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A LEVEZA DA NOITE anterior evaporou na Sexta de manhã. Cade não estava com raiva por assim dizer, mas ele não estava muita coisa de fato. Ele não conversou comigo na greenroom ou sentou perto de mim na aula. Quando eu me unia a uma conversa, ele saía. Eu era uma droga, e ela pareceu estar em abstinência.
O gentil sorriso de Joe na Preparação Sênior ajudou. Nós requisitamos os computadores do laboratório de Designer pelo dia para fazer pesquisa de pós-graduação. Alguns estavam pesquisando escolas de graduação, outros vasculhando estágios. Selena estava procurando passagens aéreas e hotéis em cidades aleatórias ao redor do mundo.
Eu estava olhando para a página de mecanismo de busca.
Mãos se enroscaram na parte de trás da minha cadeira, e o corpo de Joe se inclinou perto do meu. A proximidade era completamente perturbadora.
— O que você está pensando, Demi?
Eu deveria ter dito, você. Nu. Isso o teria chocado. Não que eu realmente estivesse pensando nele nu... bem, agora que eu mencionei isso, eu estava... droga.
Como eu disse, perturbadora.
Eu neguei com a minha cabeça, porque eu não tinha uma resposta, não uma que eu poderia dizer em voz alta. Ele me contornou e se inclinou na mesa, olhando para mim.
— Atuação ou Gestão de Palco? — O olhar que ele fixou em mim pareceu muito pessoal nessa sala cheia com meus colegas, mesmo se nenhum deles estivesse olhando, bem, exceto Selena. Ela observava bastante qualquer momento que Joe conversava comigo, o que me relembrava que nós tínhamos que ser cuidadosos.
— Eu não sei —, eu murmurei.
— Tá bom, bem e que tal a cidade? Você pode começar a olhar apartamentos. Isso certamente é algo sobre o qual você tem que pensar, especialmente se você está indo para Nova Iorque.
Eu olhei para a caixa do mecanismo de procura. Ela estava me insultando.
— Eu não posso pagar por Nova Iorque —, eu disse a ele.
— Tudo bem. A maioria das pessoas não pode. Há muitos mercados regionais para se considerar. Filadélfia. — Eu me virei para encará-lo. Ele estava me dizendo para olhar em Filadélfia? Onde ele vivia? Ele estava tentando me dizer algo ou eu estava lendo muito além disso. Seu rosto estava em branco conforme ele continuou —, Dallas e Houston ambos têm uma boa quantidade de trabalho. Chicago. Seattle. Boston. D.C. Há bastante de onde se escolher, realmente. — Eu me virei de volta em direção ao meu computador, meu coração ainda batendo um pouco muito rápido. Eu definitivamente estava lendo além. Não era como se nós estivéssemos sério. Nós passamos a noite aconchegados no meu sofá. Isso não significou que nós estávamos juntos ou que eu estava pronta para me mudar para o outro lado do país com ele.
— Apenas explore. Olhe algo —, Ele disse antes de me deixar para continuar andando pela sala.
Eu coloquei meus dedos nas teclas, mas eles pareciam como chumbo, muito pesados para se mover. Eu encarei a tecla com a letra ―F‖. Eu podia ver Selena me observando do canto do meu olho, e por mais curiosa que eu estivesse agora sobre a Filadélfia, eu digitei ―Estágios de Gestão de Palco‖ no mecanismo de busca.
Depois eu cliquei de site para site, observando o relógio pelo canto da tela, com vontade que os números mudassem mais rápido.
Quando a aula terminou, meu alívio foi fugaz.
A lista de elenco tinha sido postada.
Eu ainda era Phaedra, o que era bom. Quanto vergonhoso teria sido se Eric tivesse mudado de ideia? Selena conseguiu Afrodite como ela queria.
Rusty conseguiu um soldado, apenas como ele tinha previsto.
E Cade era Hippolytus.
***
Eu bati na porta de Joe naquela noite, nervosa apesar do nosso acordo de levar as coisas devagar. Nós não tínhamos realmente conversado sobre fazer qualquer coisa essa noite, e apesar do nosso tênue relacionamento, nós ainda tínhamos que trocar os números. Então, eu esperava que não estivesse
sendo carente ao procurar por ele uma segunda noite seguida. Hamlet, definitivamente, estava feliz em me ter fora do apartamento. Nós ainda não estávamos co-existindo muito bem.
