17.9.14

Losing It - Capitulo 3 - Maratona 3.10

 
~
 
- VOCÊ ESTÁ BRINCANDO COMIGO comigo, certo?

 Eu olhei para ele, me perguntando se meu lado esdrúxulo de controle podia lidar com isso.

 Sua mão roçou na minha mandíbula. 

— Eu prometo que eu irei devagar.

 Eu neguei com minha cabeça, e sua mão caiu. 

— Eu não acho que eu possa fazer isso.

 — Apenas se segure em mim. Eu prometo... você irá se divertir.

 — Joe...

 — Demi, só confie em mim.

 Eu respirei fundo. Eu podia fazer isso. Eu só tinha que reduzir a discagem do meu cérebro como Selena disse.

 — Tudo bem, mas se apresse... antes que eu mude de ideia.

 Seu rosto se dividiu em um sorriso, e ele colocou um rápido beijo na minha testa.

 — Muito bem.

 Em seguida ele cuidadosamente fixou o capacete sobre meu cabelo, jogou uma perna sobre a sua moto, e ofereceu sua mão a mim. Eu repreendi minhas reservas, e escorreguei minha mão na dele. O assento era curvo então mesmo embora eu tentasse me sentar alguns centímetros para trás, eu deslizava até que meu corpo estivesse pressionado bem contra o dele.

 Sua mão fixou-se no meu joelho, seus dedos curvando até que eles fizeram cócegas na área sensível na parte de trás.

 — Segure-se em mim.

 Eu fiz como ele disse, e quase tive um aneurisma quando eu pude sentir os cumes do seu abdômen através da sua camisa. Subitamente eu estava ultra-consciente da pequena barriga que repousava justo acima do meu jeans. Ele ia dar uma longa olhada no meu corpo e saber que eu não era boa o bastante para ele. Inferno, ele provavelmente podia sentir essa pequena barriga contra as suas costas agora, e já estava se arrependendo disso. Depois a mão ao redor do meu joelho deu um rápido puxão, e mesmo embora eu não soubesse que nós poderíamos nos aproximar, nós nos aproximamos.

 Eu não estava apenas pressionada contra ele. Eu estava engessada nele.

 Minha pélvis estava tão firme contra ele que uma tontura rompeu de mim. E no mesmo momento , nós decolamos. Eu enfiei minhas mãos no seu meio, e ele pulou, toda a moto guinando para o lado.

 Eu gritei. Bem, mais como berrei. Direto na sua orelha.

 Ele nos endireitou, e em seguida reduziu a uma parada na placa de pare.

 — Tudo bem?

 Com meu rosto enterrado contra seu ombro, eu consegui chiar:

 — Sim.

 — Desculpe, amor, eu só tenho um pouquinho de cócegas, é tudo.

 — Oh. — Eu afrouxei meus dedos que estavam praticamente engatados nas suas laterais. Graças a Deus ele não podia ver o meu rosto nesse momento. Vermelho não me dava uma boa aparência.

 Ele pegou minhas mãos, e a puxou até que meus antebraços estivessem cruzados no seu meio, e meus braços estivessem envoltos nele por completo.

 — Assim está melhor. Vamos dar outra partida.

 Dessa vez quando ele disparou, eu não gritei. Ele adquiriu velocidade lentamente, e eu mantive minha bochecha achatada contra suas costas com meus olhos fechados.

 Shakespeare estava preso na minha cabeça da nossa conversa anterior, então eu recitei tudo que eu sabia para manter minha mente ocupada. Eu comecei com o monólogo de Hamlet. Depois passei para o Discurso do Dia de São Crispim de Henry V. Eu estava terminando o monólogo de Macbeth Amanhã e Amanhã e Amanhã5 quando Joe interrompeu.

 — Você realmente ama o Poeta.

 Mortificação estava se tornando minha emoção padrão. Imagino que eu não estava recitando aqueles na minha cabeça como eu pensei que estava.

 — Oh, eu, hum, apenas memorizo muito facilmente.

 Minha bochecha ainda contra suas costas, eu tentei acalmar meu coração acelerado. Agora que a moto não estava se movendo, meu cérebro estava livre para temer aquela outra coisa sobre a qual eu tinha estado ativamente não pensando.

 Sexo.

 Eu ai fazer sexo.

 Com um cara.

 Um cara ardente.

 Um ardente cara BRITÂNICO.  

Ou talvez eu fosse vomitar.

 E se eu vomitasse no ardente cara Britânico?

 E se eu vomitasse no ardente cara Britânico DURANTE O SEXO?

 — Demi?

