21.2.15

Capitulo 5 - Amor Sem Limites

Amores, desculpem-me por n ter postado mais cedo! Eu tive q sair, fazer compra para minha vó e só voltei agr. Além da compra tive q correr atras de um remedio dela q acabou e ela tem q tomar todo dia e ela só avisou quando eu tava indo embora... ai deu q cheguei agr!  Comentem e eu posto mais um quando eu acordar! Beijos, amo vcs ♥
Bruna

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DEMI

Despedir-me do meu pai não foi tão fácil quanto deveria. Tê-lo aqui ajudava a cicatrizar

muitas mágoas. Eu o acompanhei até o lado de fora e desci a escada com ele, que estava com a mala na mão a caminho do sul da Flórida, para o barco em que agora morava.

– É bom ver você feliz. Vai ser mais fácil dormir sabendo que você está sendo amada e bem cuidada. Não acho que aquele garoto algum dia tenha imaginado ficar tão preso a você, mas ele está, e eu não poderia ficar mais satisfeito por isso.

– Você volta para o casamento e quando o bebê nascer? Quero você aqui.

Meu pai assentiu.

– Eu não perderia isso por nada no mundo.

Prendi o choro. Não seria justo. Ele já estava sozinho, não precisava ficar ainda mais atordoado por causa das minhas emoções.

– Vá pensando em como vai querer ser chamado. Dean já disse que quer ser Vô Dean.

Você precisa escolher um nome também.

Meu pai sorriu. Gostava de vê-lo empolgado com alguma coisa.

– Vou pensar nisso e falo com você. Precisa ser mais legal do que o nome do Dean. Passei meus braços ao redor dele e o abracei.

– Obrigada por vir. Senti sua falta.

– Eu também senti sua falta, minha ursinha, mas a culpa foi minha. Fiquei feliz por Joe ter me ligado.

Eu também tinha cado feliz. Joe estava no centro de tudo de bom que acontecia comigo. Eu acreditava que ele sempre estaria. O que era estranho, considerando como tudo havia começado tão diferente.

– Tenha uma boa viagem e ligue quando chegar, para dizer que está tudo bem.

Meu pai assentiu e eu me afastei dele.

– Eu amo você – disse ele, com os olhos cansados cheios de lágrimas.

– Também amo você, papai.

Ele abriu a porta do carro alugado e fiquei parada na frente de casa enquanto ele se afastava. Desta vez, eu não estava com o coração partido. Só esperava que ele conseguisse encontrar a felicidade de novo. Estava na hora.

A porta de casa se abriu, e eu me virei e vi Joe parado na varanda, olhando para mim.

Percebi que ele estava preocupado comigo por causa da partida do meu pai. Comecei a seguir na direção dele, e ele desceu a escada para me encontrar no meio do caminho.

– Está tudo bem? – perguntou ele no instante em que estava perto o bastante para me tocar.

– Está, sim. Obrigada de novo. Foi mais importante do que você imagina – assegurei a ele.

– Sempre que quiser vê-lo, basta me dizer. Eu o trarei de novo. É só dizer.

– Quero que ele venha para o casamento e quando o bebê nascer. Quero que conheça o neto. Ele não tem mais ninguém na vida além de mim. Nosso lho será parte da família dele também.

– Pode deixar. Vou comprar uma passagem para ele vir assim que for a hora.

Fiquei ali parada olhando para Joe. Na primeira vez que o vi, fiquei impressionada com a beleza dele. Nunca teria imaginado que aquele playboy temperamental pudesse ter um coração tão grande por baixo de toda aquela arrogância.

– O que mudou você? Você está tão diferente daquele cara que conheci em junho – falei, sorrindo para o rosto confuso dele.

Joe estendeu o braço e passou a mão pelos meus cabelos, enroscando os dedos nas mechas.

– Uma loira doce, determinada e gostosa pra caramba entrou na minha vida e me deu motivo para viver.

Senti o peito apertar e comecei a lhe dizer de novo quanto o amava... e então senti... o bebê.

Estendi a mão e agarrei o braço de Joe.

– Joe, ele está chutando – contei, encantada.

Já fazia algumas semanas que eu me perguntava se os pequenos tremores que eu sentia na barriga eram ele se mexendo. Queria acreditar que fosse. Mas agora eu realmente conseguia senti-lo. Não restava dúvida.

Joe largou meus cabelos e segurou minha barriga entre as mãos, olhando fixamente para baixo com uma expressão de espanto.

– Estou sentindo – sussurrou ele baixinho, como se temesse que o bebê fosse parar de se mexer. Em vez disso, ao som da voz dele, o bebê chutou de novo.

– Converse com ele, Joe – falei, contemplando a cena mais linda da minha vida. Ele se ajoelhou para ficar mais perto da minha barriga.

– Oi, lho – começou, e o bebê se mexeu imediatamente embaixo da mão de Joe. Ele levantou a cabeça e olhou para mim com um sorriso empolgado. – Ele está me ouvindo – disse, maravilhado.

Assenti.

– Está, sim. Converse com ele.

– E aí, como está aí dentro? A barriga da mamãe é tão bonitinha por dentro quanto é por fora?

