22.2.15

Capitulo 6 - Amor Sem Limites

Ooooi! Tudo bem? Eu n postei antes por causa do número de comentários... mas aqui está! Maratona eu acho q n vou conseguir fazer... vou me programar aqui e ver! Mas relaxem, vai ter maratona! Comentem! Beijoa, amo vcs ♥

Bruna

~

DEMI

A boca de Joe traçou um caminho de beijos pelo meu pescoço com a água caindo da

ducha acima das nossas cabeças como se estivesse chovendo. Desejei ter uma ducha daquelas na nossa casa. As mãos de Joe deslizaram ao redor da minha cintura, cobrindo minha barriga. Ele não conseguia tirá-las da minha barriga desde que sentira o bebê chutando, como se precisasse mostrar que era dele. Se não fosse tão fofo em tudo o que fazia para me proteger, aquilo me daria nos nervos.

Antes que eu tivesse chance de aproveitar por completo o fato de as mãos de Joe estarem em mim e de seu corpo estar tocando todo o meu, um berro furioso e agudo nos fez parar. Senti Joe ficar tenso atrás de mim.

– Nan? – perguntei, já sabendo a resposta.

– É. Acho que já descobriu que estou aqui – falou ele, dando mais um beijo em meu pescoço. – Termine o seu banho. Preciso resolver isso. Ela e meu pai não se dão bem.

Fiz que sim com a cabeça e continuei sob a água quente. Ele saiu do boxe e pegou uma das toalhas grandes e felpudas que estavam dobradas em cima de uma grande mesa de mármore com pedestal. Eu queria ir junto, mas ele não me pedira para acompanhá-lo. Nem pediria. Não queria que ninguém me aborrecesse.

Uma voz masculina grave começou a gritar, respondendo aos berros de Nan. Quem era esse? Eu havia passado pouco tempo com Dean, mas não achava que qualquer coisa no mundo algum dia tivesse conseguido irritá-lo a ponto de ele levantar a voz. Desliguei o chuveiro, peguei uma toalha e segui Joe até o quarto.

– Quem mais está aqui? – perguntei enquanto ele vestia uma calça jeans, sem botar qualquer cueca, e pegava uma blusa.

– Eu chutaria que é o Kiro. Pelo jeito, eles estão tendo um momento “pai e lha” – respondeu ele, num tom de voz frustrado.

Kiro. Eu só vira aquele astro do rock em fotos. Agora estava ali, na mesma casa que eu.

– Fique aqui. Foi por isso que viemos. Para que eu pudesse lidar com Nan. Ela está infernizando a vida de todo mundo e Kiro não sabe o que fazer. Assim que eu acalmá-la e ela estiver sob controle, poderemos voltar para Rosemary.

Assenti, segurando forte a toalha em que me enrolara. Joe saiu correndo em direção à porta, então se virou. Deu um sorriso e veio rapidamente até mim. Passou as mãos pelos meus cabelos molhados e segurou meu rosto entre as mãos, olhando para mim. – Queria ficar aqui com você – sussurrou ele e baixou os lábios até os meus.

Agarrei os dois braços dele e os segurei enquanto sua boca roçava suavemente na minha antes que ele desse uma lambidinha no meu lábio inferior. Abri a boca para que ele pudesse sentir um pouco mais, só que outro berro agudo soou no andar de baixo. Joe deu um passo para trás e suspirou.

– Merda de família maluca – resmungou ele.

– Vá lá. Vou ficar bem aqui.

Fui surpreendida por uma batida na porta e apertei ainda mais a toalha ao meu redor. Joe parou na minha frente para bloquear a visão de quem quer que fosse.

– O que foi? – perguntou ele.

Espiei por trás dele enquanto a porta se abria devagar. Estava me preparando para Nan invadir o quarto. Em vez disso, havia uma garota mais ou menos da minha idade parada no corredor. Ela não se parecia com ninguém que eu poderia imaginar morando naquela casa. Seus longos cabelos castanhos cacheados batiam na cintura e estavam repartidos de lado. Ela não usava franja. O cabelo tinha um corte reto. Seus olhos cinzentos e intensos eram emoldurados por cílios escuros e espessos, mas ela não usava maquiagem. Vestia uma bermuda reta que ia até os joelhos e uma blusa cor-de-rosa clara de botões. Era um visual simples e elegante.

