2.8.15

Dois Pequenos Milagres - Capitulo 4

Os bebês eram lindos.

Doces, bagunceiros, temperamentais, lindos. E entediantes.

Não quando estavam acordados, mas quando estavam dormindo, e Demi tirava uma soneca, e a casa ficava tão silenciosa que Joe sentia vontade de gritar.

E, de repente, ocorreu-lhe que ele era o único que se esforçava para se ajustar. Aquilo era justo? Não era justo, de jeito nenhum, pensou ele, irritado; e, além disso, não fora ideia dele ser cortado das vidas delas. Até aquele mo­mento, depois de trinta e poucas horas, ele aprendera a preparar um banho na temperatura certa, a lidar com a má­quina de lavar, a acertar uma colherada de mingau na boca do bebê.

Mas agora, às 11h da noite, quando ele normalmente trabalharia por mais duas ou três horas, Demi já fora para a cama, as meninas dormiriam até o dia seguinte, e não havia nada a fazer. Nada na televisão, nenhum modo de entrar em contato com Yashimoto e nenhum modo de en­trar em contato com o pessoal em Nova York, que ainda estaria trabalhando. Tudo estava tão quieto! Exceto pelos gritos que Joe podia ouvir ao longe. Ele os ouvira um minuto antes, e agora que estava perto das portas francesas podia ouvi-los claramente, um barulho de gelar o sangue que lhe causou um arrepio até os ossos. Murphy levantara as orelhas e estava rosnando baixinho, e Joe o chamou de volta para dentro de casa, fechando a porta. Em seguida, ele foi até o andar de cima e bateu na porta do quarto de Demi. Ela a abriu um segundo depois, vestindo um pijama com estampa de gatinhos e com o rosto amassado de sono, e ele precisou se forçar a ir direto ao ponto.

— Eu ouvi um barulho — disse ele sem mais preâmbu­los, sem se permitir olhar para os pequenos gatinhos que corriam pelo corpo dela. — Gritos. Acho que alguém está sendo atacado. Ela inclinou a cabeça para o lado, ouviu e então sorriu.

— Deve ser um texugo — disse ela. — Ou uma raposa. Ambos gritam à noite. Não sei bem qual é qual, mas, nes­ta época do ano, acho que provavelmente é um texugo. As raposas fazem mais barulho na primavera. O ruído o acor­dou? Você precisa dormir. Está exausto.

— Não estou exausto. Nunca durmo a esta hora da noite.

— Bem, você deveria. Chá?

Ele não queria chá. A última coisa que ele queria era chá, mas beberia ácido puro só para ter a companhia dela.

— Chá parece uma ótima ideia — disse ele, resmun­gando, e a seguiu até o andar de baixo.

Não podia ser fácil para ele, estar preso naquele fim de mundo, e ainda por cima com gêmeas. Joe nunca fora do tipo que precisava de muitas horas de sono, e, sem ter nada para fazer durante a noite a não ser pensar, ele deve­ria estar analisando aquela situação repetidamente. O que era bom, Demi disse a si mesma.

— Há alguma lenha no fogo? — perguntou ela, e ele deu de ombros.

— Não sei. Havia. Coloquei a grade para cima. A larei­ra fica acesa a noite inteira?

— Não costumo acendê-la — confessou ela. — As me­ninas e eu passamos a maior parte do tempo na cozinha.

— Então, por que você perguntou?

— Porque pensei... tenho alguns DVDs das meninas, desde que elas nasceram. Na verdade, desde antes. Eu te­nho um DVD em 4-D do ultrassom. É fascinante.

— 4-D?

— Humm. 3-D, em tempo real. Eles chamam de 4-D. Você pode vê-las se movendo, e é incrivelmente real. E eu tenho muita coisa delas quando elas estavam na terapia in­tensiva, e registros de tudo o que eles fazem com os bebês, como impressões das mãozinhas e dos pezinhos, e as pulseirinhas com os nomes, as tabelas de peso, coisas assim. Pensei que se estivesse quente na sala, poderíamos assistir, mas você provavelmente vai achar tudo muito chato...

