15.10.14

Keeping Her - Capitulo 11 - Último


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JOE


"Obrigado por me encaixar hoje, Mr. Woods. Eu realmente aprecio o seu tempo." Ele se levantou de trás da sua mesa de madeira maciça preta e a contornou para me encontrar.

"Sem problemas. Qualquer coisa para os Jonas. Eu estou apenas satisfeito que você resolver reconsiderar. Você vai me ligar depois de falar com a sua noiva?"

"Sim, Senhor. Eu irei falar com ela essa noite."

"Ótimo. Eu acho que essa pode ser realmente um bom negócio, Joe."

"Obrigado, Senhor. Eu te ligo amanhã."

Um nó pesado se deu no meu estômago assim que eu entrei no elevador, e desci os trinta e sete andares para o lobby. Isso começou ontem, quando eu liguei para marcar a entrevista, e agora parecia que ocupava minha barriga toda. Talvez, na verdade, isso tenha começado na Roda Gigante. Ou quando Demi fez aquele primeiro teste, que deu negativo. Eu quase cancelei o compromisso, mas as instruções na caixa do teste de gravidez sugeriam que se fizessem vários testes, então eu saí e comprei outro.

Aquele tinha dado positivo.

Demi fez mais dois essa manhã, ambos negativos, e nós achamos que o tempo entre ela estar atrasada e os testes ainda eram muito pequenos, por isso cada teste tinha dado um resultado. Ela não tinha certeza há quantos dias exatamente ela estava atrasada, ela apenas tinha uma vaga lembrança, e tudo que achamos na internet sugeria que esperássemos pelo menos uma semana.

Então nós decidimos esperar.

Isso parecia um gancho no nosso relacionamento.

Mas ela estando grávida ou não, isso não mudava os fatos.

Ela seria minha esposa. Nós não tínhamos o dinheiro para ter uma criança mais do que tínhamos para um grande casamento ou uma lua de mel. Nenhum de nós tinha plano de saúde.

Eu amava atuar, mas como eu seria diferente do meu pai se eu escolhesse fazer isso ao invés de sustentar minha família?

Quando Demi me encontrou naquele palco vazio depois daquela performance de Orgulho e Preconceito e eu fiquei de joelhos, tudo mudou. Ela tinha que ser minha prioridade. Meu trabalho era cuidar dela, e se isso significasse pegar um trabalho em Londres que me desse mais dinheiro, então eu o faria. Claro que isso era um trabalho no mundo do meu pai, um mundo que eu nunca quis fazer parte, mas eu sabia que pegando esse trabalho já me faria diferente do meu pai, não importava se nós nos parecêssemos por fora.

Londres tinha um cenário teatral ainda melhor do que a Filadélfia, então Demi poderia continuar trabalhando aqui, e eu faria o suficiente para que ela não precisasse de outro trabalho, ela poderia apenas fazer audições. E eu... eu a veria no palco, e isso teria que ser o suficiente. Eu descobri meu talento para o teatro porque fingir era muito natural para mim. Essa era a minha forma de amadurecer na vida. Mas eu me apaixonei pelo teatro quando eu descobri que essa era a única forma de fingir onde eu poderia também dizer a verdade. Iria doer deixar isso para trás, aquele sentimento de que eu fazia parte de algo maior, algo grandioso.

Eu teria apenas que aprender como encontrar esse mesmo sentimento estando na plateia.

Além disso... me casar com Demi, começar uma família, isso maior que tudo.

A companhia iria cobrir nossa mudança e plano de saúde. Com bebê ou não... isso fazia sentido. Essa era a coisa certa a fazer. A coisa inteligente.

Eu continuava repassando todas as minhas razões quando o metrô andava para frente e para trás nos trilhos no meu caminho de volta para Kensington. Demi tinha saído para almoçar com Mamãe, mas chegaríamos em casa por volta do mesmo horário. Eu tinha que estar com todos os meus pensamentos definidos quando eu contasse para ela.

Eu não tinha certeza como ela reagiria com a ideia de deixar os Estados Unidos. Ela parecia realmente animada sobre vir para Londres, mas visitar e morar aqui eram coisas bem diferentes. Essa não era uma mudança suave, mas eu esperava o melhor.

Tudo ficaria bem. Isso faria com que tudo ficasse bem. E Demi poderia parar de se preocupar sobre a gravidez, pois esse trabalho cuidaria de tudo. E depois de alguns anos nele, eu provavelmente acharia um parecido nos Estados Unidos se ela quisesse retornar.

