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Na segunda-feira de manhã, estou na sala de conferências esperando a reunião com a equipe. Todo mundo está aqui. Todos, com exceção de Demi. Meu pai olha seu relógio. Ele começou o dia cedo hoje, e sei que está ansioso para dar início. Fico com uma pulga atrás da orelha.
Onde ela está?
Por fim, Demi chega correndo, ainda com o casaco no corpo e uma pilha de pastas caindo de suas mãos. Ela parece… horrível. Na verdade, ela é bonita, sempre está bonita. Mas, acredite em uma pessoa que já a observou mais intimamente, Demi está tendo um péssimo dia. Viu como ela está pálida? E quando foi que aquelas olheiras apareceram debaixo de seus olhos? Seu cabelo está preso em um coque bagunçado, que seria muito sexy se ela não parecesse tão… doente.
Ela sorri nervosa para meu pai.
– Me desculpe, senhor Jonas. Está sendo uma manhã difícil.
– Sem problemas, Demi. Íamos começar agora.
Enquanto meu pai relembra seus anúncios, não consigo parar de encará-la. Ela não olha para mim nem uma vez.
– Demi, você tem aquelas projeções para Pharmatab?
É o acordo do qual meu pai estava falando para o idiota na festa do escritório. O que a Demi fechou na semana passada. Ela olha para cima, com seus grandes olhos castanhos, parecendo que foi pega de surpresa.
Ela não está com eles.
– Ah… elas…
Eu me inclino e anuncio:
– Eu estou com elas. Demi me deu pra eu dar uma olhada. Mas deixei em casa. Trarei pra você o mais rápido possível, pai.
Meu pai acena e ela fecha os olhos, aliviada.
Depois que a reunião termina, todo mundo sai devagar, em fila, e eu ando ao lado de Demi.
– Oi.
Ela olha as pastas que está carregando e ajeita o casaco no braço.
– Obrigada pelo que fez lá, Joe. Foi bem legal da sua parte.
Eu sei o que disse no outro dia – que tinha me cansado dela. Mas não quis dizer isso de verdade. Estava falando sem pensar, sentindo-me frustrado sexualmente. Você sabe disso. Será que Demi sabe? Será que ela se importa?
– Preciso fazer a coisa certa de vez em quando. Pra você continuar prestando atenção em mim.
Eu lhe dou um sorrisinho, sem retorno.
E ela ainda não deu a porra de um olhar para mim. O que aconteceu com ela? Meu coração acelera quando penso em todas as possibilidades. Será que ela está doente? Será que algo aconteceu com sua mãe? Será que ela foi assaltada no metrô?
Céus.
Demi entra em sua sala e fecha a porta, e eu fico do lado de fora, em pé. É aqui que os homens se deram mal, galera. Quando Deus deu à Eva aquela costela extra? Ele devia ter nos dado algo extra também. Como a capacidade de ler mentes.
Uma vez escutei minha mãe contar ao meu pai que ela não devia ter que explicar a razão de estar irritada. Que, se ele ainda não sabia o que tinha feito de errado, então, na verdade, ele não estava realmente se desculpando. O que isso significava? Notícias de última hora, damas: não podemos ler seus pensamentos. Para falar a verdade, também não tenho certeza se gostaria de poder fazer isso. A mente feminina é um lugar assustador.
Homens? Não damos muitos motivos para dúvidas: Você é um otário. Você comeu minha namorada. Você matou meu cachorro. Eu te odeio. Direto. Claro. Sem ambiguidade. Vocês, garotas, deviam tentar isso às vezes. Talvez ficaríamos um pouco mais perto de conseguir a paz mundial.
Me afasto da porta de Demi. Parece que não vou descobrir o que ela tem tão cedo.
Mais tarde naquele dia, estou em uma cafeteria com Matthew, sem tocar no meu sanduíche.
– Então, a Alexandra já conseguiu te pegar?
Ele se refere ao Massacre do Dia de Ação de Graças – caso você tenha se esquecido. Eu aceno.