— Não! Não, não vou. Eu gostaria de ver.

— Ótimo — disse ela, suavemente. — Vá ver se você pode reavivar o fogo, e eu vou preparar um chá.

E biscoitos de chocolate maravilhosos, que eram mais chocolate que biscoito, e queijo com bolachas, porque ela sabia que ele estaria com fome, e ele francamente precisava engordar um pouco.

Ele estava agachado perto da lareira quando ela voltou, soprando as brasas e tentando devolver alguma vida ao que sobrara do fogo. E, quando ela colocou a bandeja na mesinha, as chamas finalmente se acenderam e um adorá­vel brilho laranja tomou conta da lareira.

— Oh, isso é ótimo. Muito bem. Tome, coma um pouco de queijo com biscoitos — instruiu ela, remexendo no armá­rio ao lado da televisão em busca dos DVDs. — Ultrassom primeiro? — sugeriu Demi.

Joe assentiu, e ela colocou o DVD no aparelho, sen­tando-se encostada ao sofá ao lado das pernas dele, e se­gurando a xícara de chá nas mãos enquanto as imagens dos bebês ainda não nascidos passavam diante deles.

— Com quantos meses de gravidez você estava quando estas imagens foram feitas?

— Vinte e seis semanas.

Uma sombra percorreu o rosto dele, e Joe apertou os lábios, olhando para a tela como se sua vida dependesse disso. Demi se virou novamente para a televisão e assistiu ao DVD com ele, mas estava profundamente consciente de uma tensão nele que jamais sentira antes. Quando o DVD terminou e ela o retirou do aparelho, Demi sentiu que a tensão o abandonava, e, enquanto ele se recostava nó sofá para beber seu chá, suas mãos tremiam um pouco.

Estranho. As mãos de Joe nunca tremiam. Sob nenhu­ma circunstância. E, mesmo assim, ele sempre fora tão irredutível ao dizer que não queria filhos, que as vidas deles estavam completas sem crianças. E por que as ima­gens de suas filhas antes de nascerem eram tão comoven­tes para ele?

O fogo estava crepitando com força agora, e Murphy se levantou de sua posição na frente da lareira e se aproxi­mou deles, deitando-se contra as pernas de Joe. Ele se inclinou e coçou o pescoço do cão, puxando-lhe as ore­lhas, com uma expressão ausente no rosto; e Murphy ergueu a cabeça, olhando com adoração para Joe como se tivesse encontrado sua alma gêmea.

— Acho que você encontrou um novo amigo.

— Aparentemente. Acho que ele sente falta de John.

— E eu acho que ele quer os biscoitos do seu prato — brincou ela, e Joe riu.

— E agora? — perguntou ele, e ela colocou no apare­lho de DVD o primeiro filme das meninas depois de nascidas.

— Aqui estão elas, com dois dias de idade. Elas nasce­ram com apenas 33 semanas, porque o meu útero tinha dificuldades de se expandir, por causa das cicatrizes; e elas pararam de crescer. Jane e Peter vieram, e filmaram as duas para mim. Eles foram maravilhosos, e me deram muito apoio.

— Eu teria lhe dado apoio.

— Eu não sabia disso, Joe. Você sempre foi tão con­trário à ideia de ter filhos. Se eu sequer mencionasse uma inseminação artificial, você saía correndo. Como eu po­deria saber que você queria se envolver?

— Você poderia ter me perguntado. Você poderia ter me dado a escolha.

Ela poderia. Poderia, mas não havia, e era tarde demais agora para mudar aquilo. Mas ela podia pedir desculpas, Demi percebeu, e virou-se para ele, tomando sua mão.

— Eu sinto muito — disse ela, forçando-se a olhar nos olhos dele e se preparando para enfrentar a raiva que ela sabia que veria neles. Mas, em vez da raiva, havia dor. — Joe? — sussurrou ela, e ele afastou a mão, levantando-se.

— Talvez possamos fazer isso outra hora — disse ele, e, sem uma palavra, foi para a porta. Ela o ouviu subindo as escadas, e a porta do banheiro se fechando, e a água cor­rendo. Com um suspiro, ela desligou o aparelho de DVD e a televisão.

