25.8.14

Atraído - Capitulo 10 - Maratona 7.10

 
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Meu pai não gostou do modo como cuidei da situação com Anderson. Fui imprudente, não fui profissional, blá-blá-blá. E, pelo fato de eu ter mais experiência, ele me considerou mais responsável do que Demi por perder o cliente.

Mas ficar queimado no escritório durante um tempo não me deixou tão mal quanto você imagina. Principalmente porque não me arrependo da minha reação. Se passasse por isso de novo, faria tudo do mesmo jeito. Então, meu pai pode ter ficado decepcionado comigo, mas, para falar a verdade, quando ele terminou de me repreender, eu estava decepcionado para cacete com ele também.

Além disso, nas quatro semanas após aquela reunião infeliz, as coisas entre eu e Demi continuaram evoluindo. Ainda trocamos alguns golpes no trabalho, mas são mais cutucadas no peito, para atormentar, do que socos certeiros na mandíbula, calculados para acabarmos um com o outro. Compartilhamos ideias, nos ajudamos. Meu pai estava certo sobre isso, pelo menos. Eu e Demi nos complementamos, nossos pontos positivos e negativos se equilibram.

Em algum lugar no meio do caminho, ela se tornou mais do que apenas um par de pernas onde quero me enfiar. Mais do que um par de calças que desesperadamente quero tirar.

Agora é a Demi – uma amiga. Uma amiga que faz meu pau subir toda vez que entra em minha sala, mas acho que este é meu fardo. Por mais que eu ainda a queira, e tenho certeza de que ela ainda me quer, Demi não é o tipo de pessoa que trai.

Pelo menos, não o tipo de pessoa que consegue conviver com isso depois.

Mas sei o que você deve estar pensando: O que aconteceu? Como um homem jovem, charmoso, malicioso, bonito e autoconfiante se tornou aquele cara com gripe, piegas e enclausurado que você conheceu no início?

Estamos quase lá – acredite em mim.

Para que você possa entender tudo, ainda há mais alguns jogadores que precisa conhecer na porcaria de novela que é minha vida agora. Você já conheceu o Ignorante Warren. Infelizmente, ele vai voltar.

Você conhecerá Dee-Dee Warren. Ela é prima do imbecil. Mas você não deve ter algo contra ela por causa disso. Ela também é a melhor amiga de Demi. Vou te mostrar.

– Te vi conversando com aquela morena peituda. Vai voltar na casa dela? – Matthew pergunta para mim. Ele, Jack e eu estamos almoçando em um restaurante a dois quarteirões do escritório. Falando sobre nossa mais recente noite de sábado.

– Não aguentamos ir tão longe.

– Como assim?

Eu sorrio com malícia, lembrando o quanto a garota era exibicionista.

– Aquele táxi nunca mais será o mesmo. Acho que traumatizamos o motorista.

Jack ri.

– Você é um cachorro, cara.

– Não, eu deixei pra fazer cachorrinho quando a gente estivesse no apartamento dela.

Não me olhe daquele jeito de novo. Já conversamos sobre isso.

Caras. Sexo. Conversa.

Além disso, apesar do entusiasmo selvagem da Garota do Táxi, o sexo foi mediano. Ela não era nem mesmo uma Colgate. Era mais uma marca genérica de pasta de dente, como aquelas que oferecem em hotéis baratos, cujos nomes você não consegue nem lembrar depois de usar.

– Ei, Demi – chama Matthew, olhando atrás de mim. – Não te vi chegar.

Vamos parar aqui por um momento. Isso é importante.

Está vendo o olhar em seu rosto? Os lábios apertados? O leve franzido na sobrancelha? Ela ouviu o que eu disse. E não parece muito feliz com isso, não é? Não percebi da primeira vez, mas você devia anotar essa reação. Este momento vai me ferrar mais adiante.

Viro para olhá-la. Sua expressão agora é vaga e passiva.

– Quer se juntar a nós? – pergunto.

– Não, obrigada. Acabei de almoçar com uma amiga, na verdade.

E, assim, aparece a amiga. Ela está usando botas pretas de salto alto, uma meia-calça preta que tem rasgos em locais estratégicos de suas pernas, uma saia minúscula, um tomara que caia rosa e um casaco curto de tricô. Seu cabelo loiro-acobreado é longo e ondulado, os lábios são de um vermelho brilhante, e seus olhos ligeiros, cor de âmbar, nos observam sob cílios escuros e grossos.

Ela é… interessante. Não diria bonita, mas é sensual.

