Joe Jonas.
A imagem dele surgiu em sua mente, e apenas por um segundo, Demi apreciou o calor quase instantâneo que a percorreu. Mas o calor desapareceu um momento depois, sendo substituído por fúria.
Era melhor que se concentrasse nesta emoção em particular. Afinal de contas, diferentemente, de todos os outros passageiros do navio Jonas's Pride, Demi não tinha subido a bordo para se divertir. Estava ali por uma razão. Uma razão muito boa.
Enquanto seus dedos latejavam em compasso com as batidas de seu coração, Demi cuidadosamente se apoiou sobre os dois pés, e deu os dois passos necessários para chegar ao armário. Já tinha pendurado suas roupas, e os poucos trajes que levara pareciam lotar o pequeno guarda-roupa. Pegando uma blusa amarela clarinha do cabide, ela carregou-a para o banheiro a um passo de distância.
Era do tamanho de um banheiro de avião, apenas continha um Box designado para pigmeus. Na verdade, a abertura da porta de correr era tão estreita que Demi havia passado um braço ao redor dos seios ao sair do banho, com medo de arranhar seus mamilos.
— Muito bom, Joe — murmurou ela. — Quando você reformou seu velho barco e o transformou num navio, deveria ter pensado um pouco mais naquelas pessoas que não moram na cobertura do dono, que fica no deque superior.
Mas disse a si mesma que aquilo era típico. Soubera como Joe era, mesmo antes de conhecê-lo naquela noite abafada de verão, mais de um ano atrás. Ele era um homem devotado a ver sua companhia marítima tornar-se a melhor do mundo. Fazia o que tinha de ser feito quando necessário. E não se desculpava por isso.
Demi estivera trabalhando para ele quando o conhecera... como diretora dos cruzeiros em um dos outros navios da frota Jonas. Adorara o emprego, adorara a ideia de viajar, e, tolamente, tinha se apaixonado pelo chefe. Tudo por causa de um encontro romântico à luz do luar e do charme inegável de Joe.
Demi soubera muito bem que seu chefe nunca se envolveria com uma funcionária. Então, quando o sexy e maravilhoso Joe Jonas a abordara no Pavilion Deck presumindo que ela fosse uma passageira, Demi não o corrigira. Tinha consciência de que deveria ter feito isso, mas que mulher não teria se deixado levar por um maxilar esculpido, olhos azuis e grossos cabelos pretos que atiçavam os dedos de uma mulher?
Ela suspirou, apoiou as mãos nas laterais da pia minúscula e lembrou-se como tinha sido o primeiro momento que ele a tocara. Mágico. Pura e simplesmente. Sua pele havia esquentado, e seu coração batido tão freneticamente que fora difícil respirar. Ele a girara numa dança, ali, sob a luz das estrelas, com uma brisa havaiana os acariciando, e a música do deck abaixo flutuando no ar como um suspiro.
Uma dança virou duas, e a sensação daqueles braços fortes ao seu redor havia seduzido Demi para uma mentira que voltara para assombrá-la menos de uma semana depois. Ela entrara de cabeça num caso. Um caso sexual tão intenso que abalara sua alma, enquanto despedaçava seu coração.
E quando, depois de uma semana vivenciando aquele caso, Joe descobrira por outra pessoa que ela trabalhava para ele, tinha terminado tudo, recusando-se a ouvi-la, e assim que eles haviam chegado de volta ao porto, ele a demitira.
A dor daquela... dispensa era tão fresca quanto no dia em que acontecera.
— Oh, Deus. O que estou fazendo aqui? — Demi respirou fundo quando seu estômago começou a se revolver com o nervosismo que vinha se construindo em seu interior há meses. Se houvesse outra maneira de fazer aquilo, ela teria feito. Afinal de contas, não era como se estivesse ansiosa para reencontrar Joe.
Cerrando os dentes, ela ergueu o queixo, virou-se de modo brusco e bateu o cotovelo na maçaneta. Irritada, olhou para seu reflexo no pequeno espelho retangular e murmurou:
— Você está aqui porque esta é a coisa certa. A única opção. Ele não lhe deixou escolha.