– Recebi a ligação ontem. Parece que me inscrevi para ser voluntário no próximo mês na Sociedade Geriátrica de Manhattan.
– Podia ter sido pior.
– Na verdade, não. Lembra da Bernadette, tia do Steven?
Mulheres mais velhas sentem algo por mim. E não é aquela coisa de apertar a bochecha, dar batidinhas na minha cabeça. Mas sim de apertar minha bunda, apalpar meu pacote, pedir para eu empurrar suas cadeiras de rodas para a lavanderia para que possamos fazer algo sujo.
É totalmente perturbador.
Matthew está gargalhando agora. Obrigado pela compaixão, cara.
A campainha na porta da cafeteria toca. Olho para cima e penso que Deus talvez não me odeie, apesar de tudo. Pois o Billy Bundão Warren acabou de entrar. Seu rosto, em qualquer outro momento, sem dúvida me deixaria irritado. Mas agora? Ele é justamente o bundão que preciso ver. Serei bonzinho.
Eu o abordo.
– E aí, cara?
Ele vira os olhos.
– O quê?
– Escute, Billy, estava pensando, está tudo bem com Demi?
Ele resmunga:
– Não se mete na porra da vida da Demi.
Só para constar, estou tentando, e ele está sendo um babaca. Por que não estou surpreso?
– Entendo o que quer dizer. Mas, nesta manhã, ela não parecia nada bem. Você sabe o motivo?
– Demi já é bem grandinha. Pode se cuidar sozinha. Ela sempre se cuida.
– Do que você está falando?
Então caio na real. Como um balde de água fria.
– Você fez algo com ela?
Ele não responde. Olha para baixo. Essa era a resposta que precisava. Eu o agarro pela camisa e o empurro com força. Um segundo depois, Matthew aparece tentando me acalmar. Assusto o idiota só um pouco.
– Te fiz uma pergunta, filho da puta. Você fez algo com Demi?
Ele me manda soltá-lo e eu o sacudo com mais força.
– Me responde!
– Nós terminamos! Porra, nós terminamos, está bem?
Isso significa que ele terminou com ela.
Billy afasta minhas mãos e me dá um empurrão. Eu o deixo. Ele arruma a camisa, me encarando. Mas eu só fico parado. Atordoado. Ele cutuca meu peito.
– Estou indo embora. Se você colocar suas mãos em mim de novo, eu te mato, idiota.
Com isso, ele sai. Matthew o observa saindo, depois pergunta:
– Joe, que merda foi essa?
Dez anos – quase onze. Ela o amava. Foi isso o que ela me disse. Dez malditos anos. E ele a largou.
Porra.
– Tenho que ir.
– Mas você nem terminou seu sanduíche – Matthew se importa com comida.
– Pode comer. Tenho que voltar pro escritório.
Eu corro até a porta para…
Bem, você sabe para onde estou indo.
A porta de sua sala ainda está fechada. Mas eu não bato. Entro sem fazer barulho. Ela está sentada em sua mesa.
Chorando.
Já levou um coice de cavalo no estômago?
Eu também não. Mas agora sei qual é a sensação.
Ela parece tão pequena atrás daquela mesa. Jovem, vulnerável e… perdida. Minha voz é suave e cuidadosa.
– Oi.
Demi me olha surpresa e depois limpa a garganta e esfrega o rosto, tentando se recuperar.
– Precisa de algo, Joe?
Não quero deixá-la envergonhada, então finjo não perceber que as maçãs de seu rosto ainda estão molhadas.
– Estava procurando por aquele arquivo…
Lentamente, chego mais perto.
Lentamente, chego mais perto.
– Você… tem algo no olho?
Ela finge que concorda e limpa seus olhos mais uma vez.
– Sim, é um cílio ou algo do gênero.
– Quer que eu dê uma olhada? Esses cílios podem ser perigosos se não forem cuidados.
