22.8.14

Atraído - Capitulo 1

 
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Está vendo aquele traste fedido e barbudo jogado no sofá? O cara vestindo uma camiseta cinza imunda e uma calça de moletom rasgada?

Aquele sou eu, Joe Jonas.

Não costumo ser desse jeito. Estou falando sério, aquele não sou eu de verdade.

Na vida real, sou elegante, sempre faço a barba, e penteio meu cabelo preto para trás de um jeito que dizem me deixar com um ar ameaçador, mas profissional. Meus ternos são feitos à mão. Uso sapatos que custam mais do que o seu aluguel.

Meu apartamento? Sim, o lugar em que estou agora. As cortinas estão fechadas e os móveis refletem o tom azulado da TV. As mesas e o chão estão cheios de garrafas de cerveja, caixas de pizza e potes de sorvete vazios.

Este não é o meu apartamento de verdade. O lugar onde vivo é impecável, uma moça o arruma duas vezes por semana. Tem todo tipo de conforto moderno, todo brinquedo de gente grande que você possa imaginar: som surround, e uma grande TV de plasma, que faria qualquer homem ficar de joelhos e implorar por mais. A decoração é moderna – com muito preto e aço inoxidável –, e qualquer pessoa que entra no apartamento sabe que um homem vive ali.

Então, como disse, o que você está vendo agora não é o meu verdadeiro eu. Estou gripado.

Influenza.

Já reparou que algumas das piores doenças da história produzem um som lírico? Palavras como malária, diarreia, cólera. Você acha que isso é proposital? Que é um modo bonito de dizer que você se sente como algo que saiu da bunda do seu cachorro?

Influenza. Soa interessante, depois que você se acostuma.

Pelo menos é o que acho que tenho. É por isso que estou confinado em meu apartamento nos últimos sete dias. É por isso que desliguei meu telefone, que me levantei do sofá apenas para usar o banheiro ou para receber a comida que pedi.

Por quanto tempo a gripe dura? Dez dias? Um mês? A minha começou há uma semana. Meu alarme tocou às cinco horas da manhã, como de costume. Mas, em vez de me levantar da cama para ir ao escritório, onde sou uma estrela, joguei o relógio para o outro lado do quarto, destruindo-o totalmente.

Era muito irritante mesmo. Relógio imbecil. Alarme imbecil.

Eu me virei e voltei a dormir. Quando finalmente resolvi tirar minha bunda da cama, me senti fraco e nauseado. Meu peito e minha cabeça doíam. Viu, é gripe, não é? Não conseguia mais dormir, então me instalei no meu fiel sofá. Estava tão confortável que decidi ficar aqui mesmo. Durante a semana inteira. Assistindo às melhores obras de Will Ferrell na minha TV de plasma.

O âncora: a lenda de Ron Burgundy está passando neste exato momento. Já assisti três vezes hoje, mas ainda não dei uma risada. Nenhuma mesmo. Talvez na quarta vez a graça apareça, não é?

Agora alguém está batendo na minha porta.

Maldito porteiro. O que está fazendo aqui? Ele vai se arrepender disso quando receber minha gorjeta de Natal este ano, pode apostar.

Eu ignoro as batidas, apesar de soarem de novo.

E de novo.

– Joe! Joe, eu sei que você está aí! Abra a maldita porta!

Ah não.

É a Vaca, também conhecida como minha irmã, Alexandra.

Eu uso a palavra vaca do jeito mais carinhoso possível, eu juro. Mas é o que ela é: chata, teimosa, insistente. Vou matar meu porteiro.

– Se você não abrir a porta, Joe, vou chamar a polícia pra arrombar, juro por Deus!

Entende o que eu quis dizer?

Então, agarro o travesseiro que está no meu colo desde o começo da gripe. Encosto meu rosto nele e respiro fundo. Tem cheiro de baunilha e lavanda. Fresco, limpo e viciante.

– Joe! Você está me ouvindo?

Coloco o travesseiro sobre minha cabeça. Não porque tem o cheiro… dela…, mas para diminuir o barulho que continua na minha porta.

– Estou pegando meu celular! Estou ligando! – a voz de Alexandra fica irritante e com um tom de advertência, eu sei que ela não está brincando.

Inspiro profundamente e sou obrigado a me levantar do sofá. A caminhada até a porta demora um pouco, cada passo que dou com minhas pernas doloridas e tensas é um esforço.

Maldita gripe.

Abro a porta e me preparo para a ira da Vaca. Ela está com o seu mais novo iPhone encostado na orelha, mostrando a mão com as unhas feitas. Seu cabelo loiro está preso para trás em um coque simples, mas elegante, e ela carrega no ombro uma bolsa verde-escura com o mesmo tom da saia – a Lex gosta de combinar tudo.

