17.9.14

Losing It - Capitulo 2 - Maratona 2.10

 
~
 
EU NÃO PODIA DIZER se a sensação de queimação no meu peito tinha a ver com o olhar semicerrado que Joe estava me dando ou o restante do meu primeiro Jack e Coca que eu tinha acabado de engolir como se fosse água.

 Um garçom chegou com o aceno de Joe, e eu levei um momento para me dar uma silenciosa conversa estimulante enquanto ele pedia para si um drinque.

 — Demi? — Joe solicitou.

 Sua voz provocou arrepios em mim.

 Eu olhei para cima para ele, então para o garçom, que veio a ser o Garoto Garçom de antes. Eu abri minha boca para pedir por outro Jack e Coca, mas o Garoto Garçom me impediu com uma mão em meu ombro. — Eu me lembro – Jack e Coca, certo?

 Eu assenti, e ele me lançou uma piscadela e um sorriso. Eu parei me perguntando por um segundo como ele sabia o meu pedido. Eu estava bastante certa que a garota garçonete me serviu por último. Ele ainda estava sorrindo para mim, então eu me forcei a falar. 

— Obrigada, hum...

 — Brandon — ele forneceu.

 — Obrigada, Brandon.

 Ele olhou para Joe, e depois se focou de volta em mim.

 — Eu devo dizer à sua amiga lá na frente que você estaria bem aqui atrás?

 — Oh, hum, certo, eu imagino.

 Ele sorriu em resposta, e permaneceu ali olhando para mim por alguns segundos antes dele se virar para seguir de volta ao bar. Eu sabia que eu tinha que olhar para Joe novamente, mas eu estava apavorada que eu fosse derreter em uma poça de excitação e embaraço se eu encontrasse seus exuberantes olhos novamente.

 Ele disse:

 — Sabe, algumas vezes eu me pergunto se Desdemona era tão inocente quanto ela demonstrava. Talvez ela soubesse o efeito que ela tinha nos caras, e gostava de fazê-los sentir ciúmes.

 Eu encontrei seus olhos em seguida, e eles estavam estreitos, me estudando.

 Eu engoli meu nervoso e o estudei de volta.

 — Ou talvez ela estivesse apenas intimidada pela intensidade de

Othello e não sabia como falar com ele. Comunicação é a chave, afinal de contas.

 — Comunicação, hein?

 — Poderia ter resolvido muito dos problemas deles.

 — Nesse caso, eu irei me esforçar a ser tão claro quanto possível. — Ele ergueu sua cadeira e a colocou a meros centímetros da minha. Ele se afundou ao meu lado e disse: — Eu gostaria que você não voltasse para sua amiga. Fique aqui comigo.

Engula, Demi.

 Eu disse a mim mesma, você tem que engolir ou você pode começar a babar.

— Bem, minha amiga está esperando. O que nós faremos se eu ficar?

 Ele estendeu uma mão e empurrou meu cabelo do meu ombro. Sua mão roçou sobre meu pescoço, pausando no meu ponto pulsante, o qual deveria estar enlouquecendo.

 — Nós podemos conversar sobre Shakespeare. Nós podemos conversar sobre qualquer coisa que você queira. Embora eu não possa prometer não ficar distraído pelo seu adorável pescoço. — Seus dedos viajaram sobre minha mandíbula, até eles alcançarem meu queixo, o qual ele puxou para frente levemente com a pressão do seu dedo indicador. — Ou seus lábios. Ou esses olhos. Eu podia cortejar você com estórias sobre minha vida, como Othello faz com Desdemona.

 Eu já estava suficientemente cortejada.

 Minha resposta foi vergonhosamente sem fôlego: 

— Eu prefiro não comparar nossa noite com um casal que terminou com um assassinato/suicídio.

 Ele sorriu, e seus dedos caíram do meu queixo. Minha pele queimava onde ele tinha me tocado, e eu tive que me impedir de me inclinar para frente e seguir seu toque.

