. Compreendi isso, mas queria estar ao seu lado. Eu o amava e não queria que sofresse sozinho.

– Joe, por favor, me deixe ir com você...

– Saia do carro! – gritou ele, tão alto que os meus ouvidos doeram.

Tateei em busca da maçaneta e peguei minha bolsa.

Ele ligou o motor e continuou olhando para a frente. Segurava o volante com tanta força que os nós dos seus dedos estavam tão brancos quanto o seu rosto. Eu queria dizer mais alguma coisa, mas ele estava muito perturbado e fiquei com medo do que pudesse fazer. Ele não queria me ouvir ou olhar para mim.

Eu não queria chorar na frente dele. Ele não precisava disso naquele momento. Saí do carro o mais rápido que pude. Antes que eu tivesse fechado a porta, ele deu marcha à ré e saiu em disparada. Fiquei ali, imóvel, vendo-o ir embora. Eu não podia ajudá-lo. Não era bem-vinda.

As lágrimas corriam pelo meu rosto. Ele estava sofrendo. Eu estava sofrendo por ele. Assim que chegasse lá e a visse, ele me ligaria. Eu precisava acreditar nisso. Queria telefonar para ele e obrigá-lo a conversar, mas os meus ouvidos ainda estavam zumbindo e o meu coração ainda doía pelo que ele dissera.

Por fim, caminhei em direção à casa. Grande, extensa e sombria. Não havia nada de convidativo nela sem Joe. Não queria ficar ali sozinha, mas também não tinha um carro para ir ao apartamento de Bethy. Eu não deveria ter me mudado. Foi cedo demais. Tudo com Joe foi muito rápido e, agora, estava prestes a ser posto à prova. Eu não sabia ao certo se estava pronta para o teste. Ainda não.

Eu não queria ligar para Bethy e dizer a ela que Joe tinha ido embora e que eu precisava de uma carona para o trabalho. Ela notaria alguma coisa errada e faria com que eu me sentisse ainda pior. Eu entendia o medo de Joe e a forma como ele havia reagido e saído, mas Bethy não entenderia. Pelo menos eu achava que não. Joe conseguira alguns pontos quando pusera o anel no meu dedo diante dos olhos dela e eu queria manter as coisas assim.

Abri a bolsa para pegar as chaves e me dei conta de que não estavam comigo. Joe tinha me levado para o trabalho. Não achei que fosse precisar delas. Olhando de novo para a casa escura, fiquei quase aliviada por não precisar passar a noite ali sozinha.

O clube cava a menos de cinco quilômetros de distância. Eu poderia caminhar. Depois, o apartamento de Bethy cava bem pertinho. A brisa noturna havia refrescado o clima e não estava tão quente. Pus a bolsa no ombro e comecei a percorrer a entrada da garagem a caminho da rua. Levei mais ou menos uma hora e quinze minutos para chegar à casa de Bethy. Seu carro, no entanto, não estava no estacionamento. Havia uma boa chance de ela estar na casa do Jace. Acho que eu deveria ter pensado nisso. Parei em frente à porta do apartamento. Não tinha mais pique para percorrer o caminho de volta. Minha teimosia em não pedir carona estava cobrando o seu preço.

Eu me abaixei e levantei o capacho. Encontrei a chave reserva na laje de cimento, de volta ao seu lugar. Ela só parou de escondê-la ali porque eu havia pedido, mas o hábito retornara. E se mostrara extremamente útil. Duvidava que ela fosse voltar para casa até o dia seguinte, de qualquer maneira. Não precisaria dizer nada a ela sobre essa noite.

Levei a chave para dentro do apartamento comigo e segui para o banheiro, a fim de tomar uma ducha. Joe havia insistido em que Bethy ficasse com a cama que ele tinha comprado em vez de levá-la na mudança. Outra coisa pela qual podia agradecer naquela noite.

Consegui ir para o trabalho sem que Bethy descobrisse que eu precisara passar a noite na casa dela. Não que eu achasse que ela fosse se importar, mas não estava pronta para responder as suas perguntas ou ouvir suas opiniões.