Atrás dela, parecendo devidamente arrependido em um terno azul-marinho com pregas, está meu melhor amigo e colega de trabalho, Matthew Fisher.

Eu te perdoo, porteiro. É Matthew quem deve morrer.

– Meu Deus – gritou Alexandra, com espanto. – Que merda aconteceu com você?

Eu disse que este não é o meu verdadeiro eu.

Não respondo. Não tenho energia suficiente. Só deixo a porta aberta e me jogo de cara no sofá. É macio e quente, mas firme.

Eu te amo, sofá – já te falei isso antes? Bom, estou te dizendo isso agora.

Apesar de meus olhos estarem escondidos no travesseiro, consigo perceber Alexandra e Matthew entrando devagar no apartamento. Consigo imaginar a expressão de choque em seus rostos diante do estado dele. Dou uma espiadela, sem sair do meu refúgio, e vejo que minha intuição estava certa.

– Joe? – escuto-a perguntar, mas desta vez há um tom de preocupação nessa pequena sílaba.

Depois ela fica nervosa de novo.

– Pelo amor de Deus, Matthew, por que você não me ligou antes? Como você deixou isso acontecer?

– Eu não te vejo há um tempão, Lex! – disse Matthew rapidamente. Viu? Ele também está com medo da Vaca. – Eu vim todos os dias, mas ele não queria abrir a porta pra mim.

Sinto o sofá afundar conforme ela se senta ao meu lado.

– Joe? – diz ela, suave. Sinto que esfrega sua mão com carinho na parte de trás do meu cabelo. – Querido?

Sua voz tem um tom de preocupação tão doloroso que lembra minha mãe. Quando eu era um menino e estava doente em minha casa, mamãe trazia até meu quarto chocolate quente e sopa em uma bandeja. Ela beijava minha testa para sentir se eu ainda estava ardendo de febre. Sempre me sentia melhor com ela. Essa lembrança e os gestos semelhantes de Alexandra fizeram com que meus olhos fechados ficassem umedecidos.

Estou desorientado ou o quê?

– Estou bem, Alexandra – falo para ela, apesar de achar que não está me escutando. Minha voz está abafada no travesseiro de cheiro doce. – Estou gripado.

Escuto o barulho de alguém abrindo uma caixa de pizza e um resmungo conforme o cheiro de queijo estragado com linguiça saía da embalagem.

– Essa não é a dieta de alguém que está com gripe, irmãozinho.

Também escuto garrafas de cerveja e outros lixos sendo arrastados, e sei que ela está começando a arrumar a bagunça. Não sou o único maníaco por limpeza na minha família.

– Ah, que horror! – ela respira fundo e, julgando pelo fedor que se junta ao cheiro de pizza estragada, acho que ela acabou de abrir um pote de sorvete de três dias atrás que não estava vazio como eu achava.

– Joe – ela sacode meu ombro gentilmente.

Eu desisto, me endireito e sento no sofá, esfregando meus olhos para acordar.

– Fale comigo – ela implora. – O que está acontecendo? O que aconteceu?

Enquanto observo a expressão confusa da vaca da minha irmã, volto 22 anos no tempo. Tenho seis anos e meu hamster, o Senhor Wuzzles, acabou de morrer. Como naquele dia, a dolorosa verdade é arrancada de meus pulmões.

– Finalmente aconteceu.

– O que aconteceu?

– O que você tem desejado pra mim durante todos esses anos – eu sussurro –, me apaixonei.

Levanto os olhos para observar seu sorriso se abrir. É o que ela sempre quis para mim. Ela é casada com o Steven há muito tempo, está apaixonada por ele há muito mais tempo. Por isso, nunca concordou com o jeito que levo minha vida, e não aguenta mais esperar que eu sossegue. Que eu encontre alguém que cuide de mim do jeito que ela cuida de Steven e do jeito que nossa mãe ainda cuida de nosso pai.

Mas disse para ela que isso nunca aconteceria – não era o que eu queria. Por que trazer um livro para a biblioteca? Por que trazer areia à praia? Por que comprar a vaca, se você consegue o leite de graça?

Está conseguindo entender meu raciocínio?

Quando vejo que ela está começando a sorrir, digo, em uma vozinha que nem eu reconheço:

– Ela está casando com outra pessoa. Ela não… ela não me queria, Lex.

