20.8.14

Seu Melhor Erro - Capitulo 4

 
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Tudo bem, eu farei isso declarou Demi.

O estupor de Joe devido ao sono permitiu a única resposta lógica para a declaração abrupta da mulher.

Fará o quê?

Vou me mudar para sua casa.

Quando a nebulosidade mental dissipou-se, Joe recostou-se contra a cabeceira da cama e passou a mão no rosto.

Demi?

Sim. Quantas mulheres você convidou para morar na sua casa?

Oh,Deus!

Nenhuma. Estou apenas surpreso por ouvi-la depois da meia-noite. Ou, melhor dizendo, por ouvi-la a qualquer hora.

Você raramente costumava ir para a cama antes das 2h.

Verdade, mas isso foi antes que ele ficasse doente. Agora fazia questão de ir para a cama cerca da meia-noite, conquanto que não estivesse enfren­tando um prazo apertado para fazer algo.

Foi uma semana de loucura.

Nem me fale.

Ela parecia exausta e talvez aquilo tivesse a ver com a decisão que to­mara. E pensar que depois de uma semana sem contato e sem indicação de que Demi mudara de idéia ele quase desistira. Uma semana quando decidi­ra perder as esperanças que ela aparecesse. Aparentemente, aquilo tinha funcionado.

Tem certeza de que é isso mesmo que você quer? Droga. Agora parecia que era ele que não estava seguro.

Sim, a menos que você tenha reconsiderado.

Imagine. De modo algum.

Certo disse ela. Mas, antes que prossigamos, precisamos estabelecer algumas regras.

Joe não achou aquilo nem um pouco inesperado. Demi sempre fora dada a ordem e regras, e ele tinha quebrado mais do que poucas no relacio­namento deles, incluindo sua promessa de sempre ser honesto com ela.

Vá em frente. Estou ouvindo.

Não tenho muito tempo, portanto, somente direi algumas das mais importantes. Espero que sua filha acorde a qualquer momento agora, algo que ela vem fazendo a cada duas horas ultimamente.

Não era de admirar que ela parecesse cansada.

Imagino que ela herdou sua insônia.

Não me considero uma pessoa insone.

Lembro-me de algumas vezes quando você não conseguia dormir. Uma vez em especial, não muito depois que começamos a namorar. Você me ligou às 3h e perguntou se poderia vir à minha casa. E eles haviam se entregado um ao outro no minuto que ela atravessara a porta da casa, não chegando sequer ao quarto. Ora, não tinham feito amor nem mesmo no sofá. Nada como um tapete no chão numa hora dessas...Você ainda tem aquele pijama de seda listrado de zebra? O pijama que ela usara na sua casa naquela noite, com um casaco por cima. Um pijama fenomenal. Blusa com alcinhas finas, calça baixa nos quadris, o tecido de seda sexy...

Esta é a primeira regra, Joe. Nada de viajar pela estrada da memória.

Tarde demais. Ele já viajara pela estrada da reconciliação.

Foi apenas curiosidade Seu tom de voz inocente não parecia muito convincente, e ele duvidou que também Demi estivesse convencida.

Eu joguei aquele pijama fora um ano atrás. disse ela. Provavelmente, cerca do mesmo tempo que ele jogara fora o relaciona­mento deles.

E quanto às outras regras?

Demi pigarreou como se estivesse preparando um discurso sério.

Sem toques. Sem visitas conjugais tarde da noite quando o bebê estiver dormindo.

Você faz parecer como se estivesse me condenando à prisão.

Não. Estou apenas fazendo-me perfeitamente clara no que se refere às minhas expectativas. E vou manter Carly numa creche durante o dia, até ter certeza de que você é capaz de lidar com ela.

Ele apertou o receptor do telefone.

Boa idéia. Eu posso esquecer que ela está aqui e jogá-la fora junto com os recicláveis.

Como eu já disse, tenho alguns problemas de confiança com você, e confiança é conquistada, Joe.

Ele provavelmente merecia isso, o que somente aumentou sua determi­nação de provar que era bastante competente para cuidar do bebê deles.

E se eu apanhá-la mais cedo na creche, digamos uma hora ou duas antes de você chegar em casa?