Depois de pegar um uniforme limpo no almoxarifado, fui para a cozinha.

Pouco antes de chegar à porta, Woods saiu e me parou.

– Eu estava procurando você – disse ele, fazendo em gesto com a cabeça na direção do corredor que levava à sala dele. – Precisamos conversar.

Ele devia saber sobre Nan. Tinha certeza de que todo mundo no círculo deles sabia àquela altura. Ele ia me perguntar a respeito dela? Sinceramente, esperava que não. Admitir que eu não sabia de nada faria parecer que eu não me importava. Joe achava que eu não me importava? Era responsabilidade minha ligar para ele? Era ele quem estava sofrendo. Sua reação na noite anterior me assustara, mas, se ele precisava de mim, eu tinha que superar aquilo.

– Você dormiu um pouco, pelo menos? – perguntou Woods, olhando para mim.

Respondi que sim. Eu não tinha dormido muito bem, mas conseguiria dormir um pouco. A caminhada de quase cinco quilômetros havia me exaurido a ponto de eu não conseguir manter os olhos abertos depois de me deitar.

Woods abriu a porta da sala dele e a segurou para que eu passasse. Entrei e fui até o lado das cadeiras que cavam em frente à mesa. Ele ficou sentado na borda, com os braços cruzados.

Franziu a testa enquanto me analisava. Eu estava começando a me perguntar se aquilo seria a respeito de alguma outra coisa. Pensei que fosse sobre Nan, mas talvez não fosse. Será que eu tinha feito alguma coisa errada?

– Recebi uma ligação do Grant hoje de manhã. Ele está no hospital e preocupado com você. Disse que Joe apareceu lá no meio da noite, furioso. Considerando que, pela primeira vez na vida, Nan e Joe não estão se falando e agora ela está nessas condições, ele não está encarando a situação muito bem. Grant ficou preocupado sobre como ele havia deixado você e se estava tudo bem.

Senti uma dor no coração. Detestava saber que Joe estava sofrendo e eu não podia ajudá-lo. Ele não me ligou e isso só me levava a crer que não queria falar comigo. Eu era o motivo de seu afastamento de Nan. Eu era o motivo de ele não estar falando com a irmã havia semanas. Era por minha causa que ele estava passando por aquilo. Senti os meus olhos se encherem de lágrimas. Por mais que não quisesse admitir, eu era o motivo pelo qual tudo aquilo era ainda mais difícil para Joe. Se eu não tivesse provocado a briga deles, ele não estaria vivendo com a culpa que eu sabia que o dominava naquele momento.

Era por isso que Joe e eu jamais daríamos certo. Foi muito bom fingir que o conto de fadas era real, mas vínhamos mentindo um para o outro. Nós estávamos contando as horas até o inevitável momento em que descobriríamos que eu não me encaixava no seu mundo e tudo acabaria. Ele precisava da família agora. Eu não era a família dele. Não era sequer aceita pela família dele. Como eu me encaixava naquilo?

– Eu... eu não sei o que fazer – falei com a voz embargada, detestando o fato de que Woods me veria chorar. Não queria que ele me visse chorar. Não queria que ninguém visse.

– Ele ama você – disse Woods suavemente.

Eu nem sequer sabia se ele acreditava nessas palavras. Não agora. Talvez Joe pensasse que me amava, mas como poderia? Eu havia feito com que ele virasse as costas para Nan, e agora ele poderia perdê-la.

– Ama mesmo? – Era uma pergunta que eu precisava fazer a mim mesma, não a Woods.

– Sim. Nunca o vi tratar alguém como trata você. Agora... nos próximos dias ou semanas que isso durar, talvez não vá parecer. Mas ele ama você. Não estou dizendo isso para defendê-lo. Joe é um idiota e eu não devo nada a ele. Estou dizendo isso por você. É a verdade e sei que você precisa ouvi-la neste momento.

