27.6.14

Emoção - Epilogo

 
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Dois anos depois

ENCOLHIDINHOS JUNTOS no sofá, Demi e Joe observavam pela janela da frente da casa enquanto os primeiros flocos de neve natalina começavam a cair. O meteorologista não previra uma grande tempestade… nada parecido com aquela que os prendera no prédio de escritórios de Joe dois anos antes, momento conhecido também como a melhor nevasca de todos os tempos. Não, a neve de agora caía silenciosa, doce, uma neve noturna tão suave e serena quanto os cânticos que tocavam baixinho no aparelho de som atrás deles.

Envolvida nos braços do homem que amava, ali na linda casa que eles haviam terminado de construir juntos e para onde se mudaram na última primavera, Demi não se importava se nevasse a noite toda. Ela possuía tudo, e a todos, de que necessitava, bem ali entre aquelas paredes.

– Aí vem a neve – murmurou ele, apertando o abraço.

– Aham.

Eles ficaram em silêncio por um instante, observando os flocos brancos caírem, lentamente no início, depois mais progressivamente. De repente Demi percebeu, olhando para aquela janela imensa com vista para o mar, que provavelmente estar ali era como estar dentro de um globo de neve. Talvez exatamente naquele que Joe lhe dera tantos anos atrás, e que agora tinha um lugar de honra no centro do consolo da lareira. Demi estava dentro de um lar feliz, sob a luz amarelada e quente que saía pelas janelas, com os carros estacionados na entrada e as sempre-vivas cheias de neve ao redor.

Ela sorriu, adorando aquela imagem, pensando naquela véspera de Natal. O que, se perguntava ela, aquela garota, aquela Demi de 22 anos, teria pensado se pudesse prever o futuro? Ela provavelmente não teria acreditado nele, e tal futuro a teria apavorado totalmente. Porém, lá no fundinho, ela sabia que teria ficado muito esperançosa… porque aquele dia lhe abrira os olhos para um mundo de possibilidades.

Tudo por causa do homem que a estava abraçando tão carinhosamente, cantarolando “Noite Feliz” enquanto lhe beijava a têmpora.

Ela olhou para ele, tão lindo sob o brilho da lareira, e sussurrou:

– Feliz Natal, Joe.

Ele retribuiu o sorriso e roçou os lábios nos dela.

– Feliz Natal, minha esposa.

Não havia mais bah, que bobagem para Demi. Não havia mais muros para evitar coisas como lembranças, festividades… e amor. Aquela parte da vida dela estava acabada.

Joe se espreguiçou um pouco e riu.

– Sou uma pessoa ruim por estar feliz por meus pais e seu irmão terem resolvido ficar em casa e vir aqui apenas amanhã, depois de constatarem as consequências da nevasca?

Ela riu baixinho, compreendendo-o tão bem.

– Não, a menos que eu também seja, porque me sinto da mesma forma.

Não que qualquer um deles estivesse de má vontade com as visitas… na verdade Demi adorava a família de Joe, assim como a nova namorada de Sam. Eles certamente tinham bastante espaço para todos na casa imensa. Mas ela não podia negar que estava feliz pelo modo como as coisas se encaminharam. Agora eles teriam a noite e a manhã seguinte só para eles, dando o pontapé para criarem lembranças e tradições natalinas só deles.

Demi estava pronta para isso. Pronta para incorporar os fantasmas de seus Natais anteriores ao seu presente e futuro. Pronta para abrir seu coração à época mágica de se doar, a qual ela outrora adorara tanto, tanto… e então seguir, modelando-a, mudando-a, moldando-a em algo que era só dela, e de Joe, e da família deles.

– Não é que eu não os ame…

– É só porque o dia de amanhã é tão especial – respondeu ela.

Muito especial. Não só porque era o primeiro Natal deles na nova casa. Não só porque era o primeiro Natal desde que haviam se casado no ano anterior, no dia de Natal. Não só porque ainda eram loucamente apaixonados e tão incrivelmente felizes. Nem mesmo porque Demi havia voltado a ser fã do Natal.

Não, eles estavam contentes por estar a sós porque ambos queriam saborear e se regozijar no presente antecipado que tinham recebido dez dias antes. Bem, na verdade, dois presentes.

Ambos estavam dormindo no andar de cima, em berços combinando, um usando um cobertorzinho azul, e outro, rosa. Eddie e Dianna, cujos nomes eram homenagens aos avós que eles nunca iriam conhecer.

Quando Joe sugerira os nomes, Demi pensou que fosse ficar desnorteada. Não de tristeza, mas por saber o quanto seus pais ficariam felizes por vê-la tão profundamente apaixonada por um homem tão incrível.

Aquilo, Demi sabia, era o maior presente de Natal que ela poderia ganhar. E ela estaria recebendo aquele presente todos os dias, pelo restante de sua vida.
 
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Ah, mais uma mini-fic que chega ao fim :'(
eu espero que vc tenham amado essa mini-fic assim como eu amei, e assim como eu amei posta-la para vocês <3

Beijoos e mais tarde talvez eu já poste as novas sinopses ;)

Quem não mandou ainda, mande o numero para adicionar no grupo do whats:
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Alice, Dany, Debora, Giovanna, Kethleen, Mand, Roberta e Thaah são as que já estão participando do grupo. Beijos, eu amo muito vocês <3

5 comentários:

  1. Que epílogo maravilhoso. Que mini fic maravilhosa. Foi tudo perfeito. Eu simplesmente amei, muito mesmo! Posta as sinopses logo, estou ansiosa. Beijos <3

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  2. Gente que epílogo foi esse? Ficou tão perfeito essa fic foi tão perfeita eu simplesmente amei e amei e amei de novo kkkkk
    Estou triste por que ela acabou .... Porém já quero uma nova u.u
    Beijos, Fabíola Barboza

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  3. Amei essa mini fic! É a primeira vez q comento aqui, então, olá.
    Foi perfeita e estou louca para as próximas!
    Não tenho whats </3
    Bjs, poste logo!

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  4. Deus do céu, já acabou? :(
    parece que foi ontem que estava começando essa fic muito linda <3
    Eu amei demais ela, foi muito perfa*-*
    Ansiosa para as novas fics, beijão Mari <3

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  5. Ei Mari!!!
    Que mini fic perfeita!!! Eu amei!!! Simplesmente maravilhosa!!! Você sempre escolhe as melhores!! Bju

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