10.10.14

Keeping Her - Capitulo 5


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JOE

A queda do vaso ecoou pelo saguão por alguns segundos depois, e cada repercussão pareceu fazer a expressão de minha mãe contorcer ainda mais.

Eu sempre pensei que eu era muito bom em pensar com os pés no chão e reagir em situações de crise (e olhando para a minha mãe, isso definitivamente contava como uma crise). Pela minha vida, porém, eu não conseguia pensar em uma única coisa a dizer. Talvez eu estivesse fora de forma, ou talvez ainda não houvesse sangue suficiente fluindo através do meu cérebro, mas de qualquer forma uma só palavra passava pela minha mente.

Foda!

E não do jeito que eu tinha em mente. 

Felizmente, meu pai, sempre um empresário composto, acobertou para todos nós. 

— Bem, não foi uma bela entrada?

A multidão riu, e eu quase podia sentir o calor do rubor de Demi daqui. Todo o andar de baixo estava cheio com o que parecia ser pessoas que eu conhecia, e muitas que eu nunca tinha visto. E eu não tinha a menor ideia do que eles estavam fazendo aqui.

Meu pai foi até Demi, e ela parecia enjoada o suficiente para desmaiar. Ele estava impecável em um terno escuro que contrastava com seu cabelo acinzentado. Ele pegou a mão dela e beijou as costas dela. Seus olhos desviaram-se para a mim, surpresa.

Meu pai falou com a voz alta o suficiente para que todos ouvissem: 

— Não se preocupe com isso nem um segundo, querida. Tenho certeza de que em algum momento de sua vida Joe já tenha quebrado essa coisa velha e a colado novamente. 

Mamãe teria me esfolado. Ela adorava aquele vaso. Mas as pessoas riram, e a sala coletivamente suspirou de alívio. Papai era bom para esse tipo de coisa. Ele poderia encantar qualquer sala de conferências, de qualquer festa, de qualquer seminário. Era o papel que ele podia fazer.

Papai ajudou a Demi a passar sobre os cacos de vidro, e que me fez entrar em ação. Fomos um para o outro, mas meu pai ficou entre nós. Ainda segurando uma de suas mãos, ele me deu um tapinha no ombro e olhou para a multidão.

— Bem, nós queríamos uma festa de noivado surpresa, e nós certamente tivemos uma surpresa.

 Todo mundo riu de novo. Pai apertou meu ombro e disse: 

— Vocês todos conhecem meu filho, Joe.

 Vi alguns tipos de homens de negócios na multidão – cabelos acinzentados, roupas intactas, gravatas impecáveis. Com certeza eu não os conhecia. Misturando negócios com a família, como sempre.

— Ele se formou como primeiro da sua classe, e sua mãe e eu estávamos prontos para ele ir para Oxford, como todos os outros homens Jonas.

 Aqui vamos nós. Tempo para os insultos-não-tão-astutos sobre como eu tinha arruinado o nosso legado da família.  — Mas as crianças têm de fazer o seu próprio caminho, ou eles só fingem crescer. Tenho orgulho de olhar para ele e ver o homem que ele se tornou. 

Eu tentei não bocejar. Minha mãe e eu conversamos muitas vezes, mas eu não conseguia nem lembrar a última vez que papai e eu tínhamos realmente conversado. Ele havia ficado furioso quando eu saí, e certo de que eu tinha arruinado minha vida. Seria possível que meus pais tinham feito algumas mudanças por si próprias? Esta nova constatação me tirou o equilíbrio, e de repente tudo o que eu conseguia pensar era o cheiro de cerveja em minha boca e o quanto descabelado eu provavelmente parecia.

 — Ele nos deixou para fazer o seu próprio caminho e se mudou para os Estados Unidos, onde ele já conseguiu tornar-se um professor universitário mesmo com pouca idade.  

Tudo bem, então sua historinha foi um pouco seletiva, considerando que eu não era mais um professor. Mas foi um elogio, no entanto. 

— Ele se tornou um homem bom e já trouxe para casa esta linda, jovem imprevisível, para se juntar a nossa família. — Ele se virou para Demi, segurando a mão dela.  — Estamos muito felizes em ter você aqui, Demi. — Então ele se virou para a multidão.  — Estamos felizes em ter todos vocês aqui para celebrar o noivado com a gente. Por favor, comam, bebam, divirtam-se. Embora talvez seja melhor manter um olho na decoração. — Ele piscou, e Demi riu completamente encantada.

Ele me entregou a mão dela, enquanto as pessoas ao redor da casa batiam palmas, e, em seguida, sem dizer uma palavra particular para qualquer um de nós, retirou-se para um grupo de homens de terno.

Eu queria me socar. As pessoas riram e faziam “aww” de sua apresentação, e eu tinha sido jogado nisso como o resto deles. Como se eu tivesse dezesseis anos mais uma vez, fiquei agitado e com raiva e queria sair pela porta.

Já era essa nova constatação.