 Eu recuei, horrorizada e me perguntando se eu acidentalmente falei alto novamente.

 — Sim?

 — Nós podemos sair da moto a qualquer hora.

 — Oh. — Eu arrastei meus braços para trás tão rapidamente que eu quase perdi meu equilíbrio e caí da moto. Com sorte, com apenas um pequeno guincho, eu consegui me estabilizar, e lentamente deslizei para fora da moto.

 Então minha panturrilha roçou em um tubo na lateral da moto, e eu estava gritando novamente.

 Estava quente. Tão MALDITAMENTE quente. E agora minha pele estava ardendo.

 — Demi?

 Eu tinha mancado a vários metros de distância da moto no momento em que Joe me alcançou. Apesar dos meus punhos fechados, e da maneira que eu estava mordendo meu lábio para segurar a dor, meus olhos estavam despedaçados.

 Suas mãos fecharam em conchas no meu rosto, e em seguida ele olhou para baixo à minha perna onde uma vermelha equimose estava brilhando cerca de três centímetros abaixo da bainha da minha calça capri.

 — Oh, droga.

 Eu mantive meus lábios bem fechados, duvidosa se eu pudesse abrir minha boca sem chorar. Joe escorregou o seu braço ao redor da minha cintura, e eu joguei um sobre seu ombro.

 — Venha, amor. Vamos esperar que o chaveiro já tenha chegado.

 Pela primeira vez, eu olhei ao redor e percebi onde nós estávamos.

 Nós estávamos no meu condomínio.

Nós vivíamos no mesmo condomínio!

  Eu guerreei se eu deveria dizer algo enquanto ele me guiava em direção ao seu apartamento. Eu quase mencionei quando nós passamos meu próprio carro, mas então eu me relembrei que isso deveria ser uma coisa de uma noite. Ele estava a um prédio acima do meu. Graças a Deus. E se ele morasse bem ao meu lado, e eu tivesse que vê-lo todos os dias após o, sem dúvida, terrível sexo que eu estava prestes a tentar ter com ele?

 Nós chegamos à sua porta.

 Sem chaveiro.

 A pele da minha panturrilha parecia quente, como se eu estivesse de pé ao lado de uma chama viva.

 Ele dispensou a mim um olhar preocupado, e em seguida puxou o seu telefone.

 Ele apertou o botão de ligar duas vezes, refazendo a última chamada que ele discou.

 Ele se distanciou de mim para falar, e eu me inclinei pesadamente contra a parede ao lado da sua porta. Evidentemente, eu não estava no clima de fazer sexo. Isso era Deus me dizendo que eu estava predestinada a ser uma freira. Prenda-te em um convento, e toda essa baboseira.

 Eu estava tão delirante que eu estava confundindo Deus e Shakespeare.

 Joe voltou, e mesmo seu franzir de cenho era exuberante.

 — Más notícias. O chaveiro se atrasou, e não estará aqui por outra hora.

 Eu tentei não me encolher. Eu falhei.

 Ele se ajoelhou, e seus dedos correram subindo a minha canela, parando a poucos centímetros à direita da queimadura. Graça a Deus eu estava depilada. Ele respirou fundo, e soltou lentamente pelo seu nariz. Ele fechou seus olhos por um momento, e em seguida assentiu.

 — Certo. Bem, nesse caso, nós devemos talvez levar você à Emergência do Hospital.

 — O que? Não!

 O que Selena diria? Eu saí com o objetivo de fazer sexo, e ao invés disso eu terminei na Emergência do Hospital. FML (Fuck My Life - Ferre com a minha vida) 

 — Demi, a queimadura não está tão ruim, mas se você não começar a tratá-la, vai doer como um inferno.

 Eu bati minha cabeça de volta contra a parede, e soprei uma mecha de cabelo do meu rosto. — Eu não moro longe. Nós podemos apenas ir para minha casa.

 — Oh. Tudo bem.

 Seu sorriso voltou ao seu rosto, e por um breve segundo eu estava muito inundada em outros sentimentos para me lembrar da dor. Ele continuou: — Nós vamos ter que tomar cuidado em colocar você de volta na moto. Não queremos que você se queime novamente.

 Eu mordi meu lábio inferior. 

— Nós não temos realmente que pegar a moto.

 Ele graciosamente arqueou uma sobrancelha. 

 — Quando eu disse que não moro longe, eu quis dizer que eu moro no prédio seguinte.

 Ambas as sobrancelhas se ergueram em seguida. Sua surpresa apenas durou um segundo antes de uma expressão diferente cruzar seu rosto – uma mais difícil de decifrar que fez as borboletas no meu estômago começarem a ter convulsões.

