1.10.14

Losing It - Capitulo 20


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ÊXTASE, a boate, estava escura e nebulosa quando nós entramos. A batida da música martelou pelas paredes e o piso, ensopando minha pele, me levando ao limite. Isso não era nada meu local, mas Selena amava. Eu descobri que tudo o que eu tinha que fazer era passar um tempo no bar, talvez conversar com um cara ou dois para que ela saísse das minhas costas.

Depois ela provavelmente iria para casa com algum cara e me deixaria o seu carro. É como essas coisas normalmente funcionavam.

 O que eu não tinha antecipado era a forma como a minha mudança de trajes fosse alterar o plano normal. Nós mal passamos pelas portas em um minuto antes de um cara me pedir para dançar. Eu declinei, o que me valeu uma encarada de Selena.

 — O que? — Eu gritei sobre a música. — Você disse que eu tinha que vir, não que eu tinha que dançar!

 Nós estávamos no bar, e eu trabalhei para acenar ao garçom, enquanto ela me censurava.

 — Você é a pessoa mais irritante que eu já conheci! Você está parecendo extremamente gostosa essa noite, e tudo o que você vai fazer é sentar aí e fazer beicinho como sempre!

 — Então talvez você devesse ter me deixado em casa fazendo beicinho!

 Um cara bateu no meu ombro, e eu nem sequer esperei por ele pedir antes que eu dissesse —, NÃO!

 Selena fixou suas mãos em seus quadris, e para uma aparência de Barbie, ela ainda estava bastante intimidante. — Eu percebi que você está chateada, e você tinha muita coisa acontecendo. Eu estou tentando ser compreensiva, mas qual é o seu problema? 

 — Eu não tenho problema, Selena. Eu só não gosto que você acha que pode me arrastar para lugares sem nenhuma preocupação com o que eu realmente quero!

 — Ótimo! Deixa para lá! Eu desisto! Sente-se aí e faça beicinho! Eu vou dançar!

 Ele girou e se empurrou pela multidão, entornando várias bebidas e nocauteando pessoas para fora do seu caminho.

 Barbie Assustadora.

 Eu avancei sobre uma baqueta, consciente do fato que minha curta saia fez com que minhas pernas despidas estivessem grudadas no plástico. Eu não estaria surpreendida se minha bunda estivesse pendurada, mas no momento eu estava muito irritada para me importar. Eu pedi um Jack e Coca, e sentei-me ali fervendo enquanto eu esperava. Eu sabia que ela tinha boa intenção, mas a solução para todos os problemas do mundo não era festejar. Eu sempre soube que nós éramos pessoas muito diferentes, mas eu nunca percebi o quanto ela não me entendia.

 — Eu posso lhe comprar uma bebida? — Uma voz perguntou sobre meu ombro.

 Eu ergui minha bebida cheia, e o ignorei.

 O cara se sentou ao meu lado mesmo assim. Ele se inclinou para me perguntar algo mais, e eu vociferei —, Eu não estou interessada.

 Em seguida uma voz familiar respondeu. — Eu fico feliz em ouvir isso.   Eu quase despenquei da banqueta quando eu captei o sotaque.

 — Joe!

 Joe era o cara sentado perto de mim, um boné enterrado sobre seus olhos, cobrindo seu esplêndido cabelo loiro.

 Ele não tinha soado como o Joe quando ele falou da primeira vez. — Você soou—

 Quando ele respondeu daquela vez seu sotaque se foi, e ele pareceu Americano. Nenhum dialeto em particular, apenas... normal. — Eu sou um ator, Demi. Eu sei como encobrir o meu sotaque.

 Ainda em choque, eu respondi —, O que você está fazendo aqui? E se alguém vir você?

 — Eu estou incógnito, mais ou menos. E se alguém me vir, eu irei apenas dizer que nós nos esbarramos por acaso. Eu sou um professor. Eu não fiz um voto para ter zero de vida social.

 — Mas por que?

 — Porque eu não podia aguentar o pensamento de você dançando com outra pessoa nessa saia. — Sua mão roçou na minha coxa, e todo o calor de antes veio desmoronando.

 — Joe, pare! Alguém vai ver! E se Selena volta?

 — Baseado no show que vocês duas protagonizaram mais cedo, eu não vejo isso acontecendo tão cedo.

 Eu rangi os dentes. Talvez eu tenha sido um pouco megera.

 — Venha. — Ele se levantou, e me ofereceu uma mão. Eu olhei ao redor, com medo de pegá-la. Estava tão escuro. Se houvesse alguém aqui que nós conhecêssemos, nós não teríamos forma de saber ao menos que nós ficássemos cara-a-cara. Isso era uma chance exagerada.

 — Pare de pensar muito —, ele me disse e enroscou um braço ao redor da minha cintura, deslizando-me para fora do assento. A pele desnuda das minhas coxas guinchou, embaraçosamente contra o assento, mas ele não pareceu perceber ou se importar. Ele enroscou nossos dedos e me arrastou dentro da multidão.