Eu ri, e ele chutou.

– Imaginei que fosse. Você teve sorte: a mamãe é linda. Mas você vai ver isso em breve.

Nós dois vamos ser os caras mais sortudos do planeta.

Ele se mexeu de novo, desta vez mais devagar.

– Fique bonzinho aí dentro. Estamos preparando as coisas para você aqui fora. Aproveite esse cantinho confortável por enquanto.

Joe passou as mãos pela minha barriga e olhou para mim.

– Ele está aqui de verdade. E consegue nos ouvir.

Dei risada e fiz que sim com a cabeça.

– Eu achava que vinha sentindo o movimento dele há algum tempo, mas nada parecido com isso.

– Meu Deus, Demi, isso é incrível! – exclamou Joe, dando um beijo na minha barriga para se levantar.

– É mesmo, não é? – respondi, ainda maravilhada de pensar que tudo aquilo era meu. O homem diante de mim e a vida dentro de mim.

– Me avise quando ele se mexer de novo. Eu quero sentir – pediu Joe, pegando a minha mão.

Subimos a escada juntos, de mãos dadas.

JOE

Fazia um tempo desde que eu estivera na casa do meu pai em Beverly Hills. Na última vez,

passei a maior parte do tempo bêbado e na farra com ele. Esta seria uma visita muito diferente. Eu não era mais aquele cara. Larguei a mala de Demi no quarto que meu pai dizia ser o meu. Era onde eu sempre dormia quando ia visitá-lo.

– Isto aqui é simplesmente... Nossa! – exclamou Demi ao entrar, logo atrás de mim. Ela vinha parando e olhando para tudo desde que tínhamos passado pela porta da frente. Por sorte, Nan e Kiro não estavam em casa para nos receber. Queria um tempo para acomodar Demi. A viagem de avião havia sido longa, dava para ver o cansaço no rosto dela.

– Você vai descobrir que as lendas do rock são um pouco exibidas. Elas gostam de ostentar o sucesso com coisas – expliquei.

– Dá para ver. Certamente zeram um bom trabalho de ostentação nesta casa – comentou ela, indo até a cama e então percebendo que era alta demais para ela. Olhando por cima do ombro, franziu a testa para mim. – Como é que eu vou conseguir subir nesta coisa?

Tive que rir. Ela parecia perplexa.

– Vou arrumar um banquinho para você.

Demi sorriu e balançou a cabeça.

– Que maluquice! E se eu quisesse deitar agora... como ia fazer?

Fui até ela, pus as duas mãos na sua cintura cada vez mais larga, levantei-a e coloquei-a em cima da cama.

– Assim – respondi, sentando-me ao lado dela antes de jogar uma perna por cima das pernas dela e fazê-la se deitar. – Se você não estivesse com uma carinha tão cansada, a gente ia testar esta cama – provoquei.

Ela cobriu a boca ao bocejar e me deu um sorriso sonolento.

– Eu consigo ficar acordada – garantiu, virando o peito na direção do meu.

Foi tentador, mas eu sabia que seu corpo precisava de descanso. Dei um beijo em seu nariz.

– Tenho certeza de que consegue, minha doce Demi. Mas, agora, o que vou fazer é massagear seus pés e suas pernas enquanto você relaxa e cai no sono.

Seus olhos brilharam de satisfação.

– Ah, vai mesmo? Eles estão muito inchados por causa do voo.

– Deite a cabeça no travesseiro e eu vou tirar seus sapatos, que, por sinal, não são bem os

calçados mais adequados para uma grávida. Você devia ter usado tênis, não salto.

Demi bocejou de novo e deitou no travesseiro com um suspiro.

– Eu sei. Só não queria chegar ao aeroporto de Los Angeles parecendo desleixada. Ela jamais pareceria desleixada.

– Isso seria impossível.

Demi sorriu e fechou os olhos quando comecei a massagear seus pés.

– Está dizendo isso porque me ama.

– Mais do que a vida. Mas isso não me deixa cego. Você caria gostosa até usando um saco de batatas.

Ela não respondeu nada. Estava com os olhos fechados e mantinha o sorriso nos lábios. Dediquei minha atenção a massagear seus pés cansados, subindo até as panturrilhas.

Quando terminei, ela respirava lenta e tranquilamente. Pus o cobertor sobre ela e deixei-a descansando.

Dean estava reclinado no sofá modular de couro preto que ocupava a maior parte da sala de jogos. As músicas do último álbum da banda saíam dos alto-falantes enquanto ele jogava Halo no Xbox, com um cigarro pendurado no canto da boca.

– Enquanto estivermos aqui, por favor, não fume perto da Demi – pedi ao entrar na sala.

Dean olhou por cima do ombro e sorriu.

– Pode deixar. Não quero fazer mal ao bebê.

Ele pausou o jogo, largou o controle em cima da longa mesa vermelha que cava na frente do sofá e pegou seu copo. Não precisei perguntar para saber que era uísque puro.

– Nossa garota está tirando uma soneca? – perguntou ele, pondo os pés em cima da mesa.