Ela ouviu o chuveiro ser desligado, enquanto ia para seu próprio quarto e fechava a porta; e, alguns minutos depois, ouviu Joe sair do banheiro e atravessar o corredor até o quarto de hóspedes, fechando a porta suavemente.

Na manhã seguinte, Joe correu pela estrada, sempre acompanhado por Murphy. Eles saíram do vilarejo para tomar outra trilha pequenina e sinuosa, cortaram caminho por um campo e atravessaram o rio por uma ponte de ferro. Em seguida, tomaram um atalho que levava novamente ao vilarejo, quase em frente à entrada "Chalé das Rosas". A corrida levara 20 minutos, e Joe calculava que tivesse percorrido uns cinco quilômetros. Não longe o suficiente para entorpecê-lo, mas o exercício diminuíra sua tensão e lhe distraíra da confusão sem fim em sua mente.

As luzes estavam acesas na cozinha quando ele chegou em casa, e Demi o estava observando, seu rosto indecifrá­vel a distância, sob as lâmpadas antigas. Ele reprimiu um grunhido e subiu os poucos degraus até a porta dos fun­dos, com Murphy molhado e enlameado a seu lado.

— Cama! — ordenou ela, e o cão se virou, indo direto para sua cama que ficava no vão sob as escadas.

— Essa ordem foi só para ele, ou eu tenho que ir para a cama, também? — perguntou Joe, e ela sorriu, um pouco incerta, observando o rosto dele com olhos perturbados.

— Você está bem?

— Estou. Demos uma boa corrida...

— Você está bem mesmo?

— Estou bem — disse ele, com um pouco mais de since­ridade, porque realmente estava. Fora somente aquele DVD que o perturbara, fazendo-o sentir-se triste e emocionado de novo, e ele odiava aquilo. Ele odiava perder o controle de seus sentimentos; odiava seus sentimentos, ponto final.

— Eu fiz um chá — disse ela.

— Obrigado. Os bebês já acordaram? Ela sacudiu a cabeça.

— Não, mas vão acordar em breve. Por quê?

— Oh, eu só estava perguntando. Preciso de um banho, mas não quero incomodá-las. Vou tomar o meu chá e es­perar um pouco, se você não se importa de eu estar suado e enlameado.

Os olhos dela o percorreram, e ela deu uma risadinha, mas, quando Demi se virou, ele notou um leve rubor em suas faces. Mesmo? Ele ainda podia fazer aquilo com ela?

— Tenho certeza de que posso suportar enquanto você toma o seu chá — disse ela.

Ele pensou no beijo que eles haviam trocado, só um toque suave dos lábios dela nos dele, e uma onda de calor o invadiu. Porque ele queria fazer aquilo de novo; queria puxá-la contra si, enterrar os dedos nos cabelos embaraça­dos dela e explorar-lhe a boca com a sua até que ela esti­vesse gemendo de desejo e pedindo mais...

— Pensando bem, talvez seja melhor eu ir dar uma olhada nas minhas roupas e procurar algo para vestir de­pois do banho — disse ele, correndo para a porta antes que envergonhasse a si mesmo.

— O que há de errado com as roupas novas de ontem? — perguntou ela, e ele hesitou na soleira, com um pé no primeiro degrau das escadas, olhando para ela por sobre o ombro.

— Nada, eu só não tenho certeza de que elas são apro­priadas para o que vamos fazer hoje.

— E o que vamos fazer hoje?

— Vamos levar as meninas para a praia — respondeu ele, pensando rápido. — Está um dia lindo, e a previsão do tempo é de sol e temperatura amena.

— Nesse caso, o seu jeans e suéter serão perfeitos. Volte aqui, sente-se e tome o seu chá. Se você começar a fazer barulho no quarto ao lado do delas, elas vão acordar e, fran­camente, os momentos de paz já são muito poucos.

