9.9.14

Enroscado - Capitulo 15

 
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Ele está horrível. De um jeito deslumbrante e de ficar sem ar, de tão horrível.

Seus olhos estão injetados, seu rosto está pálido, com um pouco de barba no queixo. Mas, apesar disso tudo, ele continua sendo o homem mais lindo que já vi.

Olhar para qualquer outro lado não é possível.

Joe também está olhando. Seu olhar está inabalável, me absorvendo, irritado.

Ficamos parados daquele jeito por um instante. Depois, ele vem na minha direção. Seus passos estão determinados e focados, como se estivesse indo para uma reunião de negócios com sua carreira toda a perigo.

Ele para a apenas alguns passos de mim.

Mas parece muito mais distante.

E tudo que planejei dizer para ele em Nova York, de repente, some da minha mente. Em vez disso, começo tranquilamente:

– Como você sabia que eu estava aqui?

– Fui primeiro para o restaurante, vi sua mãe na cozinha. Ela disse que não sabia onde você estava. Ela ficou me encarando como se quisesse cortar meu pau e colocá-lo no Cardápio do Dia. Então, saí pela frente, aí encontrei com o Warren. Ele disse que você provavelmente estaria aqui.

Claro que Billy sabia onde eu estava. Como ele também sabe que eu iria gostar que ele mandasse o Joe até mim.

– Ele fez isso com seu rosto? – estou falando do vergão do tamanho de um punho na bochecha esquerda. Parece recente, começando a ficar roxo.

Ele toca com cautela.

– Não, Deloris estava com ele.

Nenhuma surpresa até então. Apesar de achar que ela não fez isso com vontade. Pois se a Dee Dee realmente quisesse machucar o Joe, ela não teria perdido tempo com seu rosto, ela iria direto nas bolas.

– Joe, o que você quer?

Ele deixa escapar uma risadinha, mas não tem nenhuma graça por trás disso.

– Esta é uma pergunta meio difícil – ele então desvia o olhar para o horizonte. – Não achei que você fosse deixar Nova York.

Levanto uma sobrancelha, questionando:

– Depois do seu showzinho? O que pensou que eu faria?

– Achei que iria me xingar, ou até me bater. Pensei que me escolheria, mesmo se fosse apenas para que ninguém mais pudesse me ter.

Ciúmes. A principal arma de Joe. Ele usou isso quando pensou que eu queria ficar com Billy de novo, lembra?

– Bom, você estava errado.

Ele acena, sorrindo.

– Parece mesmo – seus olhos encontram os meus por um bom tempo. Sua sobrancelha enruga um pouquinho. – Você estava… feliz… comigo, Demi? Pois eu estava muito feliz. E achava que você também estava.

Não consigo segurar o sorrisinho que vem aos meus lábios. Pois me lembro.

– Sim, eu estava feliz.

– Então me fala por quê? Você me deve isso.

Minhas palavras saem devagar, com uma tristeza silenciosa sobrecarregando cada sílaba.

– Não planejei nada, Joe. Você tem que saber que eu não queria que isso acontecesse. Mas aconteceu. As pessoas mudam. As coisas que queremos… mudam. E agora, eu e você queremos coisas bem diferentes.

Ele dá um passo para frente.

– Talvez não.

Estou tentando não imaginar a razão de ele estar aqui. Não quero criar esperanças. Porque a esperança, com certeza, paira, como um pedaço de madeira numa onda. Mas se for algo infundado?

Bate nas pedras, te quebrando em mil partes.

– O que isso significa?

Suas palavras saem cautelosas. Planejadas.

– Estou aqui para renegociar as cláusulas de nosso relacionamento.

– Renegociar?

– Pensei muito. Você terminou com o Warren e já veio direto para mim, entrou com tudo. Você nunca… saiu com muita gente. Passou o rodo. Então, se quiser sair com outras pessoas – seu maxilar se contrai, como se as palavras estivessem tentando ficar dentro e ele tem que forçá-las para sair –, não tenho problema algum com isso.

Meu rosto fica confuso.

– Você veio até aqui pra sugerir que a gente… saia com outras pessoas?

Ele engole em seco.

– Sim. Sabe, contanto que eu ainda esteja no jogo.

Sexo sempre foi a principal prioridade de Joe. É disso que ele está falando, não é? Ele não quer o bebê, mas não quer parar de dormir comigo também? Será que ele não quer mais nada? Sem laços. Sem compromisso.