Eu não precisava ouvir aquilo. O que eu precisava era pensar com clareza e decidir o que era melhor para mim e para o meu bebê. Será que eu poderia trazer uma criança para uma família que talvez nunca fosse aceitá-la? Se eu nunca me encaixei, como meu filho se encaixaria?

– Eu não vou forçá-la a acreditar nisso. Mas, se precisar de alguma coisa, estou aqui. Sei que Joe tem uma garagem cheia de carros, mas fale comigo se precisar de uma carona para o médico ou o supermercado. Qualquer coisa, me ligue.

Minha próxima consulta seria em cinco dias. Como eu entraria em casa? Joe nunca me mostrou onde cavam as chaves do carro nem me dera permissão para dirigi-los.

– Estou trancada ao lado de fora. Ele achou que eu estivesse com a minha chave quando me deixou.

– Onde você passou a noite? – perguntou ele, soltando as mãos da frente do peito e ficando de pé.

Parecia irritado. Não quis deixá-lo bravo. Só estava informando um problema. Todas as minhas roupas estavam na casa de Joe.

– Na Bethy.

– Como foi até lá?

– Andando.

– Merda! Demi, são quase cinco quilômetros! Estava escuro ontem à noite quando Joe saiu. Você tem um telefone agora, use-o. – Ele estava berrando.

– Eu queria caminhar. Precisava caminhar. Não grite comigo! – Levantei a voz e olhei furiosa para ele.

A tensão nos ombros de Woods diminuiu e ele suspirou.

– Desculpe-me. Eu não deveria ter falado com você assim. Mas você tem uma determinação absurda de ser independente. Quero deixar isto bem claro: ligue para mim se precisar de uma carona. Gosto de pensar que somos amigos. Eu ajudo os meus amigos.

Eu precisava de amigos.

– Também gosto de pensar que somos amigos.

Ele assentiu.

– Ótimo. Mas, como seu chefe, não vou deixá-la trabalhar hoje. Você estará na casa de Joe em uma hora. Eu levo você.

Antes que eu pudesse perguntar como, ele estava com o telefone na orelha.

– Estou com ela aqui na minha sala. Ela está trancada fora de casa. – Woods fez uma pausa. – Nem me fale. Foi andando até a casa de Bethy ontem à noite. Eu a levo até lá se você pedir para a faxineira abrir a porta. – Fez mais uma pausa. – Sem problemas. Fico feliz em ajudar. Por favor, me mantenha informado, estou pensando em vocês todos. – Woods desligou e olhou para mim. – Grant vai dizer para a faxineira abrir. Pegue alguma coisa para comer na cozinha e nós podemos sair. Ele disse para esperarmos uns vinte minutos.

Eu não estava com fome, mas concordei.

– Está bem. – Comecei a caminhar na direção da porta, então parei e me virei para ele. – Obrigada.

Woods piscou para mim.

– É um prazer.


JOE

Não consegui fechar os olhos. Fiquei sentado na poltrona de couro ao lado da cama de hospital olhando fixamente para a minha irmãzinha. Ela ainda estava de olhos fechados. Os monitores piscavam e apitavam, indicando que ela estava viva. Seu corpo parado na cama, a gaze enrolada na cabeça e as agulhas enfiadas nos braços me davam a sensação de que ela não estava mais ali. As últimas palavras que eu lhe dissera tinham sido duras. Pareciam cruéis agora. Eu só queria que ela crescesse. Talvez isso nunca fosse acontecer.

A raiva que eu sentia quando cheguei foi arrancada de mim assim que pus os olhos nela. Vê-la tão machucada e indefesa estava me matando. Eu não conseguia comer ou dormir. Precisava apenas que ela abrisse os olhos. Precisava dizer a ela que a amava e que sentia muito. Havia prometido que ela sempre teria a mim. Não importava o que acontecesse. Então tirei isso dela. Porque ela não aceitara Demi.