Vejo solidariedade se espalhar pelo rosto da minha irmã e então, determinação, pois Alexandra sempre resolve tudo. Ela consegue desentupir ralos, remendar paredes e remover manchas de qualquer tapete. Já sei o que está passando pela cabeça dela neste momento: se o seu irmão mais novo está acabado, ela só tem que consertá-lo.

Gostaria que fosse tão fácil assim. Mas eu não acho que qualquer cola no mundo poderá consertar meu coração.

Eu comentei que também sou um pouco poeta?

– Tudo bem, a gente consegue arrumar isso, Joe.

Será que conheço minha irmã?

– Vá tomar um banho quente demorado. Vou arrumar esse desastre. Depois, vamos sair. Nós três.

– Eu não posso sair – será que ela não estava me escutando? – Estou gripado.

Ela sorri com compaixão.

– Você precisa de uma boa refeição quente. Precisa de um banho. Só assim se sentirá melhor.

Talvez ela esteja certa. Só Deus sabe o que fiz nos últimos sete dias, sem nenhum resultado. Encolho meus ombros e me levanto, fazendo tudo que ela manda. Como uma criança de quatro anos que carrega seu ursinho de pelúcia para onde vai, levo comigo meu travesseiro premiado.

Caminhando até o banheiro, não consigo parar de pensar como tudo isso aconteceu. Tinha uma boa vida. Uma vida perfeita. E então tudo se tornou uma merda.

Ah – você quer saber como? Você quer ouvir minha triste história? Então, está bem. Tudo começou há uns meses, em uma noite de sábado comum.

Bem, comum para mim, pelo menos.

Quatro meses antes.

– Porra. Isso é bom. Isso, continue assim.

Está vendo aquele cara, de terno preto e incrivelmente bonito? Isso, o cara recebendo sexo oral da ruiva gostosa na cabine do banheiro? Sou eu. O verdadeiro eu. EAG: Eu Antes da Gripe.

– Nossa, amor, vou gozar.

Vamos congelar a cena aqui por um segundo.

Para as moças que estão escutando, permitam-me lhes dar alguns conselhos de graça: se um cara que você conheceu num bar te chamar de amor, querida, anjinha ou qualquer outro apelido carinhoso, não ache que ele está tão a fim de você que já está pensando em nomes para seus animais de estimação.

Ele faz isso porque não consegue ou nem quer tentar lembrar seu nome.

Além disso, nenhuma mulher quer ser chamada pelo nome errado quando está de joelhos chupando um cara no banheiro masculino. Então, só por segurança, eu a chamei de amor.

Seu nome verdadeiro? Isso realmente importa?

– Porra, amor, estou quase lá.

Ela tira a boca com um estalo e o agarra com firmeza, enquanto eu gozo em sua mão. Em seguida vou em direção à pia para me limpar e fechar o zíper. A ruiva me olha sorridente enquanto faz bochechos com um enxaguante bucal que tirou da bolsa.

Encantadora.

– O que acha de tomarmos um drinque? – pergunta ela, com um tom de voz que acredita ser excitante.

Mas aqui vai mais uma informação para você: quando eu termino, eu realmente termino. Não sou aquele cara que anda numa montanha-russa duas vezes. Uma vez já basta, e depois a vibração e o interesse terminam.

No entanto, minha mãe me educou para me comportar como um cavalheiro.

– Sim, minha querida. Encontre uma mesa, vou pedir algo para nós no bar – afinal, a ruiva se esforçou bastante ao me chupar. Ela merece um drinque.

Após sairmos do banheiro, ela procura uma mesa, e eu vou em direção ao bar lotado. Comentei que era uma noite de sábado, certo? E este bar é o REM, de sono REM, “movimento rápido dos olhos”. Aquele estado em que os sonhos acontecem, entende?

É o bar mais badalado da cidade de Nova York. Bem, pelo menos hoje à noite. Na semana que vem já será outro. Mas o local não importa. O roteiro é sempre o mesmo. Todo fim de semana, eu e meus amigos chegamos aos lugares juntos, e sempre vamos embora separados, mas nunca sozinhos.

Não me olhe desse jeito. Não sou um homem mau. Não minto. Eu não atraio as mulheres com palavras poéticas sobre um futuro juntos e sobre amor à primeira vista. Sou um atirador direto. Estou procurando por diversão – apenas por uma noite –, e eu as aviso. Isso é melhor do que fazem 90% dos outros homens aqui, posso te garantir. Além disso, a maioria das mulheres está aqui querendo a mesma coisa.

Está bem, talvez isso não seja exatamente verdade. Mas não é culpa minha que elas me vejam, transem comigo e, de repente, queiram ter filhos meus. Não é problema meu. Como disse, eu aviso como funciona, proporciono a elas um bom momento e pago o táxi para que voltem às suas casas. Obrigado, boa noite. Não me ligue, pois com certeza não ligarei para você.