Parece um episódio de Jerry Springer.

– Como isso funcionaria, Joe? Uma rapidinha no nosso horário de almoço? Uma ligação para transarmos à noite? Sem conversas ou perguntas?

Ele parece mal.

– Se é o que quer.

E estou tão… decepcionada. Indignada.

Com ele.

– Vá para casa, Joe. Está perdendo seu tempo. Não tenho vontade alguma de passar o rodo neste momento da minha vida.

Isso o deixa surpreso.

– Mas… por que não? Pensei… – ele para de falar. E depois seus olhos se tornam insensíveis. – É por causa dele? Está me falando que ele significa tanto para você?

Não gosto do seu tom de voz. Está depreciativo, como se estivesse debochando. Eu falei que era uma borboleta antes? Não. Sou a porra de uma leoa agora.

– Ele é tudo para mim – aponto o dedo – Não vou deixar você fazer eu me sentir mal por isso.

Ele recua, como se tivesse levado um tiro de uma arma de eletrochoque. Cinco mil volts direto em seu peito. Mas aí ele se recupera. E cruza os braços obstinadamente. Sem remorso algum.

– Não me importo. Não me importo nadinha.

Se você encher um pneu com muito ar e pressioná-lo além do limite, sabe o que acontece?

Ele explode.

– Como pode dizer isso! Qual é o seu problema?

Ele vem até mim.

– Está falando sério? Qual é o seu problema? Está usando drogas? Tem algum tipo de distúrbio de personalidade idiota que ainda não tinha percebido? Dois anos, Demi! Durante dois malditos anos, te dei tudo… e você… está morrendo de vontade de jogar isso fora!

– Não ouse dizer isso! Os dois últimos anos foram tudo para mim!

– Então, me mostre isso! Porra!

– Como devo mostrar isso, Joe? O que você quer que eu faça?

Ele grita:

– Quero qualquer coisa que você queira me dar!

Ficamos quietos.

Respirando forte.

Olhando para baixo.

E sua voz fica mais baixa. Derrotada.

– Aceito qualquer coisa, Demi. Apenas… não me diga que tudo terminou. Não aceitarei.

Cruzo os braços no meu peito, e o sarcasmo crepita no ar como estática.

– Você não parecia ter problema em aceitar isso quando sua língua estava lá na garganta daquela stripper.

– Demi, você não fica muito bem sendo hipócrita. Você acabou comigo. Achei que você merecia provar um pouco da sua própria droga.

Você vê isso toda hora. Em revistas de celebridades, na TV. Em um minuto, casais se declaram almas gêmeas, falam que nunca sentiram isso antes, vão ao sofá da Oprah, apaixonados. Aí depois, de repente, estão brigando iguais loucos, arrastando os advogados para lutar por dinheiro ou por casas… ou por crianças. Eu sempre fiquei imaginando como isso acontecia.

Preste atenção. É assim que acontece.

– Bom, Joe, dê um tapinha nas suas costas. Queria me machucar? Você conseguiu. Se sente melhor?

– Claro, estou emocionado. Como alguém correndo feliz no campo. Não consegue ver?

– Quer parar de agir como uma criança por pelo menos cinco minutos?

– Depende. Será que consegue parar de agir como uma vaca sem coração?

Se ele estivesse mais perto, eu daria um tapa nele.

– Te odeio!

Ele sorri com frieza.

– Considere-se sortuda. Gostaria de poder te odiar, rezei por isso. Para te tirar de mim. Mas você ainda está lá, por baixo da minha pele, como a porra de uma doença fatal.

Alguma vez já fez aquelas cruzadinhas no jornal? E está determinado a terminá-las, você começa sabendo que consegue? Mas aí fica muito difícil. Muito cansativa. Você desiste. Está apenas… acabada.

Coloco uma mão na testa. E apesar de tentar mostrar ser forte, minha voz sai baixa:

– Não quero mais isso, Joe. Não quero brigar. Podemos ficar discutindo o dia todo, mas não vai mudar nada. Não vou ter um relacionamento pela metade com você. Não é negociável.

– Que besteira! Tudo é negociável. Só depende do quanto as partes estão interessadas – ele começa a implorar. – E eu estou interessado, Demi, estou, até o fim. Pode me odiar o quanto quiser, mas… não… me deixe.