Meu estômago embrulhou ao pensar em como eu havia deixado Demi. Ela estava com os olhos arregalados, apavorada. Eu conseguia lidar com o fato de tê-la deixado de um jeito todo errado, mas também teria ficado apavorado. Não podia ligar para ela ainda. Não enquanto Nan estivesse assim. Pus Demi antes de Nan e foi isso que aconteceu. Desta vez, Nan precisava estar em primeiro lugar. Se ela soubesse que eu estava ali esperando por ela, abriria os olhos. Eu tinha certeza disso.

A porta se abriu e Grant entrou no quarto. Seus olhos se voltaram imediatamente para Nan. A dor refletida neles não me surpreendeu. Embora agisse como se não gostasse dela, eu sabia que Grant tinha algum afeto por Nan. Ela era a garotinha carente que era impossível não amar quando éramos crianças. Esse tipo de laço é impossível de romper.

– Acabei de falar com Woods. Demi está bem. Ficou trancada do lado de fora da casa ontem, mas passou a noite na Bethy. Liguei para a Henrietta, que vai abrir a casa para ela – disse Grant, baixinho, como se fosse acordar Nan ou perturbá-la falando sobre Demi.

Eu a havia deixado sozinha na porta de casa tarde da noite. Graças a Deus ela tinha um telefone. A ideia dela presa no escuro era mais do que eu poderia suportar agora.

– Ela está chateada?

O que eu realmente queria perguntar era se ela estava chateada comigo. Como poderia não estar chateada comigo? Eu saí correndo, gritei para ela sair do meu carro e a deixei sozinha. Quando minha mãe me contou o que havia acontecido com Nan, alguma coisa aconteceu dentro de mim e eu pirei.

– Woods disse que vai cuidar dela – Grant diminuiu o tom de voz.

Eu sabia o que ele estava pensando. Que deixar Woods cuidando de Demi era perigoso. Ele era rico, bem-sucedido e a família dele não a odiava. E se ela se desse conta de que eu era uma perda de tempo?

– Ela está grávida – contei a ele. Precisava contar a alguém.

– Ah, merda – resmungou ele, jogando-se na cadeira dura de plástico que ficava no canto do quarto. – Quando você descobriu?

– Ela me contou pouco depois de voltar.

Grant tapou a boca. Não era algo que ele esperaria escutar. Mas ele também não sabia que estávamos noivos. Já estava longe de Rosemary quando eu pedi a mão dela. Não tinha contado para ele ainda.

– Foi por isso que você a pediu em casamento.

Não foi exatamente uma pergunta, mas uma afirmação.

– Como soube disso?

Ele voltou os olhos para Nan.

– Nan me contou.

Ela precisava desabafar. O fato de ter escolhido Grant para fazer isso foi interessante. Normalmente, os dois estavam querendo comer o fígado um do outro. Quase nunca passavam bons momentos juntos.

– Ela não ficou nada feliz com isso.

– Não, não ficou mesmo – concordou ele.

Olhei para minha irmã e pedi a Deus que pudesse trocar de lugar com ela. Eu tinha resolvido as coisas para ela a vida inteira. E, agora, quando Nan mais precisava de mim, tudo o que eu podia fazer era ficar ali sentado olhando para ela inutilmente.

– Ela acha que você enlouqueceu. Se soubesse, acharia que você pediu Demi em casamento só por causa do bebê.

– Eu não a pedi em casamento por causa do bebê, mas porque não consigo viver sem ela. Eu só queria que Nan entendesse isso. Passei toda a minha vida fazendo Nan feliz. Fazendo o possível para resolver os problemas dela. Eu fui mãe e pai dela. E agora que encontrei o que me faz feliz, ela não consegue aceitar. – Senti um nó na garganta. Eu não iria chorar. – Só quero que ela aceite que Demi me faz feliz.

Grant soltou um suspiro profundo.

– Acho que com o tempo ela vai aceitar. Nan também quer que você seja feliz. Ela só acha que sabe o que é melhor para você. Exatamente como você acha que sabe o que é melhor para ela.

O tom da voz dele ao falar essa última parte foi estranho. Ele queria dizer alguma coisa com aquilo. Ou eu estava apenas exausto e precisava dormir um pouco.