Joe engoliu em seco, tentando reprimir o desejo que ameaçava dominá-lo. Mas ele não precisava ter se preocupa­do, porque ela apanhou a roupa suja e a levou para a lavan­deria, enquanto ele levava seu chá para o sofá junto à grande janela. Quando ela voltou, eleja recuperara o controle.

Ou quase.

*****

Ele estava certo, estava um dia lindo.

Eles levaram as meninas a Felixstowe, estacionaram o carro no final do píer e caminharam até a outra extremidade.

— Você sabia — comentou ela —, que, exceto pelas viagens de trabalho, quando fomos ao exterior, esta é a primeira vez que vamos à praia, em seis anos?

— Acho que você está certa. Isso não é algo que eu pen­sasse em fazer; não na Inglaterra, pelo menos. E eu nunca fui do tipo que gosta de feriados na praia.

— Não estou falando de feriados na praia — disse ela. — Estou falando de caminhar junto ao mar, com uma bri­sa forte nos cabelos e o gosto de sal na pele. É lindo, sau­dável, e... oh, maravilhoso!

Ele não tinha o direito de fazer aquilo com ela; trazer de volta tantas lembranças com apenas um sorriso pregui­çoso. Eles poderiam não ter caminhado na praia, mas haviam feito amor muitas, muitas vezes no terraço de casa, com vista para o Tâmisa, com o cheiro do rio e o ar salga­do os envolvendo. E ela soube, apenas com um olhar, que ele também estava lembrando.

— Eu só vou ver se as meninas estão bem — disse ela rapidamente, e contornando o carrinho até o outro lado, cobriu os bebês novamente e o seguiu. Agora ele era um pai de verdade, com uma mulher e duas lindas filhas, e não um homem sob pressão que fora forçado a se subme­ter a passar algum tempo com suas recém descobertas crianças.

— Demi?

Ela percebeu que parará, e ele parará também, e se vi­rará para olhar para ela, seus olhos perturbados. Ele soltou o cercadinho e aproximou-se dela.

— O que há de errado?

Ela deu de ombros, incapaz de falar. E, com um pequeno suspiro, ele a tomou nos braços e apertou-a contra o peito.

— Ei, vai ficar tudo bem — murmurou ele, mas ela não tinha tanta certeza. Menos de dois dias haviam se passa­do, e ele já quebrara as regras, roubando o celular dela e tentando encontrar o dele. Deus sabia o que mais ele faria, quando ela virasse as costas. Ele ficara acordado metade da noite; teria usado o telefone?

Ela se importava? Desde que ele estivesse lá durante o dia, tentando, importava se ele trapaceasse?

Sim!

Ou não, não realmente, desde que ele aprendesse a li­ção sobre equilibrar a vida e o trabalho.

— Venha, vamos tomar um café. Há uma pequena cafeteria perto de onde estacionamos o carro. Trouxe bebi­das para as meninas, e talvez eles possam esquentar as mamadeiras lá.

— Aquela gororoba? — disse ele, parecendo descon­fiado, e ela pensou no suéter novo dele, e sorriu.

— Tudo bem, eu as alimentarei, se você quiser — pro­meteu ela. — Mas vou deixar você pagar.

— Será um prazer — disse ele com um suspiro de alívio.

*****

As meninas estavam prontas para a cama cedo naquela noite.

— Deve ter sido o ar marinho — disse Demi, enquanto esquentava o jantar delas; potinhos de comida feita em casa desta vez, ele notou, perguntando-se se aquilo era o melhor para elas.

— Isto tem todos os nutrientes certos? — perguntou ele.

— Isto é comida, e não uma fórmula química. Frango assado, brócolis, cenouras, batatas, molho... claro que tem todos os nutrientes corretos.

— E foi você quem cozinhou?

— Ora, claro que fui eu quem cozinhou! — disse ela com um suspiro exasperado. — Quem mais?

Ele deu de ombros.

— Desculpe-me. É só que... eu raramente a via cozi­nhar, e não me lembro de tê-la visto fazer um assado.

— Não, claro que não. Nós nunca tínhamos tempo de fazer algo tão sem importância

— Demi, pare com isso! Eu só estava...