Um breve silêncio ocorreu antes que Demi respondesse:

Eu acredito que pode funcionar. Depois que estivermos lá por al­guns dias e eu observar como você lida com ela. Bebês não são fáceis.

Pelo menos ele estava fazendo algum progresso.

Tudo bem, mas ficarei feliz em assumir os cuidados com Carly à noite, sob sua supervisão, é claro. Dessa forma, poderá se certificar de que estou fazendo tudo corretamente.

Talvez eu concorde com isso, contanto que você ouça o que tenho a dizer.

Combinado. Ele pesaria todas as palavras que ela dissesse, se aquilo significasse ter sua filha por perto. Ter Demi por perto também não era desagradável, mesmo que ela estivesse inclinada a mantê-lo a distância de um braço.

Quando você pretende se mudar? Ele parecia tão ansioso quanto uma criança esperando a noite de Natal.

Estarei de folga no próximo fim de semana, quando farei as malas, se isso está de acordo com sua agenda.

Keve funcionar disse ele, embora tivesse somente alguns dias para se preparar. Não importava. Daria um jeito de fazer aquilo acontecer, mesmo se significasse pedir ajuda.

Acredito que só a verei no dia da mudança.




O dia da mudança chegou mais depressa do que Demi esperara.

Entre trabalhar e cuidar de Carly, ela de algum modo conseguira em­balar seu pertences em caixas que estavam agora colocadas perto da porta da frente. E com a ajuda de Macy carregara a maioria das coisas do bebê no carro.

No momento estava sentada na beira de uma cadeira, esperando Joe chegar para retirar o resto de seus pertences. Carly dormia na cadeirinha de segurança a seus pés, totalmente inconsciente que estava prestes a se mudar para uma casa com o pai que quase não conhecia. Um mês atrás, Demi jamais imaginaria tal coisa. Um ano atrás, aquilo fora seu desejo secreto... morar com Joe... somente que sob circunstâncias mais favo­ráveis. Teria apenas de aprender a aceitar a versão temporária modificada daquele desejo.

De avental cirúrgico, coberto por um jaleco de laboratório, Macy saiu do quarto e sentou-se no sofá em frente a Demi.

Tudo pronto? perguntou enquanto pendurava seu crachá do hos­pital em volta do pescoço.

Acho que sim. Demi inclinou-se, retirou um envelope que enfiara na sacola de fralda e estendeu-o a Macy.

Aqui está algum dinheiro para minha parte nas contas do fim do mês. Avise-me se eu dever mais.

Macy acenou com a mão, dispensando-a.

Fique com o dinheiro.

Insisto. Eu já a estou deixando em apuros mudando de casa antes que você encontre outra colega para dividir as despesas.

Não estou procurando outra colega para morar aqui, e não preciso de dinheiro.

Aquilo era novidade para Demi.

Eu pensei que você tivesse me convidado para morar aqui porque precisasse de dinheiro.

Dificilmente. Dinheiro nunca foi problema para mim. Não quando meu pai possui metade dos imóveis em New Hampshire.

Estranhamente, Demi nunca imaginara Macy como sendo uma garota "rica", a despeito de sua aparência de socialite, mas então realmente co­nhecia muito pouco da história privada de sua amiga.

E sua mãe?

Tem a incumbência de gastar o dinheiro de papai. Por que você acha que ela tirou meu nome de uma loja de departamentos famosa como a Macy's, de Londres?

Demi riu à socapa antes de fazer sua próxima pergunta.

Tudo bem, então, se não precisa de renda extra, por que me pediu para dividir a casa com você?

Porque eu soube que Jan tinha terminado a residência, o que signi­ficava que você não teria uma colega de casa quando voltasse de Houston depois que tivesse o bebê. Apenas calculei que você precisava de algum lugar para ir, e eu não quis ferir seu orgulho deixando-a ficar aqui de graça. Macy sorriu. Mas, por favor, não espalhe isso. Não quero meus co­legas médicos pensando que não passo de um sargento insensível.

Minha boca é selada.

Macy inclinou-se para a frente e encarou Demi com um olhar sério.

Desculpe-me sobre a outra noite.

A noite em claro que apressara a decisão que Demi esperava não viver para lamentar.

Não se preocupe, Macy. Você é adulta e livre para fazer o que lhe agrada, com quem a satisfaça.