 Eu mantive minha cabeça baixa, concentrada em colocar meus pés onde o dele tinha acabado de pisar. Ele me conduziu para baixo alguns degraus em direção ao piso inferior, onde estava de alguma forma até mais escuro, e os corpos estavam mais unidos. Eu não podia ver ninguém além das pessoas bem perto de mim. Ele gesticulou e me arrastou até que nós estivéssemos no canto mais distante, depois me puxou entre ele e a parede. Suas costas estavam para o restante do ambiente, e sua figura alta me cobriu completamente.

 Sua respiração fez cócegas contra minha orelha enquanto ele sussurrou —, Melhor?

 Eu assenti. Estava melhor. Eu quero dizer, nós ainda estávamos em uma boate e eu teria preferido estar em casa sozinha, mas essa já era a melhor experiência de boate que eu já tinha tido.

 Mesmo sabendo como ele se sentia sobre mim, eu estava muito nervosa para dançar com ele cara-a-cara. Então eu me virei até que minhas costas estivessem pressionadas contra a sua frente. Suas mãos foram imediatamente aos meus quadris, me puxando contra ele. A sensação expulsou todo o ar dos meus pulmões.

 Eu fechei meus olhos para que eu não tivesse que olhar para a parede e eu tentei deixar a música investir sobre mim.  Lentamente, seus quadris se inclinaram para frente, e eu segui, empurrando para trás contra ele. Ele exalou contra minha orelha, e causou calafrios na minha coluna. Ele escorregou uma mão do meu quadril ao meu estômago. Com seus dedos espalhados, seu polegar descansou cerca de três centímetros abaixo do meu sutiã e seu dedo mindinho seguiu o cós da minha saia. Ele usou aquela mão para me puxar para ele no mesmo momento que ele girava seus quadris.

 Estrelas dançavam atrás dos meus olhos fechados e meu batimento cardíaco combinou com o tamborilar constante da música. Seu corpo contra o meu pareceu ampliar o ambiente já abafado, e eu senti suor começar a umedecer meu pescoço. Seus quadris continuaram girando com a música, lentamente e sensualmente, mas de vez em quando em um ritmo forte, seus quadris empurravam mais forte contra mim. Seus lábios tocaram a pele do meu pescoço, e eu estava me entregando, entregando, entregando à sensação.

 Não era o suficiente. Alguma vez eu teria o suficiente dele? Eu estendi minhas mãos para cima e para trás de mim, emaranhando no seu cabelo, e ele zumbiu sua aprovação. A mão no meu estômago subiu, correndo levemente do meu braço erguido e descendo a minha lateral. Ele roçou o lado do meu seio, e o toque causou tremores em mim, os quais foram amplificados quando seus dedos passaram pela saia indecente e agarraram a minha coxa.

 A música mudou, mas nós não. Suas mãos continuaram me enlouquecendo. Nossos corpos permaneceram firmemente unidos. Eu ainda estava tão excitada que eu me senti tonta com necessidade. Todo o mundo estava girando, e apenas nós estávamos imóveis. Ou talvez fôssemos nós que estávamos girando. Tudo o que sabia era que havia as outras pessoas e depois havíamos nós, e eu nunca quis que isso fosse de outra forma.

 Ele encontrou aquele lugar abaixo da minha orelha, e eu gemi, contente pela música que engoliu o som. Ele mordiscou o meu pescoço com seus dentes, e eu enfiei minhas unhas no seu pescoço em resposta.

 — Deus, Demi, você tem alguma ideia de quanto malditamente eu quero você?

 Nossos quadris giraram de novo, e eu estava certa de que eu tinha uma boa ideia.

 A música terminou, e eu tinha tido tudo que eu podia suportar. Eu deslizei meu celular do meu sutiã onde ele estava convenientemente enfiado. Joe gemeu e uniu nossos quadris novamente em resposta, mas eu estava focada no meu celular. Minhas mãos estavam tremendo, mas eu ainda consegui digitar uma mensagem para Selena.

Encontrei alguém. Partindo. Pdão sbre antes. Falo vc amanhã?

Eu não esperei por uma resposta antes que eu puxasse Joe em direção à saída.

 Pela primeira vez, eu não me importei por quanto rápido nós fomos com a sua moto. Eu só segurei firme, e desejei que nós chegássemos em casa mais rápido.

 Seus lábios estavam no meu pescoço antes que eu sequer conseguisse colocar a chave na minha porta. Minha respiração estava tão pesada que só poderia ser chamada de ofego. Quando eu finalmente consegui abrir a porta, eu a empurrei tão forte que ela bateu contra a parede. Amanhã eu teria que verificar e me certificar que não houvesse um buraco. Assim que a porta estava fechada, nós estávamos nos beijando.

 Eu tinha arrancado meus saltos entre a moto e a minha porta, agora sem eles, ele estava muito longe. O pensamento deve ter nos ocorrido ao mesmo tempo, porque suas mãos deixaram minhas coxas, e se fecharam em conchas na minha bunda, erguendo-me para que eu tivesse que enroscar minhas pernas ao redor da sua cintura.

