6.10.15

Escolha - Capitulo 14


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JOE FICOU irritado depois do telefonema com Naomi. Ele não estava bravo com ela, não exatamente, mas ela sabia que não era bom pressioná-lo quando ele claramente não queria isso. Que a mulher organizava a vida dele muito bem, isso era fato incontestável. Ele provavelmente sobreviveria sem ela, mas até mesmo essa ideia incomodava. Nada o deixava mais ciente da importância de sua rotina do que a ideia de ver sua rede se desfragmentando.

Sua equipe, formada por Naomi, os técnicos do servidor que supervisionavam o equipamento e os editores do blog, era como seu sistema pulmonar, e Naomi era o coração. O que tornava muito difícil para Joe mentir para ela.

Ele já havia feito isso antes, principalmente para ter tranquilidade. Assuntos triviais. O fato de ter perdido a estreia, de ter ficado com Demi durante um período tão longo, e de gostar dela, não era nem um pouco trivial.

Joe estava olhando para o monitor por alguns minutos, sem absorver todos os dados, mas, em vez de voltar aos negócios, fechou os olhos quando a lembrança do corpo de Demi debaixo do dele foi diretamente de seu cérebro a seu membro.

Provavelmente ela ainda estava dormindo, pois ainda não eram 8h, muito menos “8h e pouca”. Seria legal deixá-la relaxar. Estava exausta, e o que eles tinham feito na noite anterior não ajudava nesse sentido. No entanto, Joe queria ir para o quarto agora e fazer tudo de novo. Que diabos estava acontecendo? Ele tinha concordado que o sexo podia ter sido alucinante, mas não era inteligente. Era um erro de principiante permitir que seus sentimentos se misturassem à coisa toda. Ele ia acabar como apenas mais um blogueiro se não fosse cuidadoso. Alguém que costumava ser alguém.

Ele devia acordá-la. Talvez com uma xícara de chá?

Joe movimentou a cadeira até o outro lado da sala, xingando a si de tudo que era coisa. Café era a coisa educada a se fazer. Hoje ia ser tudo profissional, como sempre. Sem sexo. Sem o maldito chá.

Desta vez, ele daria a ela duas notas de 20, certificando-se de que ela as aceitaria. Explicaria que aquilo era uma amortização. Isso colocaria os dois nos trilhos de novo.

Demi tinha trabalho a fazer, eles tinham a inauguração da boate hoje à noite, e Joe precisava escrever algo sobre a estreia de ontem à noite que iria superar os acessos.

Quando ele foi à cozinha para pegar o café, viu o bilhete. Pegou, reconheceu a letra de Demi, mas não acreditava que ela havia ido embora sem dizer nada a ele. Que, em vez disso, deixara um bilhete. Que diabos… aquilo não combinava com Demi.

Será que a noite passada tinha sido tão ruim assim?

Mas, droga, faltar à estreia também não combinava com ele. Talvez Naomi estivesse certa. Talvez ele estivesse tão desnorteado que desse para perceber. Ele olhou para o bilhete e uma onda de decepção lhe revirou o estômago, deixando Joe mais determinado do que nunca. Demi era uma coadjuvante em um longa-metragem, e que era melhor começar a pensar nela só desse jeito.

HAVIA SEIS outras pessoas no andar de Demi no trabalho, e nesse caso seis era demais. Infelizmente, ela já não era a novata invisível mais. Agora ela era a namorada de Joe Winslow. Aquele cuja assinatura estava na primeira página de Naked New York. Ela queria ser notada, e realizara seu desejo. Se pudesse, teria dado meia-volta e ido direto para casa. Mas ela não podia arriscar seu emprego. Mais ainda.

Quando afundou em sua cadeira, Demi estava incrivelmente grata pelas paredes dos cubículos. Sabia que estava um bagaço, com os olhos inchados e a pele manchada de vermelho, mas quem se importava? Que diferença fazia, agora que ela compreendia tudo? O despertar tinha sido inevitável. Pelo menos ela conseguira boas noites de sexo, certo?

Não, ela não ia chorar de novo. Em vez disso, pegou o texto preliminar de uma de suas contas menores. Estava piscando para conter as lágrimas, e mesmo assim uma caiu sobre a palavra amasso e as letras no meio perderam a definição, borrando e turvando para algo que se parecia fracasso.

O texto estava horrível de qualquer maneira. Ela fez uma bolinha com a folha de papel e atirou na lixeira sob a mesa. Naturalmente, errou. O carpete era de um azul escuro, com padrão ondulado para disfarçar, para enganar o olho e fazer você achar que estava limpo quando não estava. Demi não se deu ao trabalho de recolher o papel.

O celular tocou antes que ela pudesse voltar ao teclado. Um torpedo de Rebecca.

Ligue pra mim. LOGO!

Demi o ignorou; a perspectiva de falar com Rebecca a deixava enjoada. Não era culpa da amiga; não era. Ela havia feito um favor inacreditável a Demi. Não era culpa de ninguém, mas dela mesma. Tinha lido as regras, entrado no jogo com olhos bem abertos.

A tarefa de reescrever o texto era demais para ela suportar e Demi pensou em ir embora e voltar para seu quarto minúsculo e despretensioso, se encolher debaixo das cobertas por um tempo, mas não conseguiu. Ela arquivaria a peça por ora, se daria tempo para se acalmar, para parar de pensar que sua vida era uma espécie de tragédia quando não era. Deus, ela poderia ser uma rainha do drama.

Pobre Demi, tendo a chance de conhecer estilistas famosos e ir para as melhores festas em Nova York. Que coisa horrível.

Seu suspiro fez com que algumas páginas no topo da pilha de arquivamento se agitassem como pequenas saias. Ela pegou um punhado de relatórios. Chatos para diabo, coisas como despesas de manutenção, inventário e horas trabalhadas, mas eles tinham que ser concluídos antes de serem enfiados nos arquivos, e o que tinha acontecido ao escritório mítico sem papel? Provavelmente estava bem ali, ao lado de carros voadores e macacões prateados para todos.

A imagem de Joe deslizando na cadeira pelo escritório fez Demi congelar. Ela piscou para afastá-la, mas a imagem permanecia, lhe causando aperto no peito.

O telefone, de novo, e dessa vez era Lilly.

Pode sair pra jantar? Ou JW vai levar vc num lugar fabuloso?

Os relatórios de despesas foram colocados no canto da mesa, definindo o limite da linha de montagem. Havia sete pilhas distintas, e Demi colocou cada grama de sua concentração em cada item, ajeitando meticulosamente cada pilha que terminava, o tap tap do papel contra a mesa em alto e bom som no cubículo cinza com o calendário ao lado da foto de seus pais e os recortes de jornais e revistas, tudo preso com pinos azuis que combinavam com o tapete e com o cinza.

O celular. Um torpedo. De novo. Só que dessa vez…

Ei, Demi. Lembra d mim? SUA IRMÃ?? Atende. Atendeatendeatendeatendeatende. Liga pra mim. Beth. Aquela q sente saudade de vc, pirralha.

Demi fechou os olhos com tanta força que viu manchinhas sob as pálpebras, pequenos flashes em branco que deveriam ter sido bonitos, deveriam ter sido fogos de artifício. A pressão em seu peito se transformou em uma saudade de casa tão profunda que era como o Grand Canyon da dor, a Fossa das Marianas do desespero. Ela queria estar sentada à mesa da pequena cozinha, ou aquela que sua família usava para o café da manhã quando todos os filhos e netos não estavam lá.

Ela queria os biscoitos da mãe com mel de abelhas do comércio local, e queria grossas fatias de bacon com ovos mexidos, e ouvir seu pai cantarolando desafinado enquanto preparava o prato.

Queria que a música estivesse tocando tão alto do quarto de Beth a ponto de abalar as vigas, e Willow latindo como um demônio do lado de fora porque as galinhas não estavam se comportando, e ela queria ser criança novamente. Segura. Cheia de sonhos isentos de espinhos.

Quando Joe mandou uma mensagem, Demi deixou os papéis em suas mãos caírem.

Senti sua falta de manhã. Qto a esta noite. 19h OK? Jantar 1º. Chá? JW

Ela se preparou para responder, mas a tela continuava em branco, seus polegares em riste. Não conseguia. Tudo que tinha para dizer era OK. Nada mais. Porque, claro, ela iria. Tinha assinado um contrato. Tinha uma responsabilidade. Era seu maldito sonho virando realidade.

Demi desligou o telefone. Só por um tempinho. Até finalizar seu trabalho.

DEMI BEBEU um gole do copo de uísque que tinha pegado na festa e se perguntava por que não tinha pedido uma garrafa. Olhou para Demi e lhe ofereceu um sorriso, embora ela tivesse resolvido sentar-se o mais longe possível dele, do mesmo jeito que fizera a caminho da festa.

Por sua vez, ela lhe ofereceu o arremedo patético de um sorriso.

O que estava acontecendo? Demi havia mandado um único torpedo para ele durante o dia todo, só para dizer que não ia dar para jantar. Joe mal a vira quando estava se arrumando na sala de imprensa. Ele queria manter as coisas focadas, sem mencionar o bilhete ou a noite anterior. A atitude distante dela deveria ser exatamente o que ele esperava, mas Joe estava odiando aquilo. Ele ainda estava chateado com o bilhete estúpido. Ela poderia ter dito alguma coisa, mesmo que tivessem cometido um erro. Ele não gostava de ser pego de surpresa.

Assim que entraram na boate, Demi se animou, encantou a todos com quem conversara. Tiraram fotos dela, ela dançou com homens, mulheres, grupos de homens. Mas com Joe não. Ele não dançava. Todo mundo sabia disso.

Claro, as pessoas perguntaram sobre a ausência dele na estreia, e ele não respondeu. Nem Demi. Os dois até mesmo se tocaram e se beijaram, mas na bochecha. Queriam se certificar de que a multidão acreditaria no que Joe queria que acreditassem. O único problema foi que aquele toque, e mesmo o beijo sem graça, o deixaram excitado sob a calça do terno, e ele teve que esperar do lado de fora com os fumantes até se acalmar.

Quaisquer que fossem as consequências, aquela porcaria não podia continuar. Demi não estava cansada; cansaço era diferente. Mesmo com os sorrisos, as fofocas, as fotos e o barulho retumbante, ela parecia entorpecida, calada. A faísca que a fazia iluminar um ambiente tinha sido abafada, e isso acontecera em algum momento entre o melhor sexo da vida de Joe e um bilhete nas costas de uma nota fiscal de restaurante. Toda vez que ele olhava para ela, ele desejava tanto saber o que tinha acontecido.

– Você está calada – disse ele, finalmente, rumo à transgressão.

Ela fez um gesto com a boca que deveria tranquilizá-lo, mas causou o oposto.

– Trabalhei muito mais do que eu planejava, mal consegui tirar um cochilo, e então eu acordei em pânico…

Ele assentiu, mas não acreditava nela.

– Desculpe por estar mantendo você acordada até tarde. Não teremos nenhum evento amanhã. Isso é uma vantagem.

– Sim, é – disse ela, olhando para as próprias mãos.

– Demi. Eu fiz alguma coisa que não deveria? Eu sei que posso ser um canalha insensível.

Ela encontrou o olhar dele diretamente.

– Não. Você não fez nada errado. De jeito nenhum. Nadinha. Você tem sido exatamente o que você disse que iria ser, e isso é ótimo. Isso é… ótimo.

– Ótimo – repetiu ele baixinho, porque aquele pequeno discurso o fez sentir um aperto por dentro.

– Desculpe. Sabe o que é? Recebi um telefonema de casa hoje. Família e outras coisas. Com tão poucas horas de sono, acho que não sou muito boa companhia.

Pela primeira vez, desde às 8h, Joe relaxou. Não completamente, mas ele compreendia problemas familiares. Deus sabia, toda vez que ele interagia com sua família, ficava de mau humor durante umas quatro horas, se não mais.

– Há alguma coisa que eu possa fazer?

Ela balançou a cabeça.

– Obrigada, mas não. Ninguém pode fazer nada, senão aceitar. Na segunda-feira já estarei bem. Temos aquela festa do perfume, certo?

Ele concordou com a cabeça.

– Isso. Eu não sei mesmo como uma celebridade começa a pesquisar um perfume. Com certeza eu não tenho o cheiro de especiarias exóticas ou cítricos, pelo amor de Deus. E eles ganham milhões com isso. As pessoas realmente acham que, se tivessem o cheiro do qual alguém supostamente possui, vão ficar mais sensuais? Vai ser mais provável que elas mesmas fiquem famosas?

