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Meu lema é autodeterminação. Decisão. Controle. Eu determino o caminho da minha vida. Eu decido meus fracassos e sucessos. Foda-se o destino. O destino pode ir para o inferno. Se eu realmente quiser algo, posso conseguir. Se tiver foco e sacrifício, não há nada que eu não possa fazer.
Qual é a intenção da minha presunção, você quer saber? Por que pareço um palestrante de autoajuda? O que estou tentando dizer?
Em resumo, eu controlo meu pênis. Meu pênis não me controla. Pelo menos é o que tenho tentado me convencer durante a última uma hora e meia.
Está me vendo ali, em minha mesa, resmungando como um maldito esquizofrênico sem medicação?
Aquele sou eu, me lembrando dos princípios e das crenças sagradas que me trouxeram a este ponto da minha vida. Que me tornaram um sucesso indiscutível na cama e no trabalho. Que nunca falharam antes. Que estou morrendo de vontade de jogar pela porra da janela. Tudo por causa da mulher que está no escritório ao final do corredor.
Demetria Todos-me-chamam-de-Demi Lovato. Nem me fale sobre este maldito imprevisto.
Do modo como vejo isso, eu ainda poderia ir atrás do prêmio. Tecnicamente, não conheci Demi no trabalho, mas sim em um bar. Isso significa que ela poderia perder a classificação de “colega de trabalho” e ficar com o status de “encontro aleatório”, para o qual foi designada a princípio.
O quê? Sou um empresário, é meu trabalho encontrar brechas.
Então, pelo menos em teoria, eu poderia comê-la e não comprometer meus princípios. O problema dessa estratégia é, lógico, o que acontece depois.
Os olhares de desejo, os olhos esperançosos, as tentativas patéticas de me deixar com ciúmes. As reuniões supostamente “acidentais”, as perguntas sobre meus planos, as caminhadas “casuais” pela porta do meu escritório. Tudo o que poderia, sem dúvida, se intensificar e se tornar um perturbador comportamento obsessivo.
Algumas mulheres aguentam sair apenas por uma noite. Outras não aguentam. E, com certeza, eu já me ferrei com aquelas que não aguentam.
Não foi nada bonito.
Logo, você pode perceber que não importa o quanto eu desejo, não importa a força com que minha cabecinha está tentando me levar para o caminho errado, não é o tipo de coisa que quero trazer para meu local de trabalho. Meu santuário – meu segundo lar.
Não vai acontecer. Ponto final.
É isso. Fim de conversa.
Caso encerrado.
Demi Lovato foi excluída da minha lista de pretendentes. Ela é proibida, intocável, impossível. Junto com as ex-namoradas dos meus amigos, a filha do chefe e as melhores amigas da minha irmã.
Bem, essa última categoria ainda é uma área meio nebulosa. Quando eu tinha dezoito anos, a melhor amiga de Alexandra, Cheryl Phillips, passou o verão inteiro em nossa casa. Deus a abençoe – aquela menina tinha uma boca do tamanho de um aspirador. Para a minha sorte, a Vaca nunca ficou sabendo das visitas que a amiga fazia ao meu quarto às duas da manhã. Se ela descobrisse, seria uma enorme confusão – seria um inferno com dimensões apocalípticas.
Enfim, onde parei?
Ah, claro. Estava explicando que tomei a decisão inequívoca de que a bunda de Demi Lovato seria uma que, infelizmente, nunca iria tocar. Mas estou bem quanto a isso. De verdade.
Quase acredito no que disse.
Até que ela aparece em minha porta.
Meu Deus.
Ela está usando óculos. Aqueles com aros escuros. A versão feminina dos óculos de Clark Kent. A maioria das mulheres fica com cara de nerd e nada atraente. Mas ela não. Na parte superior daquele narizinho, enquadrando aqueles lindos cílios longos, com seu cabelo preso em um coque meio solto, os óculos ficaram com uma aparência muito sensual.
Quando ela começa a falar, minha imaginação se enche daquelas fantasias que tive com professoras. Elas estão se misturando com aquelas de uma bibliotecária que aparenta ter uma sexualidade reprimida, mas que, na realidade, é uma ninfomaníaca que usa algemas e veste roupas de couro.
Enquanto tudo isso está se passando em minha cabeça, ela ainda está falando.
Que merda ela está falando?
