2.5.15

Laços de Amor - Capitulo 6

Três dias depois, o navio atracou em Acapulco.

— Ora, vamos — incentivou Mary Curran. — Venha à praia comigo e com Joe. Ele vai mergulhar, entre outras coisas, e eu adoraria uma companhia enquanto gasto todo o dinheiro que economizamos tendo ganhado o cruzeiro completo.

Rindo, Demi balançou a cabeça e recostou-se no sofá da sala de estar da espetacular suíte de Joe.

— Não, obrigada. Acho que vou ficar a bordo e relaxar.

Mary suspirou em derrota.

— Não entendo como você pode relaxar quando está nesta suíte com Joe Jonas. Estou casada há vinte anos, e só de olhar para o homem sinto ondas de calor.

Demi sabia exatamente o que sua amiga queria dizer. Pelos últimos dias, ela. e Joe vinham passando quase todos os minutos juntos, e quando estavam ali naquela suíte, as acomodações espaçosas pareciam encolher para o tamanho de um closet.

Demi sentia-se quente o tempo todo, e sabia que, com o menor movimento errado, poderia entrar em ebulição.

— Alô? Terra para Demi?

— Desculpe. — Demi sorriu, passou uma mão pelos cabelos e deu um suspiro trêmulo. — Suponho que minha mente estava vagando.

— Hã-hã, e posso imaginar para onde.

— O quê?

— Oh, querida, você está perdida, não é? — Mary inclinou-se para frente e apertou-lhe a mão brevemente.

Embaraçada e temendo que Mary pudesse estar certa, Demi argumentou:

— Eu não sei o que você quer dizer.

— É claro que sabe. — O sorriso de Mary se ampliou. — Eu falo o nome de Joe e seus olhos brilham.

— Oh, Deus...

— Ei, qual é o problema? Vocês dois são solteiros. E claramente estão atraídos um pelo outro. Vi a expressão no rosto de Joe quando ele a olhava durante o jantar de ontem.

Os quatro tinham jantado juntos na noite anterior, e embora Demi imaginasse que eles passariam horas desconfortáveis... considerando a tensão entre ela e Joe... todos haviam se divertido. Na verdade, ver Joe interagindo com Liam Curran, ouvi-lo rir e contar histórias sobre cruzeiros passados tinha realmente aberto os olhos de Demi.

Por tanto tempo pensara nele apenas como um jogador. Um homem interessado em levar o máximo de mulheres possível para cama. Um homem que não estava interessado em nada além do prazer momentâneo.

Agora percebera vislumbres de um homem diferente. Um que podia se divertir com pessoas que não eram "celebridades". Um homem que podia comprar camisetas tolas para bebês que nem mesmo sabia se eram seus. Um homem que ainda podia fazê-la tremer de desejo com somente um olhar.

— Você quer conversar sobre isso? — perguntou Mary. Demi respirou fundo, e observou ao redor da sala para evitar o olhar muito perceptivo de Mary. A luz do sol se infiltrava pelas portas de vidro, preenchendo o espaço, criando sombras nos cantos. Estava silencioso agora, com Joe em algum lugar do terraço e com os motores desligados, enquanto o navio estava no porto.

Fitando Mary, Demi pensou em lhe contar a história inteira. Na verdade, gostaria de conversar com alguém, e nos últimos dias, Mary tinha provado ser uma boa amiga. Mas não podia fazer isso agora. Não queria explicar como ela e Joe haviam se unido, feito dois filhos, e depois se separado. Era uma história longa demais.

— Obrigada — murmurou ela com sinceridade. — Mas acho que não. De qualquer forma, você não tem tempo para ouvir. Liam a espera.

Mary franziu o cenho, mas aparentemente percebeu que Demi não queria conversar. Levantando-se, ela falou:

— Certo, eu irei. Mas se você decidir que precisa de alguém para conversar...

— Eu me lembrarei, obrigada.

Então Mary saiu e Demi estava sozinha. Sozinha com seus pensamentos frenéticos. Sozinha com o desejo que queimava em seu interior. Subitamente inquieta, ela se levantou, atravessou a sala e saiu da suíte. Subiria ao deck e se sentaria no sol. Tentaria não pensar. Tentaria relaxar.

