20.9.15

Escolha - Capitulo 3


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DEMI SABIA que estava corando, mas não havia nada que pudesse fazer a respeito. Do jeito que Joe sorria para ela, o problema não ia se resolver sozinho em momento algum.

Ela queria chegar logo no local para onde estavam indo. Precisava criar certa distância entre eles, apenas por um instante. A cabine de um banheiro serviria, um lugar privado onde pudesse gritar, saltar e agir como uma boba, se libertando. Porque uau. Joe Winslow, mais uma limusine, mais champanhe, além do fato de os encontros dele sempre terminarem com um beijo amigável no rosto, a faziam praticamente flutuar. A noite inteira, não importasse onde eles terminassem, era improvavelmente perfeita. Certamente a única da vida dela.

Alguém tinha entrado nas fantasias dela, revisado as mais estranhas e mais frequentes, concluído que não eram grandiosas o suficiente, e então lhe dado aquilo. Ela queria se debruçar no banco da frente e perguntar ao motorista, um coroa boa-pinta que devia estar na casa dos 50, se ele teria uma filmadora, e se ele se importaria de filmar todos os segundos do restante da noite, para que Demi pudesse assistir até seus olhos não aguentarem mais.

Olhou pela janela e todos os seus pensamentos tropeçaram até uma conclusão:

– Este é o Lincoln Center – disse ela com a voz alta e firme.

– Sim, é – disse Joe, e ao mesmo tempo que Demi não conseguia tirar os olhos da cena diante de si, também percebia a diversão na voz dele.

– É o Lincoln Center – repetiu ela –, e estamos na Fashion Week, a Semana de Moda de Nova York.

– Acertou de novo.

– Foi no blog. Esta manhã. Eu li. Esta é a festa Mercedes-Benz/Vogue para a Semana da Moda.

Ela queria abrir a janela, enfiar a cabeça para fora como um cachorrinho muito empolgado, para que pudesse ver tudo. Mas também podia muito bem pintar um letreiro na testa escrito: caipira. Mesmo assim, Demi não conseguia evitar o tremor nas mãos, sua respiração embaçando a janela, a vontade de se beliscar para provar que estava mesmo, mesmo ali.

– Imaginei que você adivinharia. – A voz de Joe soou sorridente. Não de modo afetado, no entanto, e ela pensou que…

– Não. – Ela sorriu. – Sério: não. Não. Isso é demais para mim. Ora bolas. É… o ápice da moda. O único evento após o qual eu poderia morrer feliz. – Demi virou-se para ele, brevemente, boquiaberta, para verificar o sorriso que havia imaginado estar naqueles lábios. – Eu costuro desde que tinha 12 anos.

Então ela voltou a encarar os holofotes as pessoas. Reluzentes, lindas, famosas, pessoas glamorosas. Seus heróis e heroínas.

Amontoados perto de uma barricada policial, havia três, três estilistas. Estilistas que ela adorava, bem, talvez não ela, porque Demi era uma espécie de coadjuvante, mas ainda assim, ia ficar na mesma sala, na mesma festa, que Tommy Hilfiger, que Vivienne Westwood!

Ela se voltou para Joe, quase derramando sua bebida.

– Estamos indo para a festa, certo?

– Sim, estamos indo para a festa.

– Ah, graças a Deus. Teria sido muito constrangedor se estivéssemos indo para um concerto ou coisa assim.

Ele riu de um jeito que a fez estremecer e a fez se lembrar mais uma vez que aquilo não era um sonho. A limusine estava em uma longa fila de limusines, e Demi imaginou que levaria um tempo até chegar a vez deles. O que significava que ela possuía uma janela de tempo a sós com Joe. Demi recostou-se no banco de couro luxuoso, então ele voltou a ser o centro de sua atenção. – Eu me lembro de ter lido sobre isso no ano passado. Pareceu-me que você se divertiu bastante.

Joe assentiu.

– Sim, eu me diverti. Considerando que faz parte do trabalho. Acho que este ano vai ser melhor. – Ele falava casualmente, como se estivessem conversando sobre parar no mercado da esquina. Como se eles se conhecessem. Casualmente, mas não entediado ou pretensioso. Aquela era uma noite típica para ele. Uma noite sobre a qual se ansiar, mas não para causar pânico.

Falando em pânico.

– Estamos na Semana de Moda, e estou usando um vestido caseiro. Meu xale… – Tinha custado 50 centavos no brechó, mas Joe não precisava saber disso. – Ai, Deus.