Fecho meus olhos para que eu possa parar de encarar seus lábios reluzentes e para que eu possa processar as palavras que saem de sua boca:
– … pai disse que você poderia me ajudar com isso – ela para e me olha com expectativa.
– Me desculpe, estava distraído. Você pode se sentar e me explicar tudo de novo? – pergunto, com um tom de voz que disfarça o tesão dentro de mim.
Mais uma vez, para as garotas aí fora, aqui vai um fato: os homens pensam em sexo umas 24 horas por dia. O número correto é a cada 5,2 segundos ou algo assim.
O que importa é que, quando você pergunta “o que você quer para o jantar?”, estamos pensando em te comer no balcão da cozinha. Quando você está contando sobre o filme meloso que assistiu com as amigas na semana passada, estamos nos lembrando do filme pornô que assistimos na noite passada. Quando você nos mostra os sapatos estilosos que comprou em liquidação, estamos pensando como eles ficariam bonitos apoiados em seus ombros.
Só achei que você devia saber. Não atire no mensageiro.
É uma maldição, na verdade.
Eu culpo o Adão. Ele era um homem que tinha tudo na vida. Ele andava pelado, com uma garota gostosa para satisfazer todas as suas fantasias. Espero que aquela maçã tenha sido muito saborosa, pois ele ferrou tudo para o restante de nós. Agora temos que trabalhar para isso. Ou, no meu caso, tentar, de modo desesperado, não querer isso.
Ela senta na cadeira do outro lado da minha mesa e cruza as pernas.
Não olhe para as pernas. Não olhe para as pernas.
Tarde demais.
Elas são torneadas, bronzeadas e tão lisas como seda. Eu lambo meus lábios e me forço a olhar para seus olhos.
Ela recomeça:
– Então, estive trabalhando em um portfólio de uma empresa de programação, a Genesis. Já ouviu falar deles?
– Vagamente – respondo, olhando para os papéis na minha mesa para diminuir o fluxo de imagens indecentes que o som de sua voz traz à minha cabeça pervertida.
Sou um garoto mau, muito mau. Será que Demi irá me castigar se eu lhe contar o quanto sou mau?
Eu sei. Eu sei. Não consigo me controlar.
– Eles tiveram lucro bruto de 3 milhões no último trimestre – diz ela.
– Sério?
– Sim. Sei que não é nada de outro mundo, mas isso mostra que têm uma base sólida. Ainda são pequenos, mas é isso que os torna bons. Os programadores são jovens e ambiciosos. Dizem que eles têm ideias que farão o Wii parecer um Atari. E eles têm os cérebros pra tornar isso realidade. O que falta é capital.
Ela para e se debruça na minha mesa para me dar uma pasta. Sou inebriado por um perfume doce, mas viçoso. É delicioso, sedutor – não como o de uma avó, cujo perfume quase te mata quando ela esbarra em você no correio.
Fico com vontade de colocar meu rosto em seu pescoço e inalar profundamente.
Mas resisto e, em vez disso, abro a pasta.
– Eu mostrei o que tenho para o senhor Jonas… quer dizer, seu pai, e ele me disse pra pedir sua opinião. Ele acha que um de seus clientes…
– Alphacom – eu completo.
– Alphacom – eu completo.
– Isso. Ele achou que Alphacom estaria interessado.
Eu dou uma olhada no trabalho que ela fez até agora. É bom. Cheio de detalhes e informações, porém focado. Devagar, meu cérebro – aquele acima de meus ombros, de qualquer modo – começa a trocar de velocidade. Há apenas um assunto que consegue me distrair dos meus pensamentos sobre sexo: trabalho. Um bom negócio. Sem dúvida consigo encontrar algum potencial aqui.
Não parece tão bom quanto Demi Lovato, mas está chegando perto.
Eu gesticulo para ela se sentar novamente. E ela o faz.
– Isto é bom, Demi. Muito bom. Com certeza eu conseguiria vender isso para Seanson. Ele é o CEO da Alphacom.
Seus olhos se estreitam um pouco.
– Mas vou continuar no projeto, certo?
Eu sorrio.
– Claro. Tenho cara de que preciso roubar as propostas de outras pessoas?
Ela revira seus olhos e sorri. Desta vez, eu não consigo não olhar.
– Não, claro que não, senhor Jonas. Não queria dizer isso, é que… você sabe… primeiro dia.
– Então, após analisar isso, diria que você está tendo um ótimo primeiro dia. E, por favor, é Joe.
