28.4.15

Laços de Amor - Capitulo 2

Ela não estava pronta para sair do sol.

Demi pôs sua xícara de café sobre a mesa com tampo de vidro, virou o rosto para o céu e deixou o sol quente do fim da manhã despejar sua benção sobre ela. Apesar do fato de que havia pessoas ao seu redor, rindo, conversando, mergulhando na piscina, ela se sentia sozinha. E realmente não estava pronta para voltar à sua cabine.

Mas tinha enviado seu bilhete para Joe. E lhe dissera onde encontrá-la. Naquela cabine ridiculamente minúscula. Então era melhor estar lá antes que ele chegasse. Com um suspiro, ela se levantou, pendurou sua bolsa no ombro, e começou a atravessar o Verandah Deck.

Alguém tocou seu braço e Demi parou.

— Já está indo embora? — Mary Curran lhe sorria, e Demi retribuiu o sorriso.

— Sim. Preciso voltar à minha cabine. Eu... vou encontrar alguém lá. — Pelo menos, tinha quase certeza que Joe apareceria. Mas e se ele não fosse? E se não se importasse com o fato de que era pai de seus dois filhos gêmeos? E se descartasse sua carta com a mesma facilidade com que havia deletado todos os seus e-mails?

Um nó se formou na boca do estômago de Demi. Bem, eles estavam num navio no meio do oceano. Joe não poderia escapar. Ela iria encontrá-lo finalmente, e dizer o que tinha a dizer.

— Oh, querida. — Mary fez uma careta e estremeceu de modo dramático. — Você realmente quer ter uma conversa naquele buraco?

Demi riu.

— Buraco?

— Foi assim que meu marido, Liam, o batizou no meio da noite, quando quase quebrou a perna, tentando chegar ao banheiro.

Sorrindo, Demi murmurou:

— Acho que o nome é apropriado. Mas, sim, preciso fazer isso lá. E uma conversa muito privada para acontecer aqui.

Os olhos de Mary eram calorosos quando fitaram Demi.

— Bem, então vá fazer o que precisa. Talvez eu a veja por aqui mais tarde?

Demi assentiu. Sabia como passageiros de cruzeiros tendiam a se unir. Vira muito isso na época que trabalhava para Cruzeiros Jonas. Amizades eram formadas rapidamente. Pessoas que permaneciam presas num navio no meio do mar tendiam a se conhecerem com mais rapidez do que se estivessem em terra firme.

Romances aconteciam em navios, claro... era só olhar o que acontecera a ela. Porém, mais frequentemente, eram outros tipos de relacionamentos que floresciam naquele ambiente. E naquele momento, decidiu Demi, uma pessoa amigável poderia ser algo positivo.

— Com certeza — replicou ela, sorrindo amplamente para Mary. — Que tal margueritas no Falco Deck? Por volta das 5h?

Encantada, Mary sorriu.

— Eu estarei lá.

Enquanto andava em direção ao elevador, Demi disse a si mesma que depois da conversa iminente com Joe, ela provavelmente iria precisar de uma ou duas margueritas.

Joe se levantou tão rapidamente que sua cadeira inclinou para trás, as rodinhas girando contra o piso de madeira, até que o espaldar bateu contra a parede de vidro atrás dele.

— Isto é uma brincadeira? - Joe segurou o cartão azul-claro em uma mão e olhou para os dois rostinhos. Os bebês eram idênticos, exceto por suas expressões. Um olhava para a câmera e sorria, mostrando muita gengiva e uma covinha profunda. O outro parecia estar observando o fotógrafo com um olhar sério, quase pensativo, no rosto.

E os dois se pareciam muito com ele.

Gêmeos?

Num instante, diversos tipos de emoções o percorreram. Raiva, frustração, confusão, e raiva novamente. Como podia ser pai? Ninguém que conhecia tinha engravidado. Isso não podia estar acontecendo. Ele olhou para o escritório vazio, como se esperasse que alguém aparecesse do nada e lhe dissesse que aquilo era apenas uma brincadeira.

Mas nada aconteceu. Não era uma brincadeira.

Bem, esta não era a primeira vez que uma mulher tentava abordá-lo com a alegação de que ele seria pai. Mas com certeza, era a primeira vez que alguém usava um método tão criativo para fazer isso.

— Mas quem? — Joe pegou o envelope, contudo, apenas seu nome estava escrito numa letra feminina. Virando o cartão que ainda segurava, viu mais daquela letra:

Nós precisamos conversar. Vá à cabine 2A no Riviera Deck.

