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Ela
nunca
vira Joe tão
furioso. Também nunca o vira
tão magoado. Demi deveria
sentir algum tipo de prazer pela dor que claramente lhe causara, mas
não sentia. Prova positiva
de que vingança nem sempre
era tão doce.
Depois de dar uma olhada em Carly, Demi foi procurar Joe
a fim de lhe pedir desculpas por ter feito um drama fora de proporção
por causa do encontro dos irmãos.
Também precisava explicar
sua atitude, num esforço de
fazê-lo entender por que
tinha reagido de modo tão
exagerado.
Optando por pegar o mesmo caminho que Joe havia feito
quando se retirara da sala, Demi o encontrou sentado no terraço,
um braço sobre o encosto
almofadado do banco, olhando para a piscina iluminada em azul. No
momento que ela se aproximou e parou na frente dele, Joe não
reconheceu sua presença.
Ou estava perdido em pensamentos, ou ignorando-a deliberadamente.
— Eu só
queria saber se você tem um
pouco de sal para o corvo que estou prestes a comer —
disse ela, sua tentativa de humor fracassando.
— Gabinete acima do fogão
do lado direito — replicou
ele, sem olhá-la.
— Eu só
queria pedir desculpas, Joe. Sei que reagi de maneira exagerada.
É apenas que...
— Desculpas aceitas.
Demi não
acreditou naquilo por um minuto, e não
ia a lugar algum até que
tivesse certeza de que ele a perdoara.
— Você se
importa se eu me sentar?
— Fique à
vontade.
Evidentemente, ele não
ia ser nem um pouco receptivo. Não
importava. Demi tinha uma tendência
a persistir quando queria muito alguma coisa, e necessitava que ele a
ouvisse. Com isso em mente, ela sentou-se no banco de balanço,
mantendo um espaço razoável
entre os dois.
— Eu tive um dia horrível
no trabalho. Sei que isso não
é desculpa para o meu
comportamento, mas o fato exerceu sua pressão.
Pelo menos aquilo chamou a atenção
dele.
— O que tornou seu dia pior do que qualquer outro?
Por mais difícil
que fosse falar sobre a doença
de Brandon novamente, ela se sentiu inclinada a explicar tudo para
Joe.
— Tive de contar a uns pais que o garotinho deles está
terrivelmente doente.
— Ele vai ficar bem? —
perguntou Joe.
— É difícil
dizer. Ele tem os sinais preliminares de leucemia, mas fará
uma biópsia
da medula óssea para
confirmar de que tipo. Se a sorte estiver do lado deles, a leucemia é
do tipo que pode ser tratada com quimioterapia, e talvez ele até
consiga a cura permanente.
— Quimioterapia é
terrível para adultos —
disse ele com notável
convicção. —
Não
posso imaginar como uma criança
é capaz de suportar isso.
— Com muito apoio da família.
— Como os pais
do menino reagiram à
notícia? —
Joe quis saber. Demi pressionou a ponte do nariz entre os dedos
quando a recordação dos
rostos deles lhe veio à
mente.
— Tão bem
quanto possível, mas ficaram
justificadamente arrasados. Pelo menos, eu fui capaz de lhes oferecer
alguma esperança antes que a
oncologia pediátrica assuma
o caso. Infelizmente, eu não
lidei muito bem com a notícia
quando soube.
— Como assim?
— Eu quase desmoronei na frente de uma enfermeira e
não posso me permitir esse
tipo de reação emocional.
Posso sentir compaixão, mas
tenho de permanecer imparcial, de alguma maneira.
— Você é
apenas humana, Demi. E é
muito dura consigo mesma. Sempre foi assim, no que diz respeito
ao seu trabalho.
— Eu não
tenho escolha, Joe. Possuo muitas responsabilidades para deixar que
emoções me guiem. Sempre
fui capaz de manter tudo em perspectiva até
hoje.
— Tem certeza sobre isso?
Demi não tinha
idéia sobre o que ele estava
falando, mas pretendia descobrir.
— O que você
está dizendo exatamente?
— Às vezes me pergunto se cada
criança criticamente doente
que você cuida é
Carl.
Ela esperou que seu espanto diminuísse
antes de dizer:
— Eu não
imaginava que você se
lembrava dessa história.
— Mesmo se eu não
me lembrasse, o fato de que você
deu o nome da nossa filha em homenagem a ele teria me feito lembrar.
Mas eu jamais me esquecerei da primeira vez que você
falou sobre Carl. Naquela noite, eu finalmente entendi o que a levara
se tornar uma grande pediatra e uma defensora de crianças
desprivilegiadas. Mas também
percebi que talvez você
tivesse problemas em aceitar o fato de que não
pode salvar todas as crianças,
assim como salvá-lo não
estava em seu poder.
Como ele a conhecia bem. Talvez, algumas vezes, melhor
do que ela conhecia a si mesma.
— Se esse é o
caso, talvez eu esteja na profissão
errada.
— Talvez o mundo precise de mais médicos
como você —
murmurou Joe. — Você
apenas precisa aprender a aceitar que terá
sucesso mais vezes do que fracassos, e que perda é
uma parte inevitável da
vida.
— Manterei isso em mente. —
E ela tentaria. — Mas é
mais difícil agora que
estou...
— Fazendo malabarismo com maternidade e medicina e
funcionando com muito pouco sono.
Quase a mesma coisa que Kathy havia lhe dito naquela
tarde.
— Certo, admito que não
estou dormindo o suficiente.
— É por isso que você
deveria me deixar cuidar de Carly à
noite.
Certo mais uma vez, entretanto...
— Ela é meu
bebê, Joe. Devo ser capaz de
conciliar algum equilíbrio
entre meu trabalho e os cuidados com Carly.
— Você
conseguirá assim que acabar
o período de residência.
Enquanto isso, dê um
intervalo a si mesma. É para
esse fim que estou aqui, para diminuir um pouco o peso do fardo. Eu
apenas desejaria que estivesse presente desde o começo.
Demi deu boas-vindas à
memória alegre que penetrou
seus pensamentos. Uma memória
agridoce, porque Joe não
tinha testemunhado o nascimento da preciosa filha deles. Mas
pelo menos ela podia compartilhar essas lembranças
com ele agora.
— Sou provavelmente suspeita para falar, mas Carly era
um bebê muito lindo
quando nasceu. Tinha uma linda cabeça
escura e os pés e mãos
mais perfeitos. Também era
bem pequenininha, não
chegando a dois quilos e meio, mas felizmente bastante saudável
para sair da unidade neonatal depois de apenas alguns dias.
— Então ela
não teve nenhum problema
respiratório?
A preocupação
na voz de Joe levou Demi a tranquilizá-lo.
— Eles a colocaram no oxigênio
logo após o nascimento, mas
Carly não precisou por muito
tempo. Ela é uma guerreira.
— Ela ganhou isso de herança
— respondeu ele com um
sorriso. — Seu trabalho de
parto foi difícil?
Demi recostou-se na almofada e retornou o sorriso.
— De maneira alguma. Eu mal tinha acabado de chegar ao
hospital quando ela nasceu. Na verdade, foi tão
fácil que eu disse a J. W.
que estava disposta a ter pelo menos mais três
ou quatro filhos. — Ela
hesitou um momento antes de acrescentar: —
Nas circunstâncias certas.
Joe tornou-se estranhamente triste de novo.
— Ele estava lá?
Ela podia adivinhar para onde aquela conversa se
dirigia.
— Ele não
estava na sala quando Carly nasceu, mas chegou ao hospital
aproximadamente cinco minutos depois que eu a tive.
— Ele a segurou?
Lá vinha o
ciúme paterno.
— Sim.
— Aquele desgraçado.
Demi estremeceu com o tom amargo da exclamação.
— Ouça, Joe,
eu o conheço há
muito tempo. É normal que
ele quisesse estar lá
para me apoiar.
— Talvez você
queira repensar isso depois do que ele me disse quando ligou esta
noite.
Demi tinha esquecido completamente que pedira para J. W.
telefonar-lhe. Pela reação
de Joe, talvez ela não
quisesse saber o conteúdo
daquela conversa. Todavia, precisava perguntar.
— O que ele lhe disse?
— Nada bom. —
Joe a encarou com intensidade. —
Tem certeza de que você quer
ouvir, depois do dia que teve?
Ela temeu que J. W. tivesse revelado as particularidades
do verdadeiro relacionamento deles.
— Fale de uma vez, Joe.
— Ele disse que retornaria a ligação
daqui a algumas semanas, depois que voltasse de uma viagem com a nova
namorada, Cecily.
Demi ficou sem fala e sem saber como reagir. Então,
algo totalmente ridículo
aconteceu... ela riu por um bom minuto antes de cair num acesso de
choro. Talvez o assalto de histeria fosse, em parte, alívio
porque a farsa estava acabada. Talvez fosse uma liberação
da tristeza acumulada pelo diagnóstico
de Brandon. Talvez estivesse simplesmente enlouquecendo.
— Eu sabia que deveria ter esperado para lhe contar —
disse Joe, enquanto se levantava e andava para dentro da casa. Demi
inicialmente pensou que ele a deixara ali no sofrimento, até
que ele retornou momentos depois com uma caixa de lenços
de papel e entregou-lhe.
Ela enxugou os olhos e tentou recuperar a calma.
— Fico feliz que você
tenha me contado. E Cecily não
é uma namorada nova. Ela e
J. W. juntam-se e se separam desde o ensino médio.
Joe reassumiu o lugar ao seu lado.
— Você quer
que eu dê uma surra nele?
Demi conseguiu outra risada irônica.
— Engraçado,
ele me perguntou a mesma coisa quando eu lhe contei sobre o nosso
rompimento.
Joe sorriu.
— Nós
deveríamos brigar então
e resolver isso de uma vez.
— Isso não é
necessário, e eu ficarei
bem. Não teria dado certo
entre nós, de qualquer
maneira. — Por diversas
razões, a primeira delas
sendo que J. W. era apenas um amigo, e era isso que ele sempre seria.
— Venha aqui. —
Joe passou um braço ao redor
de seu ombro e a puxou para mais perto. —
Ele não
merecia você.
Completamente destituída
de energia, e com grande necessidade de consolo, Demi pôs
o lenço de papel no bolso e
inclinou-se contra ele.
— Obrigada por dizer isso, e desculpe por todo o
tumulto emocional pelo qual tenho passado ultimamente. Não
se trata apenas do que aconteceu hoje. Eu me preocupo por não
estar sendo uma boa profissional no trabalho. Temo não
estar fazendo o bastante por Carly. Você
acredita que eu realmente esqueci que ela fez quatro meses ontem?
— Anteontem —
corrigiu ele.
— Agora eu me sinto ainda pior.
Joe a apertou levemente.
— Você está
com muitas coisas na mente, Demi. Precisa relaxar.
Que piada!
— Eu não
consigo relaxar. Nem mesmo me lembro como se relaxa.
Ele beijou-lhe á
testa.
— Você é
uma excelente mãe. E desde
que eu a conheço, sempre
teve problemas para relaxar.
— Não é
verdade. Eu conseguia relaxar com você.
— Sim, mas era necessário
algum esforço da minha
parte.
Tudo que tinha sido necessário
era o tom da voz, o toque, a presença
de Joe.
— Você sempre
teve um jeito incrível de me
acalmar com conversas quando eu estava tensa.
— Pensei que você
tivesse dito que nós nunca
conversávamos.
Ela queria acreditar que o relacionamento deles tinha
sido somente sexual. Estava errada.
— Suponho que tivemos mais do que algumas conversas
memoráveis.
— Sim, tivemos.
Demi havia intencionalmente bloqueado a maior parte dos
bons momentos para tornar o fim mais fácil.
Não que tivesse sido fácil
de qualquer maneira. Não que
ela superara aquele telefonema insensível.
Mas quando Joe pôs o balanço
em movimento, e eles permaneceram num silêncio
amigável, ela secretamente
reconheceu que apreciava a proximidade atual dos dois, o ombro de Joe
no qual descansar, os conselhos dele. Sem mencionar o aroma
maravilhoso, o tipo de cheiro que deixava uma mulher agradavelmente
tonta. Um cheiro que trazia lembranças
de fazer amor enquanto eles eram cercados por velas fragrantes,
algo que tinham feito algumas vezes no apartamento de Joe. Oh,
as coisas que haviam feito naquele apartamento...
A ponta dos dedos que subiam e desciam suavemente ao
longo de seu braço agora a
lembrava do jeito como ele costumava tocá-la.
E quanto mais Joe continuava com as carícias,
mais excitada ela ficava.
Joe a excitara muitas vezes, e a lembrança
dessas ocasiões, combinada
com as memórias que ele
ressuscitara no galpão
naquela manhã, começaram
a tomar conta de Demi. Certo ou errado, ela queria alguma coisa que
apagasse as lembranças de um
dia horrível. Algo íntimo,
como um beijo... ou mais.
— Quase posso ouvir os pensamentos girando nesta sua
cabecinha — disse ele.
— Você não
tem idéia do que eu estou
pensando, Joe. — Se
tivesse, fugiria ou a agarraria.
— Você ainda
está se castigando por não
ser invencível.
Ela parara de
pensar naquilo, com a ajuda dele.
— Não tanto
quanto antes.
— Então está
fazendo uma lista mental de todas as suas tarefas de amanhã.
Demi estava compondo uma lista mental dos motivos pelos
quais deveria ignorar o forte desejo carnal que a fazia querer
suplicar-lhe menos conversa e mais ação.
— Errado.
— Então está
pensando que, daqui a algumas horas, assim que você
tiver adormecido, Carly vai acordar para uma
mamadeira.
Agora ela se sentiu culpada, de alguma maneira.
— Não, mas
obrigada por me lembrar.
— Certo, está
refletindo por que está
sentada com um homem que a dispensou por nenhuma razão
aparente além de uma fobia
por compromissos.
Um homem sexy que por acaso estava disponível,
e lhe era familiar. Além
disso, ela não queria um
compromisso dele agora, apenas um pouco de conforto.
Demi levantou a cabeça
e olhou-o diretamente.
— Na verdade, eu estava pensando que gostaria que você
se calasse e me beijasse.
Um momento de indecisão
cruzou as feições de Joe
antes que ele pusesse os cabelos dela atrás
de uma orelha e lhe emoldurasse o queixo com a mão.
Atendeu ao pedido roçando-lhe
os lábios com os seus, mas
apenas brevemente. Então
repetiu o gesto, demorando-se um pouco mais. Na terceira passagem,
ele a beijou completamente, com ardor.
Como ela sentira falta dos beijos de Joe, da gentileza
dele, de suas técnicas
incrivelmente tentadoras! A habilidade de fazê-la
se sentir tão... tão...
excitada. Algumas carícias
ao luar eram inofensivas, contanto que aquilo não
fosse longe demais. Mas quando o beijo continuou, aprofundando-se e
intensificando-se, Demi desejou mais.
Como se lesse seus pensamentos, Joe deslizou uma das
mãos por baixo de sua blusa
e acariciou-lhe as costelas. O bom-senso tentou convencê-la
a parar com aquela loucura imediatamente, mas quando ela fora capaz
de chamar o bom senso em momentos que o envolviam? Não
levou muito tempo antes que Demi estivesse se contorcendo de modo
inquieto contra ele, silenciosamente incentivando-o a avançar.
A levá-la ao limite e além,
como ele um dia fizera.
Quando Joe deslizou a palma ao longo da curva de seu
quadril e curvou-a no interior de sua coxa, bem acima do seu joelho,
Demi não podia agüentar
mais. Ela puxou-lhe a mão
para cima, guiando-o para o lugar onde mais queria a atenção
dele.
Demi afastou a boca tempo suficiente para sussurrar:
— Eu preciso...
— Eu sei do que você
precisa — disse ele.
—Algumas coisas a gente
nunca esquece.
No momento que Joe a beijou novamente, Demi esperou pelo
puxão do cordão
em sua cintura, pela sensação
dos dedos másculos sob suas
roupas. Em vez disso, ele a massageou por cima do tecido de
algodão, suavemente no
começo, em seguida aplicando
mais pressão. O clímax
aconteceu com tanta rapidez e força
que ela estremeceu e gemeu.
— Isso não
requisitou muito esforço da
minha parte — disse Joe,
acompanhado de uma risada baixa e sexy.
Demi não sabia
se devia se sentir mortificada ou grata.
— Faz tempo.
— E como. —
Ele abaixou a braço que
rodeava o ombro dela. — Agora
que você está
relaxada, é hora de dormir.
Demi não estava
tão embaraçada
ao ponto de não querer
terminar o que eles tinham começado,
apesar das circunstâncias..
Apenas sexo conveniente, como Macy colocara de forma tão
graciosa. E se ela realmente acreditasse que aquele era o caso,
então estava
louca.
—Minha cama ou a sua?
Joe se levantou do banco de balanço
e a encarou.
— Você vai
para a sua cama e eu vou para a minha.
Ela sentiu como se ele tivesse esmagado seu ego.
— Obrigada, Joe. Você
teve sucesso em me fazer parecer uma tola desesperada. Se não
queria terminar isso, então,
por que começou?
— Eu não
comecei.
Oh, Deus, ele estava certo.
— Então, por
que simplesmente não me
falou que não queria isso?
Ele apoiou uma das mãos
no encosto do banco e a outra sobre o braço,
e inclinou-se para a frente, tão
perto que ela poderia beijá-lo
novamente.
— Se acredita que eu não
quero despi-la e estar dentro de você
agora, então não
me conhece nem um pouco.
Pelo menos aquilo proporcionava alguma salvação
para a auto imagem de Demi.
— Se isso é
verdade, então o que o está
detendo?
Joe endireitou o corpo e passou a mão
pelos cabelos.
— Eu não vou
me aproveitar de você quando
está vulnerável.
E não vou fazer amor com
você a menos que tenha
certeza que quer estar comigo, não
porque está procurando
vingança ou diversão
no sexo.
Ela devia lhe contar sobre seu verdadeiro relacionamento
com J. W., mas aquele segredo era sua última
linha de defesa. Uma linha que tinha começado
a se romper.
— Eu não sei
o que estou procurando, Joe. — Aquela
era a resposta mais honesta que Demi podia dar.
— Foi o que pensei. —
O tom de voz dele era carregado de desapontamento.
Demi se levantou e puxou a bainha da blusa.
— Você tem
razão. É
melhor dormirmos em quartos separados e esquecer que isso
aconteceu. — Pelo menos ela
poderia tentar esquecer.
Joe apontou para ela.
— E eu vou cuidar de Carly esta noite, de modo que
você possa ter um sono
ininterrupto.
Demi estava muito cansada para discutir.
— Tudo bem. Mais alguma coisa?
Quando ela começou
a andar, Joe deu um passo atrás.
— Sim. Vá
para a cama antes que eu dê
adeus aos princípios e mude
de idéia.
Demi foi tomada por um estranho senso de poder.
— Não se
preocupe, Joe. Vou tentar resistir ao impulso de violentá-lo
no meio da noite. Mas não
faço promessas.
Ela virou-se e caminhou para dentro da casa, enquanto
refletia como Joe estivera errado sobre sua motivação.
Ela não queria diversão.
Não gostava de sexo
conveniente. Ela o queria... tanto que chegava a doer. Sempre o
quisera. Mas tê-lo vinha com
um alto preço, porque
conhecia Joe Jonas.
Conhecia a habilidade inata dele de fazer uma mulher se
sentir como se nenhuma outra jamais tivesse existido. Também
sabia que ele tinha um hábito
de deixar uma trilha de corações
partidos... o seu entre eles. Todavia, Demi era mais forte
agora. Podia lutar contra envolvimento emocionai. Poderia aceitar o
que Joe estava disposto a dar, contanto que não
cruzasse a linha do amor.
É claro, teria de convencê-lo
a participar. Isso exigiria paciência
e uma dura batalha. Experiência
lhe ensinara que expectativa era o melhor afrodisíaco
do mundo.
Mas o risco valia realmente a pena? Oh, sim, valia. Ele
valia.
***
Joe
rolou
na cama, olhou para o relógio
e percebeu que tinha dormido a noite inteira... sem acordar nenhuma
vez com Carly. Ele se sentou e focou na luz vermelha iluminando
o monitor, que indicava que estava funcionando. A menos que o
receptor tivesse quebrado. Ou que alguém
o tivesse desligado intencionalmente.
Ele suspeitava quem esse alguém
podia ser. Demi, provavelmente, dormira no quarto do bebê,
afim de assumir o turno noturno, ignorando suas tentativas de lhe dar
um descanso. Pelo menos, o arranjo havia durado quase uma semana. E
três dias atrás
ela finalmente concordara em deixá-lo
pegar Carly na creche ao meio-dia.
Desde então,
Joe tinha estabelecido uma boa rotina com a filha... ele trabalhava
pelas manhãs e brincava de
papai durante as tardes. A noite, na companhia de Demi, os dois
fingiam que nada havia acontecido naquela noite no terraço.
Contudo, por seis dias inteiros ele não
pensava em outra coisa, enquanto ela se tornara distante, fazendo
provocações sutis
destinadas a levá-lo à
loucura. Um roçar acidental
na cozinha, entrando na sala com apenas uma toalha enrolada no corpo,
então agindo como se
estivesse surpresa ao encontrá-lo
diante da televisão.
Pura tortura.
Forçando-se a
reprimir os pensamentos, Joe saiu da cama, vestiu um short de
ginástica, e quando entrou
no hall, ouviu um baralho vindo da cozinha. Encontrou Demi
parada junto da pia, enchendo a cafeteira de água..,
vestida naquele tentador pijama de zebra. Aquele era o pior tipo de
punição... olhe, mas
não toque.
Ele se sentou num banco de bar e uniu as mãos
sobre o balcão num esforço
para controlá-las.
— Onde está o
bebê?
— Incrivelmente, ainda dormindo—
respondeu ela, sem olhá-lo.
— Chequei poucos minutos
atrás.
— Quantas vezes você
acordou com ela esta noite?
Demi o encarou, parecendo um pouco assustada, meio
confusa.
— Não tenho
idéia sobre o que você
está falando. Eu não
acordei uma única vez com
Carly.
Alarmes tocaram na cabeça
de Joe.
— Nem eu.
Ele saiu correndo da cozinha para o corredor, Demi o
seguindo de perto. Enquanto girava a maçaneta
do quarto do bebê, um
pensamento horrível lhe
ocorreu. Carly estava doente e ninguém
estivera lá para ela. Ou
estava no berço, chutando os
pezinhos e produzindo sons incoerentes de bebê.
— Ela está
bem? — Demi perguntou atrás
dele.
Silenciosamente, Joe fechou a porta e sorriu.
— Ela está
bem. Não tenho certeza o que
está dizendo para as
próprias mãozinhas,
mas parece bastante animada. E uma vez que você
não acordou com o choro
de Carly, e eu também não
acordei, isso significa...
— Ela dormiu á
noite inteira.
Sem aviso, Demi atirou-se nos braços
de Joe e envolveu as pernas ao redor de sua cintura. Ele a
girou algumas vezes antes de deslizá-la
até o chão,
colocando-os em contato íntimo
com as roupas finas que os separavam. Pior, Demi não
o soltou imediatamente. Grande erro.
Cem flexões e
um banho de 45 minutos toda noite vinham sendo a única
maneira de Joe controlar sua libido. Considerando seu estado de
excitação atual, teria de
fazer 200 flexões e passar
uma hora debaixo do chuveiro antes que pudesse começar
o dia.
Com o que lhe restava de força
de vontade, Joe virou-se de costas para ela, cruzou as mãos
atrás da nuca e começou
a ir em direção ao seu
quarto.
— Cuide de Carly, por favor. Eu preciso de alguns
minutos. — Ele precisava de
um balde de gelo dentro de seu short.
— Algum problema, Joe?
Ele parou e olhou por sobre o ombro para vê-la
sorrindo.
— Pode-se dizer que sim.
— Por acaso é
aquela condição matinal
exclusivamente masculina conhecida como intumescência
peniana noturna?
Ele virou-se de frente novamente, com o risco de
confirmar o diagnostica dela.
— Sabe como eu adoro quando você
fala coisas eróticas comigo
em termos médicos, mas isso
não tem nada a ver com a
hora do dia. Você acabou de
roçar seu corpo seminu no
meu corpo seminu. Adicione isso à sua
sedução progressiva e
obtenha o que está causando
meu problema.
Ela olhou para baixo, vendo o problema em questão,
então ergueu os olhos
novamente.
— Você teve
sua chance na outra noite no terraço.
Joe estava bastante ciente daquilo.
— Nós já
falamos sobre isso, Demi.
— Eu sei, e precisamos aprofundar a discussão
quando eu chegar em casa esta noite.
Ele lembrou-se do e-mail que tinha recebido na noite
anterior, depois que Demi fora para a cama, e o dilema se apresentou.
— Eu não
estarei aqui quando você
chegar em casa. Preciso voar para Atlanta esta tarde.
Ela franziu o cenho.
— Porquê?
— Porque fui chamado por uma grande revista. Eu tentei
me livrar sugerindo uma conferência
por telefone, mas eles querem um encontro cara a cara. São
só dois dias. Tenho de jogar
golfe no sábado com as
"feras", mas volto na noite de sábado.
— Que conveniente. Agora você
tem uma desculpa real para me evitar.
Joe coçou o maxilar.
— Isso não é
nem um pouco conveniente, e eu não
estou evitando você.
Demi cruzou os braços
sob os seios.
— Sim, está.
Quando eu chego em casa, você
vai para a academia de ginástica
ou para o galpão a fim de se
exercitar por horas. Depois do jantar, recolhe-se em seu escritório
até que seja hora de Carly
ir para a cama.
Certo, então
ele a vinha evitando, por bons motivos.
— Eu somente estou fazendo o que você
pediu, Demi. Deixando-a ter algum tempo de qualidade com Carly.
— Você mal me
olha, Joe. Sinto que tenho algum tipo de vírus
para o qual não existe cura.
Demi tinha... atrativos sexuais virais que o faziam suar
frio.
— Estou olhando para você
agora, e está me matando não
levá-la para a cama e cuidar
do meu problema. Mas imagino que isso é
exatamente o que você
pretende, usando esse bendito pijama.
Ela deu de ombros.
— Eu não
tinha outro traje para dormir, pois não
tive tempo de lavar roupa esta semana.
Desculpa esfarrapada, na opinião
de Joe.
— Minha faxineira vem toda sexta-feira, que por acaso
é amanhã.
Se você deixá-la
lavar suas roupas quando ela lava as minhas e as de Carly, isso não
será mais um problema.
— Sou capaz de lavar minhas próprias
roupas, obrigada.
— Vamos, Demi, admita. Você
está tentando me manter
excitado e perturbado.
— Eu não
estou tentando fazer
nada, Joe. Além disso, você
tem a tendência de se
excitar com coisas insignificantes.
— Como o fato de que posso praticamente ver através
da blusa que você está
usando? — E o efeito que
sua observação tinha nos
seios dela.
Demi mudou o peso do corpo de um pé
para o outro.
— Olha quem está
falando. Você nem mesmo está
usando uma camisa. Joe deslizou a mão
do tórax até
o cós de seu short, somente
para ver como ela reagiria. E Demi reagiu mordiscando o lábio
inferior.
— Isso a excita? Porque agora você
sabe exatamente como eu me sinto. Ou estamos engajados em algum tipo
de competição para ver quem
se rende primeiro?
— Acredito que eu fiz isso naquela noite no terraço.
— Não, você
ameaçou fazer.
Eles continuaram parados ali, se olhando, enquanto Joe
imaginava pressioná-la
contra a parede e beijá-la
até tirar aquele sorriso
dissimulado do rosto dela. Remover aquele pijama sexy realmente
devagar...
O som do choro de Carly suspendeu temporariamente a
tensão entre os dois, e
serviu como um lembrete do por que ele não
poderia agir sobre seus desejos. Mas aquela tensão
estaria presente durante todo o tempo que eles estivessem morando
juntos? Assim que pudesse pensar com clareza novamente, ele
teria de decidir o que fazer sobre aquilo.
— A que horas você
vai sair? — perguntou Demi
quando começou a ir em
direção ao quarto do bebê.
— Meu vôo é
às 16h. —
Más ele tinha um compromisso
duas horas antes disso. Passar no laboratório,
algo que não mencionaria até
que tivesse os resultados, se é
que falaria sobre o assunto.
Quando ela se virou em direção
ao quarto e lhe permitiu uma vista do traseiro firme e arredondado,
um dos aspectos favoritos dele, Joe não
pôde evitar.
— Belo traseiro, Lovato.
Ela abriu a porta parecendo precisar de uma fuga rápida.
— Vou ligar para a creche e avisar que Carly ficará
lá o dia inteiro.
— E eu ligo para você
esta noite.
Demi
tinha
esperado a noite inteira pelo telefonema
de Joe. Quando o telefone finalmente tocou, ela estava deitada no
sofá da sala, mudando os
canais da tevê
aleatoriamente e não
pensando em nada... exceto nele.
Ela atendeu com um casual "Olá",
e ele respondeu com "Oi".
Agora o quê?
Algo geral seria melhor.
— Você fez um
bom vôo?
— Estava lotado, graças
ao feriado.
Demi nem mesmo considerara aquilo.
— Esqueci completamente que este é
o fim de semana de 4 de Julho.
— Isso me lembra algo —
disse ele. — Espero que
você não
esteja de plantão este fim
de semana, porque falei com minha mãe
e ofereci nossa casa para a celebração
no domingo.
Nossa casa. Demi ainda não
via á Casa como sua.
— Não, eu não
estou de plantão. O que
preciso preparar para essa pequena reunião?
—Absolutamente nada. Eu irei fazer hambúrgueres
na grelha, e o restante da família
vai levar alguma coisa para colaborar. Eles vêm
fazendo isso há tanto tempo
que nunca nem consideram mudar a rotina.
Talvez eles sim, mas não
Joe. Pelo que ele lhe contara sobre o passado, vinha evitando a
maioria das reuniões
familiares nos últimos anos.
— Parece que este vai ser um grande momento.
— E você
finalmente poderá conhecer
meus pais. Adorável.
— Espero que eles não
se importem com isso.
— Eles não se
importarão. Apenas se lembre
do que eu lhe falei sobre meu pai. Prepare-se para muitos ditados
irlandeses que não fazem o
menor sentido.
Ela riu.
— Eu me lembrarei.
— Como vai a minha outra garota? —
perguntou ele. O jeito que ele falou outra
garota fez Demi refletir.
— Ela estava um pouco agitada, mas no momento está
dormindo como um bebê.
Provavelmente, porque é um
bebê. —
Que brilhante, Demi. —
Carly sente sua falta.
— E eu sinto falta dela. Sinto sua falta também.
Ela não sabia
bem como responder, então
escolheu mudar de assunto.
— Como foi sua reunião?
— Bem. Ótima,
na verdade. Eles querem que eu me mude para Atlanta e assuma o cargo
de diretor-executivo no departamento de criação.
Isso significa um bônus e um
aumento de salário. Mas
também significa mais horas
de trabalho e algumas viagens.
Demi censurou-se silenciosamente por se importar se ele
viajaria ou não. No grande
esquema das coisas, isso não
importava. Ela tinha a sua carreira, e Joe, a dele.
— Você vai
aceitar?
— Estou inclinado nessa direção.
A casa ficará solitária
quando você e Carly se
mudarem. Vou precisar de alguma coisa para ocupar meu tempo. Além
disso, Atlanta fica a apenas seis horas da área
Jackson. Eu poderia fazer essa viagem de carro em um dia para ver
Carly.
— Quando você
não estiver viajando —
adicionou Demi, uma tensão
inconfundível no tom de voz.
— Não está
nada decidido ainda. Eu disse a eles que darei uma resposta até
setembro. Enquanto isso, continuo trabalhando de casa.
Outro tópico
precisava ser coberto, e agora parecia um bom momento para Demi
introduzi-lo.
— Sobre está
manhã, Joe.
— Eu sei. Eu meio que perdi o controle de minha boca.
Sinto muito.
— Não, você
não sente.
— Certo, eu não
sinto. Mas não fui o único
a fazer insinuações.
Demi não
poderia discordar daquilo.
— Você está
certo. E aproveitando que estamos sendo abertos um com o outro, eu
tenho uma confissão a fazer.
— Sobre?
Ela respirou profundamente e exalou devagar.
— Eu inventei a extensão
de meu relacionamento com J. W, Na verdade, ele é
apenas um amigo.
Houve um momento de silêncio
antes que ele perguntasse:
— Então vocês
dois nunca foram um casal?
— Um casal de amigos de infância,
nada mais. Como esperado, ele estava lá
para me apoiar quando Carly nasceu, porém,
mais como um tio substituto.
— Depois de sua reação
quando eu lhe contei sobre a namorada dele, pensei...
— Que eu estava triste sobre o fim de nosso suposto
relacionamento. Meu choro foi resultado do estresse acumulado,
não da namorada de J.W.
— Eu estou confuso, Demi. Por que você
mentiu sobre isso?
— Achei que se você
pensasse que eu estava envolvida com outro homem então
o que está acontecendo entre
nós não
aconteceria. E funcionou por algum tempo, até
que J. W. estragasse tudo, deixando aquele recado.
— Para sua informação,
você não
precisa se proteger de mim. Como afirmei, não
farei nada que você não
queira.
E este era o problema. Ela queria que ele fizesse tudo
que gostaria... exceto partir seu coração
novamente.
— Você está
zangado?
— Não, eu não
estou zangado. De modo algum, entendo sua autoproteção.
Sou um mestre em construir barreiras.
Ela estivera do lado de fora daquelas barreiras, fazendo
o possível para derrubá-las,
sem sucesso. Pelo menos até
recentemente.
— Você parece
muito mais aberto do que costumava ser, Joe.
— Estou trabalhando nisso, Demi. Mas ainda tenho
alguns assuntos com os quais preciso lidar.
Querer continuar solteiro talvez fosse um dos assuntos.
— Pode ser mais objetivo?
—Vamos apenas dizer que muita coisa aconteceu enquanto
nós estávamos
separados. Tais eventos me levaram a buscar maior autoconhecimento.
Conversaremos sobre isso quando tivermos mais tempo. Levará
algumas horas para eu explicar.
A atitude instigou a curiosidade de Demi. Todavia, se
ela o pressionasse por mais informações
antes que ele estivesse pronto, aquilo poderia fazê-lo
se fechar ainda mais,
— Enquanto isso, o que fazemos sobre o que existe
entre nós?
— O que você
quer fazer sobre isso?
Demi detestava quando alguém
respondia uma pergunta com outra pergunta, especialmente quando
a resposta era arriscada.
— Bem, somos, ambos adultos maduros. Contanto que
saibamos nossa posição
antes de estabelecermos uma conexão
física, que nos dará
prazer até o momento de
minha partida, então não
vejo motivo lógico para que
não possamos deixar a
natureza seguir seu curso.
Ele deu uma gargalhada.
— Sinto como se tivesse acabado de ter uma sessão
com uma conselheira em relacionamentos.
Ela sempre tendia a ser analítica
quando se tratava de conflito.
— Em termos leigos, não
acho que seremos capazes de impedir o que está
acontecendo, a menos que um de nós
consinta ser trancado num closet pelas próximas
semanas.
— Ambos temos livre arbítrio,
Demi. O ponto é que nenhum
de nós quer
parar.
Pura verdade.
— Então
concordamos que iremos parar de lutar contra isso?
— Com uma condição.
Eu gostaria de saber se vai me perdoar um dia pela maneira como
terminei com você.
— Eu perdoei você,
Joe. Mas é algo que jamais
vou esquecer. Por isso preciso ser cautelosa. —
Exatamente por que tinha de tratar o ato de amor com Joe de forma
casual. Talvez aquilo se provasse ser extremamente difícil,
se não impossível.
— Bastante satisfatório
— disse Joe. —
Então deixaremos a natureza
seguir seu curso.
Demi consultou o relógio,
e após perceber a hora da
noite, decidiu que devia terminar aquela conversa.
— Agora que estamos combinados sobre nossos problemas
químicos, é
hora de dormir.
— Parece uma boa idéia,
querida, mas uma vez que eu estou aqui e você
aí, a cama não
é tão
atraente. .
Pouco a pouco o Joe que ela conhecera antes tinha subido
à superfície.
O Joe que sussurrava palavras sexies e doces, que podia levá-la
ao prazer extremo somente com o som de sua voz.
— Acredite, eu preciso muito dormir. Mas realmente
apreciei nossa conversa, a qual me lembrou das conversas que
costumávamos ter quando você
saía da cidade para uma
entrevista.
— Sem chance, a menos que eu diga alguma coisa assim.
— Joe abaixou o tom de voz
e sussurrou palavras estimulantes e sensuais que sugeriam o que ele
faria se eles estivessem juntos naquele momento.
Demi pôs a mão
sobre seu coração
disparado.
— Ora, Joe Jonas, eu estou chocada.
— Está mesmo?
Você costumava gostar disso,
e se me recordo corretamente, não
pronunciou um termo anatomicamente preciso.
Felizmente, ele não
podia vê-la enrubescendo. —
Isso foi antes de eu ser mãe
de uma garotinha.
— Não tem
problema ser safada, Demi. Ser mãe
não deve causar impacto
em sua sensualidade natural. Além
disso, como acha que crianças
ganham irmãos?
O sorriso na voz dele a fez dar seu próprio
sorriso.
— Certamente você
não está
sugerindo que nós façamos
um irmão ou uma irmã
para Carly.
Um silêncio
ensurdecedor se seguiu, levando Demi a acreditar que o medo dele de
se acomodar ainda existia, apesar do amor que sentia por Carly.
— Eu estou brincando, Joe.
— Eu sei que está.
Agora vá para a cama e
lembre-se do que lhe falei minutos atrás.
— Oh, sim. Eu irei para a cama com o corpo em chamas
sem ninguém para me esfriar.
— Eu gostaria que pudesse estar aí
para ajudá-la, querida. Mas
se você quiser continuar
conversando ao telefone para que eu lhe cause algum alívio,
posso fazer isso. —
Não, Joe. Eu só
quero que você volte
correndo para casa e para mim.
~
Oi gente, eu tinha programado o capitulo no horário certo, mas eu acho que o horário do blog é diferente do nosso hahahaha enfim, irei continuar postando se vocês comentarem e por favor, comentem mais sobre o capitulo!! Comentem, beijoos <3
Ahhh pode postar mais. Necessito desaa fic
ResponderExcluirPosta+, amando a fic!
ResponderExcluirPode postra mari. Morrendo de curiosidade !
ResponderExcluirAmei amei e esses dois se provocando me mato de rir kkkkkkk
ResponderExcluirContinua...
Fabiola Barboza :*
MAAAASSS GENTEEE... ARRASOU.. *-----*
ResponderExcluirESPERANDO POR MAIS..
KISSES!
Perfeito:-)
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