Ele parece tão melancólico. Desesperado. Tenho que parar de consolá-lo. De ceder, de dizer sim. Alguns dias atrás, eu teria aceitado. Teria aceitado a primeira oportunidade de comer suas migalhas. Para deixá-lo na minha vida, do jeito que desse.

Mas hoje não.

Porque não estou mais sozinha.

– Sou um pacote agora. Você tem que querer nós dois.

Ele dá um soco no ar, procurando por algo para bater.

– De que merda você está falando? – ele ruge. – É como se eu estivesse preso em algum filme idiota do Tim Burton, onde nada faz sentido! Nada disso faz algum sentido!

– Estou falando sobre o bebê! Não vou trazer um bebê para um relacionamento no qual ele não será querido! Não é justo. Não é o certo.

Não achava que era possível uma pessoa ficar tão pálida quanto o Joe quando chegou aqui, e ainda assim continuar vivo. Mas estava errada. Pois seu rosto ficou ainda mais branco. Quase dois tons abaixo.

– Que bebê? O que está… – ele me examina, tentando encontrar a resposta antes de perguntar. – Você está…grávida?

Isso meio que faz você se perguntar o quão forte a Deloris bateu nele, não é?

– Claro que estou grávida!

Ele dá um passo para frente. E seu rosto parece uma daquelas máscaras teatrais, com comédia e drama lado a lado.

– É meu?

Não respondo rapidamente, pois estou surpresa com a pergunta.

– De quem… de quem mais seria?

– Bob – ele diz despreocupadamente. Como se realmente acreditasse que eu sabia o que ele queria dizer.

– Bob?

– Sim, Demi, Bob. O cara que é tudo para você. É claro que você tem fodido ele, então como você sabe que o bebê não é dele?

Penso rapidamente nas minhas anotações mentais, procurando por algum Bob, tentando entender a razão de Joe achar que eu estaria saindo com ele.

– O único Bob que conheço… é a Roberta.

Isso o deixa de boca aberta.

– Quem?

– Roberta Chang. Bobbie, Bob. Fiz faculdade com ela. Ela é ginecologista e obstetra. Você me viu indo até o consultório dela naquela noite em que me seguiu.

Foi assim que soube…

Seus olhos se abrem, pensativos. Depois ele mexe a cabeça, sem acreditar.

Em negação.

– Não. Não, eu te vi com um cara. Você saiu com ele. Ele te pegou no colo e te abraçou. Ele te beijou. Estava segurando um pacote de comida.

Eu demoro um pouco para processar as palavras dele, e então me lembro:

– Ah, aquele era o Daniel. O marido da Roberta. Ele morou com a gente durante a faculdade também. Eles mudaram há apenas alguns meses para Nova York. Te falei sobre eles.

Não consigo entender a expressão no rosto de Joe. Em seguida, ele esfrega o rosto com uma mão, fortemente, como se quisesse arrancar a pele.

– Tudo bem, apenas… me explique uma coisa um instante. Quando escreveu o nome “Bob” na sua agenda, você estava se referindo à Roberta, uma mulher e obstetra, que estudou com você na Filadélfia?

– Isso.

– E o cara que vi com você, no estacionamento, é o marido dela e também um velho amigo?

– Isso.

Sua voz está firme. Tensa.

– E você acha que estávamos brigando este tempo todo porque…?

– Porque você não quer que eu tenha este filho.

Já viu um arranha-céu ser demolido? Eu já. Ele implode. Do topo para baixo, para não danificar os prédios ao seu lado. E é assim que Joe faz. Bem na minha frente. Ele desmorona.

Suas pernas perdem a força e ele cai de joelhos.

– Ah, meu Deus… Cacete… não acredito… porra… sou um idiota… completamente burro…

Abaixo com ele.

– Joe? Você está bem?

– Não… não, Demi… estou bem longe de estar bem, é assustador.

Pego suas mãos e seus olhos encontram os meus. De repente, tudo faz sentido. Finalmente.

As coisas que ele fez.

As coisas que ele disse.

Tudo volta ao lugar como a última peça de um mosaico.

– Pensou que eu estava tendo um caso?

Ele acena.

– Sim.

O mundo gira e quase não consigo respirar.

– Como você pôde achar isso? Como pôde acreditar que eu te trairia?