— Riviera Deck. — Embora detestasse admitir, ele não sabia ao certo qual era aquele deck. Tinha muitos navios em sua linha marítima, e esta era sua primeira vez naquele em particular. Apesar de pretender fazer de Jonas's Pride seu lar, ainda não tivera tempo de explorar o navio inteiro, como fazia com todos os navios que carregavam seu nome.

Assim, Joe atravessou a sala para os quadros emoldurados na parede que continham as plantas detalhadas dos navios. Havia um quadro para cada navio de sua linha. Ele gostava de vê-los, de saber que possuía familiaridade com cada centímetro de todos os seus navios. Gostava de saber que tinha sucesso na criação de um sonho que começara dez anos antes.

Mas, no momento, não estava pensando em sua linha de cruzeiros ou em nada que se referisse a negócios. Agora, tudo que queria era encontrar a mulher que lhe enviara aquele cartão, de modo que pudesse assegurar-se de que aquilo era algum engano.

Estreitando seus olhos azul-claros, deslizou um dedo ao longo dos decks até achar aquele que estava procurando. Então franziu o cenho. De acordo com o mapa, Riviera Deck ficava abaixo das cabines da tripulação.

— O que está acontecendo? — Enfiando o cartão com as fotos dos bebês no bolso de sua camisa branca de mangas curtas, ele virou-se em direção à porta e gritou: — Teresa!

A porta se abriu alguns segundos depois e sua assistente entrou, os olhos arregalados de susto.

— Meu Deus, o que houve? Estamos tendo um incêndio ou algo assim?

Joe ignorou a tentativa de humor. Apontando um dedo para o mapa do navio coberto por vidro, disse:

— Olhe isto. - Teresa atravessou a sala, olhou para o quadro, então para seu chefe.

— Para o que eu estou olhando exatamente?

— Isto. — Ele bateu o dedo contra o deck mais baixo no diagrama. — O Riviera Deck.

— E?

— Há pessoas hospedadas lá embaixo.

Oh.

Satisfeito que ela entendera rapidamente, Joe acrescentou:

— Quando a restauração do navio foi finalizada, e Jonas's Pride estava pronto para passageiros, falei especificamente que aquelas cabines mais baixas não deveriam ser usadas.

— Sim, você falou, chefe. — Teresa pegou seu computador portátil e digitou algumas teclas. — Vou fazer uma checagem. Descobrir o que aconteceu.

— Faça isso — disse ele, furioso que alguém, em algum lugar, não lhe dera ouvidos. — Por enquanto descubra quantas cabines daquelas estão ocupadas.

— Certo.

Enquanto Teresa trabalhava no pequeno dispositivo eletrônico, Joe meneou a cabeça. Aquelas cabines baixas eram muito velhas e muito pequenas para serem usadas em um de seus navios. Claro, elas haviam sido melhoradas na reforma, mas tê-las e usá-las eram duas coisas diferentes. Aquelas cabines, pequenas e escuras não eram o tipo de imagem que Joe queria associar com sua linha de cruzeiros marítimos.

— Chefe? — Teresa o olhou. — Segundo o registro, somente duas das cinco cabines estão sendo usadas.

— Pelo menos isso. Quem está lá embaixo?

— A cabine IA está ocupada por Liam e Mary Curran:

Ele não conhecia ninguém de nome Curran, e ademais, o cartão viera da pessoa que ocupava a outra cabine naquele deck.

Então Joe esperou.

— Na 2A está... — A voz de Teresa falhou, e Joe observou sua assistente normalmente composta mordiscar o lábio.

Aquele não era um bom sinal.

— O que foi? — Quando ela não respondeu imediatamente, ele exigiu saber: — Fale de uma vez quem está na outra cabine.

— Demi. — Teresa respondeu e suspirou. — Demi Lovato está na 2A, Joe.

Joe chegou ao Riviera Deck em tempo recorde, já tendo decidido fechar aquele deck permanentemente.

Saindo do elevador, ele bateu a cabeça em uma viga baixa e praguejou. Os rangidos e gemidos do grande navio ecoavam através da passagem estreita, parecendo fantasmas uivando. O barulho da água contra o casco era perturbadoramente alto, e estava tão escuro no pequeno corredor que mesmo a luz nos candeeiros de parede mal conseguia penetrar a negritude. E o corredor em si era tão estreito que ele praticamente tinha de atravessá-lo de lado. Era verdade que devia proporcionar cabines mais baratas, mas Joe lidaria com este aspecto de outra maneira. Não queria seus passageiros piscando contra o sol, como morcegos, ao saírem de um cruzeiro.

Com a cabeça latejando e o corpo tenso de nervosismo, ele parou diante da porta 2A, respirou fundo e ergueu o punho direito para bater. Antes que fizesse isso, a porta estreita foi aberta e lá estava ela.

Demi Lovato.

Ela não deveria ainda ter a capacidade de afetá-lo. Ele a tivera, afinal de contas. Tivera-a e a deixara mais de um ano atrás. Então por que foi subitamente golpeado por aqueles olhos azuis-turquesa? Por que aquela boca firme e sensual o atraía a ponto de querer beijá-la até que os lábios dela se rendessem e lhe permitissem a entrada? Por que o fato de que ela parecia furiosa fazia seu sangue ferver nas veias? Que motivo Demi tinha para estar furiosa?

— Eu o ouvi no corredor — disse ela.

— Bom ouvido — disse ele. — Considerando todos os outros barulhos aqui embaixo.

Um sorriso tenso curvou os lábios dela.

— Sim, é adorável morar na barriga dá fera. Quando eles levantam a âncora é como uma sinfonia.

Joe não havia considerado isso, mas apostava que o barulho era horroroso. Mais uma razão para trancar aqueles quartos e nunca mais usá-los. Todavia, aquilo era para outra hora. Agora, queria respostas.

— É por isso que você está aqui então? — perguntou ele. — Para falar sobre o navio?

— Você sabe por que estou aqui.

Ele ergueu uma das mãos sobre a moldura da porta e inclinou-se na direção dela.

— Eu sei o que você gostaria que eu pensasse. A questão é, por quê? Por que agora? Do que está atrás, Demi?

— Eu não vou conversar sobre isso no corredor.

— Tudo bem. — Joe entrou, passou por ela, mas o espaço era tão apertado que os peitos deles se roçaram, e ele quase pôde sentir sua pele ferver.

Tinha sido assim desde o começo. No momento que ele a tocara naquela primeira noite ao luar, sentira como se alguma coisa estivesse se derretendo em seu interior. E parecia que o tempo não havia apagado aquela sensação.

Joe controlou seus hormônios, deu dois passos até a lateral de uma cama construída para uma criança, então se virou para olhá-la. Deus, a cabine era tão pequena que as paredes pareciam estar se fechando sobre ele. Todas as luzes estavam acesas e ainda parecia crepúsculo.

Mas Joe não estava lá pelo ambiente, e não havia nada que pudesse fazer sobre as acomodações naquele momento. Agora, tudo que queria era uma explicação. Esperou que Demi fechasse a porta, trancando os dois naquela caixa de biscoitos antes que ele falasse:

— Qual é o jogo desta vez, Demi?

— Isto não é um jogo, Joe — replicou ela, cruzando os braços sobre o peito. — Não era um jogo na época também.

— Certo. — Ele riu e tentou não respirar fundo. O aroma dela já penetrara seus sentidos, o tamanho do quarto tornando-o ainda mais ciente do cheiro delicioso. — Você não quis mentir para mim. Não teve escolha.

Demi suspirou.

— Realmente temos de discutir isso de novo?

Joe considerou a pergunta por um momento, então meneou a cabeça. Não queria olhar para o passado. Ora, não queria estar ali agora.

— Não, não temos. Então, por que você não fala logo o que tem a dizer, de modo que acabemos com isso?

— Sempre charmoso — zombou ela.

Ele mudou o peso de um pé para o outro e bateu o cotovelo na parede.

— Demi...

— Tudo bem. Recebeu meu bilhete?

Joe puxou o cartão do bolso de sua camisa, olhou para as fotos dos bebês, então, entregou-o para ela.

— Sim, recebi. Como você explica isso?

Demi olhou para os dois pequenos rostinhos, e Joe viu os lábios dela se curvarem num sorriso. Mas o momento passou rapidamente, quando ela ergueu os olhos e o encarou.

— Pensei que a palavra papai fosse autoexplicativa.

— Explique, de qualquer forma.

— Certo. — Demi atravessou o minúsculo quarto, bateu o quadril em Joe, levando-o de encontro à parede, então se abaixou para arrastar uma mala de baixo da cama. O fato de que podia sentir o olhar dele em seu traseiro enquanto fazia àquilo apenas a irritou.

Ela não prestaria atenção à onda de calor que a envolvia com a proximidade de Joe. Certamente não reconheceria as batidas frenéticas de seu coração, e se outras partes do seu corpo estavam quentes e formigando, ela não ia admitir isso também.

Começou a levantar a mala do chão, mas Joe adiantou-se, afastando-lhe as mãos e colocando a mala sobre a cama. Se ela tremera interiormente com o toque, ele não precisava saber, certo?

Demi abriu o zíper, removeu um álbum de couro azul e estendeu-lhe.

— Aqui. Dê uma olhada. Depois conversaremos mais. - O álbum de recortes parecia pequeno nas mãos grandes e bronzeadas de Joe. Ele olhou para ela.

— De que se trata isto?

— Olhe, Joe.

Ele olhou. O momento pelo qual Demi tanto esperara estendeu-se, enquanto os segundos passavam. Ela prendeu a respiração e observou-o, vendo as expressões de Joe mudando conforme ele folheava as páginas de fotos que ela montara especialmente para aquele momento. Era como uma narração de fatos em ordem cronológica. De sua vida desde que perdera o emprego, havia descoberto que estava grávida, e então o nascimento dos gêmeos. Em 21 páginas decoradas manualmente, ela lhe contava sobre o último ano e meio de sua vida.

Da vida de seus filhos. Dos filhos que ele fizera e nunca conhecera.

A única razão pela qual ela estava ali, visitando um homem que despedaçara seu coração, sem olhar para trás.

Quando Joe terminou, ergueu olhos frios para ela.

— Eu devo acreditar que sou o pai destes bebês?

— Dê mais uma olhada neles, Joe. São iguaiszinhos a você.

Ele olhou, mas suas feições permaneceram cínicas e os olhos desprovidos de emoção.

— Muitas pessoas têm cabelos pretos e olhos azuis.

— Nem todas têm covinhas na face esquerda.— Ela virou numa página específica e apontou. — Os seus dois filhos têm. Idênticas às suas.

Joe deslizou um dedo sobre a fotografia dos meninos, como se pudesse, de alguma maneira, tocá-los, e este pequeno gesto tocou o coração de Demi. Por um breve instante, Joe Jonas pareceu quase... vulnerável.

Todavia, isso não durou. Ele mordeu o lábio como se estivesse tentando reprimir palavras que lutavam para sair. Finalmente, como se chegasse a uma decisão interna, Joe assentiu com um suspiro e disse:

— Devido ao bom argumento, vamos supor que eles sejam meus.

— Eles são seus.

— Então, por que você não me contou isso antes? Por que esperou até que eles estivessem com...

— Quatro meses.

Ele olhou para as fotos novamente, fechou o álbum e segurou-o com firmeza.

— Quatro meses e você não achou que eu deveria saber?

— Você é impressionante. Ignorou-me por meses, e agora está aborrecido porque não o contatei?

— Do que você está falando?

Demi meneou a cabeça, e silenciosamente agradeceu aos céus por ter sido esperta o bastante, não apenas por guardar um registro de todos os e-mails que lhe enviara, mas também imprimi-los e levá-los naquela viagem. Enfiando a mão no fundo da mala, removeu um envelope grosso e colocou-o sobre o álbum que ele ainda estava segurando.

— Aí estão. E-mails. Todos que eu lhe enviei. Estão datados. Pode ver que mandei no mínimo um por semana. Algumas vezes, dois. Venho tentando contatá-lo por mais de um ano, Joe.

Ele abriu o envelope enquanto ela falava, folheando rapidamente as páginas impressas.

— Eu... — Joe franziu o cenho para a pilha de papéis. Demi se aproveitou do silêncio momentâneo.

— Tenho tentado contatá-lo desde que descobri que estava grávida, Joe.

— Como eu ia saber que era isso que você estava tentando me dizer?

— Você poderia ter lido um ou dois e-mails — apontou Demi, e conseguiu esconder a mágoa na voz.

As feições dele endureceram.

— Como eu poderia ter adivinhado que você estava tentando me dizer que eu era pai? Pensei que estivesse atrás de dinheiro.

Ela respirou fundo quando o insulto a golpeou. Furiosa, Demi teve de lutar muito contra a vontade de esbofeteá-lo. Que típico de Joe pensar que toda mulher que se aproximava dele fazia isso pelo que poderia arrancar-lhe.