– Oi, Harlow – cumprimentou-a Joe, o que me surpreendeu ainda mais. – Estou descendo. Já a escutei.

A garota arqueou uma das sobrancelhas perfeitamente esculpidas.

– Vim pedir para me esconder aqui com vocês. Você vai mesmo descer lá para lidar com a situação? – O forte sotaque sulista me espantou. Quem era ela e por que falava daquele jeito? Estávamos em Beverly Hills.

– Foi para isso que eu vim, para ajudar na situação – respondeu Joe.

A garota assentiu e desviou o olhar para mim.

– Você deve ser Demi.

– Sou – confirmei, olhando para Joe.

Joe me puxou para mais perto, ao lado dele.

– Demi, esta é Harlow. Ela é a outra filha do Kiro. Harlow, esta é a minha noiva, Demi.

– Eu sei tudo sobre Demi. Dean já me contou. Você se importa se eu ficar aqui em cima com você? Nan não é muito minha fã, e prefiro ficar longe de gente furiosa.

– Ela precisa se vestir, e não sei se...

– É claro que sim, seria ótimo. Só vou pegar uma roupa da mala para vestir. Vai ser rapidinho – respondi, interrompendo Joe. Eu costumava ser boa em julgar o caráter das pessoas, e tinha gostado de Harlow. Ela parecia quase tímida. Tinha fala suave e nenhuma malícia no olhar. Também não olhara de modo provocante para Joe. Isso contava muitos pontos comigo.

– Tem certeza? Eu ia pedir para trazerem comida para você e...

– A ideia da comida é maravilhosa. Peça para mandarem algo para Harlow também, por

favor – solicitei, antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa.

A risada de Harlow me espantou, e eu olhei para ela.

– Desculpe. É só que ele está sendo tão diferente do Joe que eu conheço. É divertido vê-lo assim.

É, eu gostava dela.

– Deixe eu me vestir e, você, vá cuidar da Nan antes que ela venha buscá-lo. Não quero vê-la ainda.

Isso pareceu tirar da cabeça de Joe a ideia de me manter na cama, debaixo das cobertas, feito uma inválida. Ele também não iria querer Nan perto de mim com aquele humor. Fez que sim com a cabeça e seguiu em direção à porta.

Depois que ele saiu do quarto, fiz um sinal para Harlow entrar.

– Vou só vestir alguma coisa. Fique à vontade.

– Obrigada. Nunca estive no quarto do Joe antes. Normalmente co lendo no meu. Mas fiquei curiosa quando Dean me falou sobre você – admitiu ela, dando um sorriso tímido.

– Também fiquei curiosa sobre você. Não sabia que Kiro tinha outra lha. A que eu conheço não é muito legal. Você não parece nem um pouco com Nan.

Harlow pareceu triste por um instante.

– Tive uma criação diferente. Minha avó teria me enchido de palmadas se eu algum dia agisse como Nan. Não fui uma criança que pudesse ficar fazendo exigências ou dando chiliques. Minha avó fazia questão de que eu me comportasse. Acho que era por isso que o papai gostava de me pegar. Eu não atrapalhava quando estava aqui. Ficava no meu quarto lendo a maior parte do tempo. Quando ele tinha tempo para mim, me levava ao cinema ou a um parque de diversões. Mas, tirando isso, minha vida era com a minha avó, na Carolina do Sul.

Então era por isso que ela tinha aquele sotaque.

– Eu cresci no Alabama. Estava me perguntando sobre seu sotaque – confessei.

Ela sorriu.

– Muita gente estranha. Ninguém espera que a filha de Kiro seja uma garota do campo.

Assenti, porque Harlow tinha razão. Ninguém espera por isso. Com aquele nome e um pai famoso, eu achava que ela seria mimada e esnobe. Ela não era nem uma coisa nem outra. Tirei um vestido da mala. Vinha usando mais vestidos agora que minha barriga estava grande demais para as calças jeans.

– Já volto – disse a ela, e fui me vestir no banheiro.

JOE

Kiro estava sem camisa, sacudindo os braços tatuados com um cigarro entre os dedos e

uma garrafa de rum na outra mão.