– Tinha o nome de um cara na sua agenda… e você mentiu… eu te vi abraçando aquele cara. Como você pôde pensar que eu não iria gostar de ter um filho? Nosso filho?

– Você falou para eu fazer um aborto.

Suas mãos se apertam em volta de mim.

– Eu nunca diria isso para você.

– Você disse. Você falou para eu terminar isso.

Ele mexe a cabeça e murmura.

– Terminar com o caso, Demi. Não o bebê.

Levanto o queixo, na defensiva.

– Mas eu não estava tendo um caso.

– Eu não sabia dessa porra.

– Bom, você devia saber!

Tiro minhas mãos dele e empurro-o pelos ombros.

– Caramba, Joe! – levanto, precisando sair de perto dele, porque tudo isso é demais. – Você não pode tratar as pessoas desse jeito! Não pode me tratar desse jeito!

– Demi, me…

Viro e aponto um dedo para ele.

– Se você for se desculpar, vou chutar bem forte as suas bolas, juro por Deus!

Ele fecha a boca. Espertinho.

Tiro o cabelo do rosto. E ando de um lado para o outro.

Devia me sentir melhor agora? Só porque tudo foi apenas um erro?

Se uma casa é destruída por um raio, você acha que os donos estão conformados pelo fato de que o raio não teve culpa de cair na casa deles?

Claro que não.

Pois a destruição já está feita.

– Você estragou tudo, Joe. Estava tão empolgada pra te contar… e agora toda vez que penso nisso, tudo que me lembro é de como foi horrível! – paro de andar e minha voz treme. – Eu precisava de você. Quando vi o sangue… quando me falaram que estava perdendo o bebê…

Joe me alcança, ainda de joelhos.

– Amor, não sei do que está falando…

– Porque não estava aqui! Se tivesse aqui, saberia do que estou falando, mas não estava! E… – minha voz estala e lágrimas embaçam minha vista. – E você prometeu. Prometeu que não faria isso… – cubro o rosto com as mãos e choro.

Choro por todo segundo inútil de dor. Por todo o espaço que continua entre nós e pelas escolhas estúpidas que aconteceram por causa disso. Não falo apenas das escolhas dele. Sou uma garota crescida, posso assumir minha parte da culpa.

Joe pode ter puxado o gatilho, mas eu carreguei a arma.

– Demi… Demi, por favor… – ele estende a mão para mim. – Por favor, Demi.

Ele parece despedaçado. Imediatamente, sei que não fui a única que sofri.

Mesmo assim, mexo a cabeça. Pois segundas chances só existem em parquinhos. A vida real não aceita repetições.

– Não, Joe – me viro de costas para ele e ando até o carro. Mas só dou alguns passos antes de parar e olhar para trás.

Consegue vê-lo?

De joelhos, com a cabeça nas mãos. Como um homem esperando para ser executado.

Quando penso no Joe, duas palavras vêm à mente: paixão e orgulho. Elas andam juntas. É quem ele é. Discussões, trabalho, amor – dá tudo na mesma para ele. Para frente com toda força. Sem hesitar, sem se prender ao passado. Joe sabe do que é capaz. E ele não para, não se compromete. Não precisa.

– Por que está aqui? – sussurro tão baixo que nem sei se ele consegue me ouvir.

Mas sua cabeça levanta rapidamente.

– Como assim?

– Você pensou que eu tinha te traído?

Ele sorri.

– Sim.

– Pensou que eu pudesse estar apaixonada por outra pessoa?

Ele concorda.

– Mas veio… até mim. Por quê?

Seus olhos se dirigem para meu rosto. Do jeito que ele me olha de manhã, quando acorda antes de mim. Do jeito que me observa, quando pensa que não estou vendo.

– Porque não consigo viver sem você, Demi. Nem sei como tentar.

No Ensino Médio, estava na turma de inglês avançado. Durante algumas semanas, analisamos O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë. Em quase todo ele, Heathcliff é o vilão. Ele é brutal, na maioria das vezes cruel. E, como leitor, você deveria odiá-lo.

Mas eu nunca consegui. Pois, apesar de todas suas ações desprezíveis, ele amava a Cathy.

Esteja sempre comigo – assuma qualquer forma – me deixe louco!

Apenas não me deixe no abismo, onde não posso te encontrar… não posso viver sem minha vida! Não posso viver sem minha alma!