Mas então, ele tinha passado a maior parte dos últimos dez anos cercando-se de pessoas interesseiras. Mulheres que queriam ser vistas ao seu lado, porque ele era um dos bilionários mais elegíveis do mundo. Pessoas que queriam fazer parte de seu círculo social para se sentirem importantes, porque era lá que a excitação estava.

Tudo que Demi quisera na ocasião tinha sido ter os braços dele ao seu redor. Seus beijos. Seus sussurros no meio da noite. Naturalmente, Joe não acreditara nela.

Agora as coisas estavam diferentes. Ele possuía responsabilidades que ela estava lá para cobrar. Afinal de contas, não tinha ido para aquele navio por sua causa, e sim por causa de seus filhos. Dos filhos dele.

— Eu não estava interessada no seu dinheiro naquela época, Joe. Mas as coisas mudaram, e agora, estou atrás de dinheiro — declarou Demi, e viu raiva surgir nos olhos gelados. — Chama-se pensão alimentícia, Joe. E seus filhos merecem isso.

Ele a olhou.

— Pensão alimentícia.

— Isso mesmo. — Ela ergueu o queixo. — Se eu tivesse de pensar apenas em mim, não estaria aqui, acredite. Então, não se preocupe, não estou aqui para me aproveitar de você. Não estou atrás de uma grande soma da conta bancária Jonas.

— Verdade?

— Verdade. Eu comecei meu próprio negócio, e está indo bem — disse Demi de modo orgulhoso. — Mas gêmeos têm despesas duplas e não consigo sustentá-los sozinha. — Erguendo os olhos para encontrar os dele, acrescentou: — Como você nunca respondeu aos meus e-mails, eu disse a mim mesma que não merecia conhecer seus bebês. E se eu não estivesse me sentindo um pouco desesperada, não estaria aqui agora. Acredite, se acha que gosto de estar aqui nestas condições, está louco.

— Então, você os esconderia de mim? — A voz de Joe era baixa, suave, e um pouco perigosa.

Demi não estava com medo. Joe podia ser arrogante e egoísta, mas não era fisicamente perigoso para nenhuma mulher.

— Eu esconderia de meus filhos o fato de que o pai não se importa nem um pouco com eles. Sim, é exatamente o que farei.

— Se os gêmeos são meus filhos, ninguém me manterá longe deles.

Demi foi tomada por um pequeno desconforto, mas disse a si mesma para não reagir. Ameaças físicas não significavam nada, mas o pensamento de Joe ameaçando-a em relação à custódia dos filhos, sim. Mas então, reprimiu a ideia. Bebês não faziam parte do mundo de Joe, e independentemente do que ele dissesse no momento, nunca desistiria do estilo de vida que tinha para um que incluísse a tarefa dupla de trocar fraldas.

— Joe, ambos sabemos que você não tem interesse em ser pai.

— Você não sabe nada sobre meus interesses, Demi. — Ele se aproximou, dando o pequeno passo que fechava a distância entre os dois. Demi não estava preparada para o movimento, e arfou quando o peito largo pressionou-se no seu.

Ela fitou-lhe os olhos e sentiu os joelhos tremerem com a intensidade do olhar dele. Joe segurou-lhe o rosto em uma mão, uma mão tão quente que espalhou calor pelo corpo inteiro de Demi.

— Todavia, eu lhe prometo — murmurou ele, inclinando a cabeça, como se fosse beijá-la, e parando a poucos centímetros de seus lábios — que você vai descobrir.

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                   Fala amores, como teve comentários resolvi recompensá-los com mais um capítulo.
                   xoxo Nathi

8 comentários:

  1. Pq vc parou justo agora? Ele vai beija-la? Continuaaaaa.....

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  2. Nossa, mal vi que tinha postado, mas já to adorando essa história, sério kk'
    Beijos

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  3. OMG...joe nao vai tentar tirar os gêmeos da demi não né? Ele vai beija-lá?to ansiosa para o próximo kkk

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  4. Meu deus Joe não pode tirar os bebes dela, posta mais pf

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  5. Ai SOCOOORRO posta mais ele tem que beijar ela! Mas

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  6. Posta maaaaaaais! To curiosa e ansiosa kkk'
    Beijos~ ^^

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  7. MEU DEUS GURIA COMO TU ME PARA NESSA PARTE? eu to surtando aqui com esse capitulo to mega curiosa e ja to imaginando quando o joe conhecer os filhos beijos e posta mais

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