2.5.15

Laços de Amor - Capitulo 7

Foi uma longa noite.

Como se tivessem destruído a barreira invisível que os separava, Demi e Joe atingiram o clímax ao mesmo tempo diversas vezes durante a noite. Até que finalmente, exaustos, adormeceram um pouco antes do amanhecer.

Quando Demi acordou várias horas mais tarde, estava sozinha na grande cama. Afastando os cabelos dos olhos, sentou-se, puxou o lençol de seda branca até o peito e olhou ao redor do quarto, como se esperando que Joe aparecesse das sombras. Mas ele não apareceu.

Cuidadosamente, uma vez que seus músculos estavam doloridos, ela saiu da cama, seguiu o corredor para seu próprio quarto e foi direto para o banheiro. Enquanto tomava um longo banho, sua mente voltou para a noite anterior, fazendo-a imaginar se as coisas seriam diferentes entre eles agora. Contudo, se pensasse sobre isso, se desejasse isso, quão mais desapontada poderia ficar se não acontecesse?

Joe não fizera promessas.

Assim como não tinha feito promessas um ano atrás, durante a incrível semana deles juntos.

Portanto, basicamente, Demi disse a si mesma, ela havia cometido o mesmo erro de antes... indo para cama com o homem que amava... apesar do fato de ele não amá-la.

— Oh, Deus. — Ela descansou a testa contra os azulejos brancos, enquanto jatos de água quente massageavam suas costas. — Demi, se você vai cometer erros... e todos cometem... pelo menos cometa novos erros.

Depois do banho, ela vestiu um shorts branco e uma blusa verde-escura. Então, sentou-se na cama e tentou pensar no que faria a seguir. O único problema era que não tinha ideia do que fazer com o que estava acontecendo em seu mundo. Aquilo tudo parecera uma ideia tão simples. Ir até Joe e contar-lhe sobre os garotos. Voltar para casa e para sua vida de sempre.

Mas agora, tudo parecia... complicado.

Falando sozinha sobre decisões estúpidas e consequências, Demi olhou para o relógio no criado-mudo e notou o telefone. Instantaneamente animou-se. Era disso que precisava, percebeu. De contato com o mundo real. Falar com sua irmã. Ouvir seus filhos arruinando.

Pegando o telefone, ela foi imediatamente atendida pela telefonista do navio, deu o número que queria e esperou enquanto o telefone do outro lado da linha tocava e tocava. Finalmente, Maxie atendeu ofegante e disse:

— Eu não tenho tempo para vendedores.

Rindo, Demi recostou-se contra a cabeceira.

— Olá para você também.

— Oh, Demi, é você. — Maxie deu uma risada. — Desculpe sobre isso, mas seus bebês estão me deixando meio louca.

Ela se sentou mais ereta, a expressão preocupada.

— Eles estão bem?

Eles estão bem — Maxie a tranquilizou.— Sou eu quem vai morrer logo. Como você faz isso todos os dias? Se algum dia eu me esquecer de lhe dizer o quanto você é incrível, lembre-me deste momento.

— Obrigada, farei isso. Então os meninos estão bem?

— Felizes como moluscos — disse sua irmã, então parou e perguntou preguiçosamente: — Todavia, como sabemos que moluscos são felizes? Não é como se eles sorrissem, assobiassem ou algo assim...

— Um dos grandes mistérios do universo.

— Amém.

De fundo, Demi ouvia a televisão e pelo menos um bebê chorando.

— Quem está chorando? — perguntou ela.

— Jacob — respondeu Maxie, a voz abafada por um minuto. — Estou segurando Cooper e lhe dando uma mamadeira, e Jake quer sua vez. Não tem muita paciência, este menino.

— Verdade, Jake é um pouco mais difícil do que Cooper. — Demi ficou calada então, enquanto Maxie lhe contava como ia a rotina dos bebês. Ela sorria ao ouvir, mas seu coração parecia doer, também. Queria estar lá, segurando seus filhos, tranquilizando-os, alimentando-os. E sorria por não estar.

— Em resumo, está tudo bem por aqui — finalizou sua irmã. — É você? Como Joe recebeu a notícia?

— Ele não acredita em mim.

— Bem, ele é um imbecil.

Demi fez uma careta. Maxie não era uma grande de Joe Jonas. Sua irmã havia sido cortejada com luxo, e depois dispensada por um homem rico alguns anos atrás, e desde então, não tinha muita fé nos homens em geral... e não particularmente nos homens ricos.