Ele a avaliou, sorrindo. Demi não sabia dizer se era porque a considerava adoravelmente gauche ou risivelmente ridícula. Quando ele se inclinou para frente, Demi ficou sem saber o que fazer, até que Joe fez sinal com o indicador para ela se aproximar. De uma forma bem conspiratória.

– O objetivo da moda é a originalidade e o talento. Todo mundo vai olhar para você, para seu vestido, e se perguntar quem é esse novo estilista. Sugiro a você se aproveitar da situação até não poder mais.

Ela teve que rir, porque, bem…

– É muito legal da sua parte dizer isso. – Demi tocou as costas da mão de Joe para certificar-se de que ele soubesse que ela não estava brincando, só que, no segundo em que a mão dela tocou a dele, percebeu o quanto eles estavam próximos um do outro. Ela sentia a respiração dele em seu rosto, o calor do corpo dele invadindo o dela sorrateiramente.

O fato de ele pensar que ela era capaz de criar algo tão exorbitante era… incrível.

– Não tenho certeza se conseguiria dizer essas coisas sem rir.

– Faça cara de tédio – disse ele. – Esse é o segredo. Aja como se preferisse estar em qualquer outro lugar do planeta e todos vão pensar que você é o próximo sucesso das paradas.

– Tédio. Eu sei fazer cara de tédio. – Demi teve de se inclinar um pouco para trás, pois foi ficando difícil não hiperventilar estando tão perto de Joe. – Na verdade, não, não consigo, não aqui. Meu Deus, ninguém consegue ser uma atriz tão boa assim. Mas posso ficar observando. Que é quase parecer entediada.

Joe se afastou também, o sorriso se prolongando, de modo que seus olhos se enrugaram.

– Ficar observando pode funcionar. Lembre-se, porém, que você não precisa ficar intimidada por causa de ninguém aqui. Bem, quase ninguém. Mas você provavelmente não vai encontrá-los de qualquer maneira.

Oh, ele era bom. Aquilo era charme sem esforço, a verdadeira diplomacia e modos perfeitos. Deixá-la à vontade à medida que eles avançavam pelo Monte Everest das aspirações dela? Maravilhoso, maravilhoso. Mas era melhor ela se conter um pouco, porque se subisse mais às nuvens, poderia sofrer uma queda e morrer.

– Eu li um artigo certa vez – disse ela – sobre uma mulher apaixonada por filmes, e ela arranjou um emprego no ramo. Disse que no final foi um pouco triste. Que o que ela amava eram as ilusões, os personagens, a fantasia. Uma vez que viu por trás das cortinas, nunca mais foi a mesma coisa.

Joe terminou seu champanhe e colocou a taça ao lado do balde de gelo, lentamente, como se estivesse pensando cuidadosamente no que ela dissera.

– É de se imaginar. A maioria das pessoas terrivelmente brilhantes que conheci também são terrivelmente perturbadas. Nem todas, mas muitas delas.

– Não acho que eu vá ficar decepcionada. Sei que é tudo ilusão. E tudo bem. Eu já experimentei uma vida normal. Uma coisa normal para diabo. Não era para mim.

– Onde foi? – perguntou ele. – Sua vida normal?

– Em Ohio – disse ela. – Cidadezinha minúscula. Família imensa. Feliz. Certinha. Meus pais tinham muitos irmãos, eu tenho um monte de irmãos, todos na minha família querem se casar, se é que já não estão casados, têm um monte de filhos, moram a um raio de distância da casa da família. Somos um quadro clássico da família clássica, com pequenas rebeliões e sonhos modestos. Não consigo expressar o quanto odiava isso. Não minha família, ela é ótima, mas essa vidinha. Saber o que me esperava. Os jantares de domingo e os chás de bebê, conhecer todas as pessoas no mercadinho e nunca precisar olhar o menu do restaurante local. Eu queria ir embora.

Demi inspirou profundamente o ar de Manhattan na limusine.

– Desejo a imprevisibilidade e as multidões, todos num ímpeto. Quero ir a boates e ficar na rua até quatro da madrugada, sendo que preciso estar no trabalho às oito, e quero comer coisas que não consigo pronunciar, e quero ter meu coração partido por homens insensíveis que vestem lindos ternos.

Ela desviou o olhar, sentindo-se tola. Vejam só quem está demais! Estava completamente tensa, é claro, mas não havia como não ficar tensa, dadas as circunstâncias. A fileira de limusines, escondendo seus passageiros secretos, ainda era impressionante.