Ele tinha feito essa festa idiota para impressionar as pessoas, e ele fez uma festa surpresa para que eu não pudesse protestar. Apenas uma vez eu gostaria de ver o meu pai tentar fazer algo importante, sem um público.

Eu coloquei meu rosto em uma expressão vazia e, em seguida, me concentrei em Demi. Eu dei um beijo em sua têmpora. Ela me abraçou, e contra o meu peito, eu a ouvi dizer: 

— Me Mate. Basta me tirar do meu sofrimento, por favor.

— E me deixar sofrendo sem você? Nunca.

— Tão egoísta. 

— Quando se trata de você? Absolutamente. 

Eu já queria apenas levá-la para longe, para sermos apenas nós dois de novo. Suspirei e olhei em volta. Algumas pessoas estavam no saguão, outros andavam para outras partes da casa, rindo e bebendo, e agarrando hors d'oeuvres dos garçons que passavam. 

Eu disse:

— Eu acho que nossas chances de encontrar um lugar para ficarmos sozinhos ficaram significativamente menores.

Ela olhou para mim e fez uma careta. Ela parecia tão decepcionada que meu estômago se apertou com o desejo outra vez.

Só algumas horas. Essa coisa não poderia durar para sempre.  

—Eu sinto muito sobre o vaso. E por fazer essa cena. 

Seu rosto amassado como se ela estivesse prestes a chorar, e meu método de lidar com as lágrimas na manhã de ontem, provavelmente não ia dar certo nesta sala cheia de pessoas. Passei a mão pelos seus cabelos e disse que a única coisa que eu podia.

— Casa comigo?

Seus olhos ficaram tristes.

— Joe, agora não. 

Meu coração torceu. Era mais um desses momentos.

— Sim, agora, amor. Casa comigo. 

— Ainda? Você sabe, eu só irei continuar a quebrar as coisas. 

— E você sabe que eu vou continuar amando você, de qualquer jeito. —

Sua carranca se contraiu e eu acrescentei:

—Além do mais... não me casar com você irá me quebrar.

A carranca se desfez, e ela piscou para conter as lagrimas de seus olhos.

— A mim, também. 

— Está resolvido então. Você está grudada em mim para sempre. 

Ela balançou a cabeça e fez um barulho que parecia descrença.

Meu maior medo era que algum dia ela iria dar um jeito de sair fora do nosso relacionamento. Que ela sacudiria a cabeça e ouviria mais de seus próprios pensamentos venenosos do que as palavras que saíssem da minha boca.

Eu beijei sua bochecha e sussurrei em seu ouvido: 

—Nós somos para sempre. Se você não acredita em mim, eu vou ter que fazê-la acreditar. Assim que encontrar um lugar para ficarmos sozinhos.

Eu só peguei um leve rosado em suas bochechas quando ela olhou para seus pés, mas isso já valia. Depois de um segundo, ela inclinou a cabeça para trás e gemeu um som que foi direto por mim.

Ela disse:

— Estou usando jeans. 

Eu concordei. Eu amava esses jeans. Eles a moldavam perfeitamente. 

— E pelo que parece, estou em uma sala cheia de pessoas em vestidos de grife. E você é louco se acha que isso é apenas um saguão um pouco grande. Há um lustre, cacete.  

— Felizmente um que não pode ser derrubado. — A voz da minha mãe era como uísque, começava suave, mas terminava com uma queimadura.

— Mãe — Foi o meio caminho entre uma saudação e um aviso.

— Oi, querido. — Ela se inclinou e beijou minha bochecha antes de virar para a Demi. 

— Mãe, essa é a Demi. Demi, minha mãe. 

Ela sorriu.

— Que nome!

Demi entrelaçou seus dedos.

—Hum... obrigada?

O sorriso da minha mãe era todo com lábios vermelhos, dentes brancos e bondade açucarada. Era a língua afiada por trás dos dentes que eu estava preocupado.

— Sra. Jonas, — começou Demi — eu sinto muito sobre o vaso. Eu nem sei como começar a me desculpar. 

— Então, não o faça. — Deus, a voz da minha mãe deve estar listada em listas médicas como “causa de queimaduras” — Foi apenas um acidente, afinal.

— Sinto muito, muito mesmo, embora. Estou tão agradecida que você me acolheu em sua casa. É tão bom te conhecer. E eu estou tão, tão feliz de estar aqui. 

— Claro que está. E estamos felizes que o nosso Joe voltou para casa. E trouxe você, é claro. 

— Sim, estou feliz de estar aqui. 

— Você já disse isso — Ela virou-se para mim, então. —Ela é muito doce, Joe. Ela apenas está compensando a falta de jeito? Ou algo pior?

E assim começa. 

Eu ri como se ela estivesse brincando. Porque é assim que você tem que lidar com a minha mãe. Ela quer uma reação, e humor é a mais segura. Fiquei rindo, e depois de alguns momentos, o riso desconfortável de Demi se juntou ao meu.

Mudei o assunto antes que minha mãe pudesse apontar que ela não estava, de fato, brincando.