— Mas ele fez o exame de DNA, e o resultado será enviado por fax para o nosso laboratório. Terá a prova amanhã ou depois, e não poderá continuar negando.

— Ótimo. Então você volta para casa, certo?

— Sim. — Demi puxou a bainha do shorts com a ponta dos dedos. Não ficaria a bordo do navio durante o cruzeiro inteiro. Fizera o que tinha ido fazer lá, e permanecer perto de Joe mais tempo do que o necessário só iria complicar ainda mais as coisas.

— Eu amo meus sobrinhos — Maxie estava dizendo —, mas acho que eles estão tão prontos para sua chegada quanto eu.

— Sinto tanta saudade deles. — O coração de Demi se contraiu novamente ao ouvir o choro zangado de Jake.

— Hã-hã. Agora fale por que você realmente ligou.

— Eu liguei para saber dos meus filhos.

— Oh, em parte sim. Agora quero ouvir o resto — insistiu Maxie.

— Não sei o que você quer dizer.

— Espere, preciso trocar os bebês. Cooper acabou, e agora é a vez de Jake.

Demi esperou e ouviu sua irmã falando com ambos os garotos, obviamente deitando Cooper e pegando Jake, uma vez que o choro infantil era agora mais alto e mais exigente. Ela sorriu quando o choro parou abruptamente, e soube que ele estava ocupado com a mamadeira.

— Pronto, estou de volta — anunciou Maxie um momento depois. — Agora, conte-me o que aconteceu entre você e Joe.

— O que você quer dizer?

— Sabe exatamente o que quero dizer, e o fato de estar evitando a pergunta me diz o que aconteceu — disse sua irmã. —Você dormiu com ele de novo, não dormiu?

Demi inclinou-se contra a cabeceira e olhou para o teto.

— Demi...

— Não dormimos muito, mas sim.

— Droga, Demi...

— Eu já sei que foi um erro, então se você não se importa...

— Um erro? Esquecer-se de comprar pão no mercado é um erro. Dormir com um homem que já a dispensou uma vez é um desastre.

— Bem, muito obrigada — disse Demi secamente. — Isso faz com que eu me sinta imensamente melhor.

Maxie suspirou, depois sussurrou:

— Está tudo bem, Jake, eu não estou gritando com você. Estou gritando como sua mamãe, — Então acrescentou em voz mais alta: — Certo, desculpe por gritar. Mas Demi, você sabe que nada de bom pode resultar disso.

— Eu sei. — Ela não acordara numa cama vazia, sem sinal do amante carinhoso com quem passara a noite? Joe não poderia ter sido mais claro para informá-la do quão pouco ela significava. — Deus, eu sei.

— Venha para casa — pediu Maxie.

— Eu irei. Logo.

— Agora.

— Não — disse Demi, meneando a cabeça, enquanto punha as pernas para fora da cama e se sentava ereta. — Preciso falar com ele.

— Vocês já não conversaram tudo que há para conversar?

Provavelmente, pensou Demi. Afinal de contas, não ia contar-lhe que o amava. E não era só esta informação que faltava a Joe? Ela não fizera o que tinha ido fazer lá? Não completara sua missão, e mais?

— Maxie...

Sua irmã suspirou, e Demi quase podia vê-la fazendo uma careta.

— Eu apenas não quero que seja destruída novamente — respondeu Maxie. — Ele não é o homem certo para você, Demi, e no fundo, você sabe disso. Está somente pedindo para ser rejeitada mais uma vez.

O fato de sua irmã estar certa não mudava nada. Demi sabia que não podia ir embora até que visse Joe novamente. Descobrisse o que a noite anterior significara para ele. Necessitava provar para si mesma, de um jeito ou de outro, que não havia futuro para eles. Somente assim seria capaz de se libertar e criar uma vida para si mesma e para seus filhos.

— Se eu me machucar novamente, irei me recuperar — disse ela com firmeza, então continuou: — Aprecio sua preocupação comigo, Maxie, mas tenho de passar por isso. Portanto, eu lhe telefono quando estiver voltando para casa. Tem certeza de que pode cuidar dos meninos por mais alguns dias?

Houve um longo momento de silêncio antes que sua irmã dissesse:

— Sim. Nós estamos bem.