Minha preocupação suavizou quando ele abriu a porta e disse —, Graças a Deus. Eu estive pensando em chegar à sua casa por mais de uma hora, mas eu estava com medo que eu batesse na porta e você tivesse pessoas por lá ou algo.
Eu ri.
— Talvez nós devêssemos trocar nossos números então.
Ele disse —, Você vai colocar o meu telefone sob algum codinome secreto para que ninguém saiba que eu sou quando eu enviar mensagens obscenas?
Meus olhos se ampliaram. — Você está planejando me enviar mensagens obscenas?
Seus olhos dançaram com diversão e aquele sorriso ofuscante estava de volta no seu rosto. — Eu não estou descartando isso.
Oh. Oh. Meus nervos dispararam de novo.
Ele pegou a minha mão, e me arrastou para dentro da sua sala de estar onde um livro estava aberto no seu sofá. Era poesia, lógico, porque ele era perfeito, e lamentavelmente demais para mim. Ele marcou sua página, e colocou o acervo em cima de uma pilha de livros na extremidade do sofá.
Ele esticou sua mão e enlaçou nossos dedos no espaço entre nós. Eu queria me inclinar nele, enrolar-me ao seu redor, e não me mover dos seus braços até que eu fosse obrigada, mas eu ainda me sentia incomoda. Nós ainda estávamos nesse ponto onde nós podíamos apenas fazer isso? Ou nós tínhamos que trabalhar nossa saída disso?
— Então... A lista de Elenco? — Ele perguntou.
Eu resmunguei e inclinei minha cabeça para trás contra seu sofá.
— Não é tão ruim assim, é?
— Isso depende se ou não o Cade estiver falando comigo na época dos ensaios, cerca de duas semanas.
Eu não tive que me preocupar sobre como relaxar com isso, porque Joe não tinha receios sobre me arrastar para ele. Minha cabeça encaixava perfeitamente na curva do seu ombro.
— Cade parece ser um cara razoável. Eu tenho certeza que depois de um tempo para processar tudo, ele estará melhor.
Eu assenti, esperando que ele estivesse certo, mas não me sentindo confiante. Cade era razoável. O problema era... que a razão provavelmente dizia a ele para ficar longe de mim se ele não queria que seu coração ficasse arrasado. E talvez fosse melhor assim.
Ele merecia alguém melhor.
— Tudo bem —, Joe disse. — Já chega disso. Eu não gosto desse olhar triste no seu rosto. Infelizmente nossas opções para a noite estão limitadas, uma vez que nós não podemos realmente ir a lugar algum. Então que tal um filme?
Eu arranquei um sorriso no meu rosto. Quando ele sorriu de volta precisou de menos esforço para mantê-lo ali. — Um filme parece bom.
Ele escolheu algo engraçado, provavelmente no esforço de me animar. Depois ele desligou as luzes, e se uniu a mim no sofá. Enquanto os créditos de abertura começaram, ele se deitou de costas, me arrastando com ele. Ele estava esticado de costas, e eu estava de lado, encaixada entre ele e a parte de trás do sofá. Eu hesitei um momento antes de deitar minha cabeça contra seu peito.
Eu tentei assistir ao filme, eu realmente tentei, mas foi difícil me concentrar com suas firmes, respirações arrepiando meu cabelo, e sua mão traçando para cima e para baixo na minha coluna. Era algo entre delicado e sedutor. Eu estava super-consciente da forma com que, de vez em quando, seus dedos continuavam um pouco mais além das minhas costas, até que ele quase tocasse o trecho de pele entre a borda da minha blusa e o topo do meu short. Ele ficava ali por apenas o mais breve dos segundos antes de retornar de volta para cima. Depois seu dedo dançava para cima à sensível pele na parte de trás do meu pescoço, e eu tive que segurar um gemido. Eu olhei para ele rapidamente, mas ele estava focado no filme, completamente inconsciente da loucura que ele estava me causando.
Finalmente, eu decidi que era hora dele obter uma dose do que eu estava sentindo. Eu abri o punho que estava descansando no seu peito, pressionando a ponta dos meus dedos até mesmo mais levemente no seu peito. Eu comecei traçando um desenho abstrato na sua T-shirt, algo de uma banda, eu acho. Mas uma vez que fiz isso eu continuei traçando minhas mãos sobre seu peito, sobre a curva de um peitoral, descendo o esterno ao seu estômago com gomos, subindo de volta no seu peito aos músculos esticados do seu ombro ao seu bíceps. Quando minha mão fez um dos seus movimentos, quase traçando ao longo da bainha da sua T-shirt, sua mão nas minhas costas ficou imóvel.
De alguma forma, a imobilidade me pôs até mesmo mais no limite.
Sentindo-me um pouco corajosa, eu fui de volta para a bainha, empurrando meus dedos para cima e por baixo da sua blusa, usando a ponta dos meus dedos para desenhar os mais leves dos toques sobre sua pele. A mão nas minhas costas se moveu, se deslizando e passando meu pescoço e para dentro do meu cabelo. Eu achatei minha mão, pressionando minha palma contra sua pele morna. A mão no meu cabelo apertou, não o bastante para machucar, apenas o bastante para que ele pudesse usá-la para inclinar minha cabeça para trás levemente.
Quando eu ergui uma das minhas pernas, enroscando-a na dele, finalmente, ele agiu.
A mão no meu cabelo me puxou para trás, e ele me encontrou no meio do caminho.
Toda a antecipação dos dez últimos minutos focada naquele ponto onde nossos lábios se encontravam. A conexão era tão pequena para trazer à mente fogos de artifícios, mas era algo próximo, como a excitação de segurar uma estrelinha – o ímpeto de sensação das faíscas se arrastando perto da sua mão.
Sua boca permaneceu fechada, e mesmo embora eu tivesse provado dele várias vezes, o mistério estava me matando.
Pareceu como um primeiro beijo.
Ele recuou, e pressionou sua testa contra a minha.
— Obrigado —, ele disse.
Obrigado? Isso foi como um obrigado, mas sem gratidão. Obrigado, mas eu estou assistindo um filme, me deixe em paz?
— Por?
— Por dar uma chance. Eu sei que você estava, provavelmente está, com medo. Mas você já tornou minha vida imensamente melhor.
Eu não sei se era por ele ser um ator que o deixava tão honesto, tão destemido em estar vulnerável, ou se era apenas quem ele era. Eu desejei que eu pudesse fazer o mesmo, mas essa não era quem eu era.
— Eu posso lhe fazer uma pergunta?
Sua mão no meu cabelo traçou sobre a minha mandíbula.
— Claro —, ele respondeu.
— Por que você aceitou esse emprego? Não que eu não esteja feliz por você estar aqui, mas você disse que estava extremamente infeliz.
— Eu não... estou mais. — Ele se inclinou de volta e me beijou novamente, murmurando conforme ele pressionava seus lábios contra os meus. Não passou despercebido para mim que ele não tinha respondido minha pergunta, mas eu não me importei o bastante sobre a resposta para parar de beijá-lo, especialmente quando sua boca finalmente se abriu, e eu provei doce e menta e seu hálito misturou-se com o meu.
Sua língua deslizou-se contra a minha, e minha mão embaixo da sua camisa voltou à vida, enroscando-se na sua lateral, puxando-o mais perto até que minha pélvis estivesse pressionada no seu quadril. O beijo estava vagaroso e divino, mas muito, muito, lento.
Eu queria mais. Eu queria nossos corpos nivelados, eu queria nossos lábios esmagados, não suavemente provocadores. Eu não queria perder o contato com sua pele, mas eu queria assumir o controle. Minha outra mão estava presa embaixo de mim, apoiando-me de lado. Então eu deslizei minha mão para fora da sua camisa, e a coloquei no seu rosto ao invés disso.
Eu o arrastei para mais perto, tentando mudar de lugar.
Ele permitiu isso por um momento, nossos lábios se movendo mais rápido, fôlego escapando enquanto nossas cabeças se inclinavam e nossas bocas batalhavam. E Deus, era bom. Eu continuei arrastando, não satisfeita, não perto do bastante, até que ele se inclinou para cima e rolou de lado para me encarar. Um suspiro de êxito escapou de mim, depois ele pegou minha mão que estava no seu rosto, e a arrastou para longe, longe, até que ela estivesse presa atrás de mim, mantida lá, pressionada na parte inferior das minhas costas pela sua mão.