– Matthew Fisher, Jack O’Shay, Joe Jonas, esta é Dee-Dee Warren.

Ao ouvir meu nome, os olhos de Dee-Dee se viram rapidamente em minha direção. Parece que ela está me analisando – como quando um homem avalia o motor de um carro antes de se divertir com ele.

– Então, você é o Joe? Já ouvi sobre você.

Demi contou para a amiga sobre mim? Interessante.

– Ah é? O que ficou sabendo?

Ela encolhe os ombros.

– Poderia te dizer, mas depois teria que te matar – ela aponta seu dedo para mim. – Continue sendo legal com a minha Dem. Sabe, se quiser continuar com suas bolas entre as duas pernas.

Apesar de seu tom ser leve, tenho a impressão de que Dee-Dee não está brincando.

Eu sorrio.

– Estou tentando mostrar para ela como sou legal. Mas ela continua me rejeitando.

Ela ri. Matthew interrompe com tranquilidade:

– Então, Dee-Dee… seu nome é abreviação do quê? Donna, Deborah?

Demi dá uma risada maldosa:

– Deloris. É o nome da avó dela. Ela odeia.

Deloris olha para Demi com raiva.

Mudando para o modo de paquera, Matthew responde:

– Deloris é um lindo nome, para uma linda garota. Além disso, rima com clitóris… e disso eu entendo. Grande fã.

Deloris sorri lentamente para Matthew e passa um dedo no lábio inferior. Então, ela se vira para o resto do grupo e diz:

– Bem, tenho que correr, preciso ir trabalhar. Prazer em conhecê-los, meninos.

Ela abraça Demi e dá uma piscada para Matthew quando está indo embora.

– Ela precisa ir trabalhar? – pergunto. – Pensei que os bares de striptease não abrissem antes das quatro.

Demi apenas sorri.

– Dee não é uma stripper. Ela se veste desse jeito só pra despistar as pessoas. Pra que fiquem chocadas ao descobrir com o que ela trabalha de verdade.

– O que ela faz? – questiona Matthew.

– Ela é uma cientista espacial.

– Você está de sacanagem – Jack exprime o que nós três estávamos pensando.

– Não estou. Deloris é química. Um de seus clientes é a NASA. O laboratório dela está trabalhando para aprimorar a eficácia do combustível que eles usam nos ônibus espaciais – ela estremece. – Dee-Dee Warren tem acesso a substâncias altamente explosivas… não gosto nem de pensar nisso.

Depois de um minuto, Matthew fala.

– Lovato, você tem que fazer algum esquema. Sou um bom garoto. Me ajude a sair com sua amiga. Ela não vai se arrepender.

Demi pensa por um momento.

– Ok, ajudo. Você parece ser o tipo de homem que ela gosta.

Ela lhe entrega um cartão.

– Mas tenho que te avisar. Ela é daquelas que não veem problema algum em machucar alguém.

Se você está procurando diversão por uma ou duas noites, então com certeza deve ligar para ela. Mas, se está procurando algo mais sério, aí eu ficaria longe.

Estamos sem palavras. Em seguida, Matthew se levanta da mesa, vai até Demi e a beija na bochecha. De repente, tenho vontade de enfiar minha mão em sua garganta e arrancar suas amígdalas para fora.

Isso não é permitido?

– Você… é a minha nova melhor amiga – diz.

Demi não compreende minha expressão de zangado.

– Não faça bico, Joe. Não tenho culpa que seus amigos gostam mais de mim do que de você.

Ela também está contando Steven. Alguns dias atrás, ele estava tentando loucamente encontrar o lugar perfeito para levar A Vaca para comemorar o aniversário de casamento deles. Parece que o vizinho de Demi é gerente no Chez, que é o restaurante mais exclusivo da cidade. E ela conseguiu uma mesa para eles naquela noite.

Alexandra deve ter feito algumas coisas para Steven que não quero nem imaginar. Desde então, Steven Reinhart ficaria feliz em levar um tiro no peito, se fosse preciso, por Demi Lovato.

– São os peitos – conto para ela –, se eu tivesse um par como os seus, eles gostariam mais de mim também.

Há algumas semanas, aquele comentário a teria deixado muito irritada. Agora ela apenas balança a cabeça e ri.

A noite antes do Dia de Ação de Graças é, oficialmente, a noite mais badalada do ano. Todo mundo sai. Todo mundo está querendo se divertir. Matthew, Jack e eu costumamos começar a noite em uma festa de véspera que meu pai dá no escritório, e, em seguida, vamos para os bares. É uma tradição.