— E quanto ao trabalho? — Maxie era tradutora de textos médicos. Trabalhava em casa, o que era um bônus para ocasiões como aquela, quando Demi precisava de uma babá com rapidez. Como agora.

— Eu trabalho enquanto os bebês tiram suas sonecas. Estou me virando. Não se preocupe com isso.

— Certo, obrigada.

— Demi? Tome cuidado, tudo bem?

Aporta da suíte se abriu e uma criada entrou. Ela viu Demi, fez um gesto de desculpa e começou a sair novamente.

— Não, espere. Você pode entrar agora. — Então para sua irmã: — A empregada está aqui, tenho de desligar. Eu telefono em breve. E beije os meninos por mim, certo?

Quando desligou, Demi não sabia se estava se sentindo melhor ou pior. Era ótimo saber que seus filhos estavam bem, mas as palavras de Maxie continuavam martelando no seu cérebro. Sim, sua irmã tinha preconceito contra homens ricos, mas o que dizia fazia sentido também. Demi quase fora destruída após a separação com Joe um ano atrás.

Desta vez, todavia, tinha a distinta impressão de que a dor de perdê-lo ia ser muito, muito pior.

*********

Joe nunca se considerara um covarde.

Ora, tinha escalado até o topo do mundo financeiro. Construído um império com nada além de sua coragem e um sonho. Criado um mundo que era tudo que sempre quisera.

Entretanto... algumas horas atrás, havia saído da cama e deixado Demi dormindo sozinha no seu quarto, porque não quisera falar com ela.

— Mulheres — murmurou ele, inclinando-se contra a balaustrada da proa do Splendor Deck, seus olhos percorrendo a costa de Acapulco —, sempre querem conversar na manhã seguinte. Sempre precisam analisar e criticar tudo que você fez ou disse na noite anterior.

Mas não havia nada para analisar, lembrou a si mesmo. Ele a tivera, exatamente como planejara, e agora estava tudo acabado... também como tinha planejado.

E claro que seu corpo enrijecia e seu peito se contraía com esse pensamento, mas não importava. O que importava era que tivera Demi sob si, sobre si, ao seu redor, e agora podia esquecê-la completamente. Sem mais sonhos o perseguindo. Sem mais pensamentos sobre ela.

Estava acabado.

Franzindo o cenho, Joe observou surfistas no mar e turistas tomando sol na praia. Brilhantes guarda-sóis listrados estavam espalhados ao longo da areia, e garçons vestidos de branco se moviam entre a multidão, oferecendo drinques típicos.

Então, se estava tudo acabado, por que continuava pensando nela?

Porque, reconheceu silenciosamente, aquela noite com Demi tinha sido diferente de qualquer coisa que eleja experimentara desde a última vez que eles haviam estado juntos. Joe não era um monge. E, uma vez que era solteiro, não via problema em ter quantas mulheres quisesse. Contudo, nenhuma mulher jamais mexera com ele como Demi mexia.

Ela o fazia sentir coisas nas quais ele não tinha interesse. Instigava-o a desejar mais do que deveria. Esta ideia tanto o intrigava quanto o aborrecia. Não estava procurando mais do que sexo casual com uma mulher disposta. E nada sobre Demi era casual. Ele já sabia disso.

Então, a melhor coisa que podia fazer era ficar longe dela.

Seria melhor para ambos. Joe se afastou da balaustrada com desgosto. Mas não ia se esconder no seu próprio navio. Encontraria Demi, e lhe diria que não tinha interesse numa repetição da noite anterior... e agora quem estava mentindo? Ele virou-se para ver Demi andando na sua direção, e seu corpo enrijeceu de imediato.

No sol do fim da manhã, ela estava linda. Os cabelos loiros pendiam soltos sobre os ombros. A blusa se aderia aos seios... sem sutiã... e a boca de Joe secou. O shorts branco realçava a pele bronzeada das pernas delgadas. Os olhos azuis estavam presos nos seus, e Joe teve de se forçar para permanecer imóvel. Para não puxá-la para seus braços e provar-lhe a boca deleitável mais uma vez.

Ela ajeitou a bolsa a tiracolo no ombro e parou à sua frente. Afastando os cabelos dos olhos, encarou-o e disse:

— Fiquei me perguntando para onde você tinha desaparecido.