Demi precisava falar com Joe, e não era nada fácil conseguir acesso a ele. Uma vez que ele morava a bordo de seu navio de cruzeiros, ela não podia confrontá-lo em terra firme. E nas poucas vezes que Joe estava no porto em San Pedro, Califórnia, trancava-se num apartamento de cobertura com mais seguranças do que havia na Casa Branca. Como ela não conseguira lhe falar pessoalmente, tinha tentado telefonemas. E quando estes fracassaram, começara a lhe enviar e-mails. Pelo menos duas vezes por semana nos últimos seis meses, Demi vinha lhe mandando e-mails que ele aparentemente deletava sem abrir. O homem estava sendo impossível, então Demi finalmente fora forçada a pagar uma reserva no Jonas 's Pride, e fazer um cruzeiro que não queria e que não tinha condições.
Ela não entrava num navio há mais de um ano, então, mesmo o menor balanço do navio fazia seus joelhos tremerem. Houve uma época na qual adorava estar num navio. Quando apreciava a aventura de um emprego que nunca era igual por dois dias consecutivos. Quando acordava todas as manhãs tendo uma nova vista pela janela de sua cabine.
— É claro — admitiu secamente —;, isso quando eu tinha uma cabine com janela. — Agora estava na cabine mais barata que pudera encontrar, sem janela e com a sensação de estar trancada na barriga de uma fera. Era forçada a deixar a luz acesa o tempo todo, caso contrário, a escuridão era tão completa que era como estar dentro de um vácuo.
A sensação era estranha e perturbadora.
Talvez se conseguisse dormir um pouco, ela se sentisse diferente. Mas fora despertada tarde da noite anterior pelo horrível ruído da corrente da âncora sendo erguida. Tinha soado como se o próprio navio estivesse sendo cortado ao meio por mãos gigantes, e uma vez que aquela imagem se plantara no seu cérebro, Demi não tinha conseguido mais dormir.
— Tudo por causa de Joe — disse ela para a mulher no espelho, e ficou gratificada em vê-la assentir em concordância. — Sr. Bilionário, muito ocupado, muito importante para responder aos seus e-mails. — Ele até mesmo se lembraria dela? Olharia o nome do endereço de e-mail e se perguntaria quem era aquela? Demi franziu o cenho, então meneou a cabeça. — Não. Ele não esqueceu. Sabe quem eu sou. Não está lendo os e-mails de propósito, somente para me enlouquecer. Ele não poderia ter se esquecido daquela semana.
Apesar da maneira que terminara, aquela semana com Joe Jonas tinha virado a vida de Demi de ponta-cabeça.
Era simplesmente impossível que ela fosse a única a ser afetada tão fortemente.
— Então, em vez disso, ele está sendo o Sr. Charmoso — murmurou ela. — Provavelmente seduzindo outra mulher tola, que, como eu, não vai notar, até que seja tarde demais, que Joe não é fantasia de ninguém.
Oh, Deus.
Aquilo era uma mentira.
Na verdade, pensou com um gemido interno, achava que ele era a fantasia de qualquer mulher. Alto, lindo, com grossos cabelos pretos, olhos azul-claros, e um sorriso que era tanto charmoso quanto malicioso, Joe Jonas era o bastante para enlouquecer uma mulher de paixão antes mesmo que ela soubesse que tipo de amante ele era.
Demi encostou a testa contra o espelho.
— Talvez esta não tenha sido uma boa ideia — sussurrou ao sentir certas partes de seu corpo vibrarem apenas com a força daquelas memórias.
Então fechou os olhos quando imagens mentais vividas vieram à sua mente... noites com Joe, dançando no Pavilion Deck sob um céu estrelado. Um piquenique de madrugada, sozinhos na proa do navio, quando todos os outros dormiam. Jantando no terraço dele, bebendo champanhe, derramando algumas gotas, e Joe lambendo-as no vale entre seus seios. Deitada na cama dele, aconchegada em seus braços fortes, ouvindo sussurros que prometiam deleites tentadores.