 — Touché. Eu não me importo com o que nós façamos contanto que você fique.

 — Tudo bem. 

Eu estava imensamente orgulhosa por ter conseguido uma resposta calma ao invés de Querido Deus, sim, eu farei qualquer coisa que você peça que estava, no momento presente, correndo pela minha mente.

 — Talvez eu deva me trancar do lado de fora do apartamento com mais frequência.

 Eu prefiro que nós nos tranquemos no lado de dentro, na verdade.

 Meu bolso começou a vibrar, e eu corri para atender meu celular antes que soasse o meu vergonhoso toque de uma boyband.

 — Sim?

 — Você caiu ou o que?

 Era Selena.

 — Não, Selena, eu não. Escute, porque você apenas não segue para casa sem mim.

 Os olhos de Joe escureceram, e minha respiração acelerou enquanto seu olhar caia para meus lábios.

 — Você não vai se safar disso, Demi. Você vai transar essa noite nem que eu mesma tenha que fazer isso.

 Deus, ela não podia falar mais alto? Eu achei que Joe tinha que ter ouvido, mas seus olhos nunca deixaram meus lábios.

 — Isso não será necessário, Sel.

 Eu tentei pensar em um jeito secreto de contar a ela que eu já tinha encontrado meu cara, quando eu ouvi um consumo de respiração seguido por — OH. MEU. DEUS.

 Eu olhei sobre o ombro de Joe em tempo de ver o sorriso amplo de Selena, e o impuro gesto de mão que seguiu.

 — Tá, tudo bem, então eu falarei com você mais tarde, Sel?

 — Você muito certamente que vai. Você irá me ligar e me contar cada detalhe maravilhoso de cair morta.

 — Nós veremos.

 — É melhor você fazer mais do que ver essa noite, querida. Eu espero que seus olhos estejam completamente abertos depois do encontro dessa noite.

 Eu desliguei sem dar uma resposta. 

 — Sua amiga? — ele perguntou.

 Eu assenti, porque seu olhar atual fazia meu sangue ferver. Nunca na minha vida eu me senti tão excitada por alguém que nem sequer estava me tocando. Sexo saía do homem em ondas, e eu estava surpresa em encontrar o quanto interessado eu estava em aprender como nadar.

 — Você vai ficar?

  Eu assenti novamente, cada músculo no meu corpo tenso. Se ele não me beijasse logo, eu ia explodir. Apenas quando eu pensei que ele fosse, o Garoto Garçom retornou com nossos drinques. Ele apareceu com um sorriso, o qual despencou em ver o quanto perto Joe e eu estávamos.

 — Desculpe ter demorado tanto. Nós nos atolamos lá na frente.

 Eu me agarrei à distração.

 — Não tem problema, Brandon.

 — Certo. Você precisa de algo mais?

 — Não, eu estou bem.

 Os olhos de Brandon tremeluziram para Joe, e em seguida ele se inclinou um pouco mais perto de mim.

 — Você tem certeza?

 — Nós temos certeza — Joe demarcou curtamente antes de entregar a ele algumas notas. — Fique com o troco. 

 Brandon verificou mais um casal que estava algumas mesas distante, e depois ele partiu para frente do bar novamente. Quando ele estava fora do alcance da voz, eu me virei de volta para Joe. Eu percebi que seu braço tinha feito o seu caminho contornando minha cadeira.

 — Você é do tipo ciumento, Joe?

 — Não de fato.

 Eu ergui uma sobrancelha, e ele sorriu descaradamente.

 Ele disse:

 — Talvez essa discussão de Othello tenha me deixado um pouco no limite.

 — Então vamos falar sobre outra coisa. Que horas o chaveiro disse que estaria pelo seu apartamento?

 Ele olhou brevemente no seu relógio, e eu peguei a oportunidade para olhar a incrível constituição dos seus braços.   

 — Ele deve estar lá muito em breve. 

