7.10.14

Keeping Her - Capitulo 2


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DEMI

Nossa manhã no chuveiro virou uma manhã de volta para cama, e aquele homem milagroso amava cada grama do meu estressado corpo. Sério. Eu acho que a sua língua tinha algum tipo de habilidade especial para derreter os meus ossos, porque eu me senti tão relaxada que eu virei praticamente líquido. Apenas me chame de Alex Mack*.  

— Senhor Jonas, essa foi uma ótima resposta para a minha pergunta.

Seus dedos fizeram cócegas na parte de trás do meu joelho e sua boca se moveu preguiçosamente pelo meu ombro. Eu tremia quando ele disse:

— Qual foi a pergunta mesmo? — A mão no meu joelho arrastou até a pele sensível no interior da minha coxa — Eu me distraí.

*Alex Mack é uma personagem de seriado infantil que tinha poderes e virava uma poça de água, por isso podia entrar em qualquer lugar que ninguém mais conseguia.

Eu engoli.

Ele me distraia tão bem.

— Eu perguntei se você era feliz.

Suas mãos continuaram subindo até que seu toque fez minhas costas curvarem e minha cabeça cair pra trás. 

— Certo. Essa foi uma pergunta estúpida. 

Eu queria acerta-lo, mas eu tive uma surpreendente falta de controle sobre os meus membros graças as suas concentradas conferidas.

— Não é estúpida, — eu disse através de dentes cerrados — Eu não posso ler sua mente. Às vezes eu só preciso ouvi-lo.

Ele se inclinou sobre mim, seu cabelo despenteado, mas seus olhos pensativos.  — E eu sou ruim em dizê-lo.

— Só ás vezes. 

Ou às vezes eu só precisava ouvir mais. Eu disse a mim mesma que eu estava sendo estúpida, mas odiar minhas inseguranças não as faria ir embora. 

Ele mudou de posição para cima de mim e se estabeleceu no ponto crucial de minhas coxas. Ainda sensível da nossa última vez, eu gemi quando seu corpo pressionou o meu.

— Nesse caso, você deve saber que cada vez que eu faço isso - seus quadris se mexeram — Estou incrivelmente feliz.

De alguma forma, através de toda essa sensação eu consegui rolar os olhos.

 — Estamos falando de dois tipos diferentes de felicidade.

Ele balançou a cabeça e baixou os lábios ao meu ouvido. 

— Há apenas um tipo. Se eu estou dentro de você ou deitado ao seu lado ou tocando seu cabelo ou ouvindo você rir, tudo isso significa a mesma coisa. Se eu estou com você, eu estou feliz. 

Deus, ele era bom. Em tudo.

Ele atingiu um ponto sensível dentro de mim, e a palavra “bom” saiu de minha boca por acidente.

Ele riu maliciosamente.

— Você está me classificando? Eu pensei que eu era o professor aqui.

Eu puxei sua boca para a minha para calá-lo, e, em seguida, envolvi minhas pernas em volta de sua cintura.

— Eu não estou classificando você. Seu ego já é grande o suficiente.

Ele riu e continuou a me distrair durante a manhã e boa parte da tarde.

Funcionou por um tempo, ok, talvez um longo tempo. Mas quando embarcamos no vôo tarde daquela noite, nenhuma quantidade de flertes ou toques ou sussurros em meu ouvido poderia desligar minha mente da multiplicidade de possíveis desastres que me aguardavam em Londres.

Eu não sabia quase nada sobre sua família. Exceto que a mãe dele me assustava. Ela me assustava por procuração, apenas com base na expressão no rosto de Joe, enquanto ele falava com ela ao telefone, e o som de sua voz saia do telefone. Quando eu via o seu nome no identificador de chamadas, era como ver a Marca Negra pairando sobre o meu apartamento.

E se ela desse uma olhada em mim e confirmasse o que eu já sabia ser verdade?  Que o Joe era bom demais para mim.

Não me entenda mal. Eu não estava me afogando em autopiedade, por que. . . oláaa, eu estou com o cara. Não estou reclamando. Mas tenho consciência que ele poderia ter alguém mais bonita ou mais alta ou com cabelos menos crespos.

Mas ele estava comigo. Contanto que eu não estragasse tudo, é claro.

E Deus sabia como eu era boa em estragar as coisas.

Então eu sentei no meu lugar no avião, todos os outros ao meu redor dormiam, incluindo Joe, e eu estava louca de preocupação.