Eu voltei para casa da minha família antes de Mamãe e Demi, e surpreendentemente encontrei meu pai no caminha para a porta.

"Oh Joe, que bom que eu te peguei. Dei uma passada para pegar algumas coisas para meu almoço. Como foi a entrevista?"

É claro que ele sabia. Eu não contei a ninguém, mas ele deve ter ouvido isso do Sr. Woods.

"Tudo correu bem. Eu irei conversar com Demi sobre isso essa noite."

Ele assentiu, pegando seu BlackBerry do bolso depois que ele vibrou.

"Ótimo”. Ele começou a responder uma mensagem, e com a cabeça abaixada ele disse: "Você está tomando a decisão certa, Joe. A inteligente".

O nó no meu estômago apertou quando ele literalmente tirou as exatas palavras da minha cabeça.

Eu não era como meu pai. Nós éramos diferentes. Isso era diferente.

Ele saiu me dizendo novamente que isso era o certo a fazer, e eu tinha a gigantesca casa vazia para enchê-la com meus pensamentos.

Eu já tinha pegado o ritmo de sentar e andar por todos os cômodos da casa quando Demi chegou. Eu já estava esperando há horas, eu estava na sala de jantar, batendo meus dedos contra a mesa de jantar, quando a porta da frente se abriu, e eu ouvi uma risada.

"Você viu a cara dela? Eu nunca ri tanto em... bem, há décadas provavelmente."

"Eu achava que ela ia me assassinar, lá mesmo na loja."

"Eu achei que eu ia perder um pulmão rindo. Você não sabe o quanto eu não suporto aquela mulher."

Eu passei pelo foyer, e Demi e minha mãe estavam sorrindo como velhas amigas.

"O que vocês duas estiveram aprontando durante todo o dia?" Eu perguntei.

Mamãe balançou a mão. "Apenas fazendo algumas travessuras. Isso vem naturalmente da sua futura esposa." Disso eu tinha bastante certeza.

"E por onde vocês andaram a tarde toda?"

"Ah, aqui e ali. Não se preocupe. Eu tomei conta dela. E de qualquer forma eu fui amável, com ela como você mandou."

Demi riu, e seja lá o que eu estava perdendo, essa deveria ser uma boa uma história. E eu queria ouvi-la... mais tarde. Agora eu tinha umas mil coisas para tirar do meu peito e eu tinha tudo o que eu queria dizer organizado na minha cabeça. Eu precisava dizer antes de tudo desmoronar como um castelo de cartas.

"Eu estou satisfeito que vocês se divertiram, mas eu posso roubá-la por um momento?"

"De qualquer forma," Mamãe diz. "Leve-a."

Eu segurei a mão de Demi e nós subimos as escadas para o meu quarto. Eu balancei a cabeça, rindo. "Inacreditável. Como você faz isso?"

Sem expressão, Demi falou, "Eu derrubei cinco estantes de roupas numa butique chique que ela me levou. Sério, foi assustador. O efeito dominó mais caro da história do mundo”.

Eu comecei a rir.

Ela disse, "Foi assim que a sua mãe reagiu também. Ela estava civilizada antes disso, mas depois foi como se houvesse uma turbulência. E começamos a nos dar bem”.

Esse era um bom sinal. Eu ótimo sinal. Talvez ela quisesse viver em Londres.

"Minha mãe é só uma questão de tempo, ela só assusta. Hoje foi talvez a maior diversão que ela teve em anos."

"Isso foi bom para mim, também," ela disse. "Escute, eu -"

"Eu preciso falar com você sobre algo," eu disse.

"Oh." ela franziu as sobrancelhas. "Claro. Vai em frente."

Eu a sentei na beirada da cama, e por força do hábito meus olhos foram para sua barriga. Eu acho que olhei para seu estômago em dois dias mais que em todo o nosso relacionamento antes de agora.

"Eu fiz uma coisa hoje. Uma coisa um pouco maluca."

"Ok," Ela disse, com os punhos cerrados sobre o joelho.

Eu soltei uma respiração.

"Eu fiz entrevista para um emprego."

"Você o que?"

"Eu sei, eu sei." Eu andei pelo tapete em frente a ela.

"Eu sei que é do nada, mas um antigo chefe me falou sobre isso na festa na outra noite. E eu nem pensei sobre isso até ontem, mas isso resolve todos os nossos problemas. O dinheiro é ótimo, e eles pagarão pela nossa mudança. Nós teremos plano de saúde para cobrir o nascimento. Nós conseguiremos pagar para viver em uma parte segura da cidade com boas escolas. Você pode fazer audições por aqui e você não precisará se preocupar em conseguir outros trabalhos."

