19.10.15

Minha Dupla Vida - Capitulo 3


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– JÁ NOS conhecemos? – soltou Joe com todo o requinte de um garoto no colegial chamando uma garota para sair pela primeira vez.

Que delicado, cara. Realmente elegante.

A diva da dança vestida com lantejoulas prateadas balançou a cabeça negativamente, o negro e o prateado em sua máscara reluzindo quando ela se mexia. De perto, ela não era tão alta quanto parecia no palco. Ela ainda se movimentava com graça atlética, mas havia uma diferença sutil no modo como se portava, como se um pouco de sua confiança tivesse se esvaído assim que ela saiu dos holofotes.

Ele desejava poder enxergar por trás da máscara.

– Não? – Joe sentia-se um idiota por tê-la seguido após a apresentação, mas ele ficara tão hipnotizado que nem pensou no que estava fazendo. Além disso, havia algo de familiar nela. – Sou Joe Fraser – apresentou-se, na esperança de que aquilo fosse ajudá-la a se lembrar dele. – Sei que soa como uma cantada, mas sinceramente, achei que já nos conhecêssemos.

Estendendo a mão, ele esperou que ela retribuísse a saudação, mas o segurança do clube surgiu em um instante. Tardiamente, Joe percebeu que outros caras que tinham visto o show haviam tido a mesma ideia que ele, e agora estavam logo atrás, à espera de uma palavra com a loura sexy.

Droga.

– Sr. Fraser. – Um dos seguranças se dirigiu a ele educadamente enquanto outro musculoso afugentava o restante da multidão que salivava. – Tenho certeza de que a Srta. Night ficaria feliz em conversar com você nos bastidores, onde as dançarinas têm um camarim.

– Não queria incomodar você – disse Joe contornando o sujeito fortão que estava entre ele e a loura. – Você foi ótima lá em cima.

Antes que ele pudesse se virar, o segurança colocou um braço em volta dos ombros da bailarina e a arrastou alguns passos mais para perto de Joe.

– Não é incômodo, Sr. Fraser – assegurou o empregado do clube, endireitando uma gravata azul-escura e lançando um sorriso insinuante. – Tenho certeza de que é um prazer para a Srta. Night.

O que significava que era parte do trabalho dela.

E não é que aquilo colocou as coisas em perspectiva para Joe? Que diabos ele estava pensando, seguir uma dançarina como se fosse um arroz de festa de áreas VIPs que achava que qualquer coisa no local fosse sua por direito. Ele odiava tal ideia por saber que isso era exatamente o tipo de porcaria a que seu pai recorria o tempo todo. Thomas Fraser II passara a vida presumindo que o mundo era dele por direito.

– É claro – disse a dançarina muito suavemente. Ela se adiantou para enlaçar o braço de Joe. – P-p-por aqui, por favor.

Ele a acompanhou apenas para se certificar de que ficariam longe dos ouvidos do segurança. Ela o guiou para trás de uma cortina preta, até uma pequena recepção com uma portinha, a qual ela deixou aberta. Havia um sofá compacto e um par de poltronas em torno de uma mesinha de café com um grande arranjo de orquídeas e folhagens. Uma garçonete apareceu tão logo eles entraram, mas quando a dançarina sacudiu a cabeça para recusar serviço, Joe deu uma gorjeta à garçonete e a liberou. – Srta. Night, não é?

– Natalie – falou ela rapidamente, num fôlego só. – Nome artístico.

Ele se lembrava de ter visto vagamente o nome “Natalie Night” na programação afixada na entrada do clube.

Lá no palco, outra artista já entretia a multidão, a música sussurrada e a batida do baixo pontuados por alguns gritos masculinos de aprovação.

– Bem, Natalie, não vou segurar você por muito tempo. Só vim aqui porque não queria causar problemas entre você e a administração do clube. – Ele captou o espelho com moldura dourada atrás do sofá e no teto, supondo que aquele quarto fosse designado para danças particulares e muito mais. Embora já tivesse estado em clubes como aquele, nunca pagara por algo “extra”, nem uma única vez. O que mais Natalie poderia oferecer, caso ele estivesse inclinado a aceitar?

– Tudo bem – assegurou ela, puxando a alça de seu traje para a beiradinha do ombro. – Hoje foi apenas um período de experiência para… – Ela fez uma pausa. Sorriu, sem graça. – Para mim.

Ela parecia falar com uma paciência deliberada, articulando lentamente, como se estivesse incomodada por ter de conversar com um fã. Não que Joe a culpasse por isto. Mas ele ficou muito curioso com o comentário dela para ir embora.

– Esta é sua primeira noite nesse emprego?

– Foi um teste público para um papel na… – Ela passou a mão pelo cabelo, os fios platinados de comprimento médio voltaram ao lugar. – Temporada de outono.

O movimento distraiu Joe das palavras dela, os olhos indo para toda a pele nua que o traje expunha. Com uma ferocidade súbita, ele percebeu que não a queria na temporada de outono. Nem um pouquinho.

– Você não quer trabalhar aqui. – Ele imaginou os seguranças do clube a empurrando para salas VIP com convidados abonados que ficariam muito felizes em distribuir dinheiro em um showzinho particular. – Sei que você seria destaque com seu talento, mas alguns frequentadores de clubes não respeitam os limites das dançarinas. Você não ia gostar de ter que… você sabe… entreter os clientes aqui atrás.

Então, novamente, ela devia saber o que o trabalho envolvia. E ele provavelmente avançara bem os limites ao querer dizer a ela como viver sua vida, mas droga. Ela era talentosa demais para ficar lidando com idiotas ricos.

– Vou me preocupar com isso quando chegar a hora. – Ela falou tão baixinho que ele precisou se inclinar para ouvi-la.

Perto o suficiente para captar o perfume dela: uma fragrância leve, que mal dava para sentir.

– Não é da minha conta lhe dizer o que fazer. – Ele tentou recuar e sair de lá, mas se flagrou ainda muito perto dela.

Joe queria dar uma olhadinha por trás da máscara e ficou parado para tentar discernir a cor dos olhos sob a peça negra. Azuis, talvez.

– Você não gostou da dança? – perguntou ela, distribuindo o peso do corpo sobre um dos saltos altíssimos, os lábios pintados com esmero se movimentando com uma precisão lenta enquanto ela falava.

Apanhado pelo desejo de lamber todo aquele gloss cor-de-rosa até ser capaz de enxergar a cor verdadeira por baixo dele, Joe sentiu o sangue ferver. Queria aquela mulher, mesmo sem saber absolutamente nada a respeito dela.

– Gostei muito da dança. – Aquilo não explicava o que o havia feito segui-la. Ou o que o fizera continuar por ali quando ele não tinha planos de pagar por uma performance particular. – Muito mesmo. Talvez por isso não ache que você deva executá-la em um lugar como este, onde as bailarinas são encorajadas a fazer horas extras.

Era difícil avaliar a reação dela sob a barreira da máscara. Mas a boca se curvou em um sorriso sexy e manhoso que elevou a temperatura em alguns graus.

– Você foi uma ótima plateia – confidenciou ela naquele tom suave que o fez sentir como se já fossem íntimos. – Não conseguiria ter feito aquilo sem você.

Ele estava perto o suficiente para beijá-la. E o jeito como ela falava com ele o fazia achar que ela poderia aceitar bem o beijo. Mas o relógio na parede tocou bem naquele instante, chamando a atenção dela.

– Tenho que ir – anunciou ela, aprumando os ombros.

O tempo dele já havia acabado? Joe se perguntou se deveria dar uma gorjeta a ela, embora eles só tivessem conversado.

– Espere. – Ele estava tão distraído esta noite que não sabia bem o que estava fazendo. Mas não achava que seria capaz de se concentrar no trabalho ou no plano contra seu pai caso não encontrasse logo algum alívio para seu estresse. E aquela mulher definitivamente tinha flertado com ele. – Podemos nos encontrar mais tarde? Sem compromisso?

Ele poderia mandar Eric para casa com o motorista e pegar um táxi para seu apartamento.

– Tenho certeza de que é contra a política do clube. – A rejeição dela pareceu cuidadosamente redigida.

Porque ela era cautelosa, ou porque estava tentando dispensá-lo com delicadeza?

– Mas você não começa a trabalhar aqui oficialmente até o outono.

– Eu não vou fazer horas extras… nem agora nem depois – lembrou ela, jogando as palavras na cara dele.

– Então me encontre mais tarde. – De repente, aquilo soou como a melhor razão já apresentada. Ele tinha planejado, traçado e pensado cada movimento seu tão cuidadosamente ao longo dos últimos seis meses, fechando totalmente sua vida pessoal para se concentrar em ressuscitar sua carreira e seu nome.

Por que não fazer uma coisa só porque ele queria? Só porque Natalie Night era sexy e intrigante?

– Você realmente gostou da dança, não é? – Se aquela pergunta tivesse vindo de outra mulher, Joe acharia que ela estava caçando elogios. Mas Natalie pareceu genuinamente surpresa.

E isso não fazia sentido. Dançarinas exóticas buscavam o palco porque desejavam ser o centro das atenções e eram confiantes a respeito de seus corpos.

– Acho que é de você que gosto – admitiu, tocando a pontinha da máscara e deslizando o dedo ao longo do rosto dela. – Posso?

Ele puxou ligeiramente para cima, à espera de aprovação.

– Não. – Ela se afastou rapidamente. Vacilante. – Encontro você mais tarde, mas a máscara permanece em meu rosto.

– Sério? – Joe não sabia o que o surpreendia mais. O fato de ela concordar em se encontrar com ele ou de querer permanecer anônima.

Embora uma imagem de Natalie em cima dele, com as coxas esguias o envolvendo enquanto usava nada além de tecido e plumas o tenha golpeado com tanta força que lhe tirou o fôlego.

– Você pode estar na porta dos fundos em 15 minutos? – Então o olhar dela se voltou para o relógio na parede outra vez.

– Sim, mas será que não vai haver uma multidão reunida lá para ver você?

– Sério?

Mais uma vez, aquela surpresa aparentemente inocente não fazia sentido. Ela estava brincando com ele?

– A segurança vai acompanhá-la até seu carro, mas acho que eles não vão incentivá-la a se encontrar com qualquer frequentador do clube uma vez que você estará fora do expediente.

Ela franziu a testa.

– Eu resolvo isso – disse ela finalmente, dando um passo para trás. – E Joe?

– Sim? – Ele ouviu a música mudando e soube que uma nova apresentação ocorria no palco.

– Estou muito feliz por você ter vindo esta noite.

Natalie deu meia-volta e saiu da sala, os quadris rebolando em uma caminhada delicadamente feminina e sem a intenção de ser sedutora. Ou assim pareceu para ele.

Joe estava tendo um trabalhão para decifrar aquela mulher.

Será que realmente iria encontrá-lo, ou já estava planejando mandar a segurança atrás dele assim que aparecesse no estacionamento? Joe não fazia ideia. Mas ela havia sido a mulher mais quente, a mais divertida na qual ele já tinha colocado os olhos.

E ele planejava aproveitar todos os momentos possíveis que pudesse ter com Natalie Night. No dia seguinte, haveria tempo suficiente para interrogar a analista da Sphere Asset Management e obter as respostas que desejava.

Talvez depois de se entregar à sua fantasia sensual superaquecida com Natalie, ele seria capaz de olhar nos olhos cinzentos de Demi Masterson e enxergar a mulher egoísta que ela realmente era, e não a analista sexy que o cérebro dele evocara.

ISSO ERA ruim. Muito ruim.

Tropecei no camarim e peguei minha bolsa, desesperada para sair do clube antes de Joe perceber que fui embora. Porque mesmo que meu coração estivesse batendo como as asas de um beija-flor, um zilhão de vezes por segundo, eu sabia que levar as coisas mais longe com um cliente estaria fora de questão. Ao contrário de Selena, eu não tinha headhunters empilhando ofertas de emprego aos meus pés.

Era fato que eu não deveria ter planejado encontrá-lo. Mas fiquei travada e soltei a primeira coisa que me veio à mente ao passar por ele e seguir para o vestiário. Percebi que ganhei 15 minutos para não ter que dar desculpas ou me explicar.

– Bom trabalho no poste, novata. – Outra dançarina sorriu para mim enquanto eu enfiava meus tubos de rímel e de glitter corporal na bolsa.

Com pelo menos 1,83m, a mulher era uma mistura étnica ao estilo Jennifer Lopez e totalmente linda. O fato de ela estar quase nua e aplicando tinta cor-de-rosa no seio esquerdo só acrescentava à sua aparência deslumbrante. Parecia que ela estava vestindo um corpete de tatuagens.

– Ah. Hum. – Difícil fazer contato visual com uma mulher seminua, mas tentei. – Obrigada. Sou De… isto é, sou Natalie. Por mais que precisasse ir embora, não queria indispor Natalie com suas futuras colegas.

A beleza pintada de rosa riu.

– Você não é a única escondendo a identidade, Natalie. Amamos nossos nomes artísticos nesse ramo. Sou Kim, mas todo mundo aqui me conhece como Kendra.

– Prazer em conhecê-la. – Com a bolsa arrumada, levei um minuto extra para admirar a borboleta que de alguma forma ela havia pintado de cabeça para baixo em seu peito. – Sua arte é incrível.

– Sério? – Ela endireitou-se e olhou-se criticamente em um espelho ornado por lâmpadas fluorescentes. – Tudo fica meio esverdeado nesses espelhos.

– É muito bonito. – Cacei um vestido de praia disforme na bolsa para cobrir meu traje.

– Você viu Eric Reims no meio da multidão? – perguntou ela, mergulhando seu pincel fino em uma paleta com tinta preta.

– Quem? – Fechando a gola, senti-me mais como a velha “eu” outra vez.

– O ator na primeira fila. Ele esteve em alguns filmes adolescentes, mas no verão passado fez uma comédia romântica de baixo orçamento. – Ela sombreou o fundo de uma flor com leves pinceladas. – Você não pode deixar de ver. Ele era o cara mais gato perto do palco.

Pessoalmente discordava, mas tinha uma vaga impressão de ter visto um homem loiro bem jovem e elegante sentado ao lado de Joe. E, sim, ele era bonito, se você gostasse dos tipos com cara de bebê. Eu só tinha olhos para Joe.

– Acho que sei de quem você está falando. – Dando um passo para trás, minha vontade era telefonar para Natalie e lhe dar a boa notícia. O dono do clube já havia me falado que meu lugar estava garantido para a temporada de outono.

Isso significava que Natalie tinha conseguido o emprego. Era bom pensar que eu havia pago parte de minha pequena dívida com minha instrutora de dança. Eu nunca poderia ter vivido uma noite como esta, tantos níveis de emoção, sem ela.

– Ele estava sentado ao lado de Joe Fraser, o filho cabeça quente de Thomas Fraser, o grande produtor. – Kendra pegou uma latinha de strass e aplicou cuidadosamente nas antenas da borboleta. – Acho que li em algum lugar que o filho é agente de Eric Reims agora.

À menção do nome de Joe, comecei a me agitar novamente. Nunca tinha sido do tipo louca pelos meninos, nem mesmo quando era pré-adolescente e todas as outras garotas salivavam pelos caras mais populares da escola. Talvez soubesse que não poderia competir, ou que só iria fazer papel de boba. Mas até o momento não tinha namorado muito, nem mesmo ao longo da faculdade ou da minha vida profissional. Só alguns relacionamentos aqui e ali. Nada perto dos sentimentos loucos de tirar o fôlego que Joe inspirava.

A ideia de fugir da chance de estar com ele hoje à noite doeu um pouquinho de novo. Quantas oportunidades como essa surgiam por aí?

Antes que pudesse responder a Kendra, o cara que parecia ser o chefe da segurança enfiou a cabeça no vestiário, batendo com atraso na porta aberta.

– Srta. Night?

Com os nervos tensos, aprumei-me. Quanto mais permanecia ali, mais preocupada ficava de estragar as coisas para Natalie. Sentia-me como Cinderela à meia-noite, e os sinos já estavam tocando.

– Sim – respondi, minha máscara ainda no rosto.

– O Sr. Fraser está esperando por você na porta dos fundos. Posso acompanhá-la?

O pânico explodiu no meu peito enquanto Kendra soltava uma risada grave e gutural.

– Parece que a novata estava dominando tudo melhor do que eu imaginava. – Ela largou a latinha de strass e ergueu a palma.

Levei um minuto para perceber que ela estava à espera de um “toca aqui”. Deus sabe que, para mim, não era um momento de comemoração.

Por fim, dei-lhe o cumprimento necessário e tentei sorrir.

– A-a-acho melhor ir. – Tropecei um pouco nas palavras porque estava super nervosa. Não podia sair pela porta dos fundos caso Joe estivesse esperando por mim lá. Ele estava pelo menos cinco minutos adiantado em relação ao que tínhamos combinado.

Rezando para conseguir pensar em um plano de fuga, ajeitei a alça da bolsa maior no ombro e segui até o leão de chácara que me escoltaria.

– Não faça nada que eu não faria – disse Kendra, um tom de brincadeira na voz sugerindo que eu deveria fazer o que diabos quisesse.

Quem me dera.

– Posso levar isso para você? – perguntou o sujeito enorme. Parecia que ele tinha passado todos os dias da vida na academia, e fiquei espantada por ele ter encontrado um paletó de terno que servisse naqueles ombros.

– Não, obrigada. – Saí em disparada, correndo na frente, antes que ele pudesse insistir em carregar minha bolsa.

– Por aqui. – Ele gesticulou para a esquerda e assenti humildemente, esperançosa de que ele não tentaria puxar conversa.

Precisava despistá-lo e encontrar uma saída.

A música vindo da pista de dança tinha se transformado em um vocal feminino estridente por sobre bumbos pesados. O resultado soava como gemidos de alguém fazendo sexo, e me imaginei saindo do estacionamento com Joe e ficando suada e nua.

Obrigando-me a retornar à realidade, percebi que não havia muitas portas ao redor, muito menos alguma com uma placa vermelha luminosa indicando a saída.

Mas assim que vi de relance o piscar de luzes roxas estroboscópicas, soube que devia estar perto da entrada do clube e do palco principal. Assim, sem dizer uma palavra para o Sr. Musculoso, fiz uma curva à esquerda e segui pelo corredor em direção à música.

Era minha imaginação, ou ouvi uma voz masculina me chamando alguns segundos depois?

Não olhei para trás quando passei por garçonetes seminuas e por homens com olhos vidrados e bêbados. Alguns rapazes se materializaram diante de mim, mas os contornei com facilidade. Eu era uma mulher em uma missão. Vendo uma multidão ao redor da entrada, enfiei-me no meio e empurrei a porta de aço pesada que estava destrancada.

Chegando à calçada com uma corrida, deixei o Backstage para trás e segui para meu carro no estacionamento. Quando liguei o motor e manobrei para fora da vaga, soube que podia ficar aliviada. Tinha conseguido um emprego para Natalie e fugido de Joe Fraser. Ele nunca saberia que a dançarina misteriosa no palco era uma das especialistas em gestão de bens responsável pela conta da empresa dele.

No entanto, a única coisa que senti quando cheguei à autoestrada foi um profundo sentimento de perda por ter enganado o único homem que me deu bola. O único homem que tinha me abordado para ter um casinho de uma noite.

Pior ainda: seria uma decepção enorme voltar à minha vida normal depois de tudo aquilo. Mas pelo menos meu papel nos bastidores da Sphere iria me manter longe de Joe. Depois dessa noite, não havia nenhuma razão no mundo para vê-lo novamente.

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Como eu amo ler os comentários de vocês kkkkkkk
xoxo

4 comentários:

  1. quero mais..... muito bom....Posta Mais!!!

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  2. Ai Demi Demi como estás enganada, parece-me que vais ver o Joe muito mais vezes e começando já amanhã hehe
    Tenho a sensação que ele amanhã vai estar furioso pela noite "lhe ter fugido" ;)
    Posta mais :) e quando puderes faz uma maratona, please :)

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  3. Caralho como assim ela deu um toco nele que isso garota, tadinha ta achando que vai se livrar dele e amanhã vai da de cara com ele no trabalho kkkkk beijos e posta mais

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  4. Poha To apaixonada por essa fic,não sei nem o que falar,você é foda mesmo menina,sempre postando as melhores, demi se sentindo a patinho feio,mas sabe de nada inocente, Joe interessado duas vezes pela mesma pessoa,isso vai ser muito engraçado

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