— Eu precisava cuidar de alguns assuntos — replicou Joe, e isso era parcialmente verdade. Ele já tinha demitido a banda que se recusara a fazer o combinado, e encontraria o empresário de outra banda contratada em meia hora.

Mesmo assim, ele a estivera evitando.

— Ouça, Joe...

— Demi... — Ele falou ao mesmo tempo, querendo interromper qualquer tentativa de romantizar a noite anterior. Já era ruim o bastante refletir muito sobre aquilo.

— Eu primeiro, certo? — murmurou Demi rapidamente, antes que ele tivesse chance de continuar. Ela lhe deu meio sorriso, e Joe preparou-se para perguntas como "o que significo para você". Era por isso que ele normalmente só procurava mulheres que não queriam mais do que uma noite de divertimento.

— Eu só quero dizer que ontem à noite foi um erro.

— O quê? — Não era o que Joe estava esperando.

— Nós não deveríamos. — Ela olhou ao redor para se certificar de que eles estavam a sós. Estavam, porque aquela ponta do Splendor Deck era anexa à suíte de Joe, e inacessível aos passageiros. — Eu não vim para cá com a finalidade de ir para a cama com você. Isso não estava nos meus planos, e agora lamento muito que tenha acontecido.

Joe sentiu-se totalmente ultrajado. Ela lamentava estar com ele? Como isso era possível? Ele estivera lá, ouvira os gemidos e gritos. Sentira a rendição de Demi. Tinha tremido com a força do clímax dela e sabia que lhe dera incrível prazer. Então, como ela podia lamentar?

Mais, como ele poderia dispensá-la, conforme o plano, se Demi o estava dispensando primeiro?

— Você está falando sério? — ele conseguiu perguntar entre dentes cerrados.

— Ora, Joe, sabe tão bem quanto eu que isso não devia ter acontecido. Você só está interessado em relacionamentos que duram a extensão de um cruzeiro, e eu sou uma mãe solteira. Não estou na posição de ser a "gatinha do mês" de ninguém.

— "Gatinha do mês"? — Ele estava insultado, e o fato de que estivera prestes a lhe dizer quase a mesma coisa que ela estava falando o deixou perdido.

Demi apertou a bolsa de palha junto ao corpo. — Eu só estou dizendo que o que aconteceu ontem à noite não vai se repetir.

— Sim, eu entendi. — E agora que Demi falara aquilo, ele a desejava mais do que nunca. Não que fosse admitir isso para ela. — Provavelmente este é o melhor caminho.

— Sim, é — confirmou ela, mas o tom de voz era melancólico. Ou ele estava ouvindo o que queria ouvir?

Estranho, alguns minutos atrás Joe estivera pensando em como dispensá-la. Em como lhe dizer que estava tudo acabado, Agora que Demi tinha tomado a mesma iniciativa, ele se sentia diferente. O que estava lhe acontecendo?

Qualquer coisa que fosse, disse a si mesmo com firmeza, era hora de cortar pela raiz. Não ia tropeçar em suas próprias emoções mais profundas. Não por uma mulher que ele já sabia ser mentirosa.

Além disso, Demi não tinha ido ao cruzeiro por ele, mas pelo que Joe poderia lhe dar. Ela comprara passagem naquele navio com o único propósito de lhe tirar dinheiro. Claro, era uma pensão alimentícia. Mas Demi ainda queria dinheiro. Então, o que a tornava diferente das mulheres que ele conhecera?

— Sinto atração por você — ela estava dizendo, e parecia ter dificuldade em admitir —, mas então suponho que já percebeu isso.

Demi estava vermelha? As mulheres ainda enrubesciam?

— Mas não vou permitir que meus hormônios me controlem — acrescentou ela, encarando-o com determinação. — Logo, você estará navegando pelo mundo com uma morena ou uma ruiva no braço, e eu estarei de volta a Seal Beach, cuidando dos meus filhos.

Os bebês.

De Demi? Seus?

Ele não queria discutir o assunto até que tivesse certeza. Em vez disso, decidiu virar o jogo. Lembrá-la de que ela estava em seu navio, e de que era ela quem tinha ido procurá-lo, não o contrário.

— Não pense mais sobre isso, Demi. — Joe ergueu-lhe o queixo com a ponta dos dedos. — Foi apenas uma noite. Uma imagem numa tela de radar.

Ela piscou.

— Nós nos divertimos — continuou ele, não deixando transparecer a tensão interior que sentia. — Agora acabou. Fim da história.