Alguns de vocês vão falar que eu deveria ter castigado mais o Joe. Mas, ele se castigará melhor do que eu conseguiria. Outros vão dizer que eu devia ter feito ele se esforçar mais. Mas sabemos que ele teria feito isso.

Às vezes, perdoar é um ato de egoísmo. Perdoamos, não porque ganhamos isso, mas porque precisamos. Para ficar em paz. Para nos sentirmos completos.

Consigo viver sem Joe Jonas. Agora sei disso. Mas se puder escolher?

Nunca vou querer.

Tem apenas uma dúzia de passos nos separando, e corro cada um deles. Me jogo nele, e ele me pega. Ele coloca os braços em volta de mim e me abraça tão forte que não consigo sentir o ar nos pulmões. Mas não importa. Joe está me abraçando, então por que preciso respirar?

– Me desculpe, Demi… Caramba, estou tão arrependido – ele parece desesperado.

Lágrimas escorrem de meus olhos.

– Pensava que não iríamos… quando disse…

– Xiu… não quis dizer aquilo. Juro pela Mackenzie que nada daquilo era verdade. Nunca quis… – ele esconde o rosto no meu pescoço, seu arrependimento sai dos olhos e molha minha camiseta.

Abraço-o ainda mais.

– Eu sei, Joe. Eu sei que não queria.

Ele passa as mãos no meu cabelo, depois elas acariciam meu rosto, meus braços, minhas costas.

– Eu te amo, Demi. Te amo tanto.

Ano passado, Joe e eu fomos para o Japão. Teve um dia em que paramos numa loja de árvores bonsai. Elas têm uma aparência estranha, não acham? Com troncos atrofiados e ramos torcidos. O dono da loja nos disse que são os nós e as curvas que as fazem ficarem mais fortes, que não permitem que elas se estilhacem mesmo durante uma tempestade forte. É assim que eu e o Joe somos.

Seus lábios tocam minha testa, minhas bochechas. Ele segura meu rosto e eu o dele com as minhas mãos. Nos beijamos. Nossas bocas se mexem em sincronia, feroz e agressivamente, carinhosa e lentamente. Todo o resto, cada machucado, cada palavra de insulto, desaparece como neve na luz do sol.

Nada mais importa. Pois estamos juntos. Vamos encontrar nosso caminho.

Joe pressiona sua testa na minha, depois sua mão cobre minha barriga. Seu toque é de admiração e ele fala, impressionado.

– Vamos mesmo ter um bebê?

Rio, com lágrimas ainda caindo.

– Sim, vamos. Você realmente quer?

Ele seca o molhado das minhas bochechas.

– Com você? Está doida? É uma das fantasias que ainda tenho. Eu teria vinte crianças com você, aí a gente poderia dar uma lição para aquele povo que tem mil filhos.

Rio novamente e me sinto bem. Tudo está tão certo. Encosto a cabeça no ombro de Joe. Seu rosto relaxa no meu cabelo, inalando o cheiro dele.

Em seguida, ele jura:

– Tudo bem, Demi. Ficaremos bem.

E eu acredito nele.


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Estou emocionada :') ela perdoou ele, mas não será tão fácil para conseguir a confiança de Dee Dee e de Carol de novo ajhgdjash
Obrigada pelos comentários, depois eu converso com vcs sobre a nova fic ;)

8 comentários:

  1. Perfeito!!!!!! Estou muito emocionada com a reconciliação deles!!!!! Posta mais!!!!!!

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  2. Awwn meu deus que amor, que meigo, que tudo. Ela perdoou ele, to surtando. Umas das melhores partes, sem dúvida

    -Nathalia-

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  3. As vezes, perdoar é um ato de egoísmo. Perdoamos, nao porque ganhamos isso, mas porque precisamos. Nunca mais vou esquecer isso

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  4. Divulga por favor: http://jemiendlessly.blogspot.com.br

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  5. faz outra maratona! Só p encerrar a fic... Ela é perfeita, amr <3

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  6. Posta logo, mal posso esperar para a próxima temporada e para as próximas fics ;)

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  7. CONSEGUI ACOMPANHAR! !!!! QUE FIC, Apaixonada pelo Joe, meu favorito mesmo sendo cafajeste.........
    MANDA LANÇAREM P TERCEIRO LIVRO LOGO

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