Pela primeira vez hoje, seus olhos se encontram com os meus. Parecem duas piscinas escuras e brilhantes.
– Tudo bem.
Demi se levanta e eu a levo para perto da janela. Coloco minhas mãos em suas bochechas, segurando seu rosto gentilmente. Seu rosto lindo e cheio de lágrimas.
Eu nunca quis tanto machucar alguém como eu quero fazer com Billy Warren neste momento.
Tenho certeza de que Matthew me ajudará a enterrar o que sobrar dele no quintal.
Seco suas lágrimas com meus polegares.
– Tirei.
Ela sorri e mais lágrimas começam a aparecer.
– Obrigada.
Cansei de fingir agora. Eu a encosto em meu peito. Ela deixa. Coloco meus braços ao seu redor e acaricio sua nuca com minha mão.
– Você quer que eu converse com ele? Isso aconteceu… aconteceu por minha causa?
Não acredito que o idiota tenha ficado muito feliz por nos encontrar na sala de Demi, na semana passada – com ela parecendo que tinha acabado de ser comida e tudo mais. E não, eu não fiquei louco. A última coisa que quero fazer é ajudá-la a voltar com o imbecil. Mas, Deus do céu, ela está me matando aqui.
Uma lágrima por vez.
Ela ri no meu peito. Parece triste.
– Fui eu.
Demi me olha e sorri, triste.
– Não sou a mesma garota pela qual ele se apaixonou.
Deve ter sido difícil para ela escutar essas palavras. É o truque mais velho de um homem. O jogo da culpa: “Não sou eu, querida. É você”.
Ela mexe a cabeça.
– Ele empacotou todas as coisas e se mudou no sábado. Disse que um rompimento rápido e honesto seria melhor. Ele vai ficar com Dee-Dee até encontrar um lugar para morar.
Ela olha em direção à janela por um momento, depois suspira, desanimada.
– Acho que isso tem acontecido há um tempo. Não foi realmente um choque. Por muito tempo, meu foco foi a faculdade… e depois o trabalho. Tudo mais veio em segundo lugar. Eu parei… eu não podia… dar o que ele precisava. É que… Billy segurou minha mão no dia em que enterramos meu pai. Ele me ensinou a dirigir e me convenceu que eu era boa o bastante pra cantar em público. Billy me ajudou a preencher a inscrição para a faculdade e abriu a carta de aceitação pra mim, porque eu estava nervosa demais. Quando eu estava no programa de MBA, ele trabalhou em três empregos para que eu não precisasse trabalhar. Billy estava comigo quando eu me formei, e veio comigo quando eu quis me mudar para Nova York. Ele sempre foi uma grande parte da minha vida. Não sei quem serei sem ele.
Mulheres. Sem ofensas. Mas ela nem percebeu o que acabou de dizer. Estas são realizações dela. Desafios que ela enfrentou. O idiota estava apenas a acompanhando. Em segundo plano. Como se fosse um papel de parede. Você pode mudar a cor das paredes a qualquer momento, e elas se tornarão diferentes, mas o ambiente continuará o mesmo.
– Eu sei quem você será: Demi Lovato, sensacional bancária de investimentos. Você é esperta e engraçada, você é teimosa, linda e… perfeita. E você continuará sendo perfeita sem ele.
Nossos olhos se encaram por um minuto, e depois eu a coloco em meus braços até que suas lágrimas diminuam. Sua voz está abafada ao sussurrar:
– Obrigada, Joe.
– De nada.
Apenas tarde da noite, quando entro embaixo dos meus lençóis, é que me dou conta dos desdobramentos dos eventos de hoje.
Eu durmo pelado, por sinal. Você devia tentar isso. Se nunca dormiu assim, você ainda não viveu. Mas isso não vem ao caso.
Ainda não tinha me dado conta de que Demi Lovato está solteira. Livre. Disponível. O único verdadeiro obstáculo que ficava entre eu, ela e o sofá do meu escritório acabou de desaparecer. Deus do céu. É assim que o Super-Homem deve ter se sentido quando voltou no tempo e tirou Lois daquele carro. É uma repetição. É uma segunda chance. É um recomeço.