O fato de ele chamar Demi de “nossa garota” me incomodou. Ela não era a garota de ninguém além de mim. Mas esse era o jeito de o meu pai falar. Ele agia como se fôssemos um conjunto. Sempre fizera isso.

– A minha garota está dormindo. Ela estava exausta – respondi, sentando na outra ponta do sofá.

Dean riu, tomou um gole do uísque e deu uma tragada no cigarro.

– Você é um homenzinho das cavernas possessivo em relação a ela, não é? Não puxou ao seu velho nisso.

Eu não puxara a ele em muitas coisas, mas não disse isso.

– Vou fazer tudo o que for preciso para fazê-la feliz. Mas vou ser eu que vou fazê-la feliz.

Sempre. Só eu.

Dean soltou um assovio baixo e balançou a cabeça, tirando o cigarro da boca e batendo-o num cinzeiro.

– Promessa difícil de cumprir. Mas boa sorte. As mulheres podem ser umas escrotas às vezes, só por diversão. Ninguém consegue fazer uma mulher feliz quando ela está bancando a escrota.

Aquela conversa não fazia sentido. Ele nunca tivera uma Demi na vida. Não fazia ideia de como ela era. Eu tinha um motivo para estar ali, queria apenas resolver o problema e ir para casa.

– Onde está Nan?

Dean suspirou e revirou os olhos.

– Não está aqui agora, felizmente. Ela é uma maluca.

– E onde está Kiro? – perguntei, decidindo ignorar a opinião dele sobre Nan.

– Estou bem aqui, porra! Aí está o cara! Olhe só para você, todo crescido e parecendo um homem. Como isso aconteceu em tão poucos meses, caramba? – A voz alta de Kiro era inconfundível.

Ele entrou na sala agarrado por uma mulher que parecia ter a minha idade. Os peitos dela estavam prestes a saltar da blusa justa que parecia um espartilho. Ela piscou para mim. Os cílios eram obviamente falsos. Ninguém tinha cílios tão longos.

– Vim dar um jeito na Nan – respondi, olhando para meu pai, que dava outra longa tragada no cigarro e avaliava a mulher que Kiro trouxera. Eu sabia que os dois dividiam às vezes. Não queria que Demi ficasse perto dessas sacanagens.

– Puta merda, vou ficar lhe devendo minha bola esquerda. Ela está me deixando de cabelo em pé. Por favor, acalme aquela maluca e me ajude a encontrar um jeito de conversar com ela. Ela sempre foi louca assim?

Eu sabia que Nan tinha seus problemas, mas ouvir o homem que era a principal causa deles falar desse jeito me deixou puto. Eu me levantei e olhei furioso para ele.

– Se ela tivesse tido um pai que desse a mínima para ela, talvez fosse tão normal quanto a Harlow. Mas não teve. Você a deixou sozinha com a minha mãe. NENHUMA criança deveria passar por isso. Pelo menos meu pai foi atrás de mim. Passou tempo comigo. Fez com que me sentisse querido. Você nunca fez isso pela Nan. É por sua causa que ela é toda problemática. – Eu não queria ter estourado com ele no instante em que ele entrou em casa, mas ele havia falado merda sobre a minha irmã.

– É a irmã dele, Kiro. Cuidado com o que fala – alertou Dean.

Meu pai vinha falando merda sobre Nan também, só que não era culpa dele ela ter ficado daquele jeito.

A garota se aproximou mais de Kiro.

– Você disse que ia ser divertido. Eu quero me divertir, gato. Você deixou a minha bocetinha toda molhada na limusine. Ela está pronta para ser comida – ronronou.

Eis algo que eu não queria que Demi visse e ouvisse. Sexo para eles era algo barato e sujo. Eu só queria que Demi visse o sexo como era com nós dois. Não aquela perversão.

– Seja uma boa menina e vá tirando a roupa enquanto eu converso com o garoto aqui. Seja boazinha, e talvez eu o deixe beijar essa sua bocetinha quente e molhadinha também.

– Aaaaah, que delícia. Dois em vez de um. – Ela riu e puxou a faixa do top, que caiu no chão e deixou seu peito à mostra bem ali, na frente de todos. Cenas assim eram normais

quando eu visitava meu pai, mas as coisas estavam diferentes agora.

– Hum... Ela colocou piercing nos mamilos – disse meu pai antes de virar o resto do uísque e se levantar.

– Vou voltar para o meu quarto e dar uma olhada em Demi. Converso com você depois que ela for embora – avisei, enojado, e saí pela porta.

– O que foi que deu nele? – perguntou Kiro enquanto eu saía. – Ele costumava aproveitar essas bocetinhas gostosas.

Voltei logo para Demi. Ela ainda estava enroscada na cama. Tirei os sapatos e me deitei ao seu lado, aconchegando-me nela. Eu gostava de tê-la perto de mim. Aquilo significava muito mais do que qualquer coisa que meu pai tivera na vida. A superficialidade dos relacionamentos dele me dava pena. Eu sabia o que ele estava perdendo. Mesmo com todo o sucesso que alcançara, ele não havia conseguido aquilo. Tantos anos desperdiçados.

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