*********

Administrar um cruzeiro mantinha Joe ocupado da hora que acordava até tarde da noite. Pessoas que olhavam de fora provavelmente presumiam que ele levava uma vida de lazer. E claro, ainda havia tempo para lazer. Mas a verdade era que ele tinha de permanecer no controle de tudo. A linha de cruzeiros era sua vida. A única coisa que possuía. E a mais importante. Trabalhara arduamente para chegar tão longe, para fazer sua marca. E não estava prestes a começar a regredir agora.

— Se a banda não está funcionando, contate Luis Felipe aqui na cidade — ele falou para Teresa, e não ficou surpreso ao vê-la anotar em sua agenda eletrônica. — Ele conhece todas as bandas locais em Acapulco. Pode nos dar o contato de alguém que esteja interessado em assumir o resto do cruzeiro conosco.

A banda que eles haviam contratado em Los Angeles estava dando mais trabalho do que valiam. Em razão do astro de rock da banda, estavam exigindo todo tipo de benefícios que não tinham sido concordados no contrato. Ademais, estavam interrompendo o show noturno mais cedo, alegando não haver pessoas suficientes para fazer valer a pena. Absurdo, pensou Joe. Eles tinham sido contratados para fazer um trabalho, ou iriam fazê-lo ou desceriam do navio no México e encontrariam o caminho de casa.

— Entendi — disse Teresa. — Quer que eu fale para a banda que os dias deles estão contados?

— Sim. Estaremos no porto em 48 horas. Dê-lhes 24 horas para fazerem uma apresentação decente... se não fizerem, mande-os arrumar as malas.

— Certo. — Ela parou, e Joe virou-se para olhá-la. Eles estavam na proa do navio no Splendor Deck, principalmente porque Joe não quisera ficar fechado no escritório. E não podia ir para sua suíte, porque Demi estava lá. Estar no mesmo espaço com ela sem reagir à sua presença estava se tornando mais do que um desafio.

Os últimos dias haviam sido terríveis. Estar com Demi todos os dias, dormir no mesmo corredor, sabendo que ela estava lá, estendida sobre uma cama kingsize, provavelmente usando o que costumava usar... uma blusa sem manga e uma calcinha minúscula... praticamente o matara. Joe tomara mais banhos frios nos últimos três dias do que nos últimos dez anos.

Seu plano de seduzir Demi e depois abandoná-la estava se voltando contra ele. Era ele quem estava sendo seduzido. Que estava enlouquecendo de desejo. Era hora de fazer um movimento. Hora de levá-la para cama. Antes que eles tivessem o resultado do exame de DNA.

Esta noite, decidiu Joe. Esta noite teria Demi Lovato de volta em sua cama. Onde a quisera durante o último ano.

— Chefe?

Ele ficou quase surpreso ao ouvir a voz de Teresa. Ora, tinha se esquecido de onde estava e o que estava fazendo. Somente de pensar em Demi seu corpo enrijecera.

— O que foi? — Joe virou-se de lado para sua assistente, e esperou que ela não notasse a evidência do quanto ele estava sedento por Demi.

— O laboratório de Cabo ligou. Eles enviaram um fax para Los Angeles com os resultados do exame de DNA.

— Ótimo. — Ele tentou relaxar a tensão imediata que o percorreu. Não havia nada a fazer sobre aquilo exceto esperar os resultados. Os quais provavelmente chegariam no dia seguinte. Então, sim. A noite certa era hoje.

— Você quer que eu informe Demi?

Joe franziu o cenho para sua assistente, então relaxou a expressão. Não era culpa dela se ele se sentia uma pilha de nervos.

— Não, obrigado. Eu farei isso.

— Certo. — Teresa suspirou. — Ouça, sei que isso não é da minha conta...

— O que nunca a deteve antes — disse ele com um sorriso.

— Suponho que não — admitiu ela, passando uma mão pelos cabelos. — Então, deixe-me apenas dizer que não acho que Demi esteja tentando enganá-lo.

Joe ficou totalmente imóvel. Da praia vinham sons de buzinas de carros e um murmurinho que somente uma multidão de turistas era capaz de produzir. Ondas batiam no casco do navio, e o vento jogava fios de cabelos nos seus olhos.

Afastando-os, ele olhou para Teresa.

— Verdade?

Ela ergueu o queixo, endireitou os ombros e o encarou.

— Verdade. Demi não me parece do tipo que faria uma coisa dessas. Ela nunca se importou com o seu dinheiro ou com quem você era.

