2.9.14

Enroscado - Capitulo 1

 
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No Ensino Médio, minha matéria favorita era Biologia. O fato de algumas espécies se transformarem em um ser totalmente novo me deixava fascinada. Por exemplo, os girinos ou as borboletas. Nascem como uma coisa e terminam como algo completamente diferente.

Irreconhecíveis.

As pessoas sempre olham para as borboletas e pensam “Que lindo!”. Mas ninguém nunca pensa no que elas tiveram de passar para se tornarem o que são. Quando a lagarta constrói seu casulo, ela não sabe o que está acontecendo. Não entende que está mudando.

Pensa que está morrendo. Que seu mundo está acabando.

A metamorfose é dolorosa. Aterrorizante e desconhecida. Somente depois é que a lagarta percebe que tudo aquilo valeu a pena.

Porque agora ela pode voar.

E é assim que me sinto agora. Sou melhor do que era antes. Mais forte.

Você me achava forte antes?

Te enganei. Um pouco daquilo era apenas enganação. Uma fachada.

Lidar com Joe Jonas é parecido com nadar em uma daquelas ondas poderosas da praia. Ele é irresistível. Então, ou você se esforça para acompanhar o ritmo ou ele se joga sobre você e te deixa para trás com o rosto cheio de areia.

Então tive que fingir que era durona.

Mas não preciso mais fingir, porque agora sou uma pedra. Completamente impenetrável.

Pergunte para qualquer um que sobreviveu a um terremoto no meio da noite ou a um incêndio que destruiu tudo o que tinha de valor. Uma devastação inesperada muda uma pessoa.

Lamento quem eu era. E minha vida antiga. Aquela que tinha planejado dividir com Joe para sempre.

Acho que te confundi. Desculpa, vamos começar de novo.

Está vendo aquela mulher ali? No balanço, naquele parquinho vazio?

Aquela sou eu, Demi Lovato.

Mas não a real. Não a Demi da qual você se lembra. Como disse, agora estou diferente.

Você, provavelmente, deve estar se perguntando por que estou aqui em Greenville, Ohio, sozinha.

Tecnicamente falando, não estou sozinha.

Mas falaremos sobre isso mais tarde.

A razão de eu ter voltado para Greenville é simples. Não aguentei ficar em Nova York. Nem mais um dia. Não depois de tudo o que aconteceu.

Joe?

Ele ainda está em Nova York. Provavelmente cuidando de alguma ressaca. Ou talvez ainda esteja bêbado. Quem sabe? Não vamos nos preocupar muito com ele. Ele tem uma stripper atraente para cuidar dele.

Isso mesmo, eu disse stripper. Pelo menos espero que seja uma stripper. Ela poderia ser uma prostituta.

Pensou que Joe e eu fôssemos viver felizes para sempre? Fôssemos ter um final feliz? Entre para o time. Parece que felizes para sempre dura apenas dois anos.

Não precisa verificar o título. Você está no lugar certo. Este ainda é o espetáculo do Joe e da Demi. Só está um pouco distorcido. Bagunçado. Bem-vindo à Oz, Totó. É um lugar ferrado para se estar.

O que é isso? Acha que pareço o Joe? É isso o que a Deloris diz, que ele me infectou com sua obscenidade. Ela chama isso de fala do Joe. Acho que, depois de dois anos juntos, peguei isso.

Então, vejo que você está pensando sobre o que aconteceu. Você estava tão apaixonada. Vocês eram perfeitos juntos. Nem me lembre disso.

Melhor ainda, lembre para a stripper.

De qualquer jeito, acredite ou não, o verdadeiro problema não era outra mulher. Não no começo. Joe não mentiu ao me dizer que sempre iria me querer. Ele me quis. Ele ainda me quer.

Ele apenas não nos quer.

Não entendeu ainda? É porque não estou contando certinho. Devia começar pelo início. Olha, na semana passada descobri…

Não, espera. Isso também não vai funcionar. Se você quer saber de tudo, tenho que voltar ainda mais.

Nosso final começou há mais ou menos um mês. Vou começar por lá.

Cinco semanas antes

– Bom, caramba, parece que fechamos um negócio!

O cara que está com um chapéu de caubói, assinando uma pilha de papéis, do outro lado da mesa de conferências? Aquele é o senhor Jackson Howard. E a versão mais jovem com chapéu preto, sentado ao lado dele? Aquele é seu filho, Jack Jr.

Fazendeiros. São donos da maior fazenda de gados na América do Norte, e acabaram de adquirir o desenvolvedor mais inovador de GPS do país. Mas você deve estar se perguntando por que dois empresários ricos viriam até o outro lado do país para expandir seu império?

Porque eles querem o melhor. E eu sou a melhor.

Ou será que eu deveria dizer nós?

Joe pega o documento final dele:

– Com certeza, Jack. Se eu fosse você, eu começaria a procurar por iates para viagens de negócios. Quando os relatórios de lucro saírem, seu conselheiro fiscal vai querer algo grande para poder detalhar.

Demi e Joe.

A dupla dos sonhos da Jonas, Reinhart e Fisher.

John Jonas, pai do Joe, realmente sabia o que estava fazendo ao nos colocar juntos. Esse é um fato do qual ele, orgulhosamente, adora nos lembrar.

Dizem que ele sempre soube que eu e Joe seríamos um time imbatível, a não ser que nos matássemos antes. Aparentemente, isso era um risco que John estava disposto a enfrentar. Claro que ele não esperava que terminássemos como estamos atualmente, mas… ele também se vangloria disso. Está começando a perceber a quem o Joe puxou, não é?

Erin entra com os casacos de nossos clientes. Ela faz contato visual com Joe e tamborila seu relógio. Ele acena discretamente.

– O que acha de sairmos para celebrar, beber, cair e levantar?! Quero ver se vocês da cidade conseguem aguentar igual a gente – diz Jackson Howard.

Apesar de ele ter quase setenta anos, tem a energia de um cara de vinte. Também acho que deve ter algumas histórias de rodeios escondidas debaixo da manga.

Abro a boca para aceitar o convite, mas Joe me corta.

– Adoraríamos, Jack, mas infelizmente Demi e eu já tínhamos agendado um compromisso. Tem um carro lá embaixo esperando para levá-los aos melhores estabelecimentos da cidade. Aproveitem. É claro que tudo será por nossa conta.

Eles se levantam e Jack tira seu chapéu para Joe:

– Isso é bem legal da sua parte, filho.

– O prazer é nosso.

Enquanto vamos até a porta, Jack Jr. vira para mim e me entrega seu cartão:

– Foi um prazer trabalhar com você, senhorita Lovato. Na próxima vez que estiver lá na minha cidadezinha, terei o prazer de levá-la para conhecer tudo. Acho que você iria adorar o Texas. Talvez você até decida ficar e criar algumas raízes por lá.

Sim, ele está dando em cima de mim. Talvez você ache isso vulgar. Eu também acharia isso há dois anos. Mas, como Joe me disse naquela época, isso acontece o tempo todo. Empresários são astutos, convencidos. Eles meio que precisam ser.

Essa é uma das razões de este ramo ter a terceira maior taxa de infidelidade, logo depois dos caminhoneiros e dos policiais. As longas horas de trabalho e as viagens constantes fazem com que encontros sejam inevitáveis. Uma conclusão antiga.

Foi assim que eu e Joe começamos, lembra?

Mas Jack Jr. não é como os outros idiotas que fizeram propostas para mim. Ele parece honesto. Gentil. Então, sorrio e estendo a mão para pegar seu cartão, apenas como forma de respeito.

Mas a mão de Joe é mais rápida do que a minha.

– Adoraríamos. Não pegamos muito trabalho no sul, mas na próxima vez que pegarmos, nós vamos aceitar seu convite.

Ele está tentando ser profissional, impassível. Mas sua mandíbula está tensa. Lógico que ele está sorrindo, mas já viu aquele filme, O senhor dos anéis? Gollum também sorria.

Logo antes de ele morder a mão daquele cara que estava segurando o seu “precioso”.

Joe é territorial e possessivo. Ele é assim, não tem jeito.

Matthew uma vez me contou uma história. Para o primeiro dia de aula na escolinha, a mãe de Joe comprou uma lancheira para ele. Uma do Yoda. No parquinho, Joe não queria largá-la porque era dele e tinha medo de que alguém pudesse quebrá-la. Ou roubá-la. Matthew demorou uma semana para conseguir convencê-lo de que ninguém faria isso, mas que, se fizessem, juntos quebrariam a cara da pessoa.

Em momentos como este, sei exatamente como aquela lancheira se sentiu.

Sorrio gentilmente para Jack Jr. e ele tira o chapéu para mim. Logo depois, eles saem pela porta.

Assim que a porta se fecha depois de eles terem saído, Joe rasga o cartão de John Jr. pela metade:

– Besta.

Empurro seu ombro.

– Pare com isso. Ele foi legal.

Joe, instantaneamente, me olha.

– Você acha que o filho de Luke e Daisy Duke2 foi legal? Sério? – ele dá um passo para frente.

– Pra falar a verdade, sim.

Ele começa a falar de um jeito arrastado, imitando exageradamente o sotaque do sul.

– Talvez eu devesse comprar umas calças de couro. E um chapéu de caubói – ele para com o sotaque. – Ahhh, ou melhor ainda, vou comprar uma para você. Posso ser seu garanhão selvagem e você pode ser a vaqueira insolente que me conduz.

Sabe o que é mais engraçado disso tudo? É que ele não está brincando.

Mexo a cabeça, sorrindo.

– Mudando de assunto, que compromisso misterioso é este que temos? Não tem nada na minha agenda.

Ele abre um grande sorriso.

– Temos um compromisso no aeroporto.

Ele tira duas passagens de avião do bolso do terno.

Primeira classe, para Cabo San Lucas.

Inspiro rapidamente.

– Cabo?

Seus olhos brilham.

– Surpresa.

Durante esses dois últimos anos, tenho viajado mais do que já viajei na minha vida inteira. Vi flores de cerejeira abrindo no Japão, águas cristalinas em Portugal… Todas as coisas que Joe já tinha visto; lugares que ele já tinha visitado.

Lugares que ele queria compartilhar comigo.

Analiso melhor as passagens e franzo as sobrancelhas:

– Joe, este voo sai daqui a três horas. Não terei tempo de arrumar as malas.

Ele tira duas malas do armário.

– Ainda bem que eu já as arrumei.

Coloco meus braços em volta de seu pescoço e aperto.

– Você é o melhor namorado do mundo.

Ele dá um sorriso com uma malícia que me dá vontade de beijá-lo e bater nele ao mesmo tempo.

– Sim, eu sei.

O hotel é espetacular. Tem umas paisagens que eu só tinha visto em cartões postais. Ficamos no último andar, na cobertura. Como Richard Gere, em Uma linda mulher, Joe acredita em “apenas o melhor”.

Já estava tarde quando chegamos, mas, depois de termos tirado uma soneca no avião, estávamos ligados no 220. Empolgados.

E com fome.

Todas as companhias aéreas estão reduzindo tudo, até mesmo na primeira classe. Os sanduíches são gratuitos, mas isso não quer dizer que são comestíveis.

Enquanto Joe está tomando banho, começo a desfazer as malas. Por que não estamos tomando banho juntos? Não preciso responder isso, né?

Coloco as bagagens na cama e as abro. A maioria dos homens olha para uma mala vazia como se fosse algum tipo de equação de Física, eles podem ficar encarando-a por várias horas, mas ainda assim não tem ideia nenhuma do que deveriam fazer.

Mas não o Joe.

Ele é o senhor Eu-Penso-Em-Tudo.

Ele empacotou todas aquelas coisas que a maioria dos homens nem pensaria em pegar. Tudo o que eu preciso para tornar minha viagem confortável e divertida.

Com exceção da lingerie. Ele não colocou um par na bagagem toda. E isso não foi um descuido.

Meu namorado guarda um sério rancor de roupas íntimas. Se fosse como ele gostaria, nós dois estaríamos andando como Adão e Eva – sem as folhas de figueira, claro.

Mas ele trouxe o resto das coisas essenciais. Desodorante, creme para barbear, navalha, maquiagem, anticoncepcional, hidratante, a sobra do meu antibiótico para a infecção de ouvido que tive na semana passada, creme para olhos etc.

Vamos parar aqui um pouquinho para um rápido serviço de utilidade pública.

Tenho alguns clientes que trabalham na área farmacêutica. E aquelas empresas têm diversos departamentos cujo único trabalho é escrever.

Você quer saber sobre o que eles escrevem? Sabe aquelas bulas que vêm junto aos medicamentos? Aquelas que listam todos os efeitos colaterais possíveis e o que você deve fazer caso tenha algum deles? Pode causar sono, não dirija maquinários grandes, entre imediatamente em contato com o médico, blá-blá-blá.

A maioria de nós apenas abre a caixinha, pega o remédio e joga a bula fora. A maioria de nós faz isso… mas não deveríamos. Não vou te encher o saco com um sermão. Só preciso falar isso: leia a bula. Você ficará feliz por ter lido.

Mas, agora, voltemos ao México.

Joe sai do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, e me esqueço da bagagem. Sabe como alguns homens preferem seios e outros, bundas? Funciona do mesmo jeito para as mulheres. Prefiro antebraços. Tem algo nos antebraços masculinos que é tão… sexy. Masculino, de um jeito bem viril.

Joe tem os melhores que já vi. Fortes e torneados, não são nem muito volumosos, nem muito finos, com a quantidade certa de pelos.

Ele tira a toalha de seu quadril e esfrega nos ombros. Tenho quase certeza de que comecei a babar.

Talvez eu prefira uma bunda.

– É falta de educação ficar encarando, sabia?

Meus olhos se arrastam até os dele. Ele está sorrindo. Dou um passo em sua direção, como um puma se aproximando de sua presa.

– Agora é?

Joe lambe os lábios.

– Com certeza.

Uma gota d’água desliza até o meio de seu tórax.

Tem mais alguém com sede?

– Bom, não quis ser mal educada.

– Claro que não.

No momento em que estou prestes a me abaixar para lamber a gotinha nele, meu estômago ronca. Muito alto.

Grrrrrrrr.

Joe ri.

– Acho que tenho que te alimentar antes. Você vai precisar de energia para o que preparei.

Mordo meu lábio, ansiosa.

– Você planejou algo?

– Para você? Sempre.

Ele me vira e me dá um tapinha no traseiro.

– Agora, leve esse delicioso traseiro para o banho para que a gente possa sair. Quanto mais rápido comermos, mais rápido poderemos voltar e transar até o dia amanhecer.

Ele não quis ser tão grosseiro como pareceu.

Sim, você está certa, ele provavelmente quis.

Uma hora depois, fomos jantar. Joe me surpreendeu com um vestido novo: um tomara que caia branco com uma fita transpassada, com uma bainha que se expande na altura do joelho. Meu cabelo está solto e levemente ondulado, do jeito que sei que ele adora.

Não consigo parar de admirar meu namorado. Calça social e uma camisa branca translúcida, com os botões de cima abertos e mangas dobradas pela metade.

Lindo.

Chegamos ao restaurante.

Sempre achei a cultura latina interessante. A música. As pessoas. São intensas. Voláteis.

Apaixonadas.

Todas essas palavras descrevem onde estamos jantando hoje à noite. Está escuro, a única iluminação vem das velas nas mesas e das luzes brilhantes do teto. Um ritmo pulsante vem de uma bandinha de músicos no canto.

Joe pede, em espanhol, uma mesa para duas pessoas.

Sim, ele fala espanhol. E francês. E está estudando japonês. Você achava a voz dele sexy? Confie em mim, se você ainda não o ouviu sussurrar palavras de te deixar corada em uma língua estrangeira, você ainda não sabe o significado da palavra sexy.

Seguimos a robusta e morena recepcionista até uma mesa no canto.

Agora, olhe ao redor. Está vendo toda a atenção feminina que o Joe atrai, apenas ao andar pelo ambiente? Os olhares de admiração, os olhos convidativos?

Eu percebi, sempre percebo.

Mas o ponto é: Joe não percebe. Porque ele não está olhando. Para nenhuma delas.

Para os caras que pensam que olhar não pega nada: vocês estão errados.

Nós, mulheres, não achamos que vocês estão apenas curtindo a vista. Achamos que estão nos comparando, vendo o que falta em nós. E isso atormenta. Como se tivesse um sisco dentro do nosso olho.

Joe poderia ter escolhido qualquer mulher que ele quisesse: uma modelo em Beverly Hills, alguma herdeira na Park Avenue. No entanto, ele me escolheu. Ele lutou por mim. Então, quando saímos, minha autoestima fica lá em cima.

Pois ele olha apenas para mim.

Sentamos à mesa e damos uma olhada nos cardápios.

– Então, me explica novamente como você conseguiu passar por toda a faculdade sem nunca ter bebido tequila?

Rio, ao lembrar.

– Bom, quando eu estava no Ensino Médio, costumávamos fazer fogueiras, acampar.

Alguma vez já dormiu com uma garrafa de refrigerante de dois litros vazia como travesseiro? Não é legal.

– Teve uma noite em que Billy e os garotos estavam bebendo tequila e Billy engoliu a larva. Aí ele começou a ter alucinações. Naquela época, a gente estava estudando sobre anatomia dos anfíbios na aula de biologia e, como ele estava muito chapado, acabou se convencendo de que era um sapo e que Deloris estava tentando dissecá-lo. Ele sumiu no meio do mato e demorou três horas para encontrarmos, com sua língua na terra. Desde então, não fiquei com muita vontade de experimentar tequila.

Joe mexe a cabeça.

– Isso confirma, novamente, o que sempre soube. Billy Warren é, e sempre foi, um completo idiota de merda.

Estou acostumada aos insultos de Joe contra Billy. Neste caso? Ele não está totalmente errado.

Então, digo para ele:

– Se você não me obrigar a engolir a larva, posso provar uma vez.

Seus olhos brilham iguais aos de uma criança numa loja de bicicletas.

– Sabe o que isso significa?

– O quê?

Ele mexe a sobrancelha.

– Vou poder te ensinar a fazer body shots.

Apesar de não acreditar que é necessário estar bêbada para fazer um ótimo sexo, ficar um pouco alta, com certeza, não machuca ninguém.

Joe e eu estamos no elevador voltando para o quarto, um pouco chapados por causa da tequila. Consigo senti-la na língua do Joe, com um gosto amargo e um toque cítrico. Ele me prendeu na parede, minha saia está um pouco levantada em volta do meu quadril, e estamos nos empurrando e nos batendo.

Ainda bem que não tem mais ninguém no elevador. Apesar de que… a esta altura? Não dou a mínima.

Entramos no quarto tropeçando.

Ainda nos acariciando e beijando.

Joe bate a porta e me vira. Em um rápido movimento, ele puxa o vestido do meu corpo, me deixando nua. Sem tirar os saltos.

Me inclino na mesa e me apoio nos cotovelos. Escuto o barulho do zíper e sinto-o deslizando seu pau nos meus… lábios, verificando a umidade, garantindo que eu esteja pronta.

Sempre estou pronta para ele.

– Não provoque – resmungo.

No percurso entre a tequila e o elevador, fiquei realmente excitada. Carente. Ele empurra lentamente, mas até o máximo. E suspiro.

Todo mundo conhece aquele velho ditado de que quanto maior, melhor. Joe é grande, não que eu possa compará-lo a muita coisa, mas ele é duas vezes maior que o Billy.

Não estou deixando os garotos por aí desconfortáveis, né? Uma novidade para vocês: é assim que uma mulher fala. Pelo menos quando vocês não estão por perto para escutar.

De qualquer modo, tamanho não é o que realmente faz um homem. É o ritmo, o compasso, saber como atingir aqueles pontos deliciosos com a quantidade certa de pressão. Então, da próxima vez que você assistir a um comercial que promete crescimento do pênis ou um pau miraculoso?

Economize uma graninha. Compre o Kama Sutra em vez disso.

Joe agarra meu cabelo, puxando minha cabeça para trás, e mexe mais rapidamente. Mais forte e rápido. Seguro na ponta da mesa, tentando me equilibrar.

Ele beija meu ombro e sussurra em meu ouvido:

– Você gosta disso, amor?

Gemo.

– Sim… sim… muito.

Ele impulsiona dentro de mim com mais força, balançando a mesa.

Rapidamente, começo a agir como uma locomotiva fora de controle.

Estou flutuando. Levemente.

E é sublime.

Joe diminui o movimento de seu quadril conforme eu desmonto, fazendo com que dure mais. Ele me empurra contra seu peito e seus dedos deslizam pela minha barriga, subindo até os seios, apalpando e amassando-os com as duas mãos.