 — Você deve ir e esperar por ele? — Era difícil apontar exatamente o que eu queria naquele momento. Eu definitivamente gostei dele, e eu definitivamente queria que ele me beijasse, mas eu estava tão acostumada a sabotar coisas assim que elas nunca chegavam tão longe. Eu estava sempre procurando por uma porta dos fundos, uma saída.

 — Você está tentando se livrar de mim?

  Eu respirei. Sem volta. Sem portas dos fundos, não dessa vez. Eu mordi meu lábio, e olhei para ele. Eu esperava que ele não lesse o medo vibrando por baixo da minha confiança fachada. Eu disse:

 — Eu imagino, que nós podemos ir e esperar por ele.

 Ele olhou para meus lábios novamente. Morrendo... eu estava morrendo para ele me beijar.

 — Muito melhor.

 Ele se levantou e ofereceu seu braço para mim. 

— Minha dama?

 — Você não quer terminar nossos drinques?

 Ele pegou minha mão, e pressionou seus lábios contra o lado interno do meu pulso. — Eu já estou intoxicado.

 Eu ri, porque a deixa era ridícula (e porque eu não queria admitir que ainda assim funcionou).

 Ele sorriu.

— Muito demasiado? O que eu posso dizer... O Poeta me deu um faro para o melodrama.

 — Vamos tentar para algum realismo ao invés disso.

 Ele disse: — Eu acho que eu posso fazer isso.

 Eu mal tinha processado suas palavras antes dele me puxar para cima da cadeira e cobrir minha boca com a sua. Sua essência me sobrecarregou – cítrico e couro e algo mais que fez minha boca aguar. Eu estava muito chocada para reagir. Eu estava intensamente consciente do fato que ele estava me beijando no meio de um bar, até ele mordiscar meu lábio inferior. Em seguida eu me esqueci sobre tudo exceto ele. Todo o meu corpo estremeceu, e meu coração despencou em direção ao meu estômago como se a força da gravidade tivesse dobrado. Minha cabeça estava nadando, mas eu não me importei. Eu abri minha boca, e imediatamente sua língua entrou, tomando controle. Minhas mãos se fecharam nas suas costas, e em resposta, ele me puxou mais perto. Seu beijo era lento e em seguida rápido, tenro depois provocador. Nós estávamos pressionados tão firmemente que eu podia sentir cada rota do seu corpo, mas ainda assim eu queria ficar mais perto. Sua mão escorregou subindo a parte de trás da minha camisa – dedos quentes pressionando na minha carne já superaquecida. Um gemido escapou da minha boca com o contato íntimo. Imediatamente, eu me arrependi, porque o som pareceu clarear sua mente, e ele se afastou.

 Eu não podia impedir meus lábios de seguirem-no, mas ele permaneceu fora do alcance do meu beijo. Ao invés disso ele gemeu, mergulhou sua cabeça, e colocou um beijo ardente no meu pescoço.

 Meu cérebro definitivamente estava em discagem lenta. Eu era todo corpo naquele momento, e Deus, isso parecia bom. Eu era somente a soma das minhas terminações nervosas, as quais estavam enlouquecendo. Ele exalou pesadamente, e chamuscou minha pele. Sua voz estava rouca quando ele falou —: Desculpe. Me deixei levar.

 Aquelas eram exatamente as palavras certas. Deixado levar. Eu nunca estive tão envolvida por outra pessoa antes. Eu nunca estive tão... fora de controle. Estava de uma vez me excitando e me aterrorizando.

 Seu rosto apareceu na frente do meu, e eu tentei manter minha expressão neutra. Sua mão deslizou para fora da minha camisa, e eu estremeci, minha pele triste com a perda.

 Ele deu um passo para trás. 

— Certo. Talvez seja hora para um pouco mais de razão, pouco menos paixão.

 Eu ri, mas no interior eu estava dando um dedo do meio à razão. Ela tinha me dominado muito tempo.
 
~
 
Capitulo programado!! Beijoos e comentem!! <3

3 comentários: