16.1.16

Paixão Inesperada - Capitulo 2 (1/2) - Tentação


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Demi
Dias atuais...
“Você é a pessoa mais burra do mundo, Demi. Sua burra, idiota, idiota!”
Estou com tanta raiva. Raiva dele, raiva de mim, raiva dela. Eu deveria saber que ele não seria capaz de manter as calças no lugar.
Isso é culpa desses romances idiotas que me fizeram acreditar que ele poderia mudar por mim. Que ele se contentaria em ter só a mim e não procuraria outra. Como eu estava errada.
É claro que ele não aguentaria, com todas aquelas vadias da universidade erguendo a saia e ficando de quatro quando ele passa, eu nunca seria capaz de fazê-lo ser fiel. Eu não fui boa o suficiente para ele. Assim como eu não fui para o Todd três anos atrás.
Os dois me traíram, os dois quebraram meu coração. Depois de Todd eu tinha prometido a mim mesma que não iria mais me deixar envolver por esse tipo de cara, mas eu não fui forte o suficiente.
O que eu posso fazer se eu me sinto atraída justamente pelos piores caras? Aqueles que são galinhas, safados e infiéis, mas irresistivelmente atraentes.
Vince é assim, ele é capitão do time de futebol americano da universidade e é um colírio para os olhos. Cabelos ruivos, olhos verdes e um corpo sarado com aquelas sardas charmosas que as pessoas ruivas têm e que ficam lindas sob sua pele clara.
Todo mundo sabe da fama dele, pelos corredores dos dormitórios feminino e masculino corre o boato que ele dormiu com metade das alunas da universidade, e os mais corajosos ousam dizer que ele já esteve com uma de suas professoras. Vince têm três professoras mulher, uma tem mais de 60 anos, a outra é feia e a terceira é jovem e linda, porém casada. Nem preciso dizer com qual os alunos acham que ele dormiu, como se dormir com uma professora já não fosse escândalo suficiente, o fato de ela ser casada só ajudou esse assunto a tomar proporções enormes.
Claro que ninguém assumiu nada, Vince jurou para mim que tudo isso é uma mentira.
Eu e ele nos conhecemos quando eu vim estudar aqui em Dallas. Mesmo achando ele irresistível e sabendo da sua fama, acabei permitindo que nos tornássemos amigos. Ele ficou um ano inteiro insistindo para que fossemos mais que amigos e eu sempre recusei, justamente por saber que ele era um galinha. Tirando isso ele sempre foi um bom amigo, e com o tempo eu fui perdendo a minha luta contra esse meu lado que se sente atraída pelos caras errados, acabei me deixando levar pela conversa doce de Vince e nós ficamos. Surpreendendo-me, pois eu sabia que ele nunca ficava com a mesma garota mais do que uma ou duas vezes, ele foi ficando mais próximo. Ficamos várias vezes, ele até me chamou para alguns encontros. Depois de um tempo nessa relação estranha, ele finalmente me pediu em namoro. Fiquei com medo devido à fama dele e as más experiências que eu tive no passado, falei isso para ele e ele me prometeu que estava apaixonado por mim e que só queria a mim. Que ele não ligava mais para as outras garotas, a única que ele queria era eu.
E a burra aqui acreditou. Fui enganada por quase um ano. Um ano em que eu desperdicei com esse idiota, só para descobrir que ele tem me traído com a vadia que eu achava ser minha amiga. Eu sempre soube que Aletta é mais gostosa que eu e ela sempre chamou a atenção de todos os caras da universidade, ela é minha colega de quarto e eu achei que fosse minha amiga também.
Eu achava isso até alguma hora atrás quando eu peguei Aletta e Vince transando no nosso dormitório. Eles acharam que eu iria passar o final de semana com a minha família, e eu iria, ou vou...Não sei mais. Mas quando percebi que havia esquecido meu celular pedi para Miley dar meia volta e me levar de volta.
Quando entrei no apartamento fui recebida por vários gemidos e gritinhos, reconheci a voz de Aletta e fui em busca do meu celular em silêncio para não atrapalhar ela e quem quer que estivesse com ela.
Até que eu congelei quando escutei Aletta chamando o nome de Vince. Fiquei paralisada no lugar e não podia acreditar que o Vince que ela estava chamando era o meu. O homem por quem eu sou tão apaixonada.
Quando abri a porta e vi os dois pelados na cama meu coração se quebrou imediatamente, lágrimas de pura tristeza nublaram minha visão. Aletta me olhou como se eu não tivesse pegado ela na cama com meu namorado, parecia que eu havia interrompido seus estudos pela sua expressão fria. Ela não parecia surpresa, envergonhada, com remorso ou qualquer outra coisa assim, mas acho que eu vi algo em seus olhos...Satisfação, alegria por me ver tão claramente sofrendo. E Vince...Bom, ele fez a cara que todos fazem quando são pegos em flagrante.
Ele se cobriu com o lençol, ao contrário de Aletta que continuou com seu corpo deslumbrante zombando de mim, e quando ele começou a falar eu bati a porta e sai correndo daquele lugar.
Corri sem saber para onde estava indo, não liguei para os olhares curiosos dos outros alunos que andavam pelo campus, simplesmente corri e quando não aguentava mais me escondi em um canto para poder chorar em paz. E estou aqui até agora.
Por quê? Porque eu nunca sou boa o suficiente? Porque eu não consigo fazer um cara querer só a mim?
Primeiro foi Todd, agora Vince. Só que agora está doendo muito mais do que doeu com Todd. Porque eu nunca senti o que eu sinto por Vince, ele roubou meu coração, ele fez eu me apaixonar perdidamente por ele só para me magoar profundamente depois.
Encolho-me no canto, escondida de tudo e de todos, e choro descontroladamente. Tento fazer essa dor no meu coração parar, mas ela não para, ela continua zombando de mim.
Eu nunca vou ser amada por alguém, eu nunca vou ser única e especial. Eu nunca vou ser boa o bastante para ser amada de verdade.
Nunca, nunca, nunca...
Joe
Apesar de morar e trabalhar em Dallas há pelo menos uns quatro anos, não consigo ficar longe da “Sweet Berry Farm.” Aqui é meu lar. Foi onde eu nasci, cresci e vivi muitos bons momentos.
E mesmo eu gostando de morar numa cidade grande, eu sinto falta da tranquilidade de uma cidadezinha como Wills Point. Por isso, sempre que posso venho para cá, ficar com a minha família.
Eles são a coisa mais preciosa para mim. Eu os amo demais.
— Como está o emprego, filho? — Mamãe, a qual eu seguro em meus braços enquanto estamos sentados no sofá assistindo TV, me pergunta.
— Tudo ótimo. Estou muito animado com essa promoção, quando eles me deram a noticia eu nem acreditei. Eles me deram um cargo de muita confiança, depois disso o próximo passo seria me tornar dono do lugar.- Eu digo brincando e nós dois rimos. — Não tem nível mais alto do que estou para almejar.
— Ah filho, estou tão feliz por você, e muito orgulhosa também. — Mamãe diz e eu abro um sorriso largo e sinto uma sensação de satisfação em meu peito.
— Obrigado, mamãe. — Digo-lhe fazendo carinho em seus cabelos.
— E pensar que aquele menino irresponsável que levava tudo na brincadeira e me dava muita dor de cabeça virou esse homem trabalhador e responsável. — Ela diz com admiração mas posso ouvir pelo seu modo de dizer que está sorrindo.
— Ei, o que é isso dona Denise? — Pergunto com falsa indignação.
— Ah Joe, você sabe que isso é verdade.
— Pior que eu sei.
— Vou confessar que teve uma certa altura da sua vida, quando você deveria ser um homem maduro mas continuava levando tudo na brincadeira, que eu comecei a realmente me preocupar que você não fosse crescer nunca. Acho que demorou, mas finalmente você é um homem.
— Nossa mãe, muito obrigado. — Digo sarcasticamente.
— Estou bem mais tranquila agora. Apesar que... — Ela começa a falar mas para, como se mudando de ideia e achando que é melhor permanecer calada.
— Apesar que... — Incentivo-a a continuar.
— Apesar que... — Ela levanta o olhar e me encara nos olhos. — Filho, quando você vai arrumar um relacionamento sério?