Coloco os braços ao redor do seu pescoço, virando minha cabeça, trazendo sua boca à minha.

Amo sua boca, seus lábios, sua língua. Beijar é uma forma de arte. E Joe Jonas é o Michelangelo.

Ele tira o pau e eu me viro para vê-lo. Empurrando-o de costas para a cama. Joe se senta na ponta e vou para cima dele, colocando minhas pernas em volta da sua cintura.

Deus do céu.

Esse é o jeito que mais gosto: peito com peito, boca com boca, sem nenhum espaço entre nós. Seguro-o na minha mão e deslizo nele. Meu interior se estica completamente e Joe geme. Subo lentamente e depois desço, bem forte. Testo a resistência da cama.

Cric.

Cric.

Mexo mais rápido. Mais profundamente. Nossos corpos estão escorregadios por causa do calor mexicano.

Joe agora está segurando meu rosto em suas mãos e seus dedos estão passando por toda a minha pele. De repente, ficou carinhoso. Adorável.

Nossas testas se encostam e, na penumbra, consigo vê-lo olhando para baixo, observando onde ele passa por dentro e fora de mim.

Também olho para baixo.

É erótico. Sensual.

Tiro seu cabelo da testa.

E minha voz implora:

– Diga que me ama.

Ele não diz isso frequentemente. Ele prefere me mostrar. Mas nunca me canso de ouvir isso. Porque toda vez que ele pronuncia aquelas palavras, sinto a mesma maravilhosa sensação de quando as ouvi pela primeira vez.

– Eu te amo, Demi.

Suas mãos ainda seguram meu rosto. Estamos ambos ofegantes, nos mexendo mais rápido, ficando mais próximos. Parece algo espiritual.

Uma comunhão religiosa.

A voz de Joe está silenciosa. Sem fôlego:

– Diga que nunca irá me deixar.

Seus olhos estão brandos agora, um pouco cor de prata líquida. Suplicando por segurança.

Devido a sua audácia e superconfiança, acho que ainda tem uma parte dele que é assombrada pela semana em que ele pensou que eu tivesse escolhido o Billy. Acho que é por isso que ele faz tanta coisa, para provar o quanto me quer.

Para me mostrar que fiz uma escolha sensata.

Sorrio suavemente e olho diretamente em seus olhos:

– Nunca. Nunca vou te deixar, Joe.

As palavras soam como promessas.

Suas mãos pegam meu quadril, me levantam, ajudando a me mexer.

– Meu Deus, Demi… – Seus olhos se fecham.

E nossas bocas se abrem, pegando a respiração um do outros. Ele se amplia em mim, vibrando, enquanto eu me aperto ao seu redor.

E nós gozamos juntos. Em perfeita sintonia.

Em um esplendor perfeito.

Em seguida, os braços de Joe ficam justos ao meu redor. Toco seu rosto e beijo-o gentilmente. Ele cai para trás na cama, me levando com ele, me deixando sempre por cima. Ficamos deitados assim por um tempo, até que as batidas dos nossos corações voltem ao normal e nossas respirações desacelerem.

Joe me coloca por baixo dele.

E transamos novamente.

Luke e Daisy Duke são personagens de um seriado norte-americano chamado The Dukes of Hazzard (Os Gatões, no Brasil), exibido originalmente de 1979 a 1984, nos EUA. (N. E.)


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Aproveitem bem esses momentos de lua de mel, pq ele logo irá acabar :/ Obrigada pelos comentários, beijos e talvez amanha eu faça uma maratona, ok?? <3

5 comentários:

  1. Eba maratona, cara tah perfeito, mesmo ñ querendo que eles briguem é sempre bom pq da uma loucura e ñ fica chato. To mto viciadaaaaaaaaaaaa

    -Nathalia-

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  2. UHM, PRIMEIRA A COMENTAR YAH
    acho que já sei porque a lua de mel está a acabar...só espero que o Joe depois se arrependa.
    Se eu não estiver enganada...
    ansiosa para a maratona....

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  3. Amandoooo! Acho que a briga vai dar mais emoção
    Ansiosa para a maratona
    To mtoooo viciadaaaaa

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  4. Mari instala o whats no pc ! Plllz

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