16.7.15

O Sucesso Em Meus Braços - Capitulo 8

Joe se encontrava acomodado junto ao balcão do bar e saboreava um café expresso enquanto assistia Demi atender à clientela.

Ela se movia de um canto para o outro da cafeteria ano­tando pedidos e servindo os grupos de pessoas que se en­contravam para desfrutar de algum tipo de petisco no mais famoso café da região.

Vestindo um top na cor preta e saias justas, ela se movia com a graça de uma deusa. O cabelo preso em uma longa trança e um sorriso permanente nos lábios a tornavam uma pessoa que esbanjava confiança. Uma mulher inde­pendente e no comando da situação, muito diferente da tímida Demi que parecia muito vulnerável enquanto eles estavam participando do churrasco na casa da irmã de Joe.

Eles ainda não haviam conversado sobre o assunto des­de o dia em que o churrasco acontecera. E já havia se passado uma semana sem que Joe soubesse a razão de Demi ter se sentido tão aborrecida naquele dia. Ele en­saiara a conversa uma centena de vezes em sua cabeça, mas não tivera a coragem de tomar a iniciativa. Seria pre­ferível que ela mesma falasse o que estava acontecendo de errado quando achasse conveniente.

Como se tivesse adivinhado os pensamentos dele, Demi o avistou naquele preciso momento e acenou com uma das mãos no ar. Ele respondeu ao aceno e sorriu. Em seguida, consultou o relógio de pulso que usava e se perguntou até que horas a clientela pretendia se demorar. Joe não era o tipo de homem que gostava de ficar por muito tempo em um lugar tão lotado. Ele só estava ali porque Demi lhe dissera que não iria demorar muito para fechar o bar. Porém, pelo jeito como a casa estava lotada, Joe não tinha muitas esperanças de que isso acontecesse cedo.

— Está se divertindo?  A voz de Demi soou atrás dele enquanto os braços dela lhe enlaçavam a cintura.

— Agora sim  ele brincou. Mas quando girou o cor­po para encará-la, Demi recolheu um dos braços que mantinha na cintura dele para poder acenar um cumpri­mento para um executivo que acabava de chegar acompa­nhado de duas jovens loiras.

— Ah, não!  exclamou Joe.  Mais pessoas estão chegando?

— Sinto muito  lamentou Demi com um sorriso exibido. Esse é o resultado do meu sucesso.

Joe nunca tinha visto Demi tão animada. Os olhos brilhando de satisfação e um deslumbrante sorriso nos lá­bios. Ele inclinou a cabeça e murmurou em um ouvido dela:

— O lugar está lotado demais para o meu gosto. Eu acharia preferível uma festa particular para dois.

Ela deu uma risada alta e divertida.

— Pois eu adoro multidões. Essa é uma das razões pela qual eu me mudei para Melbourne.  E girando o corpo de maneira teatral, ela abriu os braços e falou:  Imagino que você não goste de uma garota da cidade grande, nãé?

— Não. Eu não gosto.  Joe confirmou com serie­dade na voz. O que estava acontecendo com ela? Demi parecia que estava servindo álcool em vez de café.

— Bem, se você está pensando em ir para uma festa, eu ouvi alguns clientes mencionando o nome de um ou dois clubes. O que acha? Eu adoro dançar!  ela exclamou dando mais um giro e um sorriso sensual.

Antes que ele respondesse, o celular tocou, e Joe o retirou do bolso para atender a chamada.

Demi percebeu que ele empalideceu enquanto pres­sionava o aparelho em um ouvido e tapava o outro com a palma da mão para poder entender o que estava sendo dito do outro lado da linha.

E ela não podia culpá-lo. Além do baralho de vozes e risadas, a música estava alta demais. E isso fazia parte de seu plano secreto. Ela exagerara no som e nas suas atitu­des de maneira propositada. Queria demonstrar que eles eram muito diferentes em seus hábitos e isso o deixaria irritado. Então ficaria mais fácil apontar um motivo para lhe dizer que pretendia deixá-lo por que o casamento de­les não poderia dar certo. Demi não queria mentir, mas também não queria magoá-lo. E dessa maneira, seria mais fácil romper o relacionamento com ele.

— Fique calma. Estou indo para aí Joe berrou e desligou o celular.

A palidez no rosto de Joe a assustou.

— O que aconteceu?  ela perguntou aflita.

— Jemma está no hospital. A família inteira já está lá. Eu também preciso ir.

— Eu vou com você  ela se prontificou.

— E o bar?

— Vou avisar Anna que se trata de uma emergência e pedir que ela cuide da cafeteria da maneira que puder. Acho melhor você ir à frente e logo mais eu o encontro no hospital. Está bem?

— Você é incrível, Demetria!  Ele sabia o quanto a cafete­ria representava para ela, e, mesmo assim, ela se dispôs a abandonar tudo para acompanhá-lo. Com um beijo rápido nos lábios dela, ele agradeceu antes de sair.  Obrigado.

— Vá logo!  Ela deu um empurrão suave no peito dele para que Joe se apressasse. Aguardou que ele saís­se para procurar por Anna e instruí-la antes que pudesse partir para o hospital. Joe estava precisando do apoio dela, e Demi não poderia deixá-lo sozinho num mo­mento como aquele. Tudo o que havia planejado lhe dizer naquela noite poderia ficar para depois.

*****

Joe piscou algumas vezes para afastar a sensação de ardência nos olhos por conta do sono que sentia em ra­zão do cansaço. Entretanto, ele não era o único. Olhando ao redor da sala de espera, ele viu cada membro de sua família tentando encontrar uma posição de descanso na­quelas horríveis cadeiras de plástico na cor laranja. Sandy e Monica estavam na última fileira e aproveitavam para recostar a cabeça contra a parede da sala. Jodi repousava os braços sobre o imenso abdômen e mantinha as mãos sobrepostas.

Os maridos haviam ficado em casa para tomar conta das crianças. Por um instante, Joe também desejou es­tar com eles em vez de naquele lugar frio com o odor de antissépticos no ar e observando a expressão aborrecida das irmãs sob a luz forte das luminárias fluorescentes.

Ele odiava ter que vê-las daquela maneira e odiava o fato de que sua preciosa sobrinha estivesse sendo operada naquele instante. Os cirurgiões haviam dito que não havia outro jeito. Eles precisavam remover o apêndice da garota antes que acontecesse uma ruptura, o que poderia ser fa­tal. Os médicos garantiram que se tratava de um procedi­mento simples, mas Joe não conseguia entender como uma criança de apenas dois anos de idade precisasse pas­sar por uma coisa dessas.

Aproveitando que a pessoa que estava sentada na ca­deira próxima de Jodi se levantou, Joe decidiu se aco­modar ao lado da irmã para confortá-la.

— Vai dar tudo certo, Jodi  ele murmurou enquanto enlaçava os ombros da irmã.

Ela ergueu o olhar para ele e falou com a voz trêmula:

— Será?

— Claro que sim!  Ele exclamou com segurança para tentar acalmá-la.  Agora você precisa cuidar desse bebê que está aí dentro e deixar os cirurgiões fazerem o seu trabalho para salvar Jem.

Ele estendeu o braço que estava livre e repousou a mão sobre o ventre volumoso da irmã, orando silenciosamente para que o bebê estivesse bem. Ele imaginava o drama que Jodi deveria estar passando.

— Eu estou me sentindo tão perdida, Joe!  Jodi exclamou, repousando a cabeça no ombro dele.

Joe se perguntou por um instante se a missão de ter filhos fosse realmente uma benção ao observar o sofri­mento da irmã.

— Sra. Lee?

Jodi endireitou os ombros rapidamente ao avistar o jo­vem médico que se aproximava deles.

— Como está Jemma? Ela está bem?  Jodi se atrope­lava nas palavras enquanto apertava a mão de Joe.

Joe segurou o fôlego enquanto fixava o olhar na boca do médico e esperava ansioso o que o profissional tinha para dizer.

Depois de alguns segundos que mais pareceram uma eternidade, o doutor exibiu um sorriso e revelou:

— Jemma vai ficar bem. A cirurgia já terminou e deu tudo certo. Ela está na sala de recuperação e logo vocês poderão vê-la.

— Graças a Deus!  Jodi exclamou e agradeceu ao médico.

O doutor mantinha um sorriso contido de quem está acostumado a assistir essas cenas constantemente. Assim que o bip tocou, ele se despediu com um aceno de cabeça e saiu apressado na direção de um dos corredores.

As irmãs se abraçaram, e Joe se afastou para promo­ver espaço para elas.

Naquele mesmo instante, Demi surgiu com uma bandeja nas mãos, lotada de embalagens apropriadas para viagem e que continham café expresso para servir para a família.

Joe se apressou em encontrá-la. Apanhou a bandeja das mãos dela e a colocou sobre uma mesinha que estava próxima. Então a abraçou.

— Vocês tiveram notícias de Jemma?

— Sim. Ela vai ficar bem  Joe revelou.

— Graças a Deus!  ela exclamou com um suspiro aliviado.

— Ei, por que está chorando? A pior parte já passou.  Joe murmurou enquanto afastava com um polegar uma lágrima solitária que se desprendeu dos olhos mare­jados de Demetria.

— Eu sei.

Se ela sabia, então porque estava com um olhar tão tris­te? Ele se perguntou, sem ter ideia do que estava aconte­cendo com Demetria.

— Vamos embora daqui. Você deve estar exausta.

Demi não protestou enquanto Joe enlaçava os om­bros dela e a conduzia na direção de sua família para se despedirem.

Joe não podia fazer outra coisa a não ser esperar que, em algum momento, ela lhe contasse o que estava se pas­sando em sua mente.

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Grandes emoções!! Comentem p/ o próximo.

6 comentários:

  1. Muito Bom!!! A Demi ta mt emotiva.......... quero mais.........Posta Logo!!!!

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  2. PRECISO do próximo capítulo!!!!!! Espero que eles fiquem bem e, por favor, que Jemi não se separe! Beijos :*

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  3. A demi tem que parar com isso de querer se separar do joe.. posta mais

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  4. Ahhhhh Posta mais estou muito anciosa *--*

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  5. Espero que ela não faça a besteira de terminar com o Joe..... por favor posta logoo!!!

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