 Minhas costas bateram contra a porta e eu ofeguei. Sua língua serpenteou para dentro na minha boca, mergulhando para dentro e para fora, rápido e forte – exatamente da maneira que eu gostava.

 — Cama —, eu arfei entre beijos.

 Ele se inclinou para trás distante apenas para dizer —, Você tem certeza? — Depois nós estávamos nos beijando de novo, e o ritmo que ele determinou era apenas tão sedutor e hipnótico quanto a música tinha sido na boate. Ele perguntou novamente —, Demi, você tem certeza?

 Eu tinha certeza? Por que ele estava me fazendo perguntas? Ele percebeu que eu só queria beijá-lo? Eu queria beijá-lo até que o mundo desaparecesse.

 — Cama —, eu disse novamente.

 — Isso não é uma resposta. — Ele se moveu em direção ao quarto mesmo assim.

 Eu me agarrei a ele com força, transferindo meus beijos na sua mandíbula e depois no seu pescoço para que ele pudesse se concentrar em andar.

 De alguma forma eu ainda consegui ficar presa na cortina.

 Como literalmente presa.

 Minha orelha ficou presa no fino material, e eu não percebi até que ele continuou andando. Dor lançou através da minha orelha e na lateral da minha cabeça. Eu berrei de resposta.

 — O que? Me desculpe! O que está errado? O que eu fiz?

 — Orelha. — Aparentemente, eu fui reduzida a frases com uma palavra.

 — Droga. Aguente firme.

 Ele tentou usar ambas as mãos para libertar meu brinco, mas então ele se desequilibrou, e nós dois batemos na lateral da minha penteadeira que ficava dentro do meu quarto.

 A julgar pela forma com que meu cotovelo estava doendo, eu ia ter um inferno de uma contusão amanhã.

 Quando a dor diminuiu, eu ri, porque como sempre, minha vida era ridícula. E por sorte, era uma daquelas meias-gargalhadas híbridas de bufos. Nós dois rimos, ofegando por ar por uma razão inteiramente diferente agora. Minha lateral estava doendo de onde nós tínhamos atingido a penteadeira. Meu brinco ainda estava preso à cortina, e minhas pernas ainda estavam ao redor da sua cintura. Entre risadas, Joe pressionou um beijo doce na minha testa.

 Talvez ridículo não fosse tão ruim.

 — Tudo bem, vamos soltar você. Eu vou descer você, tá bom?

 Ele me abaixou gentilmente ao chão, e minha pulsação debandada começou a reduzir. Ele tentou por alguns minutos me libertar, mas seus dedos eram grandes e desajeitados. Finalmente, eu disse —, Só desatarrache o brinco. Eu irei tirá-lo da cortina amanhã.

 Rindo, ele fez como eu pedi.

 Visto que antes, eu me sentia como se fosse me queimar pelos nossos beijos. Agora, a excitação que se espalhou por mim era diferente, mais doce. À luz de velas ao invés de uma chama viva.

 Ele esfregou o ombro que tinha atingido a penteadeira, e disse —, Nós somos meio que uma tragédia.

 Eu apertei nossos dedos unidos, e disse —, Um pouquinho.

 Ele enroscou uma mão ao redor do meu pescoço, e me puxou para frente, pressionando outro beijo na minha testa. Eu fechei meus olhos, pensando que isso era o que perfeição pareceria.

 — Eu acho que talvez a cortina tenha feito um favor para nós. Suas pernas nessa saia basicamente mataram com todo o meu auto-controle.

 Eu sorri. — Eu disse a você que eu nunca deveria tê-la usado.

 — Oh, eu definitivamente estou contente que você usou. É uma memória que eu irei acalentar por muito tempo. — Eu bati no seu braço, mas eu não me importei com o sorriso descarado. Ele disse —, Eu provavelmente deveria ir agora, antes que você me faça perder a cabeça novamente.

 Eu o deixei ir, mesmo embora uma grande parte de mim estivesse gritando de protesto. E quando ele se foi, eu celebrei basicamente da mesma forma que eu tinha feito quando eu soube que eu tinha conseguido o papel como Phaedra.

 Eu dancei.

 Porque... finalmente... as coisas estavam indo na direção certa.

Olá, pessoas! Tudo bom? Eu to bem, n tenho aula quinta, sexta e segunda \o/ Amei q vcs comentaram rápido... Acabei de chegar da aula e já postei, haha' Comentem mais, ok? Bjs, Bruna ♥

5 comentários:

  1. Poxa agr q eu pensei q ia

    -Nathalia-

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  2. OH MEU DEUS IUASKDOD, COMECEI A LER A FIC DE VCS ONTEM DE NOITE E JÁ ALCANCEI <33 DEFINITIVAMENTE JÁ ESTÁ NA MINHA LISTINHA DE MELHORES FICS <33 CONTINUEM <3

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  3. Olocoo... pensei que agora ia pra valer, heheheh
    Quando posta maiis??

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  4. Maldita seja essa cortina pq ela foi interromper... Aff era para ter rolado... #chatiada

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  5. Tinha que ter a cortina pra interromper....
    Posta logooooooooooooooooooooooooooooo pleaseeeeeeeeee

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