Demi gargalhou; melhor som da noite. Mesmo com o burburinho da festa ressoando nos ouvidos dele. Finalmente, um pouco de relaxamento, ainda que um pouco frio. Ela ainda estava muito distante.

– Você, por outro lado – disse ele, deslizando para mais perto dela –, renderia um perfume maravilhoso.

Ela o espiou e, em vez de tocá-la como havia planejado, Joe simplesmente baixou a voz.

– Você cheira a mel e mar. Quanto mais perto fico, mais intenso se torna. E o cheiro está sempre aí, não importa o que aconteça, por isso, ou é o melhor perfume de todos os tempos ou, conforme já desconfio, é só você.

– Eu não uso perfume – disse ela. – E não há mel em qualquer cosmético que eu tenha. E nem tenho certeza do cheiro do mar.

Ele fechou os olhos quando inalou. Pronto. Não estava inventando.

– É maravilhoso – disse ele. – Assim como você.

Demi gemeu baixinho, gesto que fez Joe abrir os olhos, e o sorriso. Mas ela não estava olhando para ele. Ela estava olhando para a janela. A sensação de retidão desaparecera novamente. – Demi…

– Desculpe. Não é você. Juro.

– Tudo bem – falou ele, desconfortável por não saber o que fazer. – Você gostaria de subir?

Ela parou, com a respiração quase imperceptível, e depois balançou a cabeça.

– Hoje não, mas obrigada pelo convite.

Joe se remexeu um pouco, dando espaço a ela. Então pegou o copo meio vazio, planejando acabar com o restinho da bebida antes de chegarem ao prédio dele.

DEMI JOGOU a cautela ao vento quando pediu ovos Benedict e maçãs, com panquecas e xarope de bordo. As outras, Rebecca, Shannon e Lilly, assentiram em aprovação, e até mesmo ergueram seus drinques num brinde, e em seguida pediram ovos ou mingau de aveia. Elas estavam no brunch de domingo no Elephant & Castle, e Demi estava morrendo de fome depois de uma hora de espera para conseguir uma mesa. Sua mão tremia quando ergueu o café.

– Ele era legal – disse Shannon, e Demi sorriu quando Shannon jogou o cabelo ruivo atrás do ombro. Shannon se comunicava com seu corpo. Seus olhos se iluminavam de alegria, a decepção na verdade estava nos ombros e no arquear irônico da testa, e quando ficava com raiva, projetava seu quadril direito e colocava a mão na cintura.

Na linguagem de Shannon, a jogadinha de cabelo era mais sobre inevitabilidade do que decepção. Uma conclusão precipitada. Demi não tinha cabelo suficiente para copiar o movimento, nem a capacidade de aceitação. Ainda não.

– Era para ter existido alguma química entre a gente – continuou Shannon, após terminar de beber seu primeiro coquetel. – Deus sabe que ele era gostoso. Eu quase fui para casa com ele, mas parecia injusto. Com o cartãozinho dele, sabe? Ele queria algo a longo prazo. Infelizmente, não houve faíscas. – Ela olhou ao redor do restaurante, o burburinho do lugar não era intrusivo, mas definitivamente estava lá. – É, realmente, só a biologia? Um projeto de química? Isso não parece justo.

– Bem – disse Lilly, pegando um cartãozinho de troca na bolsa. – Aqui está o meu. Não importa o que aconteça, você vai aproveitar a noite. Ele é um cara doce e extremamente brilhante. E também tem dinheiro.

Shannon pegou o cartão e deu o seu a Lilly.

– Eis o meu, para você e John terem uma química louca.

Ambas avaliaram suas novas perspectivas. Demi bebeu um gole de café e, quando seu olhar se desviou para Rebecca, esta sequer fingiu que não estava olhando, olhando de maneira bem óbvia.

– O quê? – disse Demi, com petulância o suficiente para esperar que Rebecca entendesse.

– O que está acontecendo?

– Nada. Está tudo bem.

Rebecca pegou seu drinque, mas Demi ouviu um “mentirosa” sendo sussurrado antes de a amiga bebericar um gole. – Rebecca, por favor.

– Se ele fez alguma coisa horrível, você tem que me contar.

– Ele não fez…

– Então…

– Não é nada. Estou dizendo. Nós estamos bem. Vamos a uma festa de lançamento de um perfume amanhã à noite. Eu não tenho dormido pelo que parecem, sei lá, anos, e gostaria de estar na cama agora se vocês malvadas não tivessem me arrastado para sair.

– Você tem estado ausente sem se justificar para a gente há muito tempo – reclamou Shannon –, e tudo que sabemos é só o que lemos na internet. Tenho 50 palpites dos bons a respeito do que você e Joe Winslow estavam fazendo em vez de comparecer à estreia.

O rosto de Demi pegou fogo, pelo menos era essa a sensação. Ela trocou o café por água gelada na tentativa de esfriar e empalidecer.

– Nada importante – justificou ela.

As três trocaram olhares descrentes e em mais um segundo Demi iria pegar sua bolsa e sair do restaurante. Sair do grupo de pratos congelados, nunca mais olhar para um cartão de troca e começar a verificar tarifas de passagem aérea para Ohio.

Demi corou de novo, mas não por causa do comentário de Shannon. Podia até ter cometido um erro ao permitir que seus sentimentos saíssem do controle com Joe, mas ela não abandonaria a mesa, ou o estado. Ela não era aquela pessoa, e caramba, isso não importa quantas lágrimas precisasse derramar até superar o coração partido, não ia desistir. Ela não tinha chegado tão longe só para escapulir para o colinho da mamãe.

– Sério – disse Demi, sentando-se ereta na cadeira. – Não aconteceu nada de mais. Estava fora da nossa programação. Joe explorou positivamente transformando em fofoca e funcionou. Éramos um ponto cego no New York Post de hoje, na coluna de fofocas. É tudo parte do plano. O NNY vive para as visitas únicas. É uma grande fórmula matemática que determina o quanto ele pode cobrar por espaço publicitário. Tudo relacionado às vezes que uma determinada pessoa clica no blog em qualquer computador individual.

– É isso? – perguntou Lilly com ceticismo. – Mas vocês são tão fofos juntos.

Demi se virou de Lilly para Rebecca, encarando-as.

– Nós temos que parecer fofos juntos. Desculpe por estragar isso para vocês, meninas, mas juro, é profissional. Na verdade, assim que os números caírem, deixarei de ser útil para o blog e eu mesma estarei trocando os cartõezinhos.

– Você vai jogar Joe de volta no ringue? – perguntou Shannon.

– Acredite, ele não faz seu tipo. Ah, ele é legal e tudo, mas não está buscando encontros.

Rebecca tentou intimidar Demi com o olhar, como se pudesse fazer Demi retirar o que disse com telepatia. Demi tocou a mão dela.

– Nós vamos conversar, mas não agora – disse baixinho o suficiente para que as outras não pudessem ouvir, e então a comida chegou, a distração da qual Demi necessitava. Ela relaxou, confiante de que havia cruzado um marco importante.

Daí o celular tocou. Ela quase ignorou. Quando o tirou da bolsa, sabia antes mesmo de apertar qualquer tecla que era Joe. Só que não era sobre o lançamento do perfume na noite seguinte.

Jantar hj? Na mesa do chef do Le Bernardin? JW

Demi notou o nome do melhor restaurante da cidade. O convite era mais que incrível. Por sua carreira, seu futuro, ela não deveria hesitar. Haveria fotos e ainda mais fofocas quando saíssem para jantar sem um caçador de evento. Mas, por sua sanidade, ela digitou:

Adoraria. Nas não posso. Outros planos. Até amanhã!

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Minhas divas onde vocês estão?
Cadê vocês comentando?
xoxo

5 comentários:

  1. Posta só mais um por favor !!!!!

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  2. posta mais!!!! to amando a fic.......

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  3. A história está a ficar cada vez mais interessante, está difícil a Demi conseguir aguentar tudo, mas ela precisa de ser forte, melhores dias virão :)
    Posta mais :)

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  4. Adorando o gelo que a Demi esta dando no Joe.... mas quero que eles se acertem logooo!!!! Continua.....

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  5. Aaah to aqui
    Esperando ansiosamente por mais capítulos
    Postaaaa

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