— Teresa... — Joe não queria falar sobre aquilo, e não se importava com o que sua assistente pensava sobre Demi. Mas conhecendo Teresa, não havia meios de detê-la. Um instante depois, ele provou que estava certo.

— ...eu ainda estou falando. E se você vai me despedir por falar demais, então vou terminar o que comecei, de qualquer forma.

— Tudo bem. Termine.

— Eu não disse nada quando você a despediu, lembra-se? Cheguei a concordar com seu ponto de vista até certo ponto. Sim, Demi deveria ter contado que trabalhava para você, mas entendo por que ela não contou.

— Isso é ótimo, obrigado.

Teresa ignorou a ironia e continuou:

— Eu nem mesmo falei nada quando ela partiu e você ficou num estado lamentável, parecendo uma pantera com um dos pés presos numa armadilha de aço.

— Ei...

— Mas estou falando agora — interrompeu ela, e até mesmo apontou um dedo para Joe, como se ele fosse um menino mal-educado de 10 anos. — Pode me despedir por isso se quiser, mas nunca vai conseguir uma assistente tão boa quanto eu, e sabe disso...

Cerrando os dentes, porque sabia que ela estava certa, Joe assentiu e ordenou:

— Fale de uma vez então. —Demi não é do tipo que mente. Uma risada escapou da garganta dele.

— Certo, ela não lhe contou que era funcionária. Mas isso foi um erro. Lembre-se, eu a conheci na época também, Joe. Ela é uma boa menina, com um grande coração.

Ele se movimentou desconfortavelmente, porque não queria que Teresa estivesse certa. Era muito mais fácil acreditar que Demi era mentirosa e manipuladora. Joe sabia como lidar com esse tipo de mulheres. Mas o que deveria fazer com uma mulher boa e gentil?

E — adicionou Teresa com ênfase:—, eu vi as fotos de seus filhos...

— Isso ainda não foi confirmado — replicou ele.

— Eles se parecem muito com você.

— Todos os bebês são iguais — argumentou Joe, apesar de saber que ela estava certa.

— Será? — Teresa sorriu e meneou a cabeça. — Eles têm seus olhos. Seus cabelos. Suas covinhas. — Ela se aproximou e tocou-lhe o braço. — Demi não está mentindo, Joe. Você é pai. É melhor pensar em como vai querer lidar com este fato.

Ele virou o rosto para o mar e deixou o vento golpeá-lo. O oceano aberto à sua frente em geral era um bálsamo para sua alma, amenizando quaisquer tensões em seu interior. Mas não estava funcionando agora. E talvez nunca mais funcionasse.

Porque se fosse pai... então seu envolvimento com aquelas crianças não se resumiria a assinar um cheque todos os meses. Jamais permitiria que os gêmeos crescessem sem conhecê-lo. Independentemente da vontade de Demi, Joe ficaria por perto. Seria parte da vida dos filhos, mesmo que isso significasse tirá-los da mãe,

*********

O navio parecia deserto.

Com a maior parte dos passageiros ainda explorando Acapulco, Demi vagou pelos decks, sentindo-se a bordo de um navio fantasma. Naquele fim de tarde, voltou para a suíte de Joe, tomou um banho, colocou um vestido de verão azul, e agora estava lutando contra o nervosismo enquanto esperava que Joe retornasse para o jantar.

Engraçado, havia passado quase todos os momentos do dia e da noite com ele durante os últimos dias, sentindo sua tensão interna aumentar cada vez mais. Assim convencera a si mesma que precisava de tempo sozinha. Um tempo longe de Joe, para relaxar um pouco.

Mas então tivera este tempo sozinha hoje, e estava mais tensa do que nunca.

— Oh, você não está nada bem, Demi — sussurrou ela enquanto saía na varanda. Ficava nervosa na presença dele, e quando estava sozinha, sentia falta de Joe. Seus cabelos se erguiam da nuca com o vento, e a bainha de seu vestido girava ao redor dos joelhos enquanto ela atravessava a varanda e cruzava os braços, mais para conforto do que para se aquecer.

Uma música suave do baile chegou aos seus ouvidos, e as notas brincavam na brisa fria no mar, como se a estivessem procurando deliberadamente. O instrumento lastimoso penetrava sua alma, fazendo-a se sentir melancólica. Aquela viagem tinha sido um erro? E se contar a Joe sobre os filhos não tivesse sido a coisa certa a fazer? E se... ela parou os pensamentos, dizendo a si mesma que era tarde demais para se preocupar com isso agora. Estava feito, e não podia voltar atrás.

Demi suspirou, inclinou-se contra o parapeito da varanda e olhou para o mar. A luz da lua dançava na superfície da água num lindo brilho prateado. Nuvens se espalhavam num céu salpicado de estrelas, e o vento sempre presente levantava seus cabelos dos ombros com um toque gentil.

— Isto me lembra de alguma coisa.

A voz profunda de Joe causou um arrepio ao longo da coluna de Demi, e ela teve de respirar fundo antes de virar a cabeça para olhá-lo. Ele estava parado à porta que levava ao terraço. Com as mãos nos bolsos, usava calça preta, camisa branca e um paletó preto impecável. Os cabelos escuros estavam desalinhados pelo vento, os olhos azul-claros eram intensos, e o maxilar estava rígido.

O coração de Demi disparou no peito.

— Do quê? — sussurrou ela.

Ele saiu na varanda e, com passos lentos e medidos, aproximou-se.

— Da noite que nos conhecemos — respondeu Joe, posicionando-se ao seu lado no parapeito. — Lembra?

Como ela poderia esquecer? Estivera em pé no Pavilion Deck de Jonas's Treasure, o navio no qual estava trabalhando na época. Aquele canto do navio encontrava-se escuro e deserto, uma vez que a maior parte dos passageiros preferia passar o tempo na boate congestionada, na outra ponta do deck.

Então Demi tinha escolhido aquele canto para si mesma, e ido quase todas as noites para lá, a fim de observar o mar enquanto a música da boate preenchia as redondezas. Nunca encontrara ninguém ali antes, até a noite que Joe a abordara.

— Eu lembro — disse ela, arriscando uma olhada de lado para ele. Grande erro. Joe estava perto demais. Os olhos muito intensos, a boca muito desejável. O aroma extremamente rico e tentador. Sentindo um friozinho na barriga, Demi baixou as mãos para a barra de ferro, apertando-a com força.

— Você estava dançando, sozinha no escuro — murmurou ele como se ela não tivesse falado nada. Como se estivesse estimulando sua memória. — Você não me notou, então eu a observei balançar ao ritmo da música, inclinar a cabeça para trás, seus cabelos deslizando pelos ombros.

— Joe...

— Havia um sorriso no seu rosto — continuou ele, a voz mais baixa e mais profunda agora. — Como se você estivesse fitando os olhos de seu amante.

Demi engoliu em seco, e se moveu desconfortavelmente ao sentir seu corpo esquentar. De desejo.

— Não faça isso, Joe„.

— E eu quis ser o amante para quem você sorria. O amante com quem você dançava no escuro. — Ele deslizou a ponta de um dedo ao longo do braço dela, e Demi tremeu inteira.

Ela respirou profundamente, mas isso não ajudou. Sua mente continuava girando, seu coração batendo descompassado, e seu corpo esquentando e ganhando vida.

— Por que você está fazendo isso? — sussurrou Demi, e ouviu o apelo desesperado em sua própria voz.

— Porque eu ainda quero você — disse ele, aproximando-se ainda mais, pousando as mãos nos ombros dela e virando-a de frente para si, até que seus corpos estivessem unidos. — Porque eu a vi parada à luz do luar e soube que se eu não a tocasse, explodiria. Quero você. Como eu queria naquela ocasião. Talvez mais.

Oh, ela se sentia da mesma maneira. Queria inclinar-se contra ele. Sentir a força e o calor do corpo másculo a envolvendo. Mas conteve-se. Determinada a lutar, a refrear o desejo que um dia a levara para uma estrada que se tornara mais perigosa a cada quilômetro percorrido.

— Isso seria um erro — murmurou ela, meneando a cabeça, tentando ignorar a vibração da música, o som do trombone e saxofone, que pareciam despertar alguma coisa selvagem em seu interior. — Você sabe disso.

— Não — discordou Joe, subindo as mãos para os ombros dela, passando pelo pescoço e emoldurando-lhe o rosto. — Desta vez seria diferente. Desta vez, sabemos quem somos, no que estamos nos envolvendo. É somente desejo, Demi. — Ele estudou-lhe as feições, e ela sentiu o ar preso no peito. — Ambos sentimos isso. Ambos queremos isso. Por que negar o prazer a nós mesmos?

Por que realmente?

Sua mente lutava com o corpo traidor, e Demi sabia que o pensamento racional ia perder. O desejo era grande demais, ardente demais. A tentação era muito forte. Ela lhe queria e desde o momento que o vira pela primeira vez, mais de um ano atrás. Sentira a falta de Joe, sonhara com ele, e agora que ele estava lá, tocando-a, iria realmente rejeitá-lo? Ir para sua cama solitária e sonhar com Joe novamente?

Não...

Iria se arrepender daquilo?

Talvez. .

Iria fazer isso?

Oh..sim...

— Há provavelmente diversas razões para que negássemos o prazer a nós mesmos — sussurrou Demi finalmente. — Mas não me importo com nenhuma delas. — Então, colocou-se na ponta dos pés enquanto Joe sorria, com um brilho de desejo ardente nos olhos.

— Boa menina — sussurrou ele, e tomou-lhe a boca num beijo que roubou o fôlego de Demi e deixou sua alma em chamas, acordando sentimentos que estavam adormecidos há mais de um ano.

Braços fortes lhe rodearam a cintura, puxando-a para um contato mais íntimo. Demi ergueu os próprios braços e os uniu atrás do pescoço dele, pedindo silenciosamente que Joe aprofundasse-o beijo, que quisesse mais dela.

Ele quis.

Os braços másculos a apertaram até que ela mal podia respirar. Mas quem precisava de ar? Demi gemeu, pressionando o corpo ao longo do de Joe e sentindo a extensão rígida contra si. Isso foi o bastante para enviar mais ondas de calor para seu corpo.

Ele continuou beijando-a, a língua sensual explorando sua boca, provando, mergulhando nos seus segredos. Demi correspondeu ao beijo, sentindo o desejo dominá-la. Ele a liberou por um segundo e ela quase gemeu, mas então, mãos habilidosas estavam lhe acariciando as costas, definindo cada linha, cada curva sua. Quando as palmas de Joe lhe seguraram as nádegas, ela suspirou contra a sua boca e entregou-se ao deleite dos toques.

— Eu preciso de você — sussurrou Joe, mordiscando-lhe o pescoço.

Demi virou a cabeça, permitindo-lhe melhor acesso, e fechou os olhos, apreciando a magia do momento.

Ao redor deles, a música que tocava e a brisa do oceano os envolviam num abraço prazeroso. A luz da lua os banhava de um céu estrelado, e quando Joe ergueu a cabeça e a fitou, Demi viu fogo naqueles olhos azuis, sentiu a tensão controlada vibrando no corpo másculo, e sentiu o desejo dele tão latente quanto o seu.

— Agora. Aqui. — Joe levantou as mãos e abriu o zíper traseiro do vestido, expondo-lhe as costas para o vento noturno. Então, deslizou as alcinhas pelos ombros delgados, e Demi sentiu-se subitamente grata por não ter colocado um sutiã por baixo do tecido leve de verão.

Agora não havia nada que a separasse do toque dele. Do calor daquelas mãos. Joe segurou-lhe os seios em suas mãos e roçou os mamilos rijos e doloridos até quase enlouquecê-la de prazer. Demi se balançou contra ele, inclinando a cabeça para trás e fechando os olhos, enquanto se concentrava unicamente na experiência atual.

Uma experiência incrível, preenchendo-a com um desejo muito maior do que já sentira por ele. No espaço de um ano, Demi havia crescido, mudado, e agora que estava com Joe novamente era capaz de sentir mais.

— Linda murmurou ele, a voz não passando de um sussurro rouco. — Olhando fixamente para seus seios, acrescentou: — Ainda mais linda do que me recordo.

— Joe — sussurrou ela com fraqueza. — Eu quero...

— Eu sei. — Ele inclinou a cabeça, tomando primeiro um dos mamilos na boca, depois o outro, lambendo-os, mordiscando-os... até que a cabeça de Demi estivesse girando e ela sentisse que cairia se ele não a estivesse segurando.

Ele deslizou o resto do vestido para baixo, deixando-o cair no chão, e Demi estava banhada pela luz do luar, usando apenas sandálias de saltos e uma calcinha branca de seda. E sentia-se tão coberta, como se a renda frágil de sua calcinha lhe queimasse a pele. Tudo que queria agora era Joe. Queria sentir o corpo másculo cobrindo o seu, senti-lo penetrando o centro de seu ser.

Ela o amava. Que Deus a ajudasse, ainda o amava. Por que somente Joe era capaz de lhe causar estas sensações? Por que era o único homem que seu coração desejava? E o que ia fazer sobre isso?

Então ele a tocou mais profundamente, e todos seus pensamentos desapareceram. Tudo que podia fazer era sentir.

— Por favor — suplicou Demi num gemido. — Eu preciso...

— Eu também preciso — disse ele, erguendo-lhe a cabeça, fítando-lhe os olhos, enquanto deslizava uma das mãos por baixo do elástico da calcinha e segurava seu centro de calor.

Demi se balançou contra ele, inclinou-se, mas Joe não a deixou descansar. Em vez disso, virou-a, pressionou-lhe as costas contra seu peito, de modo que ela ficasse diante da imensidão do mar.

Joe usou uma das mãos para lhe provocar os mamilos, enquanto a outra explorava sua umidade quente.

Contorcendo-se de puro prazer, Demi arfou, incapaz de falar qualquer coisa. Não havia pensamentos se formando em sua cabeça. Estava vazia, exceto para as sensações que ele criava. Joe inclinou a cabeça e sussurrou no seu ouvido:

— Observe o mar, a luz da lua. Perca-se neles enquanto eu me perco em você...

Ela fez o que ele pediu, lutando para manter os olhos abertos e focar no mar brilhante, enquanto Joe inseria um dedo, depois outro, em seu calor. Demi perdeu o fôlego e quis fechar os olhos, mas resistiu. Permaneceu olhando para ornar e o céu se estendendo infinitamente à sua frente, e lutou para respirar, enquanto os dedos mágicos a conduziam por uma estrada de prazer sensual.

Ele explorou, provocou e a torturou por momentos infindáveis. E quando o polegar começou a massagear-lhe o clitóris, Demi fixou o olhar no oceano e entregou-se completamente à sobrecarga sensorial que estava experimentando.

— Atinja o clímax para mim — sussurrou Joe, a voz rouca em seu ouvido. — Deixe-me ver você. Deixe-me senti-la chegando lá.

A voz dele foi uma tentação. Porque ela estava tão perto de um clímax. Seus joelhos tremiam, sua respiração estava ofegante, o coração disparado, e a tensão em seu interior era quase maior do que podia suportar, enquanto ele continuava tocando-a e enlouquecendo-a. E quando Demi pensou que não sobreviveria mais um segundo, gritou o nome dele e liberou o seu prazer. Tremendo dos pés a cabeça, sentiu-se sendo envolvida pelos braços fortes de Joe.

Demi descansou a cabeça no ombro dele, engoliu em seco e lutou para falar:

— Isso foi...

— Só o começo — terminou Joe por ela, pegou-a nos braços e carregou-a para dentro da suíte. Ele estava balançando na extremidade da razão. Tocá-la, sentir Demi se rendendo e atingindo o clímax... tudo havia se unido para construir um fogo em seu interior como ele nunca conhecera.

Sedução tinha sido o plano.

Mas, de quem?

Ele pensara em usá-la, alimentar o desejo que Demi lhe causara, então ser capaz de abandoná-la. Tirá-la da cabeça, do seu sangue. Todavia, aquele momento com ela no terraço apenas o fizera querer mais. Necessitava tê-la sob seu corpo, contorcendo-se enquanto ele a possuía.

Demi estava curvada contra seu peito de uma maneira tão confiante que tocou alguma coisa dentro dele da qual Joe não tinha ciência. Ela era problema. Joe sabia disso. Sentia. E não podia se impedir de querer-lhe.

Detê-la.

Em seu quarto, Joe andou até a cama, inclinou-se e puxou a colcha com uma mão, jogando-a aos pés do colchão. Então deitou Demi sobre lençóis brancos e admirou-a por um longo momento. A luz do luar a acariciava ali também, infiltrando-se através do banco de vidros que alinhava sua suíte. Ela sorriu-lhe.

— Venha para mim, Joe — pediu, estendendo os dois braços num convite.

Ele não precisou de mais incentivo. Despindo-se, juntou-se a Demi na cama, cobrindo-lhe o corpo com o seu e rendendo-se ao inevitável. Mais de um ano atrás, o primeiro encontro dos dois tinha acabado na cama. Agora, parecia, eles haviam feito o círculo completo.

Joe deslizou as mãos pelo corpo delicioso e soube que nunca seria capaz de tocá-la o bastante. Inalando, saboreou o aroma dela. Inclinou a cabeça e provou a pele doce na base do pescoço, onde sentiu a pulsação acelerada contra sua boca.

Tocou-lhe o sexo, mergulhando os dedos no calor feminino mais uma vez, e Demi arqueou os quadris da cama, contorcendo-se e gemendo.

O corpo de Joe doía e clamava por liberação. Somente por tocá-la. Era sempre Demi que fazia isso com ele. Que o transformava num homem possuído, que não podia pensar em nada, exceto em exigir o que sabia ser seu.

Com este pensamento, Joe saiu dos braços dela, ignorando o protesto suave de Demi. Alcançando a gaveta do criado-mudo, abriu-o, pegou um preservativo e, em poucos segundos, vestiu-o. Então voltou e posicionou-se entre as pernas dela.

Ele deu-lhe um pequeno sorriso.

— Da última vez, nós nos esquecemos desta parte, e veja o que aconteceu.

— Você está certo — disse ela, estendendo a mão para acariciar-lhe a extensão rija, os dedos deslizando sobre o fino látex numa carícia que fez Joe arfar. — Agora, você vai liberar seu prazer para mim?

Joe apartou-lhe as pernas e prendeu-lhe o olhar enquanto a penetrava. Centímetro por centímetro, ele a invadiu, torturando ambos com investidas deliberadamente lentas.

Demi movia os quadris sob ele, os olhos fechados, enquanto mordiscava o lábio inferior. Ela segurou-lhe os braços, as unhas curtas enterrando em sua pele, e aquela foi a gota d'água. O toque final que enviou Joe à extremidade da razão.

Ele se enterrou mais fundo dentro dela e começou a acelerar o ritmo das investidas... um ritmo que era tão velho quanto o tempo, e novo e excitante.

Demi o acompanhou, e eles executaram uma dança erótica, os corpos unidos, derretendo-se, tornando-se um só ser enquanto buscavam o mesmo fim. Ele fitou-lhe os olhos, perdendo-se nas suas profundezas. Ela sustentou-lhe o olhar até que finamente fechou os olhos, gritou o nome de Joe e tremeu violentamente com o clímax explosivo.

A liberação de Joe veio um momento depois, e ele ouviu o próprio grito quando um tremendo alívio o percorreu repetidamente, como se o prazer nunca fosse acabar.

Quando tombou por cima dela, ainda não tinha certeza de quem seduzira quem.

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                      Vai pegar fogo esse capítulo!!!!!
                       xoxo Nathi

11 comentários:

  1. Até que enfim se renderam um ao outro... continuaaaa...... o Joe esta se vingando dela ou realmente vai ficar com ela? Continuaaaa.....

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  2. Esse capitulo lacrou era de se esperar que eles não aguentariam muito tempo, quero eles juntos logo... posta mais

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  3. Capitulo perfeito! Posta logo! Xoxo

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  4. QUE PERFEITO SOCORRO, pfvr posta mais mais mais mais eu quero logo, eu preciso do proximo e do proximo snsjsn pfvr, n demore

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  5. que perfeito
    fico viciada cada vez mais nessa fic, é simplesmente perfeita
    continua…

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  6. SOCORRO? eu to pasma, eu to incrivelmente apaixonada por essa fic, nao serio, eu to sem palavras pra essa fic, pra essa capitulo, eu nao sei oq dizer, esse capitulo, esta perfeito? sinceramente nem sei se essa palavra suporta o quanto essa fic é maravilhosa, nao consigo encontrar uma palavra o definir, eu to viciada mds, continua!!!!!!!!!

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  7. Ai mds, só espero que o Joe não haja como um idiota depois! Posta maaais

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  8. GENTEEEEEEEEEEE QUE CAPITULOOOOOOOOOOOOOOOOO CFHCDSSRFVJINFRB TOOO MORRENDO POSTA OUTROOOOOOOOOOOOO

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  9. OOOOOOOOOOOOOMMMMMMMMMGGGGHHHH,posta mais

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  10. Poxa , merecemos mais um hoje. Por favor diz que sim, posta outro.

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