Cruzo minhas mãos atrás da cabeça e me ajeito nos travesseiros com o maior, mais radiante e ansioso sorriso que você já deve ter visto.
Já faz quatro dias que descobri que o saco de merda terminou com a Demi. Depois daquele dia, ela voltou ao trabalho parecendo ela mesma de novo. Para os devidos efeitos, ela parecia ter se esquecido por completo do cafajeste. Mas Mackenzie pegou uma gripe, então Alexandra teve que remarcar nosso almoço para a próxima semana. Depois do final de semana que Demi teve, eu achei que era o melhor a ser feito também.
Ah sim. Apenas mais um detalhezinho que você deve saber: não transo com alguém há doze dias.
Doze dias.
Duzentas e oitenta e oito horas sem sexo. Não consigo calcular os minutos – é muito deprimente. Lembra que muito trabalho e nenhuma diversão deixa Joe irritado? Bem, a essa altura, Joe praticamente se tornou um psicopata, entendeu?
Doze dias podem não parecer muito tempo para vocês, amadores, mas para um homem igual a mim? É um recorde. Não estive em uma seca igual a esta desde o inverno de 2002. Naquele janeiro, uma poderosa nevasca cobriu a área entre três estados, com setenta centímetros de neve. Apenas veículos oficiais podiam circular pelas estradas, então fiquei preso na cobertura com meus pais.
Eu tinha dezessete anos. Na vida de um garoto, esta é a idade em que uma leve brisa é capaz de causar uma ereção. Passei tanto tempo no banheiro que minha mãe pensou que estivesse com alguma virose. Afinal, depois do sétimo dia, não aguentava mais. Enfrentei todas as adversidades e caminhei até o condomínio de Rebecca Whitehouse, no centro da cidade. Trepamos como coelhos no quartinho do porteiro do prédio de seus pais.
Ela era uma garota legal.
Enfim, mais uma vez, tive que me rebaixar e bater uma punheta no chuveiro. Isso é humilhante. Sinto-me tão sujo. Não que haja algo errado com uma boa aliviada para começar bem o dia. Ainda mais se, como no meu caso, a típica noite de sábado teve que ser cancelada no último fim de semana por causa das obrigações do feriado em família. Mas, se esta for a única opção? Bem, isso é apenas… triste.
A razão por trás do meu recém-ampliado apetite sexual? Eu culpo Demi. É tudo culpa dela.
Aparentemente, desenvolvi uma consciência. Não sei quando aconteceu, não sei como aconteceu, mas não estou feliz com isso.
Se pudesse, eu esmagaria aquele maldito Grilo Falante como uma barata.
Sabe como algumas pessoas têm um radar para gays? Bem, eu tenho um radar para chutadas. Isso significa que posso sentir de longe o cheiro de uma mulher que levou um pé na bunda. Elas são alvos fáceis. Tudo o que você tem que falar para elas é que seu ex é um idiota por deixá-las, e que ele vai implorar para voltar.
Demi está agora na categoria de foras que mencionei. Seria um tiro certeiro, certo?
Errado. Aqui é onde o Grilo mete sua horrível cabecinha de inseto.
Não consigo dar o primeiro passo. A ideia faz eu me sentir como um maldito predador. É difícil dizer se ela ainda está se sentindo mal. Ela não parece estar, mas nunca se sabe. Pode apenas estar com uma boa aparência. E se ela estiver – machucada e vulnerável –, este não é o jeito que a quero. Quando rolar algo entre eu e Demi, quero que ela arranque minhas roupas e as delas também, porque não consegue esperar nem mais um minuto para eu me enfiar dentro dela. Quero que ela fale meu nome gemendo, que arranhe minhas costas e grite por causa da grandeza disso tudo.
Caramba e lá vou eu de novo. Estou com pau duro só de pensar nisso.