Eu solto um suspiro frustrado e reviro os olhos.
— Estou falando sério, Joe. Você logo vai fazer 30 anos e nunca nem sequer namorou. Você já não está cansado de só ter sexo sem compromisso?
— MÃE! — Olho-o para ela como se lhe tivesse nascido uma segunda cabeça.
Eu posso ter 30 anos mas eu ainda não vou ter essa conversa com a minha mãe.
— O que? Não é como se eu não soubesse das coisas que você faz. Todo mundo sabe.
— Eu sei, mas não precisa ficar falando. E além do mais, eu não sou mais assim, pelo menos não tanto. Eu aprendi a me controlar.
— Mas isso, essa vida que você leva, uma mulher diferente a cada noite, isso não é...Vazio? Quer dizer, você não quer encontrar aquela mulher especial que vai te fazer o homem mais feliz do mundo?
— Mãe, você sabe que eu não sou assim. Relacionamentos não são para mim.
— Você quer dizer que nunca vai encontrar uma boa moça, casar, ter filhos e ter uma família?
— Nada disso está nos meus planos, eu achei que você já tivesse aceitado isso, mamãe.
— Eu achei que conforme você fosse amadurecendo você iria perceber que todo mundo precisa de alguém. Veja seu irmão, você não tem vontade de ter algo com alguém assim como ele tem com a Dani?
Ela me olha nos olhos e eu reconheço muito bem esse olhar. Ela está a fim de falar sério e não vai deixar isso de lado até que tenhamos uma boa conversa acerca desse assunto.
Eu apenas solto um suspiro cansado e desvio olhar.
— Você não percebe o jeito que eles se olham? Você não quer olhar para alguém daquele jeito? Que alguém olhe para você como a Dani olha seu irmão?
— Joe. — Ela chama quando eu não digo nada e eu volto meu olhar para ela.
— Eu...Eu não sei mãe, não sei, ok? Eu nunca senti essas coisas que você, o Kevin, o papai e milhares de outras pessoas vivem me dizendo. Eu nunca amei uma mulher, eu não sinto falta porque eu não sei do que supostamente é para eu sentir falta, entende? Eu não sei o que é amar uma mulher, quere-la ao meu lado para o resto da vida. Como eu vou sentir falta de algo que eu desconheço?
Projeto meu corpo para frente e apoio os braços em meus joelhos. Logo sinto a mão de mamãe acariciando minhas costas.
— Eu só consigo ver o amor como uma forma deliberada de nos machucarmos. Quando eu penso em amor, eu penso em corações partidos, dependência, tristeza. Não consigo ver essas coisas boas que tanto vocês falam...O que será que tem de errado comigo, mamãe?
— Oh meu menino. Não tem nada de errado com você.
— Então porque eu não vejo o amor como uma coisa boa, assim como todo mundo? Porque eu não consigo querer ter só uma mulher?
— Talvez porque a mulher certa não tenha aparecido ainda.
Solto uma risada sem humor nenhum.
— Acho que ela está um pouco atrasada.
— Filho, tenha paciência. E acima de tudo, tente mudar essa sua ideia errada sobre o que é o amor. É sofrimento sim, não vou mentir, mas também é alegria. E essa alegria é tão profunda e verdadeira, que compensa a parte ruim. Você tem tantos exemplos disso; Eu e o seu pai, mesmo depois de anos de casados somos felizes e apaixonados, os seus avós e até o seu irmão.
— Não sei se consigo, mamãe. Eu quero querer me apaixonar, mas simplesmente não consigo. Eu já tentei.
— Joe, a gente não tenta se apaixonar. Simplesmente acontece, muitas vezes quando menos se espera, e com quem menos se espera...Pense desse modo, se ainda não aconteceu com você, quer dizer que é porque o destino está te guardando uma bela surpresa. O maior dos amores. E ele está por vir, meu querido. Basta ter fé.
 Uma semana depois...
— Sexta feira! Aleluia! — Tommy batuca na porta aberta do meu escritório enquanto diz animadamente.
Eu desvio meus olhos dos papeis que estava organizando apenas por um segundo para olha-lo brevemente e depois volto meus olhos para os documentos.
— E aí, cara? Pronto para finalmente relaxar? — Ele diz parando em frente a minha mesa.
— Estou atolado aqui, mas boa diversão para você. — Digo.
— Vamos lá, Joe. É sexta. Final de semana. Todo mundo está indo para aquela nova casa noturna que abriu mês passado. — Ele se inclina sob minha mesa e sussurra. — Ouvi um pessoal do RH que já foram lá e parece que rola de tudo, cara. É o paraíso dos solteiros.
— Talvez um outro dia. — Digo colocando os papeis na pasta.
Tommy se afasta e vai até a porta.
— Will? Will, vem cá! — Ele chama e volta a sua posição anterior, em frente a minha mesa.
Logo Will aparece na porta, seu cabelo já meio desalinhado e sua gravata frouxa.
— O que foi?
— O Joe não está querendo ir com a gente ao Eros.
Will abre os braços e faz uma careta.
— O que é isso? Só porque foi promovido não anda mais com a ralé?
— Não é isso, vocês sabem disso.
— Então o que é? Vamos cara, você tem que ir. Vai ser divertido.
Reclino-me na cadeira muito mais confortável que a do meu outro escritório e encaro os dois homens a minha frente. Eles me olham com expectativa.
Passo a mão pelo rosto e decido que eles tem razão. Eu preciso me divertir.
— Tudo bem. Vamos lá. — Digo me levantando e pegando meu paletó pendurado no encosto da cadeira.
Tommy e Will sorriem e animados seguem para fora da minha sala.
Nós três e mais alguns outros caras do trabalho chegamos ao Eros, sem muita dificuldade finalmente conseguimos entrar.
O lugar é enorme e está cheio de pessoas. A musica é alta, a iluminação baixa e o ambiente abafado. Ainda bem que deixei meu paletó no meu carro. Seguimos para uma área onde não há tantas pessoas se empurrando e o som está abafado o suficiente para que consigamos conversar sem que precisemos gritar.
Achamos uma mesa grande o suficiente para caber todos e vamos nos sentar nela. Assim que sentamos uma garçonete com um vestido preto curto e justo vem nos atender.
— O que posso fazer pelo senhor? — Ela pergunta com uma voz sedutora e interesse nos olhos. Ela se inclina para frente um pouco ao fazer a pergunta, me dando uma bela visão do seu decote.
— Uísque, por favor. Puro. — Peço.
— Mais alguma coisa? — Sua voz quase um gemido.
— Não. — Ela me olha intensamente e assente.
Depois de pegar os pedidos ela se vira para ir e eu a acompanho com meus olhos. Sua bela bunda rebolando para um lado e para o outro, me deixando hipnotizado.
— Cara, você tem que me ensinar como você faz isso.
A voz de Will me tira dos meus devaneios sobre como seria ter aquela bela bunda montada em mim.
— Sério, abre o jogo, Joe. Você já tem mulheres suficientes aos seus pés, não precisa de todas do maldito clube.
Eu sorrio para ele e dou de ombros.
— Nasceu comigo, cara. É natural. Ou você tem ou não tem. — Digo desabotoando as mangas na blusa e dobrando até os cotovelos.
— Filho da puta. — Ele xinga e eu rio, nessa hora a garçonete gostosa chega e nos entrega nossas bebidas.
Ela coloca o copo a minha frente e num movimento que até poderia parecer casual, mas não é, ela passa a mão por meu braço. Ela sorri maliciosamente e novamente sai rebolando provocadoramente.
“Ela está pedindo! Talvez mais tarde...”
Pego meu copo preenchido até a metade com o liquido cor âmbar e tomo um gole.
Os minutos se passaram e agora, com certo nível de álcool no sangue, me sinto mais relaxado. Essa semana foi tão cheia que eu realmente estava precisando disso, fico feliz que Tommy e Will tenham insistido para que eu viesse, normalmente eu não recusaria um convite para a balada, mas estava tão cansado que eu só queria a minha cama. Mas pensando melhor, agora que estou aqui, talvez eu possa ir para minha cama porém com alguma companhia.
— Já estamos sentados aqui tempo demais. Hora de ir à caça, rapazes.