Portanto, você pode imaginar como fiquei surpreso quando entrei na enorme sala de conferências e vi o braço de Matthew em volta de uma mulher, que só pode ser seu par para a noite – Deloris Warren. Desde que Matthew a conheceu, há duas semanas e meia, ele tem desaparecido aos finais de semana, e estou começando a suspeitar do motivo. Terei que conversar com ele amanhã.

Ao lado deles, estão meu pai e Demi.

Pela segunda vez em minha vida, Demi Lovato me deixa sem fôlego. Ela está usando um vestido vinho, que marca seu corpo em todos os lugares apropriados, e sandálias de salto alto, que fazem minha imaginação viajar para um território obsceno. Seu cabelo cai sobre os ombros em ondas brilhantes e macias. Minha mão se contrai para tocá-lo, conforme caminho em sua direção.

Então, alguém no meio da sala se movimenta, e vejo que ela não está sozinha.

Merda.

Todos trazem seus companheiros para este tipo de evento. Não devia ficar surpreso que o imbecil esteja aqui. Ele arruma a gravata como se tivesse dez anos de idade, claramente desconfortável de terno. Bunda-mole.

Eu abotoo o casaco do meu terno Armani feito à mão e vou até eles.

– Joe! – meu pai me cumprimenta. Apesar de as coisas entre nós terem ficado um pouco tensas por alguns dias, elas logo voltaram ao normal. Ele nunca consegue ficar muito tempo bravo comigo.

Observe este rosto, você consegue?

– Estava contando para o senhor Warren – diz ele – sobre aquele contrato que a Demi conseguiu fechar na semana passada. Como somos sortudos em tê-la aqui.

Tê-la? A palavra sortudo não chega nem perto.

– É tudo atuação – provoca Deloris. – Por baixo daquela roupa social e daquele jeito de boa menina está o coração de uma verdadeira rebelde. Eu podia contar histórias sobre Demi que deixariam vocês de cabelos em pé.

Demi olha séria para sua amiga. – Muito obrigada, Dee. Por favor, não faça isso.

O bunda-mole sorri, coloca o braço em volta da cintura de Demi e repousa seus lábios no topo da cabeça dela.

Preciso de uma bebida. Ou um saco de pancadas. Agora.

As palavras saem de minha boca como tiros bem direcionados:

– Isso mesmo. Você era uma pequena infratora antigamente, não era, Demi? Pai, sabia que ela cantava em uma banda? É como você conseguia pagar a faculdade de Administração, certo? Melhor do que fazer pole dancing.

Ela engasga com a bebida. Agindo como o cavalheiro que sou, lhe dou um guardanapo.

– E o Billy aqui ainda faz isso. Você é músico, certo?

Ele olha para mim como se eu fosse um monte de bosta no qual ele acabou de pisar.

– Isso mesmo.

– Então, Billy, conte, você é roqueiro como o Bret Michaels? Ou é mais como o Vanilla Ice?

Está vendo como ele contrai a mandíbula? Como seus olhos se estreitam? Manda, seu macaquinho adestrado, por favor.

– Nenhum dos dois.

– Por que não pega seu acordeão, ou o que quer que você toque, e sobe no palco? Tem muito dinheiro passeando por esta sala. Talvez você conseguisse agendar um casamento. Ou um bar mitzvah.

Estou quase lá.

– Não toco nesse tipo de cerimônia.

Talvez isso seja o bastante.

– Uau. Com a economia atual, não sabia que os pobres e os desempregados poderiam ser tão seletivos.

– Escute, seu filho da…

– Billy, querido, você podia buscar outra bebida pra mim lá no bar? Já estou terminando esta aqui.

Demi puxa seu braço, interrompendo o que tenho certeza de que seria uma brilhante réplica.

Está sentindo o sarcasmo?

E depois ela se vira para mim, e não parece nada amigável.

– Joe, acabei de me lembrar que tenho que te dar alguns documentos da conta do Genesis. Eles estão na minha sala. Vamos.

Não ando. Não respondo a ela. Meus olhos ainda estão em um campeonato disputando olhares com o monte de merda.

– É uma festa, Demi – diz meu pai, ingenuamente. – Você devia deixar o trabalho pra segunda-feira.

– Vai ser rápido – diz ela, sorrindo, antes de pegar em meu braço e me arrastar para longe.

Quando estamos em sua sala, Demi bate a porta atrás de nós. Ajeito as mangas da camisa, depois sorrio amigavelmente.

– Se você queria tanto ficar sozinha comigo, só precisava pedir.

Ela não curte minha piada.

– O que está fazendo, Joe?

