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Nossa manhã no chuveiro virou uma manhã de volta
para cama, e aquele homem milagroso amava cada grama do meu
estressado corpo. Sério. Eu acho que a sua língua tinha algum tipo
de habilidade especial para derreter os meus ossos, porque eu me
senti tão relaxada que eu virei praticamente líquido. Apenas me
chame de Alex Mack*.
— Senhor Jonas, essa foi uma ótima resposta
para a minha pergunta.
Seus dedos fizeram cócegas na parte de trás do
meu joelho e sua boca se moveu preguiçosamente pelo meu ombro. Eu
tremia quando ele disse:
— Qual foi a pergunta mesmo? — A mão no meu
joelho arrastou até a pele sensível no interior da minha coxa —
Eu me distraí.
*Alex Mack é uma personagem
de seriado infantil que tinha poderes e virava uma poça de água,
por isso podia entrar em qualquer lugar que ninguém mais conseguia.
Eu engoli.
Ele me distraia tão bem.
— Eu perguntei se você era feliz.
Suas mãos continuaram subindo até que seu toque
fez minhas costas curvarem e minha cabeça cair pra trás.
— Certo. Essa foi uma pergunta estúpida.
Eu queria acerta-lo, mas eu tive uma
surpreendente falta de controle sobre os meus membros graças as suas
concentradas conferidas.
— Não é estúpida, — eu disse através de
dentes cerrados — Eu não posso ler sua mente. Às vezes eu só
preciso ouvi-lo.
Ele se inclinou sobre mim, seu cabelo despenteado,
mas seus olhos pensativos. — E eu sou ruim em dizê-lo.
— Só ás vezes.
Ou às vezes eu só precisava ouvir mais. Eu disse
a mim mesma que eu estava sendo estúpida, mas odiar minhas
inseguranças não as faria ir embora.
Ele mudou de posição para cima de mim e se
estabeleceu no ponto crucial de minhas coxas. Ainda sensível da
nossa última vez, eu gemi quando seu corpo pressionou o meu.
— Nesse caso, você deve saber que cada vez que
eu faço isso - seus quadris se mexeram — Estou incrivelmente
feliz.
De alguma forma, através de toda essa sensação
eu consegui rolar os olhos.
— Estamos falando de dois tipos diferentes
de felicidade.
Ele balançou a cabeça e baixou os lábios ao meu
ouvido.
— Há apenas um tipo. Se eu estou dentro de você
ou deitado ao seu lado ou tocando seu cabelo ou ouvindo você rir,
tudo isso significa a mesma coisa. Se eu estou com você, eu estou
feliz.
Deus, ele era bom. Em tudo.
Ele atingiu um ponto sensível dentro de mim, e a
palavra “bom” saiu de minha boca por acidente.
Ele riu maliciosamente.
— Você está me classificando? Eu pensei que eu
era o professor aqui.
Eu puxei sua boca para a minha para calá-lo, e,
em seguida, envolvi minhas pernas em volta de sua cintura.
— Eu não estou classificando você. Seu ego já
é grande o suficiente.
Ele riu e continuou a me distrair durante a manhã
e boa parte da tarde.
Funcionou por um tempo, ok, talvez um longo tempo.
Mas quando embarcamos no vôo tarde daquela noite, nenhuma quantidade
de flertes ou toques ou sussurros em meu ouvido poderia desligar
minha mente da multiplicidade de possíveis desastres que me
aguardavam em Londres.
Eu não sabia quase nada sobre sua família.
Exceto que a mãe dele me assustava. Ela me assustava por procuração,
apenas com base na expressão no rosto de Joe, enquanto ele falava
com ela ao telefone, e o som de sua voz saia do telefone. Quando eu
via o seu nome no identificador de chamadas, era como ver a Marca
Negra pairando sobre o meu apartamento.
E se ela desse uma olhada em mim e confirmasse o
que eu já sabia ser verdade? Que o Joe era bom demais para
mim.
Não me entenda mal. Eu não estava me afogando em
autopiedade, por que. . . oláaa, eu estou com o cara. Não estou
reclamando. Mas tenho consciência que ele poderia ter alguém mais
bonita ou mais alta ou com cabelos menos crespos.
Mas ele estava comigo. Contanto que eu não
estragasse tudo, é claro.
E Deus sabia como eu era boa em estragar as
coisas.
Então eu sentei no meu lugar no avião, todos os
outros ao meu redor dormiam, incluindo Joe, e eu estava louca de
preocupação.
Se o peso do meu estresse fosse real, não haveria
nenhuma maneira deste avião ter ficado no ar. Começaríamos caindo
e girando e, em seguida, alguma alma corajosa me jogaria pela porta
lateral para o bem de todos e gritaria, "Aliviando!",
enquanto eu cairia para a minha morte.
Isso era outra coisa que poderia dar errado. Eu
poderia cair para a morte nas escadas da casa de Joe. Espere. . .
eles têm escadas? Eu deveria tê-lo feito detalhar tudo para mim.
Talvez eu devesse acordá-lo e perguntar agora sobre as escadas. E
para uma descrição de toda a casa. E sobre o passado de seus pais e
de todos que ele já conhecera. Talvez ele pudesse continuar a falar,
para que eu pudesse parar de ouvir meus próprios pensamentos.
Levantei a minha mão em sua direção para
acordá-lo, mas, em seguida, trouxe a mesma mão de volta para bater
contra minha testa.
Sério, Demi. Acalme-se.
Esse foi o meu mantra para o resto da viagem. Eu
repeti isso na minha cabeça (e, possivelmente, em voz alta),
enquanto pressionava minha testa contra o vidro frio da janela do
avião, e tentava dormir um pouco.
O mantra funcionou tanto quanto as minhas
tentativas de dormir. Apreensiva, me mudei para ficar entre a
janela, a bandeja do encosto e o ombro de Joe, tentando encontrar um
lugar para inclinar minha cabeça que não ficasse terrivelmente
desconfortável. Eu não entendo como eu poderia dormir no ombro de
Joe a qualquer hora em casa, e agora quando era a minha melhor opção
para o sono, era como tentar descansar minha cabeça em um
travesseiro de cacos de vidro coberto de formigas cheias de antraz.
Eu tinha voltado para a bandeja do encosto,
dobrando-me mais sobre ele, quando Joe se sentou e soltou o cinto de
segurança.
Eu o acordei.
Namorada falhou.
— Sinto muito —, eu sussurrei.
Ele chegou entre mim e meu atual local de
descanso, encontrou o fecho de metal do meu cinto de segurança, e o
abriu.
— O que você está fazendo? — Perguntei.
Ele nem sequer falou, apenas fez um gesto com a
mão para eu me levantar.
Eu me atrapalhei para guardar a bandeja e ficar de
pé no pouco espaço. Minha cabeça esticou para o lado para caber
sob os bagageiros, e ele puxou o braço da cadeira e deslizou para o
meu lugar. Com as mãos na minha cintura, ele me colocou em seu
antigo lugar, e então ele se virou para mim e apoiou as costas
contra a janela. Ele abriu os braços para mim com um meio sorriso
sonolento, e eu caí com gratidão em seus braços. Com minha cabeça
em cima de seu peito, eu suspirei de alívio.
— Melhor? — Ele perguntou com a voz rouca de
sono.
— Perfeito.
Seus lábios roçaram na minha têmpora, e então
dormir era quase tão irresistível quanto ele era.
* * *
Eu acordei algumas horas mais tarde encontrando
luz espreitando através das janelas de avião. Duas mulheres estavam
sussurrando calmamente algumas fileiras atrás de nós com um ritmo
de sotaque familiar. E ai me bateu. Estávamos quase em Londres.
Eu estaria em Londres.
Deus, todos os meses vendo fotos de Kelsey e
ouvindo sobre suas viagens, e eu estava louca de ciúmes. E agora era
a minha vez.
Eu queria atravessar as lacunas na estação de
metro, comer peixe e batatas e tentar fazer os guardas da Rainha rir.
Eu queria ver o relógio Big Ben, o teatro Globe, a Ponte de Londres
e a dama Judi Dench. Ou Maggie Smith. Ou Alan Rickman. Ou Sir Ian
McKellen. Ou alguém famoso e britânico, de verdade.
Caramba. Isso estava mesmo acontecendo.
E eu não era apenas um turista. Eu estava
visitando com alguém que cresceu na cidade. Com meu noivo.
Toma isso, mundo!
— Você parece mais feliz.
Eu tirei minha cabeça para longe da janela para
encontrar Joe acordado e olhando para mim. Eu dei um pequeno grito e
me joguei nele. Juntei nossas bocas, e por um momento ele ficou
imóvel e chocado abaixo de mim. Em seguida, ele fechou os olhos,
colocou a mão em concha atrás do meu pescoço e me beijou tão
profundamente que eu quase me esqueci de Londres. Quase.
Eu me afastei, rindo, e ele disse:
— Não é que eu nunca vá reclamar sobre
momentos como esse, mas o que deu em você? Você está atrasada se o
seu objetivo era se juntar ao “Clube das Alturas”*.
Eu bati no seu ombro, brincando, e, em seguida,
dei outro beijo rápido na sua boca, porque eu não pude resistir. Eu
disse:
— Você é Inglês.
Ele sorriu e piscou algumas vezes.
— Sim. Sim, eu sou.
— E nós estamos a ponto de estar na Inglaterra.
Ele balançou a cabeça lentamente, e eu sabia que
eu parecia louca, mas eu não me importei.
*(No original “Mile High
Club” é um como os americanos chamam quem se aventura a fazer sexo
no avião).
— Sim. Nós estivemos planejando essa visita por
um mês.
— Eu sei. . . Eu só. . . não tinha caído a
ficha até agora que estamos em Londres. Ou prestes a estar, afinal.
Estive me preocupando tanto com a sua mãe que eu realmente não
tinha pensado nisso. Eu estou indo para Londres! Uhuu!
Ele deu uma risadinha e passou os dedos em meus
lábios para me acalmar. Certo. Tem pessoas dormindo. Então,
como se não pudesse contê-lo, ele riu mais alto, ignorando
completamente o seu próprio aviso para ficar quieto.
— O que é tão engraçado? —, Perguntei.
Lentamente, sufocando seu riso, ele usou a mão
que estava em volta do meu pescoço para puxar a minha testa contra a
dele. Nossos lábios quase roçaram quando ele disse:
— Você me faz feliz. — Sorri em aprovação,
e ele acrescentou — Casa comigo?
Meu coração deu piruetas, como as minhas
panquecas de hoje de manhã deveriam ter feito.
— Você já me perguntou isso, e eu já disse
que sim.
— Eu sei. Embora não seja justo que eu só
possa perguntar uma vez.
Derretendo. Derretendo muito.
Eu alcancei e passei meus dedos ao longo de sua
mandíbula. Ele não tinha raspado há poucos dias, então o cabelo
era áspero e masculino e incrivelmente sexy. Ele fechou os
olhos e inclinou-se em minha mão da mesma maneira que Hamlet faz
quando todo mundo, menos eu, está brincando com ela. Gata estúpida.
Eu disse:
— Sim. A resposta sempre será sim.
Ele pegou minha mão de sua mandíbula e roçou os
lábios pelos meus dedos. Minhas entranhas ficaram tão pegajosas
como o pequeno almoço quase congelado que aeromoças ofereceram. Ele
beijou o anel no meu terceiro dedo, e quem sabia que o anel de
noivado era uma zona erógena?
— Eu vou ficar te lembrando disso. Eu sei
o quanto você ama sotaques, e eu vou ter muito mais competição
nessa área aqui.
Eu ri.
— Eu ainda não tinha pensado nisso! Basta
pensar, um país cheio de homens britânicos! Eu poderia...
Ele me puxou para frente e me calou na minha
maneira favorita.
— Isso não é engraçado —, ele disse — já
é ruim o bastante ter que dividir você com a minha família.
Ugh. Eu iria ignorar aquela coisa toda de família.
Eu tinha dado uma de Debbie Downer* suficiente para durar o resto da
viagem.
— Lembra aquela época quando nós conhecemos
você disse que não era do tipo ciumento? Lembra-se da época
daquela grande mentira?
Ah bem. O ciúme fica bem nele.
— Não era uma mentira. Eu só não tinha
conhecido ninguém de que valesse a pena sentir ciúmes antes de
você.
Eu deslizei meus braços em sua cintura.
— Todos os homens britânicos são tão fala
mansa?
— Não. Só eu.
— E o James Bond.
— Sim. Claro.
— Certo. Desde que o James é um personagem
fictício, eu terei que ficar com você.
— Você não poderia se livrar de mim nem se
tentasse.
— Eu não estou tentando.
*(Debbie Downer é uma
personagem fictícia do programa “Saturday Night Live” conhecida
por sempre dar noticia ruim quando está reunida, além de atrapalhar
o humor de quem está por perto).
A aeromoça me deu um tapinha no ombro e nós
pediu por favor para nos prepararmos para o pouso. Imaginei que o que
ela realmente quis dizer foi para eu parar de molestar meu namorado
em público.
Deus! Essas companhias aéreas. Mesquinhas com
seus amendoins e diversão.