Não estou falando do "dr. Delícia". Estou me referindo a recusar tomar conta de Carly. Para ser honesta com você, crianças me assustam.

Ela sempre soubera que faltava a Macy habilidades maternais, mas crianças a assustavam?

Sempre achei que nada a amedrontasse, Macy, muito menos uma criança tão pequena.

Ouça. Cresci como filha única e nem sempre fui uma criança amá­vel. Mesmo meus colegas imaginários pararam de aparecer depois de al­gum tempo.

Demi riu.

Estou satisfeita que você tenha decidido se concentrar em cirurgia, não em pediatria.

Nem em um milhão de anos. Sou muito melhor com pessoas quando elas são completamente crescidas e estão sedadas.

Você é muito dura consigo mesma, Macy. Eu vi um lado seu mais suave. Demi testemunhara isso há poucos minutos.

Macy pareceu mortificada.

Novamente, não espalhemos esse boato no hospital. Mas, lembre-se, se seu arranjo não funcionar, pode sempre voltar. E se Joe sair da linha, avise-me e trarei meu bisturi e o transformarei em eunuco. Ele nunca sabe­rá o que o atingiu.

Isso não será necessário. Posso lidar com Joe.

Quando a campainha da porta soou, Demi permaneceu presa no lugar, incapaz de mover-se: Antes que pudesse pedir a Macy que deixasse Joe entrar, ela já caminhara para a porta e olhava pelo olho mágico.

Oh, não. Há dois deles. Demi finalmente levantou-se.

Dois do quê?

Macy deu um rápido olhar por sobre o ombro.

Dois Joe. A menos que eu tenha desenvolvido visão dupla nos últimos cinco minutos.

Curiosidade fez Demi ir até a janela para dar uma olhada.

Ela confirmou a observação de Macy quando viu Joe e seu clone, parados do lado de fora.

Não era de admirar que sua amiga tivesse pensado estar sofrendo de dupla visão.

Esse é Nick, o gêmeo idêntico de Joe explicou ela, O gêmeo que Demi ainda não conhecia, devido ao mal-estar que existia entre os ir­mãos. Obviamente, a hostilidade tinha chegado a um final.

Macy deu outra olhada através do olho mágico.

Tudo bem, agora eu os diferencio. O outro tem braços tão grandes quanto um barril de petróleo.

Isso porque ele é personal trainer e proprietário de uma academia de ginástica.

Macy sorriu.

Onde eu assino para me inscrever?

Se alguém não atendesse logo a porta, Joe podia imaginar que ela mudara de idéia.

Por que você não o deixa entrar no apartamento, de modo que possa lhe perguntar?

Boa idéia. Macy abriu a porta, deu um passo para o lado e apenas disse:

Entrem.

Ambos os homens entraram na sala de estar, fazendo o espaço limitado parecer muito pequeno. A semelhança nas feições deles era notável.,, os mesmos cabelos castanhos e olhos escuros intensos... todavia, Demi podia distingui-los e não por que Nick possuía mais massa muscular. Ela conhecia Joe muito bem, seus maneirismos e seu sorriso, o qual ele deu-lhe quando seus olhares se cruzaram. Detestava aquela sensação de excitação que Joe ainda tinha o poder de despertar nela. Reconheceu a ameaça naquilo e jurou subjugar aqueles sentimentos. Joe gesticulou em direção ao irmão.

Demi, este é Nick. Nick, Demi.

É bom conhecê-lo finalmente, Nickdisse Demi, oferecendo-lhe a mão para um cumprimento educado.

Igualmente murmurou ele. Joe me falou muito sobre você. Macy deu um passo à frente e olhou para Nick com uma expressão de luxúria incontrolável que não podia ser disfarçada.

Eu sou Macy, cirurgiã extraordinária e futura ex-colega de casa de Demi.

Nick hesitou por um momento antes de tomar a mão que Macy ofe­receu.

Prazer em conhecer vocês duas.

Precisamos começar a carregar logo seus pertences disse Joe. Nick precisa ir escolher um bolo de casamento.

Macy pareceu completamente desanimada pela informação.

Bolo de casamento?

Nick sorriu com orgulho.

Sim. Eu vou me casar em agosto.

Sem formalidade, Macy apontou para as caixas.

Nesse caso, ali estão as coisas dela. Preciso ir trabalhar agora. Ela voltou-se para Demi. Eu a verei no hospital. Depois apontou para Joe. E você seja bom para minha amiga e para a criança.

Com isso, Macy dirigiu-se para a porta, mas antes de sair uniu os dedos em formato de tesoura e enviou um sinal para Demi, movimentando-os como se estivesse cortando alguma coisa, juntamente com um sorriso ma­licioso. Felizmente para Demi, Joe e Nick estavam muito ocupados examinando as caixas que deviam ser carregadas.

Isso é tudo? perguntou Joe, voltando-se para Demi.

Sim, tudo disse ela. A maioria das coisas no apartamento pertence a Macy.

Quando Carly começou a inquietar-se, Joe atravessou a sala e agachou-se em frente da cadeirinha de segurança.

Olá, mocinha.

Ela dormiu durante a maior parte da manhã. Kevido ao fato que ela tivera outra noite sem descanso, para desgosto de Demi.

Nick caminhou ao encontro deles e ficou de pé acima de Joe.

Não há duvida que ela é uma Jonas, Kev. Ela se parece conosco. Joe olhou para Demi e sorriu novamente.

Sim. Mas vejo muito da mãe, nela.

Demi deveria provavelmente agradecer por isso, mas estava mais inte­ressada em começar a mudança antes que Carly iniciasse seus protestos por seu confinamento.

Meu carro está cheio de outros pertences, mas posso arranjar lugar para mais algumas caixas:

Joe endireitou o corpo depois de beijar a face de Carly.

Tenho bastante lugar no meu SUV para tudo.

Engraçado, por mais tempo que Demi o conhecesse, ele sempre prefe­rira veículos menores.

Desde quando você dirige um SUV?

Desde que percebi que carros de dois assentos não têm lugar para uma cadeirinha de criança.

Oh! Foi tudo que Demi pôde pensar em dizer naquele momento. A realidade do papel de Joe na vida de Carly, na vida dela, estava começando a se fazer sentir. Essa realidade se tornaria mais aparente tão logo ela entrasse na casa dele.

Demi esperara que a casa dele fosse boa. Mas não esperou que fosse tão incrí­vel... desde os tetos arrojados até as paredes cinza-amarronzadas e assoalhos de madeira envernizada. Todavia, nada na grande sala parecia familiar.

Nem o sofá e as poltronas de couro bege superestofados. Nem as mesas negras moduladas ou os projetos contemporâneos. Especialmente, nem as fotos de sua família sobre o mantel acima da lareira de pedra.

Era como se ele tivesse apagado todas as evidências de sua vida ante­rior como um solteiro morando num condomínio de alto luxo, esparsamente decorado com mobília de estilos diversos.

Aquele lugar parecia muito mais refinado. Mais bem equipado para um casal, mas não necessariamente para uma criança até seus três anos. Não importava. Ela iria embora antes que Carly chegasse àquele estágio.

O que você acha? perguntou Joe quando Demi parou no meio da sala, examinando o local.

Ela colocou a sacola de fraldas sobre o sofá, junto com a cadeirinha de carro contendo sua filha, que dormira durante a viagem.

Eu acho maravilhoso. Você mesmo escolheu a decoração?

Com a ajuda de meu cunhado. Ele é arquiteto, portanto, eu lhe disse o que queria, e ele fez os projetos.

Você quer dizer Carlos? Claramente ele se esquecera que ela o conhecera.

Sim, Carlos. Joe olhou em volta por um momento, como se in­certo do que fazer em seguida. Você quer que eu descarregue as caixas agora ou prefere dar um giro pela casa?

Curiosidade a dominara desde que ela parará seu carro no portão da casa.

Um tour parece bom. Ela decidiu, primeiro, soltar Carly do confinamento da cadeirinha e acomodou-a sobre o ombro, com cuidado para não acordá-la. Vá na frente.

Eles atravessaram a imensa sala onde Joe parou na cozinha adjacente.

O microondas é muito usado aqui disse ele com um sorriso. Que pena, pensou Demi quando observou o imaculado refrigerador de aço inoxidável e o granito preto cobrindo o balcão da cozinha. E que des­perdício de um forno duplo, não que ela quisesse ser voluntária para colo­cá-lo em bom uso.

Aqui é a lavanderia? perguntou quando visualizou uma porta de correr.

Esta é a lavanderia principal. Há outra máquina de lavar e secadora numa área menor, perto da segunda suíte master. Eu lhe mostrarei num minuto.

Quando Joe gesticulou para que ela seguisse em frente, Demi o acom­panhou até outra área, que refletia alguma coisa da vida pregressa de Joe.

Uma bizarra sala privativa continha seus inúmeros prêmios de jornalis­mo e uma parafernália de objetos esportivos... bolas de futebol assinadas e coisas assim. Uma fileira de poltronas ficava diante de uma enorme tevê de plasma presa numa parede.

Joe voltou-se para ela e continuou a caminhar de costas.

Aqui é o local onde a maior parte das ações acontece.

Quando Carly começou a mexer-se, Demi bateu-lhe nas costas.

Ações?

Onde assisto a todos os jogos. Também tenho uma área para televi­são adjacente à suíte máster.

Ela não ousou pedir para explorar aquela área.

Aonde vamos agora?

Ao seu quarto. Joe conduziu-a por um corredor pequeno que terminava num hall espaçoso que se bifurcava. Ele parou e abriu o que pare­cia ser a primeira de uma série de portas. Este é o banheiro de hóspedes.

Hóspedes de muita sorte, pensou Demi quando visualizou os balcões de mármore cor de chocolate e acessórios de latão.

Muito bonito.

Joe fechou a porta e continuou através do hall para a direita deles. Quando chegou ao final, abriu outra porta.

Este é o seu quarto.

Demi entrou na frente de Joe, boquiaberta. O lugar era decorado em vários tons de azul, incluindo uma cama tamanho gigante. Uma cama que parecia muito familiar.

Esses móveis são do seu quarto antigo do condomínio que morava?

Ele esfregou a mão na nuca.

Sim, Eu comprei móveis novos para meu quarto, então decidi colo­car esses aqui, pois tinham menos de um ano de uso.

Sei quando você os comprou disse ela, uma ênfase óbvia no tom de voz. Eu ajudei a escolher.

Sim, você ajudou.

Ótimo. Agora ela tinha de se recolher e acordar numa cama que ela e Joe haviam feito bom uso muitas, muitas vezes.

Demi lembrou-se de alguns daqueles momentos com grandes detalhes... a habilidade de Joe, o calor de sua boca, seu toque de pluma, o peso do corpo másculo. Suprimiu a vontade de sacudir a cabeça num esforço de desfazer as imagens.

Joe pigarreou, trazendo Demi de volta ao presente, um lugar que ela nunca deveria deixar novamente. Ele roçou em seu corpo ao passar e abriu outra porta.

Como eu lhe prometi, sua banheira de hidromassagem.

Tão logo Demi pisou no assoalho de lajotas brancas do imenso banhei­ro, Carly levantou a cabeça e choramingou, como se ela também não pu­desse acreditar na boa sorte delas.

Eu não saberia o que fazer com este espaço todo.

Joe deu-lhe um meio-sorriso.

Você vai descobrir. Agora vamos ver o meu quarto favorito.

De modo algum. Não depois de suas lembranças anteriores.

Joe, não vejo necessidade de ver o seu quarto.

Eu quis dizer o quarto de Carly, Demi. Ela corou violentamente devido sua suposição errônea. Venha por aqui.

Novamente Demi seguiu Joe, enquanto Carly começava a se contorcer incansavelmente contra ela. Talvez o bebê estivesse excitado pela perspectiva de novos aposentos para dormir, uma suposição ridícula, uma vez que um bebê de três meses parecia ansioso por uma única coisa... comer.

Dizer que o quarto de bebê era sensacional seria uma declaração muito simples. O quarto tinha sido meticulosamente decorado em tons de púrpura claro, incluindo um edredom com desenhos de borboleta cobrindo um berço branco redondo com um dossel combinando.

Todos os imagináveis bichos de pelúcia alinhavam-se em volta de um pequeno sofá-cama colocado debaixo de uma janela em arco com cortinas de babados lilases.

Demi voltou-se para Joe e sorriu.

É inacreditável. Como você conseguiu tudo isso em uma semana?

Tive alguma ajuda.

Sem dúvida, de alguma mulher, considerando o toque feminino reco­nhecível.

Sua atual namorada?