 — Vamos para o seu apartamento, então... vizinha.

 Eu senti meus joelhos fracos, e não apenas por causa da dor.

 Eu engoli, mas minha boca ainda parecia seca. Ele não colocou seus braços ao meu redor novamente, mas seus dedos tocaram minhas costas levemente, e em seguida eles permaneceram ali conforme nós caminhávamos. Nós chegamos ao meu apartamento em menos do que um minuto. Sua mão caiu para a parte baixa das minhas costas enquanto eu remexia por minhas chaves, e por um segundo, eu me esqueci sobre o que eu estava procurando.

 Chaves. Para o meu apartamento.

 O qual ele estava prestes a entrar.

 Comigo.

 Sozinhos.

 Para fazer sexo.

 Sexo. 

 Sexo.

 Sexo.

 Meus dedos pareciam quebrados conforme eu tentava e falhava inserir a chave na fechadura. Ele não disse nada. Nem ele tirou as chaves de mim – o que foi legal, por que isso teria me irritado totalmente. Eu poderia ser uma ruína mental, emocional e física, mas eu não precisava que um cara girasse a chave para mim. Sua mão permaneceu calmamente, gentilmente, pacientemente contra minhas costas até que eu conseguisse forçar a porta a abrir.

 Quando eu pisei adiante dentro do corredor escuro, sua mão não seguiu. Eu olhei atrás para ele, de pé no alpendre, sua mão agora enfiada casualmente nos seus bolsos. Seu sorriso estava torto, cativante, e deslumbrantemente de parar o batimento cardíaco. Mas ele parecia como se não estivesse planejando entrar. Era isso. Ele tinha mudado de ideia. Porque eu era uma completa bagunça. Porque ele não mudaria?

 Eu respirei, me relembrando que eu era incrível. Eu não era insegura ou tímida. Eu só era uma virgem. Não uma grande coisa. E se eu alguma vez quisesse não ser uma virgem, eu ia ter que fazer sexo. Hora de ser durão, hum... durona.

 — Você está esperando por um convite? — eu perguntei, olhando-o em pé cuidadosamente do lado de fora da minha porta. — Essa é a parte onde você me diz que você é um vampiro?

 Ele riu. 

— Não, eu prometo que a palidez é apenas porque eu sou Britânico.

 — Então pelo que você está esperando? O que aconteceu com o cara que me fez sentar para descobrir o seu nome e tornou bastante evidente que ele não queria que eu voltasse para a minha amiga? — O que aconteceu com o cara que foi ousado em formas que eu apenas podia fingir ser?

 Ele deu um passo, então ele estava de pé na entrada da porta, e inclinado contra o batente. — Aquele cara está tentando ser um cavalheiro, porque por mais que ele queria que você voltasse para a casa dele e por mais que ele queria beijar você – você está machucada, e eu temo que de fato você não me queira aqui.

 — Você quer dizer que ele está com medo.

 — Hmm?

 — Você estava falando na terceira pessoa, e então mudou para primeira... — E eu estava incoerente.

 — É, eu estava. — Ele ainda estava sorrindo. O que isso significava? — Foi legal te conhecer, Demi.

 Essa era a saída fácil se eu não quisesse prosseguir com isso. Se eu quisesse que minha virgindade visse a luz do dia... novamente. Ele estava se retirando. Tudo o que eu tinha que fazer era deixá-lo ir.

 — Espere!

 Ele sorriu um pequeno, sorriso oculto, e ergueu aquela uma sobrancelha novamente.

 Eu respirei através do meu medo. — Se ele está tentando ser um cavalheiro, ele não deveria ficar e tentar ajudar a garota machucada que não sabe nada sobre tratar queimaduras de moto?

 Seus olhos deixaram os meus para olhar para a minha panturrilha, e quando ele olhou para cima novamente, seus olhos encontraram meus lábios ao invés disso.

 — A garota machucada está certa. Seria uma coisa cavalheira a se fazer.

 Em seguida ele entrou no meu apartamento e fechou a porta.

 A luz dos postes do lado de fora desapareceram, e nós ficamos no corredor escurecido porque minha luz do teto tinha queimado por semanas, e eu ainda não tinha substituído.

 Eu podia sentir o calor radiando dele conforme ele se aproximava. Sua mão mais uma vez colocada na parte inferior das minhas costas, e ele sussurrou no escuro: — Lidere o caminho, amor.
 
~
 
Capitulo programado!!! Beijoos e comentem <3 


2 comentários: