— Ei! — Os olhos da ruiva se arregalaram, enquanto ela tentava se cobrir... um pouco tarde demais... com a colcha preta. — Eu não sabia que ele já tinha companhia...
Joe apareceu atrás de Demi, e ela o sentiu ficar tenso.
— Quem é você? — demandou ele furioso, passando por Demi para encarar a mulher que o fitava com expressão de pânico.
— A "gatinha do mês"?—perguntou Demi brevemente.
— Ouça — começou a ruiva, que estava debaixo da segurança da colcha —, posso ver que cometi um erro aqui e...
— Oh, não vá embora por minha causa — disse Demi com escárnio, então se virou e marchou pelo corredor em direção ao seu próprio quarto.
— Demi, espere. — A voz de Joe era furiosa, mas ela não se, importou. Não queria ouvir nenhuma explicação.
Qual poderia ser, de qualquer forma? Havia uma mulher nua na cama dele, e Joe nem parecera surpreso, apenas zangado. O que dizia a Demi tudo que ela precisava saber. Aquilo acontecia muito com ele.
Um simples fato que deixava algo perfeitamente claro para Demi.
Era mais do que hora de partir.
Deus, como era tola. Até mesmo se permitira pensar que o amava. Era algum tipo de sádica, por acaso?
Ela entrou no quarto agindo como um piloto automático. Cegamente, andou até o armário, pegou sua mala e jogou-a sobre a cama. Abrindo a tampa, virou-se para o armário mais uma vez. Enchendo um braço de roupas, carregou-as até a mala, jogou-as lá dentro e estava voltando para o armário pela segunda vez quando Joe chegou.
Ele caminhou diretamente até ela, segurou-lhe o braço e a girou.
— O que você pensa que está fazendo?
Demi se desvencilhou e deu-lhe um olhar que deveria tê-lo congelado no lugar. Estava furiosa, magoada e constrangida. Uma combinação perigosa.
— Isso deveria ser bastante óbvio, mesmo para você. Eu estou indo embora.
— Por causa da ruiva?
— Qual é o problema, você não consegue lembrar o nome dela?
— Eu nunca a vi, pelo amor de Deus — gritou ele, passando uma das mãos pelos cabelos em óbvia irritação. — Como eu poderia saber o nome dela?
— Pare de gritar comigo! — berrou Demi de volta. Sentia o sangue correndo nas veias, a mente girando num turbilhão de pensamentos e emoções conflitantes, e a única coisa que sabia com certeza era que não pertencia àquele lugar. Não podia ficar lá nem mais um minuto. — Estou indo embora, e você não pode me impedir.
— Demi, ouça, os resultados do laboratório chegaram...
Não era exatamente desse jeito que tinha imaginado aquela conversa, pensou Demi, indignada. De alguma forma, havia visualizado Joe e ela lendo o resultado juntos. Na sua mente, observava enquanto ele descobria a verdade, quando reconhecia que era o pai.
É claro, não tinha visualizado uma ruiva nua sendo parte da cena.
— Nós precisamos conversar.
— Oh, já dissemos tudo que havia para dizer um para o outro — replicou Demi, dando um passo atrás quando ele tentou tocá-la novamente. — Peça para seus advogados me contatarem — acrescentou, então foi para o banheiro da suíte, a fim de pegar os artigos de banho que havia espalhado sobre o balcão.
— Droga — exclamou Joe, a voz tão tensa quanto ela se sentia por dentro. — Eu acabei de descobrir que sou pai, pelo amor de Deus. Preciso de um minuto aqui. Se você se acalmar, podemos discutir isso...
— Você não deveria estar no seu quarto com a Srta. "Pronta e Disposta"? — Demi perguntou docemente, enquanto passava por ele, roupas na curva de seu braço.
Joe balançou a cabeça.
— Ela está se vestindo e indo embora — respondeu ele, agarrando o braço de Demi novamente e virando-a para que ela o encarasse.
Que Deus a ajudasse, mas seu corpo ainda reagia àquelas mãos poderosas. Apesar de tudo, ela sentiu o calor, a paixão ardendo em seu interior e se misturando com uma grande fúria, e teve certeza que aquilo não era uma coisa boa. Tinha de sair de lá.
Mas Joe apenas aumentou a pressão do aperto em seu braço.
— Eu não a convidei. Ela subornou uma empregada.
Demi engoliu em seco, abaixou o olhar para as mãos dele no seu braço e disse:
Demi engoliu em seco, abaixou o olhar para as mãos dele no seu braço e disse:
— Você está me machucando. — Não era verdade, mas a declaração foi o bastante para que ele a liberasse.
— Demi...
— É de admirar que a mulher tenha precisado subornar alguém. Tenho certeza que as empregadas estão acostumadas a deixar mulheres nuas entrarem em sua suíte, a qual funciona como uma porta vai e vem, não é?
— Ninguém entra na minha suíte, a menos que eu aprove, o que não fiz neste caso — contradisse Joe rapidamente. —E para o bem da empregada, espero que tenha sido um bom suborno, porque isso lhe custou o emprego.
— Oh, que justo — zombou Demi, fechando o zíper de sua mala. — Despedir uma empregada porque você é o homem mais ardente do planeta?
— Perdão?
Demi endireitou o corpo, cruzou os braços contra o peito e bateu um dos pés no chão enquanto o olhava.
— Todos neste navio sabem o jogador que você é, Joe. Provavelmente não foi uma grande surpresa para a criada o fato de que uma mulher quisesse entrar na sua suíte, e, por tudo que ela sabia, você queria a ruiva aqui.
Ele a encarou de volta.
— Minha vida é meu trabalho.
—Tem razão.— Demi pegou a mala e escorregou-a para o chão. Não se importava com o fato de ter esquecido alguma coisa. Não podia permanecer lá nem mais um segundo. Precisava fugir de Joe, daquele navio, e voltar para o mundo que fazia sentido. O mundo onde era querida. Útil.
— E eu não lhe devo explicação por nada — apontou ele desnecessariamente.
— Não, você não deve. Assim como não deve demitir uma empregada porque ela presumiu que estava acontecendo o usual por aqui. — Demi meneou a cabeça, estudou-o de cima a baixo, então fixou os olhos nos dele. — Mas faça o que quiser, Joe. Você sempre fez. Culpe a criada. Alguém que trabalha duro para sobreviver. Despeça-a e sinta-se melhor com isso. Apenas não espere que eu fique por perto para assistir.
— Eu não vou deixá-la ir embora, Demi. — Ele se aproximou e ela sentiu o calor emanando do corpo másculo e envolvendo-a. — Quero saber sobre meus filhos. Quero conversar sobre o que faremos agora.
Apertando a mão ao redor da alça da mala, Demi jogou os cabelos para trás dos ombros e falou suavemente:
— O que vamos fazer agora é voltar para as nossas vidas: Contate seu advogado, estabeleça uma pensão alimentícia. Eu lhe mandarei fotos dos meninos, informações do que está acontecendo com eles.
— Isso não é o bastante — murmurou Joe, a voz baixa e profunda.
— Terá de ser, porque isso é tudo que eu posso lhe dar. — Demi passou por ele, dirigiu-se para a sala de estar e pegou a bolsa que tinha deixado sobre o sofá. Mas parou à porta e virou-se para olhá-lo uma última vez.
Raios da luz do sol se infiltravam pelas janelas, lançando um brilho sobre os cabelos escuros de Joe. Os olhos estavam sombreados e preenchidos com emoções que ela não podia ler, e o corpo alto e másculo estava tenso com uma fúria que era quase tangível.
Tudo em Demi doía por ele.
Mas ela teria de aprender a viver com o desapontamento.
— Adeus, Joe.
*********
Demi tinha ido embora.
Assim como a ruiva.
E ele não demitiu a empregada.
Joe detestava o fato de que Demi estivesse certa sobre o que acontecera, como podia demitir a moça quando todos no navio sabiam que ele tinha mulheres entrando e saindo de sua suíte o tempo inteiro? Em vez disso, ele instruíra Teresa para rebaixar o posto da criada, enviando-a para decks inferiores, e avisá-la que, se ela aceitasse outro suborno de passageiros, estaria desempregada.
Sentado à mesa de seu escritório, ele virou a cadeira de modo que ficasse de frente para o mar imenso. Não estava vendo os últimos raios de sol refletindo na água como um punhado de diamantes espalhados ao longo de sua superfície. Não notou os tons brilhantes de vermelho e violeta pois o pôr do sol pintava um mural no céu. Em vez disso, sua mente continuava a presenteá-lo com a última visão que ele tivera de Demi. Parada à porta do quarto, a mala na mão, com uma expressão que era um misto de arrependimento e decepção.
— Que direito ela tem de ficar desapontada comigo? E por que eu me importo com o que Demi pensa? — murmurou ele. Pretendera tê-la e abandoná-la. Tinha sido o seu plano, e exatamente o que acontecera. Deveria estar satisfeito. Em vez disso, seu cérebro continuava questionando por que Demi ficara tão furiosa por causa da raiva.
Estava sendo possessiva? Ela gostava realmente dele?
Isso importava?
Então ele olhou para a única folha de papel que ainda segurava na mão. O fax do laboratório em San Pedro era claramente legível.
Seu DNA combinava com os dos gêmeos de Demi.
Joe Jonas era pai.
Sentia-se tanto orgulhoso quanto apavorado.
— Eu tenho dois filhos — disse, precisando ouvir as palavras em voz alta. Então sentiu alguma coisa comprimir seu peito, até que fosse quase impossível respirar.
Ele era pai. Tinha uma família.
Os dois garotinhos que nem mesmo tinham consciência de sua existência, só estavam vivos por sua causa. Levantando-se da cadeira, Joe andou até o banco de vidros que o separava do oceano adiante e apoiou uma das mãos na superfície fria da janela. Filhos. Gêmeos. Sentiu aquele desconforto novamente de emoção reprimida e murmurou:
— A questão é como lido com isso? Qual é a melhor maneira de lidar com a situação?
Demi havia partido, presumindo que ele manteria distância, que se comunicaria com ela através de um advogado. Joe franziu o cenho para o mar e sentiu uma pequena, porém inegável, onda de raiva o percorrer, misturando-se a uma sensação de orgulho e confusão, fazendo-o tremer num turbilhão de emoções que não estava acostumado a experimentar.
Ele era um homem que deliberadamente mantinha distância da maioria das pessoas. Gostava de ter aquela zona de conforto que impedia que qualquer um se aproximasse muito. Agora isso ia mudar. Tinha de mudar.
Demi achava que o conhecia. Pensava que ele ficaria contente em permanecer um estranho para seus filhos. Que prosseguiria com sua vida, pondo Jacob, Cooper e ela de lado. Provavelmente pensava que ele ficaria satisfeito de não passar de uma carteira gorda para seus filhos.
— Ela está errada — disse ele e fechou a mão sobre o vidro. — Posso não saber nada sobre ser pai, mas aqueles meninos são meus. E ninguém vai me manter longe deles.
Virando-se, ele apertou um botão no interfone e chamou:
— Teresa?
— Sim, chefe?
Joe dobrou o relatório do DNA, guardou no bolso de sua camisa e falou:
— Ligue para o aeroporto. Contrate um avião particular. Eu vou voltar para a Califórnia.
**********
Na manhã seguinte, era quase como se Demi nunca tivesse viajado. Na noite anterior, tinha saído do aeroporto e passado na casa de Maxie para pegar os gêmeos, antes de ir para sua própria casa. Não fora capaz de suportar o pensamento de ficar longe deles nem mais um minuto. Com os gêmeos seguros em seus quartos, e sua mala desfeita, Demi quase podia convencer a si mesma que nunca viajara. Que o cruzeiro de curta duração não havia acontecido. Que não dormira com Joe novamente. Que não o deixara com uma ruiva nua no quarto dele.
A dor que tais pensamentos lhe causavam devia ser enterrada. Afinal de contas, nada daquilo tinha a ver com a realidade. O cruzeiro com Joe fora um passeio curto até o outro lado da cerca. Agora estava de volta aonde pertencia.
Ela já estava acordada por horas. Os gêmeos não levavam em consideração o fato de que mamãe não dormira muito na noite anterior. Ainda queriam suas mamadeiras às 6h da manhã. Agora Demi estava sentada no chão, no meio de sua pequena sala de estar, trabalhando enquanto olhava os meninos.
— Senti saudade de vocês, garotos — disse ela, olhando para seus filhos, cada um deles sentado numa pequena cadeira jumper, com cordas elásticas que permitiam que bebês pulassem. Quando eles se mexiam, por menor que fosse o movimento, a cadeirinha balançava, o que os encantava e os fazia sorrir.
Jake acenou um pulso e balançou com impaciência, enquanto Cooper olhava para a mãe fixamente, como temendo que, se não fizesse isso, ela poderia desaparecer.
— Tia Maxie falou que vocês foram bons meninos — disse ela, conversando com eles, como sempre fazia. Dobrando a primeira pilha de roupa lavada do dia, Demi parou para inalar o aroma suave de um pijaminha, antes de colocá-lo no topo de outras peças limpas. — Então, porque senti muita saudade e porque vocês foram bonzinhos, que tal irmos ao parque esta tarde?
Era isso que queria de sua vida, pensou Demi. Rotina. Seus filhos. Sua casa pequena, porém aconchegante. Um mundo preenchido, se não com excitação, com muito amor. E se seu coração doía um pouco porque Joe não estava lá e nunca saberia como era ser parte da vida dos filhos, bem, supunha que superaria com o tempo. Não deveria levar mais de vinte ou trinta anos.
A campainha da porta a fez olhar para cima, franzindo a testa. Então ela olhou para os gêmeos.
— Vocês não estão esperando ninguém, estão?
Naturalmente, ela não obteve resposta, então sorriu, levantou-se e andou a curta distância até a porta. Virando-se, deu uma olhada rápida para a sala a fim de se certificar que estava tudo em ordem.
Naturalmente, ela não obteve resposta, então sorriu, levantou-se e andou a curta distância até a porta. Virando-se, deu uma olhada rápida para a sala a fim de se certificar que estava tudo em ordem.
O sofá era velho, mas confortável, as duas poltronas tinham estampas floridas, com almofadas coloridas jogadas nos cantos. As mesas eram pequenas, e os tapetes no piso polido... apesar de riscado... de madeira foram feitos à mão por sua avó. Sua casa era como Demi gostava. Aconchegante. Convidativa.
Ela ainda estava sorrindo quando abriu a porta para encontrar Joe parado ali. Os cabelos escuros dele estavam desalinhados pelo vento, o jeans era surrado e desbotado, e a camisa branca de mangas compridas estava aberta no pescoço. Ele estava bonito demais para o autocontrole de Demi. Então ela desviou os olhos brevemente para o SUV preto parado na frente de sua casa. Aquilo explicava como Joe tinha chegado lá. Agora só faltava descobrir por que ele estava ali.
Voltando a fitá-lo, ela observou quando ele tirou os óculos escuros, pendurou-os no V que a camisa aberta formava e encontrou-lhe os olhos.
— Bom dia, Demi.
Bom dia?
Bom dia?
— O quê?