Ela acena. Eu me ajeito em minha cadeira, admirando-a. Meus olhos a medem da cabeça aos pés de um modo completamente não profissional. Eu sei disso. Mas não consigo me importar.
– Você comemorava um novo emprego, é? – pergunto, referindo-me ao comentário que ela fez no REM na noite de sábado.
Ela morde o lábio, e minhas calças ficam apertadas quando fico ereto e duro – mais uma vez. Se isso continuar, terei um sério problema de dor nos ovos quando chegar em casa.
– Sim, novo emprego – ela encolhe os ombros –, descobri quem era você quando me disse seu nome e o de sua empresa.
– Você já tinha ouvido falar de mim? – pergunto, curioso.
– Claro. Duvido que haja muitas pessoas neste ramo que nunca leram sobre o menino de ouro da Jonas, Reinhart e Fisher na Revista Business Weekly, página seis, para ser mais exata.
Suas últimas palavras se referem às colunas de fofoca, nas quais eu costumo aparecer.
– Se a única razão por você ter me dado um fora é porque trabalho aqui – eu digo –, posso colocar minha carta de demissão na mesa do meu pai em uma hora.
Ela ri e, com suas bochechas coradas, responde:
– Não, essa não foi a única razão.
Ela estica sua mão em minha direção para me lembrar do anel de noivado quase invisível.
– Mas você não está feliz que eu te rejeitei? Pois teria sido muito estranho se algo tivesse acontecido entre nós. Não acha?
Digo para ela, com ar sério:
– Teria valido a pena.
Ela fica com uma expressão de dúvida.
– Mesmo eu trabalhando como sua subordinada?
Ah, fala sério – ela provocou e sabe disso. Sua subordinada? Como vou ignorar isso agora?
Apesar disso, eu apenas ergo uma sobrancelha e ela balança a cabeça e dá mais uma risadinha.
Com um sorriso feroz, eu a questiono:
– Não estou te deixando desconfortável, estou?
– Não. Nadinha. Mas você trata todos os seus funcionários desse jeito? Porque, tenho que te avisar, você pode sofrer um processo judicial.
Não consigo controlar o sorriso. Ela é tão surpreendente. Astuta. Rápida. Tenho que pensar antes de falar com ela. Gosto disso.
Gosto dela.
– Não, não trato todos os meus funcionários dessa maneira. Nunca. Apenas uma pessoa, que não consigo tirar da minha cabeça desde a noite de sábado.
Ok, talvez eu não estivesse pensando nela quando as gêmeas estavam trabalhando em conjunto sobre mim. Mas ao menos é verdade, em partes.
– Você é incorrigível – diz ela, de um modo que me faz acreditar que me acha fofo.
Sou muitas coisas, querida. Fofo não é uma delas.
– Se eu vejo algo que quero, vou atrás disso. Estou acostumado a conseguir o que quero.
Você nunca vai ouvir algo tão verdadeiro quanto isso sobre mim. Mas vamos dar uma pausa, beleza? Para que eu possa te dar uma visão completa.
Sabe, minha mãe, Anne, sempre quis uma família grande – cinco, talvez seis filhos. Mas a Alexandra é cinco anos mais velha do que eu. Cinco anos pode não parecer muito para você, mas para minha mãe era uma eternidade. Conforme consta, após Alexandra, minha mãe não conseguia engravidar de novo – e não foi por não tentar. “Infertilidade secundária”, eles chamaram isso. Quando minha irmã tinha cinco anos, minha mãe tinha perdido as esperanças de ter mais algum filho.
Mas adivinha o que aconteceu depois? Eu cheguei.
Surpresa.
Eu era seu bebê milagroso. Seu anjo precioso de Deus. Seu desejo concedido. Sua oração respondida. E ela não foi a única a acreditar nisso. Meu pai estava empolgado e muito agradecido por ter outro filho – e, por sinal, um menino. A Alexandra – isso foi nos anos antes de se tornar A Vaca – estava em êxtase por finalmente ter um irmãozinho.
Eu era o que minha família sempre quis e havia esperado por cinco anos. Era o pequeno príncipe. Não podia fazer nenhum mal. Não havia nada que eu quisesse que não conseguia ter. Eu era o mais bonito, o mais brilhante. Não havia ninguém mais amável ou mais doce do que eu. Era amado de modo indescritível – idolatrado e satisfeito.
Portanto, se você acha que sou arrogante, egoísta, mimado… é provável que eu seja mesmo.
