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A queda do vaso ecoou pelo saguão por alguns
segundos depois, e cada repercussão pareceu fazer a expressão de
minha mãe contorcer ainda mais.
Eu sempre pensei que eu era muito bom em pensar
com os pés no chão e reagir em situações de crise (e olhando para
a minha mãe, isso definitivamente contava como uma crise). Pela
minha vida, porém, eu não conseguia pensar em uma única coisa a
dizer. Talvez eu estivesse fora de forma, ou talvez ainda não
houvesse sangue suficiente fluindo através do meu cérebro, mas de
qualquer forma uma só palavra passava pela minha mente.
Foda!
E não do jeito que eu tinha em mente.
Felizmente, meu pai, sempre um empresário
composto, acobertou para todos nós.
— Bem, não foi uma bela entrada?
A multidão riu, e eu quase podia sentir o calor
do rubor de Demi daqui. Todo o andar de baixo estava cheio com o que
parecia ser pessoas que eu conhecia, e muitas que eu nunca tinha
visto. E eu não tinha a menor ideia do que eles estavam fazendo
aqui.
Meu pai foi até Demi, e ela parecia enjoada o
suficiente para desmaiar. Ele estava impecável em um terno escuro
que contrastava com seu cabelo acinzentado. Ele pegou a mão dela e
beijou as costas dela. Seus olhos desviaram-se para a mim, surpresa.
Meu pai falou com a voz alta o suficiente para que
todos ouvissem:
— Não se preocupe com isso nem um segundo,
querida. Tenho certeza de que em algum momento de sua vida Joe já
tenha quebrado essa coisa velha e a colado novamente.
Mamãe teria me esfolado. Ela adorava aquele vaso.
Mas as pessoas riram, e a sala coletivamente suspirou de alívio.
Papai era bom para esse tipo de coisa. Ele poderia encantar qualquer
sala de conferências, de qualquer festa, de qualquer seminário. Era
o papel que ele podia fazer.
Papai ajudou a Demi a passar sobre os cacos de
vidro, e que me fez entrar em ação. Fomos um para o outro, mas meu
pai ficou entre nós. Ainda segurando uma de suas mãos, ele me deu
um tapinha no ombro e olhou para a multidão.
— Bem, nós queríamos uma festa de noivado
surpresa, e nós certamente tivemos uma surpresa.
Todo mundo riu de novo. Pai apertou meu
ombro e disse:
— Vocês todos conhecem meu filho, Joe.
Vi alguns tipos de homens de negócios na
multidão – cabelos acinzentados, roupas intactas, gravatas
impecáveis. Com certeza eu não os conhecia. Misturando negócios
com a família, como sempre.
— Ele se formou como primeiro da sua classe, e
sua mãe e eu estávamos prontos para ele ir para Oxford, como todos
os outros homens Jonas.
Aqui vamos nós. Tempo para os
insultos-não-tão-astutos sobre como eu tinha arruinado o nosso
legado da família. — Mas as crianças têm de fazer o seu
próprio caminho, ou eles só fingem crescer. Tenho orgulho de olhar
para ele e ver o homem que ele se tornou.
Eu tentei não bocejar. Minha mãe e eu
conversamos muitas vezes, mas eu não conseguia nem lembrar a última
vez que papai e eu tínhamos realmente conversado. Ele havia ficado
furioso quando eu saí, e certo de que eu tinha arruinado minha vida.
Seria possível que meus pais tinham feito algumas mudanças por si
próprias? Esta nova constatação me tirou o equilíbrio, e de
repente tudo o que eu conseguia pensar era o cheiro de cerveja em
minha boca e o quanto descabelado eu provavelmente parecia.
— Ele nos deixou para fazer o seu próprio
caminho e se mudou para os Estados Unidos, onde ele já conseguiu
tornar-se um professor universitário mesmo com pouca idade.
Tudo bem, então sua historinha foi um pouco
seletiva, considerando que eu não era mais um professor. Mas foi um
elogio, no entanto.
— Ele se tornou um homem bom e já trouxe para
casa esta linda, jovem imprevisível, para se juntar a nossa família.
— Ele se virou para Demi, segurando a mão dela. — Estamos
muito felizes em ter você aqui, Demi. — Então ele se virou para a
multidão. — Estamos felizes em ter todos vocês aqui para
celebrar o noivado com a gente. Por favor, comam, bebam, divirtam-se.
Embora talvez seja melhor manter um olho na decoração. — Ele
piscou, e Demi riu completamente encantada.
Ele me entregou a mão dela, enquanto as pessoas
ao redor da casa batiam palmas, e, em seguida, sem dizer uma palavra
particular para qualquer um de nós, retirou-se para um grupo de
homens de terno.
Eu queria me socar. As pessoas riram e faziam
“aww” de sua apresentação, e eu tinha sido jogado nisso como o
resto deles. Como se eu tivesse dezesseis anos mais uma vez, fiquei
agitado e com raiva e queria sair pela porta.
Já era essa nova constatação.