— Bom ver você também — disse ele, assentindo com um gesto de cabeça, enquanto passava por ela e entrava na casa.
— Ei! Você não pode simplesmente... — Então Demi viu a sacola preta de lona que ele estava carregando.
— O que está fazendo aqui? Por que está aqui? Como me encontrou?
Joe parou dentro da sala de estar, largou a sacola de lona no chão e enfiou as duas mãos nos bolsos traseiros de seu jeans.
— Eu vim ver meus filhos — respondeu ele com seriedade. — E acredite quando digo que não foi difícil encontrá-la.
— Joe...
— E eu lhe trouxe isto. — Ele tirou um pequeno envelope selado do bolso traseiro do jeans e estendeu-lhe. — E de sua amiga Mary Curran. Ela ficou chateada quando descobriu que você tinha ido embora do navio.
Demi suspirou. Nem mesmo pensara em se despedir da amiga que fizera no navio, e uma onda de culpa a assolou.
— Ela disse que aí tem o número de seu telefone e endereço de e-mail. Quer que você entre em contato.
— Eu... uh... obrigada. — Demi pegou o envelope.
Ele a olhou. Friamente e com dureza. Os olhos azul-claros estavam gelados e o maxilar estava tão tenso que era de admirar que os dentes não quebrassem.
— Onde eles estão? — Joe exigiu saber.
Ela não disse nada, mas olhou na direção dos meninos, balançando em suas cadeirinhas. Joe seguiu seu olhar e virou-se lentamente. Demi viu quando a expressão dele mudou, indo de desinteresse frio para incerteza. Não podia se recordar de algum dia ter visto Joe Jonas sem exibir sua suprema confiança.
Entretanto, parecia que olhar para seus filhos pela primeira vez foi o bastante para abalar até mesmo o equilíbrio dele.
Ele se aproximou dos gêmeos tão vagarosamente quanto teria se aproximado de uma granada. Demi prendeu a respiração enquanto o observava se ajoelhar com cuidado na frente dos assentos de balanço e deixar seu olhar ir de um bebê para o outro. Os olhos de Joe continham um mundo de emoções que ela nunca pensou que veria. Geralmente, ele guardava o que sentia com tanta diligência quanto um pit bull numa coleira curta. Mas agora... Demi se emocionou com a reação de Joe aos bebês.
— Qual é qual? — sussurrou ele, como se não confiasse completamente em sua voz.
— Hm... — Demi começou a se aproximar.
— Não, espere — disse ele, não tirando os olhos dos gêmeos. — Deixe-me tentar. — Estendendo uma mão, gentilmente segurou o rostinho de Jacob. — Este é Jake, certo?
— Sim — confirmou ela, parando ao lado dele, olhando para seus filhos, que estudavam Joe com fascinação. Como sempre, a boca de Jacob estava aberta num sorriso, e Cooper tinha inclinado a cabecinha para um dos lados, como se realmente precisasse estudar a situação um pouco mais antes de decidir como se sentia sobre aquilo.
— Então, você é Cooper — murmurou Joe e, com a mão livre, acariciou o rosto redondo do bebê.
A respiração de Demi ficou presa na garganta e lágrimas se acumularam em seus olhos. Deus, durante os últimos meses, tinha se imaginado contando a Joe sobre os bebês, mas nunca se permitira pensar nele encontrando realmente os filhos.
Nem por um momento desconfiara que ele teria interesse em ver os meninos. E agora, observando a sua gentileza com os filhos suas melhores emoções vieram à superfície. Havia alguma coisa tão terna, tão tocante naquele momento que Demi quase se viu sem ar. Quando pensou que poderia falar novamente, sem que sua voz falhasse, disse:
— Você realmente ouviu o que eu lhe contei sobre eles.