– Espero que sim – respondi, então apoiei a cabeça de novo na poltrona e fechei os olhos. – Só preciso de um cochilo. Não posso continuar assim. Está tudo tão confuso...

As pernas da cadeira em que Grant estava sentado rasparam no chão quando ele se levantou. Fiquei ouvindo enquanto ele atravessava o quarto a caminho da porta.

– Veja como está a Demi por mim. Por favor – pedi, abrindo os olhos para ter certeza de que ele ainda estava lá e havia me escutado. – Pode deixar – garantiu-me antes de sair.

Dois dias depois, ainda não havia qualquer sinal de melhora. Nan não acordava. Eu só me levantava para comer, tomar banho e trocar de roupa, isso porque minha mãe insistia. Não conseguia lidar com ela e me preocupar com Nan. Fazia o que ela pedia para que calasse a boca.

Grant passava a maior parte do dia comigo. Não conversávamos muito, mas ter alguém por perto ajudava. Minha mãe dizia que não podia suportar a situação e cava no hotel quase o tempo todo. De vez em quando, Abe aparecia para ver como ela estava, mas eu não esperava muito dele. Ele também não se importava em saber como estava a lha que havia criado. Faltava-lhe um órgão vital: um coração.

– Falei com Demi hoje – disse Grant, interrompendo o silêncio.

Simplesmente ouvir o nome dela me fez sofrer. Sentia falta dela. Eu a queria ali, mas isso incomodaria todo mundo. Precisava que Nan melhorasse. E, quando ela acordasse, não queria que Demi estivesse ali. Isso apenas a perturbaria.

– Como ela estava? Com ódio de mim?

– Bem. Eu acho. Talvez triste. Ela está preocupada com você e com Nan. Pergunta sobre Nan antes de perguntar sobre você. Ela também... também perguntou se o pai dela estava bem. Não sei por que ela se importa, mas perguntou.

Porque Demi se importa mais do que deveria com todo mundo. Comigo inclusive. Ela era boa demais para mim e eu continuava a magoando. Minha família não iria aceitá-la. O pai que a havia abandonado estava casado com minha mãe. Eu dei início a tudo isso com aquela maldita foto. Tudo o que z foi machucá-la.

– Ela tem uma consulta hoje. Woods disse que vai levá-la. Ela não sabe que eu sei sobre o bebê.

Mais uma consulta que eu iria perder. Por quanto tempo mais ela suportaria isso? Eu armei que ela e o bebê vinham em primeiro lugar, mas era a segunda vez que minha família se tornava prioridade durante uma consulta. E por que Woods iria levá-la?

– Por que Woods tem que levá-la? Há três carros na minha garagem.

Grant me deu um olhar irritado.

– É, tem mesmo. Mas como nunca lhe deu permissão de dirigir nenhum deles e nunca lhe disse onde encontrar as chaves, ela não toca neles. Woods tem sido o motorista dela a semana toda. Caralho.

– Eu sei que você está sofrendo por causa da Nan. Ela é como se fosse sua filha. Você foi o único pai de verdade que ela teve. Mas se você não sair dessa e entrar em contato com a Demi, não sei se ela e o seu bebê estarão por perto quando decidir voltar para casa. E eu certamente não quero a minha sobrinha ou sobrinho carregando o sobrenome Kerrington – disparou e saiu do quarto.

8 comentários:

  1. Posta maaaais... aiaiai o q o Joe vai fazer sobre isso!

    ResponderExcluir
  2. Coitado do Joe....., ele está completamente perdido..... continua.......

    ResponderExcluir
  3. Ele é um idiota r a Nan uma idiota.Posta mais

    ResponderExcluir
  4. Nan está mal, mas ele não pode fazer nada, a não ser esperar que ela acorde... por isso enquanto ele espera, ele bem que podia ir com Demi à consulta! Ele não é obrigado a optar entre a Demi e a Nan (e a família dele), o Joe só tem de deixar de ser casmurro e arranjar um jeito de conciliar tudo

    ResponderExcluir