Após conseguir passar pela multidão e finalmente chegar até o bar, peço dois drinques. Aproveito para observar os corpos suando, mexendo-se e esfregando-se uns nos outros na pista de dança, com o barulho da música vibrando por todo o lugar.

Logo a vejo, há alguns metros de onde estou, esperando pacientemente, apesar de um pouco inquieta, entre as pessoas com braços levantados acenando dinheiro e desesperadas por álcool, que tentam chamar a atenção do barman.

Lembra que eu disse que era poético? A verdade é que nem sempre fui. Não até este momento. Ela é extravagante, angelical, linda. Escolha uma palavra, qualquer merda de palavra. O que importa é que, por um momento, me esqueci como se respira.

Seu cabelo é longo, escuro e brilha até mesmo na meia-luz do bar. Ela está usando um vestido vermelho decotado nas costas – sensual, mas clássico –, que ressalta cada uma de suas curvas tonificadas à perfeição. Sua boca é carnuda e exuberante, com lábios que imploram para serem tocados.

Seus olhos. Pelo amor de Deus. Seus olhos são grandes, redondos e infinitamente escuros. Imagino-os me observando no momento em que ela coloca meu pau em sua boca pequena e quente. Ele responde de imediato a meu pensamento. Preciso tê-la.

Vou até ela, decidindo que ela será a sortuda que terá o prazer de minha companhia pelo resto da noite. E pretendo lhe dar um tremendo prazer.

Chego quando ela está quase abrindo a boca para pedir um drinque, intervenho com:

– A moça quer… – olho para ela, adivinhando o que iria beber. Este é um talento meu. Algumas pessoas preferem beber cervejas; outras, uísque escocês com soda; outras, um vinho mais antigo; outras preferem conhaque ou champanhe doce. Eu sempre consigo adivinhar o que cada uma prefere. Sempre.

– … um Veramonte Merlot, de 2003.

Ela se vira para mim com uma expressão de surpresa, e seus olhos me medem da cabeça aos pés. Após decidir que não sou um perdedor, ela me diz:

– Você é bom.

Eu sorrio.

– Vejo que minha reputação me faz jus. Sim, eu sou e você é linda.

Ela fica corada. Na verdade, suas bochechas ficam todas rosas e ela olha para o outro lado. Quem ainda fica corado? É muito adorável.

– Então, o que acha de irmos para um lugar mais confortável… e íntimo, para que possamos nos conhecer melhor?

Sem perder a chance, ela acrescenta:

– Estou aqui com meus amigos. Estamos comemorando. Não costumo vir a lugares como este.

– O que estamos comemorando?

– Acabei de conseguir meu MBA e vou começar em um emprego novo na segunda-feira.

– Sério? Que coincidência. Sou um empresário. Talvez você já tenha ouvido falar da minha empresa: Jonas, Reinhart e Fisher – somos o banco de investimentos mais badalado da cidade, então tenho certeza de que ela deve estar muito impressionada.

Vamos fazer uma pausa de novo, ok?

Perceberam o modo como a boca desta mulher linda se contorceu quando lhe disse onde eu trabalhava? Viram como seus olhos se arregalaram? Isso deveria ter indicado algo para mim.

Mas não percebi nada disso naquele momento – estava muito ocupado observando seus seios, que são perfeitos, a propósito. São menores do que aqueles que costumo admirar, não são maiores do que um punhado. Mas, no que me diz respeito, um punhado é tudo do que preciso.

O que quero dizer é: lembre-se daquele olhar surpreso, que fará sentido mais pra frente. Agora, de volta à conversa.

– Temos tantas coisas em comum – eu disse. – Nós dois trabalhamos com negócios, nós dois gostamos de vinho tinto… acho que devemos ver até onde isso pode dar esta noite.

Ela ri. É um som mágico.

Agora tenho que explicar uma coisa. Com qualquer outra mulher, em qualquer outra noite, eu estaria em um táxi agora, com minha mão sobre seu vestido e minha boca fazendo ela gemer. Sem perguntas. Para mim, isso está funcionando. De um modo estranho, isso está me excitando.

– Meu nome é Joe, a propósito – dou-lhe minha mão –, qual é o seu?
 
Ela levanta a mão.

– Noiva.

Destemido, eu pego sua mão e beijo seus dedos, tocando-os de leve com minha língua. Noto essa beleza relutante tentando reprimir um arrepio, e sei que, apesar de suas palavras, estou conquistando-a.