Eu não sentia muito, mas eu corei mesmo assim,
porque essa é a única coisa em que meu corpo traidor era bom. Eu
olhei pra frente, mas notei uma mulher sentada do outro lado do
corredor olhando para nós. Ela tinha o cotovelo no braço da cadeira
e o rosto apoiado na mão, olhando boquiaberta para nós como se
fossemos seu entretenimento durante o vôo. Meu pequeno rubor se
espalhou como um incêndio em todo o meu rosto e no meu pescoço.
Talvez nós estivéssemos fazendo uma cena e
tanto.
Joe parecia não se importar com a atenção, com
o peito mexendo com uma risada silenciosa. Sacudi seu braço, e
tentei ignorar a mulher, que ainda estava olhando.
Joe disse de novo:
— Casa comigo.
Eu ouvi a mulher dizer “aaaawww” perto de nós,
e juro por Deus que eu estava esperando ela pegar um pacote de pipoca
ou algo parecido.
Eu sacudi seu braço de novo e ele só riu. Eu
inclinei minha cabeça de volta no acento enquanto o avião estava
diminuindo a velocidade e descendo e tentei controlar meu rubor.
Joe ficou convencido ao meu lado enquanto nós
pousávamos e íamos o até o portão. Fiquei feliz que estávamos
perto da frente do avião, para que pudéssemos pegar nossas coisas e
ficar longe de nosso público. Eu puxei minha bolsa sob o assento na
frente de mim, e sai correndo.
— Espera — a mulher disse — você não vai
responder para ele?
Joe riu e acrescentou:
— Isso, você não vai me responder?
Meu queixo caiu e eu escorregava como, bem, como
um linguado.
Ele realmente vai me obrigar a fazer isso com a
mulher assistindo. E agora que ela disse algo, alguns outros estavam
prestando atenção, também. Eu pressionei meus lábios, e olhei
para ele. Como atriz, eu deveria ser melhor em lidar com a atenção,
mas era diferente quando eu estava interpretando um papel. Eu tenho
que desligar o meu cérebro e pensar como outra pessoa.
Relutantemente, eu disse:
— Sim.
— Amor, o que você disse? Eu não consegui te
ouvir direito. — Rolei os olhos sugestivamente.
— Eu disse sim.
O Joe se virou para todas as pessoas ao nosso
redor e praticamente gritou:
— Ela disse sim!
Aos poucos, a cabine irrompeu em aplausos, e eu
lancei um olhar pra ele que uma parte dizia “vou matar você” e
três partes diziam “me tira daqui agora”.
Joe aceitou os aplausos com um sorriso encantador,
enquanto eu olhava envolta, provavelmente um pouco mais atraente do
que um rabanete. Eu me virei para fugir e tropecei em alguma coisa.
Eu realmente não podia ver nada, mas eu juro que havia algo.
Sai apressada do avião e resisti ao impulso de
correr para baixo da passarela até no terminal. Joe me alcançou
assim que eu passei pela porta, e enrolou um braço em volta do meu
pescoço.
— Sabe que eu amo quando você fica vermelha.
— E você sabe que eu odeio.
— Me lembra do seu rosto na segunda vez que a
gente se encontrou aquela manhã na sala de aula. O momento mais
inapropriado para se estar excitado, mas você tem um rubor do tipo
que não tem como fugir. Meu corpo não teve muita escolha.
Ele só estava dizendo isso para me fazer corar
mais. Você pensaria que eu estaria um pouco mais à vontade para
falar sobre sexo, agora que eu já fiz tudo. Você também achou que
na minha idade eu seria capaz de introduzir com sucesso um canudo na
caixinha de suco Capri Sun. Estava dois a zero para o caixinha.
Então eu o deixei aproveitar o meu
constrangimento. E eu gostei da forma como ele estava pressionado
contra mim de lado. Troca justa.
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Oi oi! Td bem? Comigo ta td bem sim! Gostaram do capítulo? Comentem! Quanto mais rápido vcs comentarem, mais rápido terão capítulos hehe' Vou indo agora... Beijos, Bruna.
Que fofo ♥ to amando
ResponderExcluirPosta mais
-Nathalia-
que lindo <3 continuaaaa
ResponderExcluirhahaha joe envergonhado a Demi ♥
ResponderExcluirVish, essa mãe do Joseph promete ne?
Ahhh como vc para ae ? Ameeeei pode postar ta !
ResponderExcluirPerfeitoooooo...Posta logooooooooooooooooooooooo pleaseeeeeeeeeeeee
ResponderExcluirPerfeito
ResponderExcluirposta logo
bjus
Heeyy.
ResponderExcluirEstou amandoo,
Ansiosa para o encontro com a familiaa.
Beijoo