Depois novamente, ele recostou-se, mudando o ritmo, roçando contra meus lábios, lentamente, suavemente. Era enlouquecedor. Eu tentei me inclinar nele, mas ele segurou forte, me prendendo de costas, sem pressa. Eu gemi de frustração.
E ele sorriu.
— O que é, amor?
Qualquer quantidade de palavras que pudesse sair da minha boca, algumas delas seriam incoerentes, e a maior parte delas não muito legais.
Com sorte, aquelas que eu consegui eram exatamente o que eu pretendia.
— Muito lento —, eu choraminguei.
Eu estava realmente choramingando.
— Eu disse a você que eu podia fazer lento —, ele disse.
— Seu babaca. — Essa provavelmente foi uma das palavras mais gentis atravessando a minha cabeça. Ele nem sequer teve a decência de ficar preocupado. Ele apenas riu. Eu me contorci, tentando libertar o meu braço, e ele me apaziguou com um beijo, esse um pouco mais forte, um pouco mais satisfatório do que o último. E apenas quando eu estava me esquecendo do por que eu estava tão frustrada antes, ele recuou novamente.
Era um absurdo, mas eu realmente me senti como se eu pudesse chorar. Seus lábios traçaram ao longo da minha mandíbula para aquele local abaixo da minha orelha que fazia todo músculo esticado do meu corpo amolecer.
— Eu não estava tentando ser o esperto —, ele sussurrou. — Eu estou tentando dar a você o que você quer. É difícil quando eu me deixo levar, quando eu beijo você como eu quero. Porque tudo o que eu posso pensar em seguida é do gosto da sua pele, e quanto eu quero prová-la novamente. — Sua boca queimou contra meu pescoço. Seus dentes ralando contra mim, e por impulso, meus quadris se lançaram para frente, escassamente fazendo contato com ele. Ele gemeu em resposta, seus sussurros tornando-se rudes, perdendo sua suavidade. — Eu me lembro do peso dos seus seios na minha mão, e da forma que você reagiu com os meus dedos dentro de você. — Eu mordi meu lábio contra o choramingo se construindo na minha garganta. Eu queria suas mãos em mim. Eu queria nossas roupas arrancadas. — Eu penso sobre ter o seu corpo embaixo de mim. Eu penso sobre estar dentro de você. Eu penso sobre isso, e isso me consome. E ir lento é a última coisa a cruzar a minha mente.
Eu perdi. Eu não podia segurar o choramingo, e eu senti como se eu fosse despedaçar somente pelas suas palavras.
— Então, eu tenho que beijar você lentamente. Ao menos que você tenha mudado de ideia. Você mudou? Mudou de ideia?
SIM! Por favor, oh Deus, sim.
Isso era como tortura.
Mas a razão desenrolou no fundo da minha mente, assumindo controle, mantendo-me fundamentada. E se nós tentássemos fazer sexo e eu me acovardasse novamente e eu arruinasse com tudo?
— Não, eu não mudei de ideia —, eu disse. Depois adicionei —, Seu babaca —, porque isso era tortura, e pelo sorriso no seu rosto, ele sabia.
— Hmmm... então lento será.
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Oi gente! Desculpem por não ter postado rápido ontem (quem postou foi a Mari, no caso), não consegui entrar. Aqui está o 18, comentem para o próximo! Bjs, Bruna c:
A serio Demi?????????????? Isso está lento demais, agarra esse homem já!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
ResponderExcluirAi meu Deus *-*
ResponderExcluirEsse capitulo ta muito perfeito!!
Muito mesmo, posta mais??
Nao to aguentando de ansiedade..
Um capítulo mais perfeito que o outro...
ResponderExcluirPosta logoooooooooooooooooooooooo pleaseeeeeeeee
Ainda bem que eles estão juntos e Demi minha querida não tem quer ser lento não, bota mais ação nisso minha filha!! Joseph você e tão lindo!!
ResponderExcluirEu to amando a Hamlet, ela me conquistou!!!
Posta logo!!!!
Beijos !!
Eu to com preguiça de comentar... Massss eu to aqui!!
ResponderExcluirNossa q tortura kkkkk
ResponderExcluir-Nathalia-