Se o peso do meu estresse fosse real, não haveria nenhuma maneira deste avião ter ficado no ar. Começaríamos caindo e girando e, em seguida, alguma alma corajosa me jogaria pela porta lateral para o bem de todos e gritaria, "Aliviando!", enquanto eu cairia para a minha morte.

Isso era outra coisa que poderia dar errado. Eu poderia cair para a morte nas escadas da casa de Joe. Espere. . . eles têm escadas? Eu deveria tê-lo feito detalhar tudo para mim. Talvez eu devesse acordá-lo e perguntar agora sobre as escadas. E para uma descrição de toda a casa. E sobre o passado de seus pais e de todos que ele já conhecera. Talvez ele pudesse continuar a falar, para que eu pudesse parar de ouvir meus próprios pensamentos.

Levantei a minha mão em sua direção para acordá-lo, mas, em seguida, trouxe a mesma mão de volta para bater contra minha testa.

Sério, Demi. Acalme-se. 

Esse foi o meu mantra para o resto da viagem. Eu repeti isso na minha cabeça (e, possivelmente, em voz alta), enquanto pressionava minha testa contra o vidro frio da janela do avião, e tentava dormir um pouco.

O mantra funcionou tanto quanto as minhas tentativas de dormir.  Apreensiva, me mudei para ficar entre a janela, a bandeja do encosto e o ombro de Joe, tentando encontrar um lugar para inclinar minha cabeça que não ficasse terrivelmente desconfortável. Eu não entendo como eu poderia dormir no ombro de Joe a qualquer hora em casa, e agora quando era a minha melhor opção para o sono, era como tentar descansar minha cabeça em um travesseiro de cacos de vidro coberto de formigas cheias de antraz.

Eu tinha voltado para a bandeja do encosto, dobrando-me mais sobre ele, quando Joe se sentou e soltou o cinto de segurança.

Eu o acordei.

Namorada falhou.

— Sinto muito —, eu sussurrei.

Ele chegou entre mim e meu atual local de descanso, encontrou o fecho de metal do meu cinto de segurança, e o abriu.

— O que você está fazendo? — Perguntei.

Ele nem sequer falou, apenas fez um gesto com a mão para eu me levantar.

Eu me atrapalhei para guardar a bandeja e ficar de pé no pouco espaço. Minha cabeça esticou para o lado para caber sob os bagageiros, e ele puxou o braço da cadeira e deslizou para o meu lugar. Com as mãos na minha cintura, ele me colocou em seu antigo lugar, e então ele se virou para mim e apoiou as costas contra a janela. Ele abriu os braços para mim com um meio sorriso sonolento, e eu caí com gratidão em seus braços. Com minha cabeça em cima de seu peito, eu suspirei de alívio.

— Melhor? — Ele perguntou com a voz rouca de sono. 

— Perfeito.

Seus lábios roçaram na minha têmpora, e então dormir era quase tão irresistível quanto ele era. 

*  *  *

Eu acordei algumas horas mais tarde encontrando luz espreitando através das janelas de avião. Duas mulheres estavam sussurrando calmamente algumas fileiras atrás de nós com um ritmo de sotaque familiar. E ai me bateu. Estávamos quase em Londres.

Eu estaria em Londres.

Deus, todos os meses vendo fotos de Kelsey e ouvindo sobre suas viagens, e eu estava louca de ciúmes. E agora era a minha vez.

Eu queria atravessar as lacunas na estação de metro, comer peixe e batatas e tentar fazer os guardas da Rainha rir. Eu queria ver o relógio Big Ben, o teatro Globe, a Ponte de Londres e a dama Judi Dench. Ou Maggie Smith. Ou Alan Rickman. Ou Sir Ian McKellen. Ou alguém famoso e britânico, de verdade.

Caramba. Isso estava mesmo acontecendo.

E eu não era apenas um turista. Eu estava visitando com alguém que cresceu na cidade. Com meu noivo. 

Toma isso, mundo!

— Você parece mais feliz. 

Eu tirei minha cabeça para longe da janela para encontrar Joe acordado e olhando para mim. Eu dei um pequeno grito e me joguei nele. Juntei nossas bocas, e por um momento ele ficou imóvel e chocado abaixo de mim. Em seguida, ele fechou os olhos, colocou a mão em concha atrás do meu pescoço e me beijou tão profundamente que eu quase me esqueci de Londres. Quase.