"Você fez uma entrevista para trabalho aqui em Londres sem me dizer?"

"Eu não aceitei ainda."

"É melhor mesmo, que você não tenha aceitado."

Eu estava estragando tudo completamente. Eu me forcei a parar de andar e me ajoelhei na frente dela, na cama.

"Eu sei que isso é muito. Eu apenas estou te pedindo para pensar sobre isso, para pensar em todos os problemas que isso poderia solucionar."

"E sobre os problemas que isso criaria? Eu já estou agendada para um show no outono."

"Você desistira desse show se você estivesse grávida, de qualquer maneira. Você estaria barriguda até lá."

Ela parou, então foi ela que começou a andar.

"Nós nem sabemos ainda se estamos grávidos. Você quer mudar nossa vida inteira por uma possibilidade?"

Eu segurei seus cotovelos e disse, "Não. Não, claro que não. Nós podemos esperar para dar a resposta até a próxima semana, até que saibamos com certeza. Mas mesmo que você não esteja grávida, Demi, você ficará algum dia. Esse trabalho é uma oportunidade única. A maioria das pessoas tem que dar duro por anos para conseguir esse tipo de trabalho".

"E que tipo de trabalho é esse?"

"O que você quer dizer?"

Ela agarrou meus ombros, como se ela quisesse me sacudir. "O que você estará fazendo? Você ama o teatro. Você disse que isso o fez crescer. Ele o trouxe para mim. Você o deixará para o que? Um serviço atrás de uma mesa?"

"Eu amo você mais do que jamais amei atuar."

Ela arrancou seus cotovelos de mim e levantou seus braços.

"O que isso tem a ver com isso tudo?"

"Demi, eu estou fazendo isso por você. Por nós."

"Bem, pare."

Eu balancei minha cabeça. "O que?"

"Você me ouviu. Pare. Eu não te pedi para fazer qualquer coisa dessas."

"Você não precisa pedir." Eu passei o dedo por sua mandíbula. "Eu penso que já é hora de um pouco de realismo. Seria estúpido não pegar esse trabalho."

"Eu estou ouvindo um monte de coisas estúpidas nesse momento."

Ótimo. Então ela não estava feliz com a ideia de viver em Londres.

"Merda, Demi. Nós precisamos disso. Eu estou tentando crescer, ter um trabalho de verdade, e ser um adulto."

"Ser adulto não significa mudar tudo sobre você mesmo. Você já era um adulto sem esse trabalho extravagante e o dinheiro."

"Mas agora eu posso ser um adulto que te sustenta."

"Você já sustenta tudo que eu preciso. Você disse que nós precisamos de uma dose de realismo?"

"Sim, nós precisamos."

Eu podia ver isso agora.

"Você disse quase a mesma coisa para mim na primeira noite que nos conhecemos, na noite que nos beijamos. Nós estávamos falando de teatro, sobre Shakespeare."

"Demi -"

"Eu nunca teria nem mesmo parado na mesa se você não estivesse lendo aquelas peças. Nós teríamos nos conhecido pela primeira vez como professor e estudante, e nada teria acontecido entre nós. Nós poderíamos não ter nos apaixonado se você não fosse o assistente de diretor para Phaedra. Você me pediu em casamento no palco, Joe. Toda nossa vida é o teatro. O amor que nós temos é por causa do teatro. Eu associo todos os nossos grandes momentos com uma peça. Se nós pensássemos sobre o que era seguro ou inteligente quando nos conhecemos, nós não estaríamos juntos hoje. E você sempre será o homem que me encorajou a seguir meus sonhos, o homem que me ensinou a fazer escolhas ousadas e correr atrás do que eu queria. Você disse que não era como o seu pai. Ele deveria ser aquele que só se preocupa com dinheiro."

"O dinheiro é só um meio para um fim. Você e o bebê são minhas prioridades."

"Se você realmente quer fazer algo por mim, você irá recusar esse trabalho."

"Demi, apenas pense sobre isso."

"Eu estou pensando sobre isso. Eu estou pensando como eu me apaixonei por um homem que disse a uma sala cheia de alunos que a coisa mais difícil sobre a vida não é escolher papéis ou ter dinheiro o suficiente. É manter seu espírito e se lembrar, pra começar, por que nós escolhemos o teatro. Então siga o seu próprio conselho, Joe. Você poderia ter tido essa vida todos esses anos que passaram, mas você não queria isso. Você queria algo diferente. Algo melhor. Então ou você quer essa outra vida, essa vida comigo. Ou você não quer. Mas eu te deixaria antes que eu pudesse arruinar o seu próprio sonho."