– Acho que você vai se sair bem aqui – disse Joe, e ocorreu a ela que o timbre da voz dele não foi a maior surpresa, a bondade, sim. – São todos um bando de divas, e o que divas fazem de melhor?

– São descoladas sem esforço?

Joe riu enquanto balançava a cabeça.

– Eles pensam neles mesmos. Vão estar muito preocupados consigo para prestar tanta atenção em você. E só vão me notar porque podem me usar. Então relaxe. Aproveite. Você vai se divertir muito.

Demi já estava se divertindo para valer, e eles nem tinham saído do carro ainda, por isso a possibilidade de se divertir durante o restante da noite não estava fora de cogitação. Demi não necessariamente tropeçaria ou derramaria alguma coisa em seu vestido. Ela já havia decidido que não iria comer nada que pudesse ficar preso em seus dentes. E certificaria-se de que não ficaria bêbada.

Joe se inclinou para frente até obter a atenção de seu motorista.

– Nós vamos ficar aqui por pelo menos algumas horas, Raymond – disse ele. – Não precisa esperar. Avisarei quando estivermos prontos para ir embora.

– Certo, Sr. Winslow. Obrigado.

Demi balançou a cabeça. Quando chegara à cidade, estivera preparada para lidar com grosseria em massa, cinismo e impaciência de todos os lados. Nada disso acontecera. Não que não houvesse uma boa parcela de idiotas na área, mas as proporções eram bem distantes. A maioria das pessoas que ela conhecera, fosse pedindo informações na rua ou em pé na fila do café, tinha sido gentil. Agradável. Podiam até ser meio secas, mas estavam mais do que dispostas a ajudar, mesmo quando ela não pedira. Estas eram as pessoas normais, no entanto, diferentes de Joe. Se programas de televisão sobre nova-iorquinos ricos fossem dignos de credibilidade, Joe deveria ter se revelado um babaca completo.

Em vez disso, ele a levara para a Semana de Moda. Demi era uma escrava da moda desde a sétima série. Suas paredes eram cheias de colagens, um par de sapatos perfeito da Vogue, uma saia especial da revista W e uma blusinha da Seventeen. Claro, havia fotos de acessórios também, afixados com cola de artesanato e envernizadas com goma-laca, assim seriam lembranças permanentes de que Demi tinha mais do que um sonho. Ela possuía um objetivo.

Seu amor pela escrita veio depois, e a combinação? Fora um acordo feito no paraíso. Seu destino estava definido: ela seria colunista de estilo, uma formadora de opinião, uma deusa da forma e função.

E estar ali com Joe era… não. Não havia palavras para descrever aquela sensação.

O sujeito em questão se remexeu no banco de modo que pudesse observá-la, e também ter uma visão clara da janela.

– É um tremendo choque cultural se mudar para Nova York – disse ele. – Muitas pessoas não encontram nada além de encrencas em Manhattan.

– Eu não me importaria de encontrar um pouco de encrenca – disse ela, um rubor tomando as bochechas. Ela tocou a bolsa, um tanto ciente da calcinha fio dental, da escova de dentes, do preservativo e do restante dos objetos que compunham seu kit de aventura de uma noite. Rebecca não fora direta quanto a isto, mas nem precisava. Os hábitos de Joe nos encontros amorosos eram lendários.

O tema do filme Missão Impossível tocou na bolsa de Demi, assustando-a.

– Aposto que sei quem é – comentou Joe.

Demi abriu a bolsinha, não querendo que ele visse o kit, ou, Deus não permita, seu cartãozinho de troca. Ela pegou o telefone e viu que tinha uma mensagem de Rebecca.

Já chegou?

Demi sorriu.

!!!!!!!

Eu sabia q vcs 2 iam se dar bem

Falamos amanhã. Te ♥ por isso!

De nada. Vai fundo!

Joe tentou dar uma espiada, e ela o ajudou virando a tela.

Ele pegou o próprio telefone no bolso do paletó. Claro que era algum aparelho incrível. Poderia ser o último modelo de smartphone, pensou ela, se não alguma versão exótica indisponível para o público. Ao contrário do celular de segunda mão dela, um modelo da primeira geração.

Ele era incrivelmente rápido com os polegares. Habilidoso. Mas sua mensagens de texto eram incomparáveis à expressão dele. Joe sorria de uma forma totalmente diferente daquela de um momento atrás. Bem diferente daquela reflexão doce e ponderada. Agora ele era a própria imagem da diversão, a cabeça inclinada para o lado, as sobrancelhas erguidas de surpresa ou prazer, possivelmente ambos. Ou talvez algo completamente diferente, mas esta era a noite para se acreditar na melhor das opções, certo?

Antes de guardar o celular, Demi o posicionou para focar o rosto dele para uma foto rápida. Ela seria uma tola se fosse para casa sem uma lembrança física de hoje à noite e, não, bolhas causadas pelos seus saltos incrivelmente altos não contavam como lembrança.

Quando pôs o celular na bolsa, Demi se deu conta. Percebeu por que estava ali. Por que Rebecca tinha dado cartão de Joe a ela. Percebeu o que era aquele negócio todo. Um favor.

Na primeira noite em que saiu com Rebecca, Demi revelara seu plano de cinco anos durante a conversa. Seus sonhos, os passos, a obsessão. Rebecca não comentara seu parentesco com Joe. Não parecera ciente sobre semana de moda de maneira alguma. Aquela danadinha sorrateira…

O que significava que era melhor Demi baixar bastante suas expectativas. Ela não estava realmente em um encontro com Joe. Estava envolvida em um favor. Estas duas coisas terminavam de maneiras completamente diferentes. Favores não se estendiam para o quarto.

Joe colocou o celular de volta no bolso do paletó exatamente quando o telefone tocou de novo.

– Vai estar lotado lá. Acabei de enviar meu número a você. Se nos separarmos, mande-me um torpedo, e eu irei ao seu encontro.

Demi tinha o número do celular de Joe Winslow . Ela poderia se empolgar com isso. Poderia ser algo exclusivo, mas e daí? Só porque era um favor, não deixava de ser o maior acontecimento da vida dela.

– Você está bem? – Ele quis saber.

– Estou bem. Ótima. Há chances de eu me separar de você?

– Não se eu conseguir evitar… ah, chegamos.

A porta ao lado de Demi foi aberta assim que Joe pegou a taça da mão dela. Em mais um momento espetacular de conto de fadas, ela pisou em um tapete vermelho. Ela não ofuscou ninguém, não tropeçou e conseguiu evitar ficar boquiaberta, mesmo quando flashes estouraram ao redor, cegando-a e empolgando-a igualmente.

Joe segurou o braço dela na altura do cotovelo, e isso foi bom porque ela realmente não conseguia ver nada. As pessoas ao redor estavam gritando “Aqui!” e “Olhe para cima!” sem parar, e ela não imaginara que haveria tanto barulho. Sempre que ela assistia isto na TV, era sem ruídos, só com uma pessoa narrando, e então acontecia um corte para um comercial, mas ali, ao vivo, era alto, assustador e intrusivo.

A mão de Joe a apertou suavemente quando ele a guiou para uma tenda branca imponente, que ela sabia ser o local da Semana de Moda no Damrosch Park. A área era enorme, com desfiles de manhã até à noite, festas, salas de jantar, salas de reuniões, salas de imprensa.

Demi havia estado ali no Lincoln Center, mas do outro lado, perto da fonte, do museu e da escadaria mágica. Estar ali agora, com todo o complexo ostentando seu melhor visual, e entrar nas tendas deveria ser algo impossível para uma garota que nem ela; era muito para se processar.

Felizmente, havia a mão firme de Joe. Que mundo era aquele no qual a coisa mais reconfortante ao redor dela era Joe Winslow? Demi sinceramente não sabia dizer se estava tremendo de frio ou de emoção.

Havia tanta coisa para se olhar entre os flashes das câmeras, ela ficou chocada ao entrar. Havia uma fila, e porque aquele era o mundo real, havia detectores de metais para se atravessar. Ninguém parecia se importar, apesar de tudo. A segurança era reforçada, e o ritmo lento conforme avançavam dava a ela a chance de recuperar o fôlego, só para perdê-lo novamente quando viu de novo quem estava ao seu lado.

A respiração de Joe aqueceu o pescoço dela quando ele se inclinou para perto. Arrepios. Em todos os lugares. Pela coluna e pelos braços. Quando a voz veio, baixa e quente, Demi ficou sem fôlego e sentiu os olhos revirarem por apenas um segundo. Provavelmente dentro de um minuto ela iria se ajustar ao ambiente. Não iria amolecer por causa do toque dele, ou por estar a um passo de distância de seu estilista favorito. O problema era que ela não conseguia decidir para o quê olhar, se para as roupas ou para os estilistas em si. Ai, Deus, ali estava uma modelo que era capa da edição deste mês da Elle, e Deus Todo-Poderoso, ali estava o astro da sua série policial favorita, e Demi ficou tão grata por ter o braço de Joe para se apoiar.

– Você nunca vai ver tanta comida desperdiçada quanto nesta festa – disse Joe com o mesmo sussurro íntimo que tinha usado na limusine. – Não creio que qualquer uma dessas pessoas realmente come. No entanto, elas mascam muito chiclete. Cetose. Tem a ver com o mau hálito, não que você vá ler sobre isso na Vogue ou na W. As pessoas que não comem podem ficar fantásticas na frente das câmeras, mas o hálito delas poderia matar um búfalo. Esteja avisada.

Demi riu e, embora fosse verdade que todo mundo nas duas longas filas que serpenteavam pela tenda fossem ridiculamente magras, a maioria das pessoas que ela vira estava mastigando discretamente, às vezes a uma distância razoável uma das outras para evitar respirar muito perto.

E claro, ela pensou no próprio hálito agora. Mal tinha comido hoje, tinha ficado tensa demais.

– Você está bem? – perguntou ele com a risada com aroma de menta. – Não se preocupe.

Ela sorriu para ele à medida que avançavam.

– Acho que não estou escondendo muito bem minhas raízes interioranas, né?

– Não entendo o que você quer dizer.

Demi lhe lançou um olhar compreensivo.

– Vou me esforçar mais para parecer blasé.

– Não faça isso por mim. – Joe a puxou ainda mais, até que ambos estivessem se encarando. – Eu gosto de ver o quanto isto é mágico para você.

– Eu sou uma verdadeira novidade, né?

– Na verdade, sim. Mas uma novidade boa. Quero ouvir muito, muito mais sobre sua vida antes de Nova York. Eu sou um nativo, e do jeito que fui criado, você pensaria não existir nada entre a Califórnia e Nova York. Eu nunca estive em Ohio, embora esteja razoavelmente certo de que poderia apontar o estado em um mapa. Fica abaixo do Lago Erie, certo? – Uau, estou impressionada. Sim.

– E onde você cresceu lá em Ohio?

Ela abanou a mão e se virou para verificar o progresso da fila.

– Você nunca ouviu falar da cidade. – Quando voltou a encarar Joe, o sorriso dele estava um pouco torto. – Então… essa comida que você mencionou. Eles servem passando bandejas? Bufê? Banquetes em mesas enormes?

– Bandejas e bufê – disse ele. – Haverá lugares para sentar, mesas de todos os lados, e eis um segredo: dá para saber qual é a hierarquia por quem está sentado, quem está de pé e pelos lugares onde ambas as coisas acontecem.

Ela arregalou os olhos diante de mais aquele bocado de gentileza íntima da parte dele. Demi sentia como se Joe estivesse dando a ela o passe máximo para os bastidores, e ao passo que sabia que muito daquilo tinha a ver com a educação dele, e ainda mais com Rebecca, havia uma pequena chama de esperança enterrada lá no fundinho de que talvez ele a estivesse deixando entrar porque gostava dela. Ao menos um pouquinho?

Provavelmente era uma boa ideia não estender tal pensamento. Demi precisava aproveitar o momento, desfrutar ao máximo do que tinha agora. Pedir mais do que aquilo era provocar o destino.

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Amores cade vcs comentando? 
Assim cês me deixam triste ;(
xoxo

5 comentários:

  1. muito bom quero mais......... Posta logo!!!!!!!!!1

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  2. Estou a adorar descobrir este pormenores todos do mundo da moda, então este maravilhoso encontro entre eles decorre ahah Posta mais :)

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  3. To amando,To tão ansiosa para o próximo capítulo tá tão perfeito,beijos.

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  4. Olá, achei novamente esse blog, eu lia bem nas primeiras fics porem não lembro se comentava kkk agora irei comentar mais, ou pelo menos toda vez que ler
    Estou adorando essa história mesmo ainda estando no começo!
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    Sam, xx

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  5. Estou adorando essa diferença de mundos... ela parece bem autentica e ele parece satisfeito em apresentar o mundo dela a ela... ansiosa pra saber o que vai acontecer ..... será que ela vai ser vítima da maudade das ex do Joe? Continuaaa.....

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