Eu me afastei, rindo, e ele disse:

 — Não é que eu nunca vá reclamar sobre momentos como esse, mas o que deu em você? Você está atrasada se o seu objetivo era se juntar ao “Clube das Alturas”*.

Eu bati no seu ombro, brincando, e, em seguida, dei outro beijo rápido na sua boca, porque eu não pude resistir. Eu disse:

— Você é Inglês.

Ele sorriu e piscou algumas vezes. 

— Sim. Sim, eu sou. 

— E nós estamos a ponto de estar na Inglaterra.

Ele balançou a cabeça lentamente, e eu sabia que eu parecia louca, mas eu não me importei.

*(No original “Mile High Club” é um como os americanos chamam quem se aventura a fazer sexo no avião).

— Sim. Nós estivemos planejando essa visita por um mês.

— Eu sei. . . Eu só. . . não tinha caído a ficha até agora que estamos em Londres. Ou prestes a estar, afinal. Estive me preocupando tanto com a sua mãe que eu realmente não tinha pensado nisso. Eu estou indo para Londres! Uhuu!

Ele deu uma risadinha e passou os dedos em meus lábios para me acalmar. Certo.  Tem pessoas dormindo. Então, como se não pudesse contê-lo, ele riu mais alto, ignorando completamente o seu próprio aviso para ficar quieto.

— O que é tão engraçado? —, Perguntei.

Lentamente, sufocando seu riso, ele usou a mão que estava em volta do meu pescoço para puxar a minha testa contra a dele. Nossos lábios quase roçaram quando ele disse: 

— Você me faz feliz. — Sorri em aprovação, e ele acrescentou — Casa comigo?

Meu coração deu piruetas, como as minhas panquecas de hoje de manhã deveriam ter feito. 

— Você já me perguntou isso, e eu já disse que sim.

— Eu sei.  Embora não seja justo que eu só possa perguntar uma vez. 

Derretendo. Derretendo muito. 

Eu alcancei e passei meus dedos ao longo de sua mandíbula. Ele não tinha raspado há poucos dias, então o cabelo era áspero e masculino e incrivelmente sexy.  Ele fechou os olhos e inclinou-se em minha mão da mesma maneira que Hamlet faz quando todo mundo, menos eu, está brincando com ela. Gata estúpida.

Eu disse:

— Sim. A resposta sempre será sim.

Ele pegou minha mão de sua mandíbula e roçou os lábios pelos meus dedos. Minhas entranhas ficaram tão pegajosas como o pequeno almoço quase congelado que aeromoças ofereceram. Ele beijou o anel no meu terceiro dedo, e quem sabia que o anel de noivado era uma zona erógena?

— Eu vou ficar te lembrando disso.  Eu sei o quanto você ama sotaques, e eu vou ter muito mais competição nessa área aqui.

Eu ri.

— Eu ainda não tinha pensado nisso! Basta pensar, um país cheio de homens britânicos! Eu poderia...

 Ele me puxou para frente e me calou na minha maneira favorita.

— Isso não é engraçado —, ele disse — já é ruim o bastante ter que dividir você com a minha família.

Ugh. Eu iria ignorar aquela coisa toda de família. Eu tinha dado uma de Debbie Downer* suficiente para durar o resto da viagem. 

— Lembra aquela época quando nós conhecemos você disse que não era do tipo ciumento? Lembra-se da época daquela grande mentira? 

Ah bem. O ciúme fica bem nele. 

— Não era uma mentira. Eu só não tinha conhecido ninguém de que valesse a pena sentir ciúmes antes de você. 

Eu deslizei meus braços em sua cintura.

— Todos os homens britânicos são tão fala mansa? 

— Não. Só eu.

— E o James Bond. 

— Sim. Claro.

— Certo. Desde que o James é um personagem fictício, eu terei que ficar com você. 

— Você não poderia se livrar de mim nem se tentasse. 

— Eu não estou tentando.

*(Debbie Downer é uma personagem fictícia do programa “Saturday Night Live” conhecida por sempre dar noticia ruim quando está reunida, além de atrapalhar o humor de quem está por perto).

A aeromoça me deu um tapinha no ombro e nós pediu por favor para nos prepararmos para o pouso. Imaginei que o que ela realmente quis dizer foi para eu parar de molestar meu namorado em público.

Deus! Essas companhias aéreas. Mesquinhas com seus amendoins e diversão.