— O quê? Criticando a maneira como cuido das mi­nhas filhas?

— Elas são minhas filhas, também!

— Então aprenda a cozinhar para elas — disse ela rispidamente, e atirou um livro de culinária para ele. — Aqui está. Há peito de frango, filés de salmão, frutos do mar e costelas de porco no congelador. Escolha o que quiser. Você pode preparar o jantar para nós, enquanto eu coloco as meninas na cama.

E, saindo da cozinha com um bebê em cada braço, ela o deixou lá, olhando para o livro com uma expressão perplexa.

Jesus. Ele sabia fazer café e torradas, e ovos mexidos, mas isso se fosse obrigado. E sabia desembrulhar comida pronta e colocá-la no micro-ondas, ou pegar o telefone e pedir o jantar. Mas... cozinhar? Ingredientes de verdade? Que inferno, ele não fazia aquilo havia anos. Quinze anos? Talvez...

Droga!

Era simples. Ele pediria o jantar. Nem mesmo Demi po­deria reclamar se ele usasse o telefone da casa para pedir comida. O problema era que ele deveria cozinhar, e recuar frente a um desafio não era algo que ele fazia normalmen­te. Então... paella. Não podia ser tão difícil assim.

*****

— Oh! Risoto? — disse ela, hesitante, abrindo a panela e cheirando a comida.

— Paella — ele corrigiu.

— Quanto alho você usou?

— Não sei. A receita dizia dois dentes. Parecia muito, então usei apenas um.

— Dente, ou bulbo?

Ele franziu a testa, confuso.

— Qual é a diferença?

— Humm, o bulbo é o alho inteiro, uma coisa esbranquiçada, com textura de papel, com um talo no meio. Os dentes são as partes que formam o bulbo.

— Bem, você deveria estar aqui, se vai reclamar.

— Ei, eu não reclamei.

— Você ainda nem provou.

— Tudo bem, pode ter alho demais, mas e daí? Eu não vou beijar ninguém, vou?

— Isso pode ser providenciado — murmurou ele, os olhos percorrendo-a lentamente, como se estivesse ten­tando remover as roupas dela.

— Nos seus sonhos — resmungou ela, e apanhou dois pratos. — Aqui está, sirva-se. Vou pegar uma bebida. Você quer um pouco daquele vinho?

— Acho que o branco seria melhor. O tinto talvez seja um pouco pesado.

— Oh, eu não sei — disse ela, perfidamente. — Pode contrabalançar o alho.

Garota estúpida. Ele atirou a colher de volta na panela e foi para o corredor, desaparecendo pela porta da frente e batendo-a com força, vestindo o casaco ao sair.

Opa. Ela fora cruel ao provocá-lo. Ela sabia que ele não sabia cozinhar, e ele fizera o melhor que podia. E, com exceção do alho e do fato que a comida parecia um pouco cozida demais, estava até bom.

O carro de Joe, aquele carro esporte, tolo, veloz e perigoso, saiu pela estrada em meio a uma chuva de cas­calho, e ela suspirou, cobrindo a panela, afastando-a para o lado e sentando-se para esperar. Ou ele voltaria, ela pensou, e nesse caso ela se desculparia, ou não volta­ria; e, nesse caso o quê? As meninas perderiam seu pai, e ela perderia o único homem que já amara, porque não conseguia manter sua boca atrevida fechada.

Oh, que droga. E ela nem podia telefonar para ele para pedir desculpas.

----------------------------

Capítulo novo na área. Desculpem pela demora, eu fiz uma viajem e fiquei sem internet. 
Comentem.
xoxo

4 comentários:

  1. Sem palavras,Ta demais a fic,conhece perfeição?isso aqui Ta assim

    ResponderExcluir
  2. estou de boca aberta...... sera que ele foi mesmo embora.....Posta Logo!!!

    ResponderExcluir
  3. To adorando essa fic. POste logo, bjos :*

    ResponderExcluir
  4. Posta logo, estou surtando pelo amor de Deus, a Demi esta sendo muito dura com ele.

    Nanda

    ResponderExcluir