– Fazendo?

– Por que está insultando o Billy? Você tem ideia de como foi difícil conseguir que ele viesse aqui hoje à noite?

Coitado do Billy. Preso em uma sala com os bancários mais bem-sucedidos.

– Então por que você o trouxe?

– Ele é meu noivo.

– Ele é um idiota.

Ela olha para mim bruscamente.

– Billy e eu passamos por muita coisa juntos. Você não o conhece.

– Sei que ele não é bom o bastante pra você. Nem de longe.

– Por favor, pare de deixá-lo constrangido.

– Eu só estava apontando os fatos. Se a verdade envergonha seu namorado, então é problema dele, não meu.

– Isso é ciúmes?

Para constar, nunca tive ciúmes na minha vida. Só por que quando vejo os dois juntos não

consigo decidir se quero vomitar ou socá-lo, ela chama isso de ciúmes?

– Não fique se achando.

– Eu sei que você sente algo por mim, mas…

Espere a porra de um minuto. Vamos voltar um pouco, ok?

– Eu sinto algo por você? Me desculpe, foi minha mão que apalpou sua virilha no meu escritório há alguns meses? Porque eu me lembro muito bem que foi o contrário.

E agora ela está irritada.

– Você é tão idiota às vezes.

– Bem, então formamos o casal perfeito, porque você é uma vaca de primeira na maioria das vezes.

O fogo dança em seus olhos conforme ela levanta seu copo quase cheio.

– Não ouse fazer uma merda dessas. Jogue esta bebida em mim, e não serei responsável pelo que fizer depois.

Vou te dar um minuto para adivinhar o que ela fez.

Claro. Ela jogou a bebida em mim.

– Porra! – pego os lenços de sua mesa e seco meu rosto, que está pingando.

– Não sou uma de suas garotas! Nunca mais fale comigo desse jeito.

Meu rosto fica seco, mas minha camisa e meu casaco estão molhados. Atiro os lenços no chão.

– Não importa. Estou indo embora de qualquer jeito. Tenho um encontro.

Ela zomba.

– Um encontro? Um encontro não envolveria uma conversa? Você não quis dizer uma trepada rápida?

Coloco minhas mãos ao redor de sua cintura e a puxo. Com uma voz baixa, digo:

– Minhas trepadas nunca são rápidas; são longas e intensas. E você devia tomar cuidado, Demi. Agora é você quem parece estar com ciúmes.

Suas mãos calmas estão espalmadas em meu peito, e meu rosto está a apenas alguns centímetros do dela.

– Não te suporto.

– O sentimento é mútuo – respondo rapidamente.

Em seguida, lá estamos nós de novo – minha boca, seus lábios – unidos com calor e força. Minhas mãos estão escondidas em seu cabelo, segurando sua cabeça. Suas mãos agarram a minha camisa, segurando-me mais próximo.

Eu sei o que você está pensando. E, sim, pelo visto, discutir, tanto para mim como para Demi, leva às preliminares. Parece que nos deixa elétricos. Só espero que consigamos chegar ao final antes de nos matarmos.

Quando as coisas começam a ficar boas, alguém bate na porta. A Demi ou não escuta ou, como eu, não está nem aí.

– Demi? Demi, você está por aí?

A voz do paga pau interrompe o desejo que nos fez ficar grudados como cola. Demi me empurra. Ela olha para mim por um minuto, com uma expressão de culpa, seus dedos estão nos lábios que acabei de provar.

Sabe de uma coisa? Vá para o inferno. Tenho cara de um bumerangue para você? Não me aproveito das pessoas e não gosto de ser aproveitado. Se Demi não consegue decidir o que ela quer, eu decido por ela. Para mim chega, cansei.

Vou até a porta e a escancaro, deixando o bostinha com bastante espaço para entrar.

Então, sorrio.

– Pode ficar com ela agora. Já terminei.

Nem me dou o trabalho de olhar para trás enquanto vou embora.

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Vamos combinar que o Joe pegou super pesado com a Demi, mas... isso trará coisas boas para ele e Demi... aguardem!! e comentem <3

Só não continuei postando pela madrugada pq provavelmente não tinha ninguém lendo... então, eu tenho que ir pra faculdade hoje, só que eu queria terminar a maratona antes de eu ir, comentem bem rapidinho que eu termino logo antes das 17:00 ok??

3 comentários:

  1. Posta posta posta posta posta posta posta posta posta

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  2. selinho p vc ♥ essas adaptações são perfeitas! http://lalalalafanfics.blogspot.com.br/2014/08/selinho.html

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