27.6.14

Emoção - Capitulo 22 - Ultimo

 
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DE TODOS os natais de Demi, aquele devia estar no topo da lista dentre os piores.

Ah, tinha começado muito bem. De maneira mágica, na verdade. Ela havia acordado de manhã nos braços de um homem maravilhoso, certa de que nunca fora mais feliz em sua vida.

Mas desde que chegara em casa, sozinha, e começara a vaguear pela casa, sozinha, e comera comida congelada, sozinha, Demi não conseguia nem uma única coisa positiva naquilo.

Ela tentara fazer compras pela internet… entediante. Limpara o apartamento… mais entediante ainda. Respondera a alguns e-mail, verificara sua agenda, procurara voos para Nova York. Entediante. Entediante.

E devastador.

Devastador porque ela não queria voar para Nova York. Não sob aquelas circunstâncias, de qualquer forma. Não sem saber como Joe se sentia… se ele dava a mínima.

Naquela manhã, quando ela ouvira pela primeira vez a mensagem sobre a oferta de emprego em potencial, tinha sido empolgante, um enorme reconhecimento. Pensar que uma revista grande estava atrás dela por causa de seu talento era uma enorme massagem no ego e uma verdadeira confirmação de que ela havia feito a escolha certa quanto realizara mudanças em sua carreira.

Mas, particularmente, ela não queria voltar para Nova York. Gostava de Chicago. Gostava de morar perto do irmão outra vez. Gostava das pessoas que tinha conhecido, do estúdio que havia alugado e da vida que estava levando.

Mais importante, gostava de estar perto do homem que amava.

– Droga – resmungou ela naquela noite enquanto estava sentada no sofá, escutando músicas natalinas na estação de rádio da internet.

Ela o amava. Ela amava Joe Jonas. Sempre amara. Ele havia entrado em seu coração seis anos atrás e nunca mais o abandonara, apesar do tempo, da distância e de outros relacionamentos.

Algumas pessoas eram capazes de se apaixonar e se desapaixonar. Algumas amavam apenas uma vez na vida. Ela suspeitava ser do segundo tipo. O que seria maravilhoso, se ao menos ela não amasse um sujeito que não parecia se importar caso ela se mudasse para ficar a milhares de quilômetros de distância.

Sentindo muita pena de si, Demi quase não ouviu as batidas à porta. Primeiro, presumiu que fossem os filhos dos vizinhos brincando com seus novos presentes de Natal. Eles tinham passado o dia rindo, felizes, e ela sorrira ao ouvir os sons que penetraram nas paredes finas. Porém o barulho se repetiu, e ela percebeu que alguém estava batendo à sua porta.

Demi olhou para o relógio, notando que já tinha passado das 20h. Ela finalmente havia conseguido falar com Sam naquela tarde, e ele tinha dito que iria trabalhar durante a noite toda outra vez. Mas talvez tivesse conseguido uma folguinha ou coisa assim.

Ela foi até a porta e a abriu exibindo um sorriso. O sorriso esmoreceu assim que viu, não seu irmão, mas alguém que nunca esperava ver à sua porta esta noite.

– Joe?

– Posso entrar?

Surpresa, não apenas porque ele havia dito a ela que ia ficar com a família, mas também porque, até onde ela sabia, ele não fazia ideia de onde ela morava, Demi se afastou e o convidou a entrar.

– Como você…?

– Stella. Tinha tanto o endereço do seu estúdio quanto o da sua casa no BlackBerry.

– Está tudo bem? Sua família?

– Está bem. Agora provavelmente estão todos empenhados na maratona natalina do jogo de mímica.

Ainda sem saber por que ele tinha vindo, e sem saber o que dizer, Demi perguntou rapidamente:

– E o segurança da empresa?

– Ele vai ficar bem – respondeu.

– Fico feliz. – Retorcendo as mãos, ela finalmente se lembrou de sua boa educação. – Posso pegar seu casaco? Gostaria de se sentar?

Joe tirou o casaco, mas não se sentou na poltrona indicada por Demi. Em vez disso, soando e parecendo melancólico, ele olhou nos olhos dela e disse:

– Se eu fizer uma pergunta, você vai me responder com sinceridade?

– É claro.

– Certo. – Aproximando, perto o suficiente para Demi sentir o cheiro de sua colônia forte e o calor de seu corpo, Joe perguntou: – Você quer se mudar para Nova York?

Falando em perguntas diretas. Ela cruzou os braços, esfregando as mãos neles, para cima e para baixo, e pensou em sua resposta. Seu primeiro instinto era responder à pergunta dele com outra pergunta… você quer que eu fique?

Mas eles já haviam jogado o suficiente, perdido tempo suficiente girando em torno da verdade ou tomando decisões um pelo outro sem o benefício de uma conversa real, genuína. Então ela não seria nada senão honesta, tanto com ele quanto consigo.

– Não. Não quero.

Ele fechou os olhos e suspirou, tão visivelmente aliviado, Demi quase sorriu.

– Minha vez de fazer uma pergunta – rebateu ela.

– Tudo bem.

Inspirando fundo, e esperançosa de que sua voz não tremesse, ela perguntou:

– Você quer que eu fique?

Ele não hesitou, nem mesmo por um instante:

– Ah, sim.

Embora satisfeita com a veemência dele, ela inclinou a cabeça em confusão.

– Então por que mais cedo você agiu como se não se importasse?

– Por que você me fez pensar que queria se mudar?

Nenhuma das perguntas foi respondida durante um segundo… então ambos retrucaram em uníssono:

– Porque somos idiotas.