Não sou o tipo de homem que escuta o que as pessoas dizem. Eu observo como elas dizem algo. Você pode aprender muito sobre alguém se parar um pouco e observar como uma pessoa se mexe, como seus olhos se movimentam, como o tom de sua voz aumenta ou abaixa.

Seus olhos inocentes podem estar me dizendo não… mas seu corpo? Seu corpo está gritando: sim, sim, transe comigo no bar. Em apenas três minutos, ela me disse a razão de estar aqui, qual seu trabalho e me deixou acariciar sua mão. Essas não são atitudes de uma mulher que não está interessada – são atitudes de uma mulher que não quer estar interessada.

Eu definitivamente consigo lidar com isso.

Quase comento sobre seu anel de noivado, já que o diamante é tão pequeno que, mesmo de perto, é difícil de notar. Mas não quero magoá-la. Ela me disse que acabou de se formar. Tenho amigos que tiveram que pagar a faculdade de Administração, e sei que as mensalidades são muito altas.

Então tento uma tática diferente: honestidade.

– Melhor ainda. Você não frequenta lugares como este? Eu não me dou bem com relacionamentos. Somos um casal perfeito. Devíamos explorar mais essa relação, o que acha?

Ela ri de novo, e nossas bebidas chegam. Ela pega a sua taça.

– Obrigada pela bebida. Tenho que voltar aos meus amigos agora. Foi um prazer.

Dou-lhe um sorriso maldoso, sem conseguir me controlar.

– Querida, se você me deixar te levar para outro lugar, farei com que a palavra prazer tenha outro significado.

Ela balança a cabeça e sorri, como se estivesse agradando uma criança atrevida. Enquanto vai embora, olha para trás e diz:

– Tenha uma boa noite, senhor Jonas.

Como eu disse, sou um observador. Eu e Sherlock Holmes poderíamos ser amigos. Mas estou tão encantado com a visão daquela linda bunda que não percebo nada.

Você percebeu? Você conseguiu notar o detalhezinho que acabei de deixar escapar?

Isso mesmo. Ela me chamou de “senhor Jonas”, mas eu nunca disse meu sobrenome. Lembre-se disso também.

No momento, deixo a misteriosa mulher de cabelos pretos se retirar. Pretendo pegar leve com ela e depois fisgá-la – jogar a vara, fisgar, puxar e pronto. Planejo segui-la pelo resto da noite se precisar.

Ela é muito gostosa.

Mas, então, a Ruiva – sim, aquela do banheiro masculino – me encontra.

– Aí está você! Pensei que tivesse te perdido.

Ela se joga para cima de mim e acaricia meu braço com intimidade.

– O que acha de irmos para a minha casa? É aqui na esquina.

Ah, muito obrigado, só que não. A ruiva logo se tornou uma memória passageira. Estou focado agora em pretendentes mais intrigantes. Estou quase dizendo isso a ela, quando outra ruiva aparece ao seu lado.

– Esta é minha irmã, Mandy. Contei pra ela tudo sobre você. Ela achou que nós três podíamos… você sabe… nos divertir.

Olho para a irmã da Ruiva, que, na verdade, é sua gêmea. Meus planos, então, mudam na hora. Eu sei, eu sei… disse que não ando na mesma montanha-russa duas vezes. Mas gêmeas?

Nenhum homem deixaria isso escapar.
 
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Amores da minha vida, eu estou muito animada em postar essa fic para vocês, ela é muito perfeita, vocês vão rir muito com ela :D ah, lembrando que ela é toda contada por Joe, mas na segunda temporada, Demi quem conta a historia... Beijoooos <3 se preparem pq o Joe pegador vai dar muito o que falar jhgdshd :D

ps. Quem ai já amou o Joe mesmo ele sendo um safado de carteira assinada?? *--*

7 comentários:

  1. A fic ta arrecem no seu 1° cap, e eu ja estou amando, o q é o Joe nessa fic, OMG, faz maratona agr, por favor! Vc já sabe quantos cap's vai ter essa fic ao total?

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  2. Primeiro capítulo e já estou viciada kkkkkkkkk ÓTIMA IDEIA UMA MARATONA......kkkkkk

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  3. Já to apaixonada pelo Joe, posta logo, e eu tbm apoio uma maratona, beijos

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  4. O.O Marminina...já estou amando..
    Posta mais.. LOL
    kisses..

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  5. Ddefinitivamente apaixonada por essa fanfic!! Você podia fazer uma maratona acho que merecemos ...
    Continua...
    Fabiola Barboza :*

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  6. Posta logo, ñ demora por favor! #MARATONA

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  7. Cadê vc? Posta to super ansiosa.

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