– Qual é o seu problema, caralho? Cacete, se você tem problemas com a sua mãe, vá torrar o saco da porra da Georgianna. Por que eu que preciso lidar com essas suas maluquices? – gritava Kiro para Nan quando entrei na sala de jogos.

Havia uma calcinha de renda preta em cima da mesa de bilhar, mas a garota com quem eu o havia deixado algumas horas antes não estava por perto. Pelo menos isso.

– Joe! Ouviu o que ele disse? Ele não dá a mínima para mim. Não se importa com o fato de ter me ignorado a minha vida toda. E sabia que ele tem uma lha? Uma vaca toda certinha que nem olha para mim – gritou Nan.

Eu me aproximei dela e segurei suas mãos.

– Respire fundo, Nan. Você precisa se acalmar para que nós todos possamos conversar.

Ficar gritando não vai resolver nada.

Ela me olhou com raiva, mas fez o que eu pedi. Esperei que ela respirasse fundo algumas vezes e soltei suas mãos.

– Ótimo. Agora, sente-se lá naquele sofá e não fale nada. Deixe eu falar. Está bem?

Ela franziu a testa, mas fez que sim com a cabeça e foi até o sofá branco que contornava duas das quatro paredes da sala. Depois que ela se sentou, eu me virei para Kiro. Ele tomava mais um longo gole de rum. O cara precisava parar de beber e ir comer alguma coisa. Dava para ver as costelas dele. Sua tara por couro ia além da mobília e se estendia às roupas. Sua calça de couro estava folgada no quadril magro e tatuado.

– Nem acredito que você conseguiu fazê-la calar a boca por um minuto inteiro – resmungou Kiro e pôs o cigarro de volta nos lábios.

Olhei para Nan e balancei a cabeça. Eles eram muito parecidos. Ambos gostavam de ter a última palavra.

– Ela está chateada. Por favor, pense bem no que vai dizer e lembre-se de que ela é sua lha. A que você abandonou com a pior mãe que uma criança poderia ter. Agora – me dirigi para Nan –, você não pode odiar Harlow por ele ter decidido cuidar dela. Você odiava Demi pelo mesmo motivo. Ela nunca fez nada contra você, mas você a odiava ainda assim. Existem apenas duas pessoas que podem ser culpadas pela forma como as coisas acabaram: Kiro e a nossa mãe. É deles que você pode ter raiva, não de todo mundo ao redor.

– Ela fez você me odiar. Você nunca me xingava. Eu a odeio porque ela tirou você de

mim. Disso eu posso culpá-la. Ela tirou a única pessoa que me amava na família. Tudo o que você faz agora é me corrigir e me dar bronca. Você nem me telefonou quando saí do hospital – disparou ela e se levantou. – Cansei de tentar fazer vocês todos me amarem. Não devia ter que me esforçar tanto. Espero que estejam todos felizes! – Ela saiu correndo da sala e seguiu batendo os saltos pelo corredor e os degraus da escada. Não entendi se ela ia realmente sair ou só dar um chilique e ver se eu iria atrás dela. Eu fora atrás dela mais vezes do que deveria.

Era um dos motivos de ela ser desse jeito.

– Caralho. Eu precisava ter você por aqui o tempo todo. Você consegue se livrar dela sem problemas. Caramba, como foi fácil – falou Kiro, afundando no sofá e cruzando as pernas na altura dos tornozelos. Ainda estava agarrado à garrafa de rum e tinha o cigarro pendurado na boca. – Sente-se e me conte sobre a garota que eu ainda não conheci. Você saiu daqui correndo quando Princesa tirou a blusa.

O nome da mulher não era Princesa. Era assim que ele chamava todas as mulheres que comia. Quando eu era mais novo, ele me dissera que se chamássemos todas do mesmo jeito, não correríamos o risco de gemer o nome errado na cama. Na época, eu o achei um gênio. Talvez ele fosse mesmo, na música, mas com as mulheres ele era um idiota. Era um milagre que ainda tivesse um pau. Ele o enfiara em tantos lugares que eu estaria com medo de que caísse.

– Princesa também tem uma bocetinha linda. Você devia ter visto. Toda rosadinha e depilada. Acho que ela até passou óleo para mim.