Agora, por que cargas d'água ela perguntara aquilo? Na verdade, não queria saber.

Não tenho namorada disse ele. E mesmo que tivesse, não confiaria a decoração a ninguém, portanto pedi a Dinah. Ela aceitou e assumiu, embora eu tenha dado a palavra final sobre as decisões de minha irmã.

Demi foi pega por um misto de alívio por ele não estar comprometido, e uma preocupação sobre como a irmã de Joe havia aceitado a notícia sobre o arranjo. No breve tempo que se relacionara com Dinah, Demi passara á respeitá-la muito.

Ela fez um trabalho maravilhoso, Joe. O que ela disse quando você contou sobre Carly?

Ficou surpresa, mas está morrendo de vontade de conhecê-la. Pro­meti que nos encontraríamos uma noite num futuro próximo para jantar com ela e Carlos, se você estiver de acordo.

É claro. Ela podia lidar com pessoas que considerara amigos antes do rompimento com Joe. E quanto aos seus pais? Como eles estão aceitando a novidade sobre um bebê e a mudança?

O olhar de Joe vacilou.

Ainda não encontrei tempo para contar a eles.

Muito provavelmente ele não tinha encontrado a coragem para lhes contar. Embora Demi não tivesse conhecido os pais de Joe, sabia que eram tradicionalistas e poderiam não aceitar muito pacificamente o fato e ela e Joe estar morando juntos. É claro, eles não estavam vivendo jun­tos daquela maneira, nem viveriam. Não se ela mantivesse sua sanidade mental.

Quando Carly começou a se contorcer mais, Demi disse:

Eu acho que alguém precisa trocar a fralda. Você se importa de pe­gar a sacola dela para mim?

Não é necessário. Joe caminhou até um closet e abriu portas para prateleiras estocadas com tudo que um bebê poderia precisar.

Ele puxou uma fralda do alto da pilha, uma caixa de plástico com len­ços umedecidos e um trocador cor-de-rosa para mudança de fralda que colocou sobre o sofá-cama.

Dê-me Carly que eu farei isso.

Demi não foi capaz de mover-se por um momento, surpresa.

Tem certeza?

Ele bateu no sofá-cama e sorriu.

Sim. Estive praticando.

Uma de suas sobrinhas ou sobrinhos?

Ele pareceu de repente sem graça.

Na verdade, com Sally Sweetness, uma das bonecas de minha sobrinha.

Ela, necessariamente, não qualificaria aquilo como uma sólida experi­ência, a menos que a boneca se contorcesse. Mas Joe parecia tão deter­minado que Demi não teve coragem de recusar.

Ela deitou Carly no trocador. O bebê olhou para ela antes de voltar sua completa atenção para Joe, que se sentou na beira do colchão.

Posso não ser tão rápido como sua mãe, menininha começou ele enquanto retirava a fralda molhada. Portanto, você tem de ser paciente com seu velho pai.

Demi manteve uma distância razoável, permitindo que Joe procedes­se no seu próprio ritmo. Afinal de contas, mudança de fralda não era uma cirurgia de risco. Como um profissional, Joe deixou o bebê limpo e com fralda trocada em poucos momentos, e o tempo todo Carly simplesmente olhou para ele, sorrindo.

Demi não pôde abster-se do próprio sorriso, ou da vontade de aplaudir.

Bom trabalho. E agora que passou nesse teste, o grande vem um pouco mais tarde.

Você vai me graduar na preparação de mamadeira?

Não. Você vai dar um banho na sua filha.

Joe olhou de volta para ela e franziu o cenho.

O quanto isso pode ser difícil?
 

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Oii, eu não postei antes pq eu tive que ir pra faculdade e voltei nestante :/ enfim, eu irei postar bem rapidinho, claro, se eu estiver em casa :) Muito obrigada mais uma vez pelos comentários, Beijoos <3

5 comentários:

  1. Ameeeeeei ! Posta mais plz

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  2. que cap mais gracinha, cuti cuti, fofolete.. *---*
    Perfeito..
    Kisses!

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  3. Divino esse capítulo! Meu Deus que perfeito! Estou apaixonada pela Carly!! Gente que Joe é esse imagina se existem dois? Manda um pra mim por favor!
    Continua ...
    Fabiola Barboza :*

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