Mas não use isso contra mim. Não é minha culpa. Sou o produto de como fui criado.
Agora que isso está explicado, vamos voltar ao meu escritório. Esta próxima parte é importante.
– Acho que você devia saber, Demi, eu quero você.
– Acho que você devia saber, Demi, eu quero você.
Está vendo as bochechas coradas, a pequena surpresa em seu rosto? Viu como a expressão dela se tornou séria, e como olha em meus olhos e depois olha para o chão?
Estou provocando ela. Demi também me quer. Ela está lutando contra isso. Mas está lá. Eu poderia tê-la. Poderia levá-la para onde ela está morrendo de vontade de ir.
Essa informação me faz abafar um gemido quando o cara lá embaixo reage com ímpeto. Quero ir até ela e beijá-la até ela não aguentar mais. Quero deslizar minha língua entre aqueles lábios deliciosos até que seus joelhos cansem e se dobrem. Quero pegá-la, colocar suas pernas na minha cintura, encostá-la na parede e…
– Ei, Joe. Está um trânsito na 53. Se você quer chegar para a reunião das quatro, é melhor sair agora.
Obrigado, Erin. Ótimo jeito de estragar o momento.
Secretária muito legal – momento inadequado.
Demi se levanta da cadeira, seus ombros se enrijecem, sua coluna fica reta. Ela vai até a porta e se recusa a me olhar nos olhos.
– Então, muito obrigada pelo seu tempo, senhor Jonas. Você… ah… me chama quando me quiser.
Mexo minhas sobrancelhas sugestivamente ao ouvir essas palavras. Adoro saber que ela está exaltada – e que fui eu quem fez isso com ela.
Ainda evitando contato visual, ela faz uma leve careta.
– Sobre Alphacom e Genesis. Me explique depois o que devo fazer… o que quer que eu faça… o que… ah, você entendeu.
Antes que ela saia, minha voz a interrompe:
– Demi?
Ela se vira para mim, com um olhar de questionamento.
Eu aponto para mim:
– É Joe.
Ela sorri. Voltando ao seu estado normal. Sua confiança natural está encontrando o caminho de volta a seus olhos.
Em seguida, ela se encontra com meu olhar super entusiasmado.
– Claro. Te vejo depois, Joe.
Assim que ela sai pela porta, eu digo a mim mesmo: “Ah, claro. Sim, você verá”.
Arrumando minha maleta para ir à reunião, percebo que esta atração – não, isso não é uma palavra forte o bastante –, esta necessidade que tenho por Demi Lovato não vai sumir de repente.
Posso tentar lutar contra isso, mas sou apenas um homem, pelo amor de Deus. Se isso não se resolver, meu desejo por ela pode transformar meu escritório, o local que eu amo, em uma câmara de tortura de frustração sexual.
Não posso deixar isso acontecer.
Então, tenho três opções: posso pedir demissão; posso conseguir que a Demi se demita ou posso seduzi-la para ter uma noite prazerosa comigo. Pronto, falei tudo o que tinha para falar – as consequências serão infernais.
Adivinhe qual dessas opções vou escolher?
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Oiii!! ai esta mais um capitulo maravilhoso, dessa fic maravilhosa!! quero fazer uma maratona, mas preciso saber se vai ter alguém acompanhando... mais ou menos até as 15:30 se tiver alguém comentando eu irei começar uma maratona com uns 10 capítulos... Go!!!
Beijooos <3
Oiii!! ai esta mais um capitulo maravilhoso, dessa fic maravilhosa!! quero fazer uma maratona, mas preciso saber se vai ter alguém acompanhando... mais ou menos até as 15:30 se tiver alguém comentando eu irei começar uma maratona com uns 10 capítulos... Go!!!
Beijooos <3
Eu to acompanhando, faz maratona! No final ou ate agr da fic vc poderia dizer o nome do livro q vc adptou essa fic!? bjos
ResponderExcluirEu também estou scompanhando, faz a maratona please
ResponderExcluirMaratona
ResponderExcluirMaratona
ResponderExcluirEEEEUUUU.. FAZ MARATONA.. EU QUERO MARATONA.. EEEEUU o/ o/ o/ *---------*
ResponderExcluirselinho pra vc no meu blog http://prettyreallyhurts.blogspot.com.br/2014/08/selinho.html
ResponderExcluirposta maaaais please!!!! !!!!
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