Que bagunça. Não posso comer a Demi e não quero comer mais ninguém. É o desastre perfeito. Eu te disse que teria o que mereço. Está feliz agora?
Apago as luzes da minha sala e vou até a de Demi. Ela não me vê de imediato, então cruzo meus braços, me apoio no batente da porta, e fico apenas a observando. Seus cabelos estão soltos e ela está em pé, debruçada sobre a mesa, olhando para o computador. Está cantando:
No more drinks with the guys
No more hitting on girls
I’d give it all up
And it’d be worth it in the end
If you were my lady
I would comprehend
How it feels to have something real
I would want to be a good man…
Ela tem uma voz muito linda. E o jeito como ela está debruçada sobre a mesa… quero apenas ir atrás dela e… Céus. Esquece. Estou apenas me torturando.
– É melhor a Rihanna se cuidar – ela olha para cima, acompanhando o som de minha voz e fica completamente envergonhada. Eu peço: – Não pare por minha causa. Estava curtindo o show.
– Muito engraçado. O show terminou.
Aponto o polegar para baixo, fazendo um gesto negativo:
– Fala sério. Estou te mandando embora. Já passa das onze de uma noite de sexta-feira e você ainda não comeu. Conheço um lugar. Eu pago. Eles fazem um ótimo sanduíche de peru.
Demi desliga o monitor e pega a bolsa.
– Ahhh, é o meu favorito.
– É, eu sei.
Conseguimos uma mesa perto do bar e fazemos nosso pedido. A garçonete traz nossas bebidas e Demi toma um gole da margarita que pedi para ela.
– Hummm. Isso era tudo que eu precisava.
Te disse que era bom em adivinhar bebidas, lembra? Conversamos confortavelmente por alguns minutos, e depois… vai vendo.
Os olhos de Demi se arregalam, com espanto, e ela se enfia debaixo da mesa. Olho ao redor. Que merda é esta? Abaixo minha cabeça e olho para ela:
– O que está fazendo?
Ela parece estar em pânico.
– Billy está aqui. Ali em cima, no saguão em cima da pista de dança. E ele não está sozinho.
Começo a erguer minha cabeça, quando ela grita:
– Não olhe!
Meu Deus – isto é ridículo. Isso porque ela disse que tinha superado o imbecil.
– É que… não posso deixar ele me ver assim.
Agora estou confuso.
– Do que está falando? Você está linda.
Ela sempre está linda.
– Não, não com estas roupas. Ele me disse que não era atraente eu parecer tão determinada. Foi um dos motivos que fez ele terminar. Que eu… ele me disse que eu estava muito… masculina.
Você só pode estar de brincadeira. Masculino sou eu. Demi Lovato não tem a porra de uma célula masculina em seu corpo. Ela é toda feminina, de verdade.
Mas eu sei o que o idiota estava querendo fazer. Demi é inteligente, franca, ambiciosa. Muitos homens – como o idiota bundão, por exemplo – não dão conta de uma mulher como ela. Então, começam a inventar coisas. Fazer com que aquelas qualidades pareçam desagradáveis. Algo para se ter vergonha.
Que se dane isso. Pego na mão de Demi e a tiro debaixo da mesa. Ela olha ao redor depressa, enquanto a levo para a pista de dança.
– O que está fazendo?
– Devolvendo sua dignidade.
Esbarro em várias pessoas no caminho, causando uma pequena confusão, para me certificar de que o idiota nos veja.
– Quando eu terminar meu plano, Billy Warren vai beijar seus pés, sua bunda e qualquer outra parte que você pedir a ele, para te ter de volta.
Ela tenta sair do meu alcance.
– Não, Joe, isso não é…
Eu me viro para encará-la e coloco meus braços em volta de sua cintura.
– Confie em mim, Demi.
Seu corpo está próximo do meu, seu rosto está tão perto do meu que consigo até mesmo ver as manchinhas de seus olhos. Por que estou fazendo isso mesmo?