Ele tinha feito essa festa idiota para
impressionar as pessoas, e ele fez uma festa surpresa para que eu não
pudesse protestar. Apenas uma vez eu gostaria de ver o meu pai tentar
fazer algo importante, sem um público.
Eu coloquei meu rosto em uma expressão vazia e,
em seguida, me concentrei em Demi. Eu dei um beijo em sua têmpora.
Ela me abraçou, e contra o meu peito, eu a ouvi dizer:
— Me Mate. Basta me tirar do meu sofrimento, por
favor.
— E me deixar sofrendo sem você? Nunca.
— Tão egoísta.
— Quando se trata de você? Absolutamente.
Eu já queria apenas levá-la para longe, para
sermos apenas nós dois de novo. Suspirei e olhei em volta. Algumas
pessoas estavam no saguão, outros andavam para outras partes da
casa, rindo e bebendo, e agarrando hors d'oeuvres dos garçons que
passavam.
Eu disse:
— Eu acho que nossas chances de encontrar um
lugar para ficarmos sozinhos ficaram significativamente menores.
Ela olhou para mim e fez uma careta. Ela parecia
tão decepcionada que meu estômago se apertou com o desejo outra
vez.
Só algumas horas. Essa coisa não poderia durar
para sempre.
—Eu sinto muito sobre o vaso. E por fazer essa
cena.
Seu rosto amassado como se ela estivesse prestes a
chorar, e meu método de lidar com as lágrimas na manhã de ontem,
provavelmente não ia dar certo nesta sala cheia de pessoas. Passei a
mão pelos seus cabelos e disse que a única coisa que eu podia.
— Casa comigo?
Seus olhos ficaram tristes.
— Joe, agora não.
Meu coração torceu. Era mais um desses momentos.
— Sim, agora, amor. Casa comigo.
— Ainda? Você sabe, eu só irei continuar a
quebrar as coisas.
— E você sabe que eu vou continuar amando você,
de qualquer jeito. —
Sua carranca se contraiu e eu acrescentei:
—Além do mais... não me casar com você irá
me quebrar.
A carranca se desfez, e ela piscou para conter as
lagrimas de seus olhos.
— A mim, também.
— Está resolvido então. Você está grudada em
mim para sempre.
Ela balançou a cabeça e fez um barulho que
parecia descrença.
Meu maior medo era que algum dia ela iria dar um
jeito de sair fora do nosso relacionamento. Que ela sacudiria a
cabeça e ouviria mais de seus próprios pensamentos venenosos do que
as palavras que saíssem da minha boca.
Eu beijei sua bochecha e sussurrei em seu ouvido:
—Nós somos para sempre. Se você não acredita
em mim, eu vou ter que fazê-la acreditar. Assim que encontrar um
lugar para ficarmos sozinhos.
Eu só peguei um leve rosado em suas bochechas
quando ela olhou para seus pés, mas isso já valia. Depois de um
segundo, ela inclinou a cabeça para trás e gemeu um som que foi
direto por mim.
Ela disse:
— Estou usando jeans.
Eu concordei. Eu amava esses jeans. Eles a
moldavam perfeitamente.
— E pelo que parece, estou em uma sala cheia de
pessoas em vestidos de grife. E você é louco se acha que isso é
apenas um saguão um pouco grande. Há um lustre, cacete.
— Felizmente um que não pode ser derrubado. —
A voz da minha mãe era como uísque, começava suave, mas terminava
com uma queimadura.
— Mãe — Foi o meio caminho entre uma saudação
e um aviso.
— Oi, querido. — Ela se inclinou e beijou
minha bochecha antes de virar para a Demi.
— Mãe, essa é a Demi. Demi, minha mãe.
Ela sorriu.
— Que nome!
Demi entrelaçou seus dedos.
—Hum... obrigada?
O sorriso da minha mãe era todo com lábios
vermelhos, dentes brancos e bondade açucarada. Era a língua afiada
por trás dos dentes que eu estava preocupado.
— Sra. Jonas, — começou Demi — eu sinto
muito sobre o vaso. Eu nem sei como começar a me desculpar.
— Então, não o faça. — Deus, a voz da minha
mãe deve estar listada em listas médicas como “causa de
queimaduras” — Foi apenas um acidente, afinal.
— Sinto muito, muito mesmo, embora. Estou tão
agradecida que você me acolheu em sua casa. É tão bom te conhecer.
E eu estou tão, tão feliz de estar aqui.
— Claro que está. E estamos felizes que o nosso
Joe voltou para casa. E trouxe você, é claro.
— Sim, estou feliz de estar aqui.
— Você já disse isso — Ela virou-se para
mim, então. —Ela é muito doce, Joe. Ela apenas está compensando
a falta de jeito? Ou algo pior?
E assim começa.
Eu ri como se ela estivesse brincando. Porque é
assim que você tem que lidar com a minha mãe. Ela quer uma reação,
e humor é a mais segura. Fiquei rindo, e depois de alguns momentos,
o riso desconfortável de Demi se juntou ao meu.
Mudei o assunto antes que minha mãe pudesse
apontar que ela não estava, de fato, brincando.