– Não quero saber disso. Não levando em conta o motivo de eu estar aqui – interrompi-o antes que ele pudesse prosseguir.

Kiro riu e tomou outro gole da garrafa.

– Ela chupava feito um aspirador de pó – comentou ele.

– Papai, por favor. Eu não preciso ficar com essa imagem na cabeça. – A voz de Harlow me fez virar rapidamente à procura de Demi. Ela estava parada ao lado de Harlow usando um vestido listrado azul-claro e branco de mangas compridas. O decote era grande demais, exibindo os seios, que estavam mais bonitos a cada dia da gravidez. O vestido também cava muitos centímetros acima dos joelhos, e ela estava descalça.

– Puxa vida, quem diria, ela é uma gatinha de dar água na boca. Eu ofereceria meu colo, querida, mas acho que o cara aqui poderia me castrar se eu chegasse perto demais.

– Eu faria mais do que isso – rosnei, lançando um olhar furioso para Kiro antes de me aproximar de Demi.

– Vocês não mandaram nada para comer, então descemos para pegar alguma coisa.

Como a casa estava em silêncio, imaginamos que Nan tivesse ido embora – explicou Harlow.

Merda. Eu havia me esquecido da comida.

– Desculpe, gata. Nan estava gritando e eu esqueci. Venha, vou conseguir algo para você comer.

– Já pedi ao novo cozinheiro, o Sr. Branders, para nos preparar uma salada de frango –

respondeu Harlow.

Demi apertou meu braço.

– Eu estou bem. Não fique chateado.

Lidar com a minha família não era algo de que eu precisasse naquele momento. Eu tinha Demi e nosso lho para cuidar. Por que eu concordara em vir? Ela não combinava com aquele estilo de vida. Senti cheiro de cigarro e virei Demi na direção da porta.

– Vamos tirar você daqui. Ele está fumando – expliquei.

– Você vai mesmo fazê-la sair só porque eu estou fumando? – perguntou Kiro num tom divertido.

Nem me dei o trabalho de responder. Só continuei guiando Demi para a porta. Fiquei tentado a lhe pedir que prendesse a respiração até chegar ao ar fresco. Eu tinha que resolver logo toda a confusão de Nan. Demi precisava do ar fresco e limpo de Rosemary, não daquele lugar infestado de nicotina.

– Deixe-o em paz – ralhou Harlow baixinho com Kiro.

– Dean não estava brincando. O garoto arrumou uma boceta – falou Kiro e deu uma gargalhada.

Cerrei os dentes e continuei levando Demi para a cozinha.

– Ele parece interessante. Não fui apresentada a ele – disse Demi.

– Você não quer ser apresentada a ele. Não é alguém que eu queira perto de você. Demi olhou para mim e franziu a testa.

– Por quê?

– Porque ele não tem moral. Nenhuma. Nada. E limites são uma língua estrangeira que ele não compreende. As mulheres se atiram em cima dele, e ele as come e passa para a seguinte. Não o quero olhando para você.

– Eu só queria poder confirmar a ele que, na verdade, você tem um pênis. Um pênis muito grande e bonito – sussurrou Demi.

Eu me encolhi.

– Por favor, só chame de grande. Não chame de bonito. Isso o magoa.

Demi riu e se apressou à minha frente.

9 comentários:

  1. Tbém gostei da Harlow.... essa Nan como sempre uma vaca..... estou amando esse cuidado todo do Joe com a Demi.... louca pta saber como vai ser o casamentoo.... posta.....

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  2. Que confusão de família aquela, meu deus! Nan precisa de deixar de ser tão mimada... Harlow parece ser uma boa menina, Nan não a deve insultar

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  3. Mt fofo o Joe com a Demi
    Harlow parece legal e como sempre nan uma vaca
    Posta mais

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  4. Acho que o kiro vai tentar alguma coisa com a Demi e o joe vai surtar. Posta.

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  5. A vaca da nan vai enlouquecer quando souber que a demi e a harlow ficaram amigas.... postaaaa....

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  6. Estou imaginando a Nan surtando por Harlow e Demi terem se aproximado.
    Perdão a demora as aulas na faculdade voltaram e eu li o cap no carro nao pude comentar(o passado) e só vai piorar affz
    Posta logo bru!
    Sam, xx

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