— Mãe, esta festa foi ideia sua?

Ela me deu um olhar antes de rolar os olhos para o pai. 

— Seu pai queria ter certeza de que você e sua noiva tivessem a melhor recepção possível.

Leia-se: Ele queria aproveitar a oportunidade para se mostrar. A "melhor recepção possível" era apenas uma maneira. E apesar de minha mãe certamente ter seus problemas, eu a amava por não fingir que aceitava isso.

— Certo. Obrigada por isso.

Ela deu uma única risada solitária e tomou um longo gole de seu champanhe. Minha mãe odiava eventos como este. Acho que era pelo menos uma coisa que ela e Demi tinham em comum.

Eu vi Demi remexendo em sua camisa e mudando seus pés.

— Mãe, você poderia nos dar licença por um momento? Uma vez que tínhamos sido avisados, não estamos completamente vestidos para uma festa. Vamos trocar de roupa e, em seguida, voltar aqui.

— Claro querido. Isso é definitivamente uma boa ideia. Apenas um traje ocasional de festa vai estar bom.

À medida que se virou para pegar nossa bagagem, Demi disse: 

— Em que mundo isso é casual?

Meu mundo, infelizmente. Ou o meu antigo de qualquer maneira.

Peguei a bolsa para ela e disse: 

— Nós ficaremos lá em cima. Estou bem atrás de você. 

Eu não tinha que lhe dizer duas vezes. Na velocidade que ela foi, eu tenho certeza que ela estava tentada a subir dois degraus de cada vez.

Eu a direcionei para o meu antigo quarto. Ela passou através da porta, e não parou até que ela tinha se jogado de bruços na cama com um gemido.

— Eu nunca vou voltar para lá. Eu vou sair pela janela. 

Eu só coloquei nossa bagagem dentro do quarto, e, em seguida, fechei a porta atrás de mim. Sentei-me ao lado dela e coloquei a mão nas costas dela.

— Olhe para o lado positivo, temos algum tempo sozinhos, afinal.

Ela se virou, colocando-se mais longe de mim.

— Desculpe, mas eu não estou exatamente no clima mais.

Eu estremeci.

 — Demi, Eu...

Ela empurrou-se para cima e para fora da cama e começou a andar. 

— Por que não me disse que ela ia me odiar? Por que me dizer de novo e de novo que eu estava me preocupando a toa, quando eu claramente não estava? 

— Eu não quero que você se preocupe. Eu pensei que as coisas iriam correr mais suavemente, se você estivesse calma. 

— Você me conhece? Suave não é uma opção para mim. Se você está procurando por suave, talvez você devesse procurar em outro lugar. 

No meio do caminho, eu a peguei pelos cotovelos e a fiz me enfrentar.

— Não faça isso. Não me empurre para longe. 

Ela cobriu as mãos dela e respirou fundo. 

— Sinto muito. Foi sem intenção. Eu só... eu não esperava que fosse assim. 

— O que significa isso?

Ela balançou a cabeça, e deixou cair às mãos para olhar para o teto em seu lugar. 

— Nada. É… nada.

Ela se afastou e foi para a sua mala. Ela foi para colocá-la em cima da cama, tomou um longo olhar para a roupa de cama branca, e, em seguida, a colocou no chão.

— Demi, fale comigo.

— Você acha que isso é bom? É o melhor que eu tenho.  — Ela se levantou, puxando um simples vestido de algodão azul de sua mala.

— Demi, você pode usar o que quiser lá. Eu só disse que íamos nos trocar para nos dar uma folga 

— Certo. Talvez eu possa encontrar algumas jóias decentes. Apenas me dê alguns minutos. — Ela tirou o vestido e alguns outros itens, e desapareceu no banheiro. A porta se fechou atrás dela com um clique, e foi a minha vez de me jogar de volta na minha cama.

Olhei para o teto e amaldiçoei sob a minha respiração.

Acho que todos os meus medos estão justificados. 

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Oi, pessoas! Tudo bom? Eu vou bem... Gostaram do capítulo? Haha' Deve estar perfeito como sempre! Gostaria de falar que já decidimos qual será a próxima fanfic e eu sei que vcs vão amar! Outra coisinha, as visualizações do blog diminuíram bastante... Vcs estão gostando da história? Por favor, me digam! E comentem :p Agr vou indo... Não esqueçam de me responder! Beijos, Bruna.

5 comentários:

  1. Demi vai enlouquecer agora, surtar pra mãe do Joe gostar dela ne? Hahaha Isso vai acabar com eles, essa veia do carai kkkkk

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  2. To com dó da demi ! :'( posta nais por favor. Bem q a demi podia dar uma sambada na mae do joe !

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  3. Tadinha da Demu gentee..
    essa Denise e uma cobra...
    posta maais *-*

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  4. Eitaa! Sjbsksjs que mulher grossa!!

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  5. Meu deus, que vontade de dar um casete nessa veía k k
    tadinha da Demi

    -Nathalia-

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