— Mãe, esta festa foi ideia sua?
Ela me deu um olhar antes de rolar os olhos para o
pai.
— Seu pai queria ter certeza de que você e sua
noiva tivessem a melhor recepção possível.
Leia-se: Ele queria aproveitar a oportunidade para
se mostrar. A "melhor recepção possível" era apenas uma
maneira. E apesar de minha mãe certamente ter seus problemas, eu a
amava por não fingir que aceitava isso.
— Certo. Obrigada por isso.
Ela deu uma única risada solitária e tomou um
longo gole de seu champanhe. Minha mãe odiava eventos como este.
Acho que era pelo menos uma coisa que ela e Demi tinham em comum.
Eu vi Demi remexendo em sua camisa e mudando seus
pés.
— Mãe, você poderia nos dar licença por um
momento? Uma vez que tínhamos sido avisados, não estamos
completamente vestidos para uma festa. Vamos trocar de roupa e, em
seguida, voltar aqui.
— Claro querido. Isso é definitivamente uma boa
ideia. Apenas um traje ocasional de festa vai estar bom.
À medida que se virou para pegar nossa bagagem,
Demi disse:
— Em que mundo isso é casual?
Meu mundo, infelizmente. Ou o meu antigo de
qualquer maneira.
Peguei a bolsa para ela e disse:
— Nós ficaremos lá em cima. Estou bem atrás
de você.
Eu não tinha que lhe dizer duas vezes. Na
velocidade que ela foi, eu tenho certeza que ela estava tentada a
subir dois degraus de cada vez.
Eu a direcionei para o meu antigo quarto. Ela
passou através da porta, e não parou até que ela tinha se jogado
de bruços na cama com um gemido.
— Eu nunca vou voltar para lá. Eu vou sair pela
janela.
Eu só coloquei nossa bagagem dentro do quarto, e,
em seguida, fechei a porta atrás de mim. Sentei-me ao lado dela e
coloquei a mão nas costas dela.
— Olhe para o lado positivo, temos algum tempo
sozinhos, afinal.
Ela se virou, colocando-se mais longe de mim.
— Desculpe, mas eu não estou exatamente no
clima mais.
Eu estremeci.
— Demi, Eu...
Ela empurrou-se para cima e para fora da cama e
começou a andar.
— Por que não me disse que ela ia me odiar? Por
que me dizer de novo e de novo que eu estava me preocupando a toa,
quando eu claramente não estava?
— Eu não quero que você se preocupe. Eu pensei
que as coisas iriam correr mais suavemente, se você estivesse
calma.
— Você me conhece? Suave não é uma opção
para mim. Se você está procurando por suave, talvez você devesse
procurar em outro lugar.
No meio do caminho, eu a peguei pelos cotovelos e
a fiz me enfrentar.
— Não faça isso. Não me empurre para longe.
Ela cobriu as mãos dela e respirou fundo.
— Sinto muito. Foi sem intenção. Eu só... eu
não esperava que fosse assim.
— O que significa isso?
Ela balançou a cabeça, e deixou cair às mãos
para olhar para o teto em seu lugar.
— Nada. É… nada.
Ela se afastou e foi para a sua mala. Ela foi para
colocá-la em cima da cama, tomou um longo olhar para a roupa de cama
branca, e, em seguida, a colocou no chão.
— Demi, fale comigo.
— Você acha que isso é bom? É o melhor que eu
tenho. — Ela se levantou, puxando um simples vestido de
algodão azul de sua mala.
— Demi, você pode usar o que quiser lá. Eu só
disse que íamos nos trocar para nos dar uma folga
— Certo. Talvez eu possa encontrar algumas jóias
decentes. Apenas me dê alguns minutos. — Ela tirou o vestido e
alguns outros itens, e desapareceu no banheiro. A porta se fechou
atrás dela com um clique, e foi a minha vez de me jogar de volta na
minha cama.
Olhei para o teto e amaldiçoei sob a minha
respiração.
Acho que todos os meus medos estão justificados.
~
Oi, pessoas! Tudo bom? Eu vou bem... Gostaram do capítulo? Haha' Deve estar perfeito como sempre! Gostaria de falar que já decidimos qual será a próxima fanfic e eu sei que vcs vão amar! Outra coisinha, as visualizações do blog diminuíram bastante... Vcs estão gostando da história? Por favor, me digam! E comentem :p Agr vou indo... Não esqueçam de me responder! Beijos, Bruna.
Demi vai enlouquecer agora, surtar pra mãe do Joe gostar dela ne? Hahaha Isso vai acabar com eles, essa veia do carai kkkkk
ResponderExcluirTo com dó da demi ! :'( posta nais por favor. Bem q a demi podia dar uma sambada na mae do joe !
ResponderExcluirTadinha da Demu gentee..
ResponderExcluiressa Denise e uma cobra...
posta maais *-*
Eitaa! Sjbsksjs que mulher grossa!!
ResponderExcluirMeu deus, que vontade de dar um casete nessa veía k k
ResponderExcluirtadinha da Demi
-Nathalia-