Uma gargalhada explodiu entre eles, então Joe chegou pertinho, colocando as mãos nos quadris de Demi e puxando-a para si. Ela levou as mãos aos ombros dele e o encarou, enxergando o calor e a ternura naqueles olhos verdes. Mesmo em silêncio, ela sabia que ele estava pensando, sabia o que ele estava sentindo. O que o coração dele estava lhe dizendo.

Porque o coração de Demi estava dizendo a mesma coisa a ela.

Eles tinham sido feitos um para o outro. Sempre foram. O tempo e a circunstância havia separados os dois, sim. Mas talvez tivesse que ser assim. Eles eram jovens e impulsivos. E ela não estava verdadeiramente pronta para aceitar o amor e a felicidade, para oferecer o tipo de relacionamento dotado da confiança e do amor que Joe merecia.

Agora Demi estava pronta. E eles tinham encontrado o caminho de volta para os braços um do outro. Havia levado anos, e exigido uma mudança de cidade, mas as vidas deles havia formado um círculo completo e nesta semana eles haviam recriado o passado.

Só que, dessa vez, seria completamente diferente. Eles não iriam deixar nada o atrapalhar.

Dessa vez, eles iriam fazer funcionar.

– Eu te amo – disse ele, e o coração de Demi cantarolou.

Ele pôs uma das mãos no rosto dela.

– Eu deixei você escapar uma vez. Eu não ia cometer o mesmo erro de novo.

– E se eu tivesse dito que queria ir para Nova York?

– Eu teria dito: tudo bem, quando partimos?

Demi começou a sorrir, pelo menos até notar que ele falava sério. Então só conseguiu encará-lo com expressão chocada.

– Você está falando sério?

– Muito sério.

– Mas como…

– Eu conversei com meu pai quando estava na casa dele hoje. Eu disse que havia deixado você ir embora uma vez, mas que não ia acontecer de novo. E que ao mesmo tempo que eu gostaria de continuar na Elite, se interferisse nisso, eu iria fazer o que era certo para mim para variar. Viver minha vida por minha conta, já que eu a vivi em função dos outros nos últimos seis anos.

– Como ele reagiu?

Joe desviou o olhar.

– Acho que foi o mais próximo que já vi meu pai de chorar.

Ela arfou.

– Não porque ele estava chateado, mas porque ele finalmente teve a oportunidade de me dizer o quanto era grato por tudo que eu tinha feito, e o quanto queria que eu fosse feliz. – Joe balançou a cabeça lentamente. – Para dizer a verdade, eu não acreditei. Ele nunca disse nada assim para mim antes.

Sabendo o quanto aquilo deve ter significado para ele, Demi ficou na ponta do pé e roçou a boca na dele.

– Estou tão feliz.

– Eu também.

– Mas seu pai não precisa se preocupar com nada, nem seus acionistas.

– Podemos ir se você quiser – insistiu ele.

– Não quero – insistiu Demi de volta, sendo completamente honesta. – Estou cansada de fugir para fazer coisas novas, para novos lugares, apenas para evitar me expor à dor e à mágoa outra vez. Não existe amor sem risco… mas não existe vida sem amor.

Então, percebendo que ela nunca havia dito aquilo de fato, Demi ofereceu a ele o presente mais honesto e genuíno que poderia pensar em dar.

– Eu te amo, Joe. Eu sempre amei, eu sempre amarei.

Ele sorriu ternamente, então se inclinou para beijá-la, lentamente, amorosamente. E sentir aquelas palavras nos lábios deixou o beijo tão mais doce, lhe deu tanto significado a mais.

Quando eles finalmente concluíram o beijo, permaneceram nos braços um do outro, dançando lentamente ao som da música natalina que tocava baixinho de fundo, “Joy to the world”.

Que apropriado. Pela primeira vez no que parecia uma eternidade, a vida de Demi parecia cheia de alegria até a borda. Porque Joe fazia parte dela. E ela sabia, lá no fundo de sua alma, que ele sempre faria.

– Feliz Natal, Demi – sussurrou ele ao encontro do rosto dela.

– Feliz Natal, Joe.

Ela o abraçou, desejando capturar aquele sentimento e gravá-lo em sua mente para sempre, como uma linda fotografia. O primeiro momento do restante de suas vidas.

Haveria muitos mais, ela sabia.

Alguns lindos, provavelmente alguns tristes.

Mas, não importava o que acontecesse, todos os momentos seriam repletos de amor.
 
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Ahh, a mini-fic acabou :'(( mas ainda tem um epilogo bem fofo, e depois eu posto a sinopse das outras mini-fics para vcs escolherem, ok?? eu irei colocar mais, além das duas que eu já havia colocado :)

mandem seus números para eu adicionar no grupo, esta bem divertido :)
me mandem uma DM no twitter: @WorldJemi
ou um email: FanficsJemi@gmail.com

Beijoos <3

4 comentários:

  1. Só eu chorei? Cara como eles são perfeitos ... Amei muito muito essa fic <3
    Joe sei lindo, Demi sua linda se casem e tenham filhos por favor kkkkk
    Posta mais por favooor :)
    Fabíola Barboza

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  2. PERFEITO PERFEITO e PERFEITO!!! PQ?!!?!? PQ?!?!! Eu queria mais, não queria que tivesse acabado! :'( Fina perfeito, ansiosa para o epilogo. Kiss :* <3

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  3. Aaawwn amei essa fic. Todos os cap perfeitos. Desculpe não comentar nos outros cap. Sobre o número do wpp só posso te mandar uma dm se você me seguir também. @thaahgualberto beeeijos (:

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