– Sou um homem. Sei como pensamos. Nenhum homem quer ver uma garota que já foi sua com outro. Apenas me acompanhe.
Ela não responde. Apenas coloca os braços no meu pescoço, fazendo com que fiquemos juntos – peito com peito, estômago com estômago, coxa com coxa.
Sinto uma agonia. Uma agonia perfeita e deliciosa.
Com vida própria, meu polegar desenha pequenos círculos na parte inferior de suas costas. A música nos rodeia e me sinto bêbado – não de álcool, mas de senti-la. Quero ignorar como seu corpo se encaixa perfeitamente no meu. Tento me lembrar das minhas nobres intenções. Deveria dar uma olhadinha para ver se o idiota está nos observando. Eu deveria, mas não faço isso. Estou muito vidrado no modo como ela está me olhando.
Talvez eu esteja me iludindo, mas juro que enxergo desejo nadando naquelas belezas escuras. Desejo despido, desinibido. Eu me inclino e esfrego meu nariz no dela, para ver como fica.
Não estou fazendo isso para mim. Estou falando sério. Não estou fazendo isso, porque ficar assim tão próximo a ela é o mais próximo que ficarei do céu.
Isso é para ela. Faz parte do plano. Para ela conseguir o idiota de volta, mesmo que ele não a mereça.
Aperto suavemente meus lábios contra os dela. É macio no começo e depois ela se derrete em mim. É aí que perco a cabeça. Ela abre a boca e eu deslizo minha língua devagar. Depois mais forte, mais firme, mais intenso, como a descida rápida de uma montanha-russa.
Tinha me esquecido como ela é gostosa. Mais viciante do que o chocolate mais caro do mundo. Pecado. Dessa vez está sendo diferente das outras vezes que nos beijamos. Melhor. Não há raiva por trás, nenhuma frustração ou culpa ou algo a ser provado. Não há pressa, é sensual e magnífico.
Nossos lábios se separam e forço-me a olhar para cima, quando vejo o olhar desolado de Warren antes de desaparecer no meio da multidão. Eu me volto para Demi e encosto minha testa na dela. Nossas respirações se misturam – estou ofegante e ela arfa levemente.
– Funcionou – digo a ela.
– O quê?
Sinto seus dedos brincando com o cabelo em minha nuca. Quando ela fala, sua voz é ofegante. Carente.
–Joe… você poderia? Joe… você quer…?
– O que quiser, Demi. Peça o que quiser e eu farei.
Seus lábios se abrem, e ela me observa por um momento.
– Você… pode me beijar de novo?
Obrigado, Deus.
E quanto a você, Grilo? Não enche o saco.
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Agora a coisa vai pegar FOGO!!!!! se preparem!!
tentem comentar algo mais sobre o capitulo e não se limitem apenas ao "posta logo", ok?? eu quero saber o que vcs estão realmente achando da fic :)
Lembrando que eu só tenho até ás 17:00 para poder terminar a maratona ainda por agora, senão, só quando eu voltar da faculdade... lá pelas 23:00 :/
Obrigada Bru pelo selinho, assim que acabar a maratona, eu irei repassá-lo <3
Agora a coisa vai pegar FOGO!!!!! se preparem!!
tentem comentar algo mais sobre o capitulo e não se limitem apenas ao "posta logo", ok?? eu quero saber o que vcs estão realmente achando da fic :)
Lembrando que eu só tenho até ás 17:00 para poder terminar a maratona ainda por agora, senão, só quando eu voltar da faculdade... lá pelas 23:00 :/
Obrigada Bru pelo selinho, assim que acabar a maratona, eu irei repassá-lo <3
Mari :)
ResponderExcluirQuanto tempo que eu não comento aqui ne? Peço desculpas. Mas agora eu estou me atualizando no teu blog e nem preciso dizer que estou amando ne? Termina logo essa maratona antes que eu morra aqui. Beijos mari
Estou amando e mutio asiosa para o proximo capitulo, cada vez fica melhor
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