O silêncio detonou nos meus ouvidos. Meu coração estava furioso em meu peito e eu sentia como se minhas costelas fossem quebrar se ele batesse mais forte. Eu não poderia perdê-la. Eu a queria mais do que eu queria qualquer coisa. Ela eclipsou cada sonho, cada desejo, cada dúvida.

"Demi-"

"Eu quero dizer isso, Joe. Eu agradeço o que você está fazendo, e eu entendi. Eu amo você estar disposto a fazer isso, mas não vale a pena. Não se você deixar de ser você."

Ela pegou minha mão e a pressionou em seu estômago. “Se nós tivéssemos um filho e ele viesse até você com uma coisa como essa, você o diria para pegar o dinheiro, pegar um trabalho que não significa nada? Porque eu estou perguntando, se eu sei o que você diria. Você diria para ele fazer o que ele ama o que o fizesse sentir mais vivo. A vida é muito curta para perder tempo vivendo de outro jeito." Ela tinha razão.

Merda. Ela tinha razão.

O nó no meu estômago relaxou e eu soltei um suspiro de alívio.

"Como você me conhece melhor que eu mesmo?"

"Porque eu te amo."

Meu coração disparou, e a força de cada batida me levava mais próximo dela. Cada vez que ela dizia aquelas palavras... cada vez parecia a primeira vez. Eu passei meus braços ao redor dela e puxei até que seus pés saíam do chão. Eu beijei o canto de sua mandíbula e retornei as palavras.

"Mas se nós estivermos esperando um bebê... teremos tantas coisas para superar. Será difícil com nosso estilo de vida."

Ela enrolou os dedos nos meus cabelos e disse, “Sua mãe me levou para ver uma amiga que é médica”.

Eu vi seu olhar pasmado e a coloquei de volta no chão. "Você contou para a minha mãe?"

Ela encolheu os ombros. "Aquela mulher tem um jeito de descobrir meus segredos."

"E?"

"E eu não estou grávida."

Eu engoli seco, meu estômago rodando com uma combinação de emoções tão grande que eu não conseguia identificar.

"Você não está?"

Ela balançou a cabeça. "A doutora disse que provavelmente é apenas estresse que me atrasou o ciclo. Provavelmente a combinação de todo o trabalho e pensar em conhecer sua família."

As batidas do meu coração acalmaram, mas continuavam altas no meu ouvido.

"Então... nós não temos que nos preocupar com nenhuma dessas coisas."

"Não agora, não."

Pela minha vida, eu não sabia dizer se eu estava desapontado ou aliviado. Não sobre o bebê. Já o trabalho... parecia que eu estava cem vezes mais leve.

"Você está bem?" ela perguntou.

Eu beijei sua testa, depois a ponta do seu nariz, seguindo para seus lábios. Eu absorvi a calma de sua pele quente, respirando na sua proximidade. Eu disse, "Sim, estou mais do que bem".

Ela assentiu. Sua expressão era difícil de ler, e eu tive a sensação de que ela estava tão confusa quanto eu.

"Joe. Mais uma pergunta."

"Qualquer coisa."

Seu sorriso se alargou brilhante e lindo. Toda sua confusão desapareceu.

"Casa comigo?"

Vários tipos de respostas passaram pela minha cabeça, de simples a sarcásticas. Mas tinha uma coisa que sempre seria verdade sobre mim. Eu preferia ações às palavras.

Então, eu a puxei perto e a respondi mais perfeitamente quanto eu podia.

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Enfim, esse é o último! Gostaram? Eu fiquei totalmente surpresa, ela n está grávida! Joe foi um fofo ao arriscar seu sonho por ela e o possível bbê <3 Comentem bastante! A noite eu volto, se tiver 5 comentários eu posto a sinopse da nova fic! Haha1 Bjs, Bruna.

6 comentários:

  1. A terceira temporada de enroscado ainda não lançou?
    Ai a Demi nem ta grávida, e a mae do Joseph finalmente sossegou ne hahahaha
    Adorei a fic, e quero um namorado Joe makkkksnhsjsj

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  2. Muito fofooooo!!!! Simplesmente lindos!!! Ansiosa para a próxima história..... postaaaaaa

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  3. Que fofo, juro que pensei que ela Tava grávida.
    Tem continuação ou acabou por aí msm?

    -Nathalia-

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  4. Eu disse que ela não tava gravida, há! Nsbsjsbjs ameiii

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