Eu não sentia muito, mas eu corei mesmo assim, porque essa é a única coisa em que meu corpo traidor era bom. Eu olhei pra frente, mas notei uma mulher sentada do outro lado do corredor olhando para nós. Ela tinha o cotovelo no braço da cadeira e o rosto apoiado na mão, olhando boquiaberta para nós como se fossemos seu entretenimento durante o vôo. Meu pequeno rubor se espalhou como um incêndio em todo o meu rosto e no meu pescoço.

Talvez nós estivéssemos fazendo uma cena e tanto. 

Joe parecia não se importar com a atenção, com o peito mexendo com uma risada silenciosa. Sacudi seu braço, e tentei ignorar a mulher, que ainda estava olhando.

Joe disse de novo:

— Casa comigo.

Eu ouvi a mulher dizer “aaaawww” perto de nós, e juro por Deus que eu estava esperando ela pegar um pacote de pipoca ou algo parecido. 

Eu sacudi seu braço de novo e ele só riu. Eu inclinei minha cabeça de volta no acento enquanto o avião estava diminuindo a velocidade e descendo e tentei controlar meu rubor. 

Joe ficou convencido ao meu lado enquanto nós pousávamos e íamos o até o portão. Fiquei feliz que estávamos perto da frente do avião, para que pudéssemos pegar nossas coisas e ficar longe de nosso público. Eu puxei minha bolsa sob o assento na frente de mim, e sai correndo.

— Espera — a mulher disse — você não vai responder para ele?

Joe riu e acrescentou: 

— Isso, você não vai me responder?

Meu queixo caiu e eu escorregava como, bem, como um linguado.

Ele realmente vai me obrigar a fazer isso com a mulher assistindo. E agora que ela disse algo, alguns outros estavam prestando atenção, também. Eu pressionei meus lábios, e olhei para ele. Como atriz, eu deveria ser melhor em lidar com a atenção, mas era diferente quando eu estava interpretando um papel. Eu tenho que desligar o meu cérebro e pensar como outra pessoa.

Relutantemente, eu disse:

— Sim. 

— Amor, o que você disse? Eu não consegui te ouvir direito.  — Rolei os olhos sugestivamente.

— Eu disse sim.

O Joe se virou para todas as pessoas ao nosso redor e praticamente gritou:

— Ela disse sim!

Aos poucos, a cabine irrompeu em aplausos, e eu lancei um olhar pra ele que uma parte dizia “vou matar você” e três partes diziam “me tira daqui agora”.

Joe aceitou os aplausos com um sorriso encantador, enquanto eu olhava envolta, provavelmente um pouco mais atraente do que um rabanete. Eu me virei para fugir e tropecei em alguma coisa. Eu realmente não podia ver nada, mas eu juro que havia algo.

Sai apressada do avião e resisti ao impulso de correr para baixo da passarela até no terminal. Joe me alcançou assim que eu passei pela porta, e enrolou um braço em volta do meu pescoço.

— Sabe que eu amo quando você fica vermelha.

— E você sabe que eu odeio.

— Me lembra do seu rosto na segunda vez que a gente se encontrou aquela manhã na sala de aula. O momento mais inapropriado para se estar excitado, mas você tem um rubor do tipo que não tem como fugir. Meu corpo não teve muita escolha. 

Ele só estava dizendo isso para me fazer corar mais. Você pensaria que eu estaria um pouco mais à vontade para falar sobre sexo, agora que eu já fiz tudo. Você também achou que na minha idade eu seria capaz de introduzir com sucesso um canudo na caixinha de suco Capri Sun. Estava dois a zero para o caixinha. 

Então eu o deixei aproveitar o meu constrangimento. E eu gostei da forma como ele estava pressionado contra mim de lado. Troca justa.

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Oi oi! Td bem? Comigo ta td bem sim! Gostaram do capítulo? Comentem! Quanto mais rápido vcs comentarem, mais rápido terão capítulos hehe' Vou indo agora... Beijos, Bruna.

7 comentários:

  1. Que fofo ♥ to amando
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    -Nathalia-

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  2. que lindo <3 continuaaaa

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  3. hahaha joe envergonhado a Demi ♥
    Vish, essa mãe do Joseph promete ne?

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  4. Ahhh como vc para ae ? Ameeeei pode postar ta !

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  5. Perfeitoooooo...Posta logooooooooooooooooooooooo pleaseeeeeeeeeeeee

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  6. Heeyy.
    Estou amandoo,
    Ansiosa para o encontro com a familiaa.
    Beijoo

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