O que significava o fato de que somente as lembranças de Joe ainda pudessem lhe despertar um tremor de desejo, mais de um ano depois? Demi não achava que realmente quisesse uma resposta para esta pergunta. Não tinha ido para aquele navio por causa de luxúria ou por causa do que vivenciara com Joe um dia. Sexo não era parte da equação desta vez, e ela teria de encontrar uma maneira de lidar com seu passado enquanto lutava por seu futuro. Deliberadamente, reprimiu as imagens provocativas da cabeça em favor da realidade. Abrindo os olhos, olhou para o espelho e firmou-se para enfrentar a situação iminente.
O passado a levara ali, mas ela não tinha intenção de despertar antigas paixões.
Sua vida estava diferente agora. Não se encontrava à deriva, procurando aventuras. Era uma mulher com um propósito, e Joe iria ouvi-la, quisesse ou não.
— Ocupado demais para responder e-mails, não é? — murmurou Demi. — Ele acha que se me ignorar o bastante, eu vou simplesmente desaparecer? Bem, então terá uma boa surpresa.
Ela escovou os dentes, aplicou uma maquiagem leve, e penteou seus longos cabelos lisos castanho-claros, antes de produzir uma única trança grossa e deixá-la cair no meio das costas. Saindo de lado pela porta do banheiro, andou até a cômoda abaixo de uma televisão presa no topo da parede. Pegou um shorts branco, vestiu-o, então enfiou as pontas da blusa amarela dentro do cós. Calçando um par de sandálias, apanhou sua bolsa e checou os conteúdos, a fim de se certificar que o pequeno envelope selado ainda estava lá. Então dirigiu-se para a porta de sua cabine.
Demi abriu a porta, saiu num corredor estreito e colidiu com um garçom de serviço de quarto.
— Desculpe.
— Culpa minha — insistiu o rapaz, levantando a bandeja que carregava o bastante para que Demi pudesse abaixar-se para passar por ele. — Estes corredores velhos simplesmente não foram feitos para a circulação de muitas pessoas. — Olhou de um lado para o outro do curto corredor, então de volta para Demi. — Mesmo com a reforma do navio, há seções que... — Ele parou, como se lembrando que era empregado da Linha Jonas, e não deveria estar depreciando o navio.
— Suponho que sim. — Demi sorriu-lhe. Ele parecia ter cerca de 20 anos, e possuía um brilho de excitação nos olhos. Ela podia apostar que aquele era o primeiro cruzeiro do rapaz. — Então, você gosta de trabalhar nos Cruzeiros Jonas?
Ele abaixou a bandeja até o nível do peito, deu de ombros e disse:
— É meu primeiro dia, mas até agora, sim. Gosto muito. Mas... — Ele parou, olhou para trás no corredor parcamente iluminado, como se querendo se certificar de que ninguém pudesse ouvi-lo.
Demi poderia tê-lo tranquilizado. Havia somente cinco cabines naquela parte baixa do navio, e apenas a sua e mais uma no fim do corredor estavam ocupadas.
— Mas? — incentivou ela.
— É um pouco sinistro aqui embaixo, não acha? Quero dizer, você pode ouvir a água batendo contra o casco do navio, e é tão... escuro.
Ela estivera pensando a mesma coisa apenas momentos atrás, entretanto disse:
— Bem, deve ser melhor do que as cabines da tripulação, certo? Quero dizer, eu costumava trabalhar em navios e ficávamos sempre no deck mais baixo.
— Não nós — replicou ele. — As cabines da tripulação ficam no deck acima deste.
— Fabuloso — murmurou Demi, pensando que até mesmo as pessoas que trabalhavam para Joe conseguiam dormir melhor naquele cruzeiro do que ela.
A porta se abriu, e uma mulher de aproximadamente 40 anos, vestida num roupão, pôs a cabeça para fora e sorriu.
— Oh, graças a Deus ;— disse a loira mais velha. — Ouvi vozes aqui fora e tive medo que o navio fosse assombrado.
— Não, senhora. — O garçom assumiu uma postura de atenção, como se acabasse de se lembrar o que tinha ido fazer lá. Deu a Demi um olhar esperançoso, claramente lhe pedindo que não o entregasse por estar ali conversando. — Eu trouxe café da manhã para dois, como requisitado.
— Ótimo — disse a loira, abrindo mais a porta. — É só que... — Ela parou. — Não tenho ideia aonde você vai colocar a bandeja. Ache um lugar, certo?
Enquanto o garçom desaparecia dentro da cabine, a loira estendeu uma mão para Demi.
— Oi, eu sou Mary Curran. Meu marido, Liam, e eu estamos de férias.
— Demi Lovato — apresentou-se ela, apertando a mão da outra mulher. — Talvez nos encontremos nos decks superiores?
— Você não vai me ver muito aqui embaixo, isso eu garanto — admitiu Mary com um tremor, enquanto apertava mais a faixa de seu roupão azul atoalhado. — Muito assustador, mas o importante é que estamos num cruzeiro. Só temos de dormir aqui, afinal de contas, e pretendo fazer com que o dinheiro gasto nesta viajem valha a pena.
— Engraçado — disse Demi com um sorriso. — Eu estava dizendo a mesma coisa para mim mesma.
Ela deixou Mary com seu café da manhã e se dirigiu para os elevadores que a levariam para fora da escuridão. Agarrou o envelope que mandaria entregar para Joe e se preparou para o dia que enfrentaria. O elevador entrou em movimento, e Demi bateu um dos pés no chão enquanto subia para os níveis mais altos do navio. O que precisava agora era de um pouco de ar, muito café e algo para comer. Então, mais tarde, depois que Joe tivesse lido sua carta, ela estaria pronta. Pronta para encarar a fera. Para enfrentar o leão em sua toca. Para fitar os olhos azuis de Joe e exigir que ele fizesse a coisa certa.
— Ou — Demi jurou quando as portas se abriram e ela saiu na luz do sol, inclinando o rosto para o céu —, eu o farei pagar.
***********
— O sistema de som para o palco no Falco Deck está produzindo alguns ruídos, mas os técnicos garantiram consertar antes da hora do show.
— Ótimo. — Joe Jonas recostou-se em sua cadeira de couro marrom, e cruzou as mãos sobre a barriga, enquanto sua assistente, Teresa Hogan, fazia seu relatório do dia. Era somente fim da manhã e, juntos, eles já tinham lidado com meia dúzia de problemas. — Eu não quero grandes problemas.— disse ele. — Sei que este é um cruzeiro de estreia para testar os sistemas mecânicos do navio, portanto promocional, mas não quero que nossos passageiros se sintam como cobaias.
— Eles não se sentirão. O navio está bonito, e você sabe disso — murmurou Teresa com um sorriso confiante. - Temos algumas pequenas falhas, mas nada que não possamos resolver. Se houvesse um problema real, nós nunca teríamos saído do porto ontem à noite.
— Eu sei — disse ele, olhando para as ondas brancas dançando sobre a superfície do oceano. — Apenas se certifique de que estejamos um passo à frente de qualquer uma destas pequenas falhas.
— Eu não faço isso sempre?
— Sim — respondeu Joe, assentindo em aprovação. — Você faz.
Teresa estava beirando os 60 anos, tinha cabelos escuros e curtos, olhos verdes inteligentes e as habilidades organizacionais de um general. Ela não aceitava erros de ninguém, incluindo Joe, e possuía lealdade e tenacidade. Estava com Joe há oito anos... desde que o marido tinha morrido e ela fora procurar um emprego que lhe proporcionasse aventura.
Ela conseguira isso. E também se tornara o braço direito confiável de Joe.
— O chef principal no Paradise Deck está reclamando sobre os novos vikings — Teresa estava dizendo, manuseando os papéis atados à sua prancheta inseparável.
Joe bufou.
— Os fogões mais caros do planeta, e há algo errado com eles?
Ela deu um pequeno sorriso.
— Segundo chef Michele, o forno não é quente o bastante.
Nem um dia inteiro no mar, e ele já estava recebendo críticas de artistas temperamentais.
— Diga-lhe que, contanto que o forno esquente, ele deve fazer o que estou lhe pagando para fazer.
— Isso já foi feito.
Uma das sobrancelhas de Joe se arqueou.
— Então por que está me contando isso?
— Você é o chefe.
— Gentileza sua se lembrar disso ocasionalmente — disse ele e inclinou-se para frente, rolando a cadeira para mais perto da mesa, onde uma pequena montanha de correspondência pessoal esperava por sua atenção.
Ignorando a ironia, Teresa checou seus papéis novamente e falou:
— O capitão diz que a previsão do tempo é excelente, e estamos indo para Cabo a toda velocidade. Deveremos chegar lá amanhã por volta das l0h da manhã.
— Isso é bom. — Joe pegou o primeiro envelope sobre a pilha na sua frente. Preguiçosamente, bateu a ponta deste na mesa enquanto Teresa falava. E enquanto ela listava os problemas, reclamações e mais reclamações, Joe olhou ao redor de seu escritório. Ali no Splendor Deck, apenas um abaixo da ponte, a vista era espetacular. Motivo pelo qual quisera tanto seu escritório quanto sua luxuosa suíte naquele deck. Tinha insistido em muitos vidros. Gostava da grande expansão do mar por toda volta, o que lhe dava uma sensação de liberdade, mesmo enquanto estava trabalhando.
Havia poltronas confortáveis, mesas baixas e um bar totalmente estocado do outro lado da sala. Os poucos quadros pendurados nas paredes azul-escura eram bastante coloridos, e o brilho do piso de madeira sob a luz do sol era apenas levemente diminuído pelos vidros escuros.
Aquela era a viagem de estreia do navio sob o nome Jonas. Joe o comprara de um concorrente que estava saindo dos negócios, e, durante os últimos seis meses, ele o reformara completamente para ser a rainha de sua própria companhia marítima. Jonas's Pride, ele o chamara... que significava "O orgulho de Jonas"... e até agora o navio estava fazendo jus ao nome.
Joe recebera relatórios de seus empregados sobre as reações dos passageiros no momento que eles tinham entrado a bordo no dia anterior em Los Angeles, no porto de San Pedro. Embora a maioria dos hóspedes a bordo fosse jovem e querendo diversão, até mesmo eles haviam ficado impressionados com a decoração luxuosa no navio.
Joe tinha comprado seu primeiro navio dez anos atrás, e rapidamente transformado a Linha Jonas na companhia marítima com os cruzeiros mais divertidos do mundo. Jonas's Pride iria enfatizar esta reputação. Seus passageiros queriam divertimento. Excitação. Uma festa com duração de duas semanas. E ele iria lhes proporcionar isso.
Havia contratado os melhores chefs, as melhores bandas e os melhores shows. Seus funcionários eram jovens e atraentes... o que o fez lembrar-se de uma ex-funcionária em particular. Uma mulher que mexera profundamente com ele até a noite em que Joe descobrira suas mentiras. Nunca mais a vira ou falara com ela desde então, mas era muito mais cuidadoso sobre com quem se envolvia.
— Você está me ouvindo?
Joe reprimiu os pensamentos, levemente irritado por ainda estar pensando em Demi Lovato depois de mais de um ano desde que a vira pela última vez. Ele olhou para Teresa e ofereceu-lhe um sorriso charmoso.
— Suponho que não. Por que não cuidamos do resto dos negócios depois do almoço?
— Claro — disse ela, e consultou seu relógio de pulso. — Tenho uma hora marcada no Verandah Deck. Um dos diretores do cruzeiro está com um problema no aparelho de karaokê.
— Certo. Cuide disso. — Joe voltou sua atenção para a pilha de correspondência sobre sua mesa e suspirou. Era sempre a mesma coisa. Em todos os cruzeiros, ele recebia diversos convites de passageiras, para que jantasse com elas ou as encontrasse para tomar um drinque à luz do luar.
— Oh — murmurou Teresa, estendendo-lhe um envelope azul-claro. — Um dos comissários me entregou isto no meu caminho para cá. — Ela sorriu. — Mais uma moça solitária procurando por companhia? Parece que você ainda é o amante favorito do mundo.
Joe sabia que ela o estava provocando... como sempre... entretanto, desta vez as palavras de Teresa o haviam afetado. Movendo-se desconfortavelmente em sua cadeira, ele pensou sobre aquilo, tentando entender por quê. Não era um monge, Deus sabia. E, ao longo dos anos, tinha aceitado muitos convites de mulheres que não esperavam mais do que um bom divertimento e sexo impessoal.
Mas ultimamente não conseguia se interessar nem pelos convites de uma única noite. Os cartões e cartas estavam sobre sua mesa desde cedo daquela manhã, e ele nem se incomodara em abri-los. Sabia o que encontraria quando começasse a abri-los.
Calcinhas. Chaves de cabines. Fotos sensuais destinadas a tentá-lo.
E nenhum dos itens significava nada para Joe. O que isso dizia sobre ele? Rindo silenciosamente de si mesmo, Joe reconheceu que não queria saber. Talvez estivesse trabalhando muito nos últimos tempos. Talvez o que precisasse era exatamente do que aquelas moças espiavam oferecendo. Olharia os convites, escolheria o mais intrigante, e passaria algumas horas de relaxamento com uma mulher disposta.
Teresa ainda estava lhe estendendo o envelope, e havia uma expressão confusa nos olhos dela. Joe não queria perguntas, portanto pegou o envelope e deslizou o dedo sobre a aba. Deliberadamente dando-lhe um sorriso e uma piscadela, disse:
— Você acha que é fácil ser o sonho de milhões de pessoas?
Agora Teresa bufou, e, meneando a cabeça, murmurou alguma coisa sobre homens iludidos e saiu da sala.
Quando ela se foi, Joe recostou-se e olhou pensativamente para a carta em sua mão. Envelope azul-claro, letra bonita. Pequeno demais para conter uma calcinha de renda. Muito fino para conter diversas fotografias provocantes. O tamanho exato para um cartão chave de uma cabine.
— Bem — murmurou ele suavemente —, vamos ver quem você é. Espero que tenha incluído uma foto sua. Eu não gosto de encontro às cegas.
Rindo, Joe puxou o cartão do envelope e olhou. Havia uma fotografia, certo. A risada morreu instantaneamente enquanto ele olhava para a foto de dois bebês com cabelos pretos e olhos azul-claros.
— Que diabo é isso? — Mesmo enquanto seu cérebro trabalhava freneticamente, e seu coração disparava no peito, ele leu a mensagem abaixo da foto:
— Parabéns, papai. São gêmeos
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Hey como estão? Aqui vai mais uma história pra vocês. Boa leitura.
xoxo Nathi
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Hey como estão? Aqui vai mais uma história pra vocês. Boa leitura.
xoxo Nathi
Sobre a fic mal ter começado e eu já estou amando!!
ResponderExcluirAdorei ...... ansiosa pra saber o que ele vai fazer...... continua logo por favor....,
ResponderExcluirJa amei! Posta mais um hoje, to curiosa pro encontro deles
ResponderExcluirCaralho surtei mds ela ficou prenha e de gemeos caraca só quero ver a reação do joe quando ver que foi a demi que mandou a foto dos bebes pra ele. Posta mais xara bjus ❤
ResponderExcluirEITAAAAAAA POSTA MAIS
ResponderExcluirOieee,já fiquei chocada com a história,joe já Ta afim da demi e ja se procriou com ela, Vixi essa história promete kkkk
ResponderExcluirAdorei! Quero mais capitulo, por favor!
ResponderExcluirBeijos~ ^^