Joe observou suas palavras atingindo Demi, e por um segundo, desejou retirá-las. Perguntou-se então de onde tinha vindo este sentimento.

— Tudo bem, então — disse Demi, a voz baixa quase inaudível com o barulho do mar abaixo. — Agora sabemos qual é a nossa posição.

— Sim, sabemos.

— Neste caso — Demi forçou um sorriso —, talvez eu deva voar para casa mais cedo. Posso pegar um voo de Acapulco facilmente. Falei com minha irmã hoje, e ela está enlouquecendo...

Joe a interrompeu instantaneamente:

— Os bebês estão bem?

Ela o fitou com expressão interrogativa.

— Sim, é claro. Os meninos estão bem, mas Maxie não está acostumada a lidar com eles 24 horas por dia, o que pode ser muito exaustivo, então...

— Eu gostaria que você não fosse embora ainda — disse ele.

— Por que não?

Porque ele não estava pronto para deixá-la partir. Todavia, como admitir isso seria se rebaixar, respondeu:

— Eu queria você aqui até que recebêssemos o resultado do exame de DNA.

Demi abaixou o olhar por um instante, então encontrou o seu novamente.

— Você falou que provavelmente teremos uma resposta hoje, de qualquer forma.

— Então você pode esperar sem problemas.

— Do que se trata realmente, Joe? — questionou ela.

— Apenas o que eu falei. — Ele lhe segurou o braço com firmeza e a virou. Sentindo o calor emanando do corpo dela, lutou contra a vontade de puxá-la para si e beijar-lhe o ponto que pulsava na base do pescoço. De levantar aquela blusa feminina e. tocar os seios magníficos.

Droga, estava excitado e muito irritado por este simples fato.

Conduzindo-a ao longo do largo corredor, Joe seguiu em direção à sua suíte.

— Nós temos assuntos inacabados, Demi. E até que acabem de vez, você vai ficar.

— Talvez eu deva ficar em outra cabine.

— Com medo que não consiga se controlar? — provocou Joe, abrindo a porta e permitindo que ela o precedesse dentro da suíte.

— Em seus sonhos — replicou Demi, e jogou sua bolsa no sofá.

— E nos seus.

Demi o olhou e se sentiu enfraquecendo. Não era justo que aquilo fosse tão difícil. Não era justo que seu corpo quisesse e seu coração ansiasse, mesmo quando sua mente lhe dizia para recuar. Ela precisava sair daquele navio. Logo.

No silêncio tenso, veio o som de um bip de outro cômodo, e Demi o fitou com expressão interrogativa.

— Máquina de fax.

Ela assentiu, e, quando ele saiu, presumivelmente para ver o fax que chegara, Demi foi para o quarto de Joe. Tudo que queria era pegar a calcinha que tinha deixado lá na noite anterior. E melhor fazer isso quando ele estava ocupado em outro lugar.

Enquanto abria a porta, ouviu Joe chamando. — É do laboratório.

Se ele falou mais alguma coisa, Demi não ouviu. Nem mesmo sentiu uma onda de prazer, sabendo que agora Joe não teria escolha senão acreditar que era pai de seus filhos.

Em vez disso, seu olhar estava fixo na cama, e seu cérebro em curto-circuito enquanto ela encarava a ruiva nua muito surpresa deitada sobre a cama de Joe.

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                   Depois da lacração do capítulo anterior aqui está mais um. Se segurem porque ta pegando fogo.
                   xoxo Nathi

7 comentários:

  1. SOCOOORRO que teimosos agora quero ver o que Joe vai fazer quando tiver a certeza de que ele é mesmo o pai dos gêmeos! Demi tb vai ficar putaaaa com essa ruiva ai! Meeeeeu Deus sinto um capítulo lacrador a seguir

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  2. OMG!!! Poste logo!! Estou morrendo de curiosidade para saber oque vai acontecer no proximo capitulo. Beijos

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  3. Meu Deeeeeeeeus o que foi isso? Mais um logo se nao eu passo mal

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  4. Mds como assim, daonde brotou essa ruiva e como tu me para logo na parte que chega o negocio do laboratorio eu to morrendo aqui... continua

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  5. Agora o joe vai se ferrar quando ver o exame de DNA,e da onde saiu essa ruiva puta? Demi tem que socar a cara dela kkkkkk

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  6. Ja vi que vai dar treta kkkk

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