— E claro — reconheceu ele, ainda não tirando os olhos dos garotinhos que pareciam encantá-los. — Eles são exatamente como você os descreveu. Tão parecidos, entretanto, com personalidades tão óbvias quando você procura as diferenças. E você estava certa sobre outra coisa. Eles são lindos.
— Sim, eles são — concordou Demi, seu coração aquecendo como sempre acontecia cada vez que alguém elogiava seus filhos. — Joe —perguntou pouco depois, porque aquilo era definitivamente algo que precisava saber —, por que você está aqui?
Ele endireitou o corpo e a encarou, então olhou mais uma vez para os filhos, a expressão confusa no rosto.
— Eu vim para vê-los. Para falar com você. Depois de sua partida, refleti muito. Fiquei zangado pelo fato de você ter ido embora.
— Eu sei. Mas eu precisava vir.
Joe não comentou nada. Em vez disso, falou:
— Eu vim aqui para lhe dizer que tinha um plano para lidar com esta situação. Uma maneira para que nós dois pudéssemos ganhar.
— Ganhar?— repetiu Demi. — Como assim, "ganhar"?
Ao fixar os olhos azuis nela, as feições de Joe se tornaram tensas e mais sérias. Uma pequena preocupação começou a envolvê-la, e Demi teve de lutar para não pegar as crianças e abraçá-las contra o peito.
Apenas um momento atrás, estivera emocionada pela primeira visão de Joe com os filhos. Agora, a expressão no rosto dele lhe dizia que não ia gostar do tal "plano".
— Ouça — disse ele, meneando a cabeça, dando outra olhada para os bebês com óbvio interesse. — Ontem à noite eu tive uma ideia que poderia ser uma solução fácil para tudo isso.
— Eu não o procurei para lhe pedir uma solução. Tudo que eu queria de você era uma pensão alimentícia.
— Sim, bem, você terá isso. — Joe acenou uma mão no ar, como se dispensando uma coisa sem a menor importância. — Porém, eu quero mais.
A preocupação de Demi aumentou, causando-lhe um calafrio de medo que quase a fez tremer quando perguntou:
— Mais quanto?
— Estou chegando lá — replicou ele. — Como falei, tenho refletido muito desde que você deixou o navio. E finalmente, ontem à noite, durante o voo para cá, ocorreu-me que os gêmeos significam trabalho demais para uma única pessoa, seja esta mãe ou pai.
Onde ele estava querendo chegar? Por que de súbito evitava olhá-la diretamente? E por que ela havia ido procurá-lo?
— Sim, é, mas...
— Então, meu plano permanece simples — interrompeu ele antes que ela pudesse continuar. — Nós os separaríamos, cada um de nós ficando com um dos gêmeos.
— O quê?
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Esse capítulo ta cabuloso. Vou postar esse capítulo agora porque não sei quando vou poder postar outro, meu pc ta dando uns problemas, mas não se preocupem, eu posso postar pelo tablet.
xoxo Nathi
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Esse capítulo ta cabuloso. Vou postar esse capítulo agora porque não sei quando vou poder postar outro, meu pc ta dando uns problemas, mas não se preocupem, eu posso postar pelo tablet.
xoxo Nathi
Como assim cada um fica com um? O Joe enlouqueceu? Não para , posta outro por favor.
ResponderExcluirJoe tá louco não é possível como assim? Posta mais
ResponderExcluirO joe Ta querendo uma surra só pode,ele fumou o que?bosta
ResponderExcluirJoe tem retardo mental ou é um babaca mesmo? Como assim ele quer separar os bebes? É bom a demi nao concordar com essa ideia idiota... continua xará
ResponderExcluirAcho que tanto tempo no mar enloqueceu o Joe... ele não pode separar os gémeos!!! isso é uma crueldade
ResponderExcluirAcho que isso é uma estratégia dele pra ficar com a Demi. Ele não quer dar o braço a torcer, e. sabe que ela não ficaria sem nenhum dos bebes. Posta logo, pq vc sumiu?
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