Parecendo ler meus pensamentos, Will diz depois de tomar o último gole da sua bebida e se levanta.
Imitando seu movimento, levantamos e seguimos para a pista de dança.
Incontáveis pessoas mexem seus corpos ao som da batida contagiante da musica do DJ.
Vejo os caras se misturando a essas pessoas e procurando mulheres que estejam sozinhas. Eu não preciso disso, basta eu sentar no bar que elas vêm até mim, é só uma questão de tempo, sempre foi desse modo, eu nunca precisei correr atrás de nenhuma mulher.
Eu simplesmente fico parado e deixo que elas venham até mim, e elas sempre vêm.
Quinze minutos depois estou avisando Will que estou indo para casa, ele reclama que ainda é cedo mas eu, sorrindo maliciosamente, aponto por cima do meu ombro e assim que ele vê que eu não estou voltando sozinho, sorri também.
Volto até a mulher que veio falar comigo enquanto eu estava no bar e praticamente me implorou para leva-la para a cama. Até que é bonita, para relaxar deve servir.
— Vamos, linda? — Pergunto envolvendo sua cintura com meu braço.
— Claro.
Abro caminho e a conduzo para fora do Eros. O segurança rapidamente passa seus olhos pelas pernas da minha acompanhante e eu vejo um pequeno sorriso se formar no canto de sua boca.
Ela pode até não ser tão bonita de rosto, mas com certeza é gostosa e ter essas pernas envolta de mim vai ser uma maravilha.
Avisto meu carro a poucos metros de nós e apertando o botão na chave, desligo o alarme. Quando vou abrir a porta para que ela entre, algo chama minha atenção. Escuto uns gemidos e olho na direção de onde eu acho que eles vieram.
Olhando para o lado vejo dois caras com uma mulher no meio deles, eles estão beijando e lambendo o pescoço dela enquanto um deles está com a mão dentro da sua saia.
Apesar de excitante, desvio o olhar, afinal tenho coisas mais interessantes para fazer. Como por exemplo, eu mesmo enfiar a mão dentro da saia da gostosa ao meu lado.
Mas assim que eu desvio o olhar me sinto impelido a olhar de novo, tem algo me incomodando.
Olho de novo para o trio e tem algo errado ali. Estreito os olhos e olho-os com curiosidade, aquela mulher, eu já vi esses cabelos castanhos quase loiros antes.
Quando ela vira o rosto e posso vê-la melhor, meus olhos se arregalam e meu corpo gela.
“Demi? Mas que diabos...!”
Não pode ser, eu devo ter bebido demais. A Demi que eu conheço nunca estaria se agarrando com dois caras nos fundos de um club. Ela ainda é uma criança e aquela ali no meio dos dois caras com certeza não está fazendo algo que uma criança deveria fazer. Simplesmente não pode ser.
Demi deve estar em seu quarto no dormitório estudando para alguma prova, essa mulher deve ser alguém extremamente parecida com ela.
— Então, gato? Vamos? — Olho para a mulher encostada em meu carro.
Mas e se for ela? Não posso deixa-la aqui com esses caras se aproveitando dela.
— Só um minuto. — Eu peço e sem esperar uma resposta me dirijo com passos firmes até o trio.
Quando chego perto o suficiente para constatar que se trata mesmo de Demi, eu paro em choque.
Não pode ser. A irmãzinha do meu melhor amigo tem a mão de um cara dentro da sua saia. Eu vi essa menina crescer pelo amor de Deus. Não posso deixar que isso continue.
A mão do homem mexe e Demi solta um gemido alto.
“Já basta!”
— Ei, vocês! Larguem ela agora! — Eu digo furioso.
Os dois caras me olham curiosos, provavelmente se perguntando por que estou acabando com a diversão deles.
“Filhos da puta!”
— Não escutaram? Soltem ela agora! — Digo me aproximando mais ainda deles, Demi me olha e sorri, encaro seus olhos vidrados e percebo que deve estar bêbada.
Isso só faz com que eu tenha mais raiva desses idiotas.
— Porque você não dá o fora e nos deixa em paz? — Um dos caras diz todo confiante.
— Porque você não cala a porra da sua boca e deixa ela em paz? — Pergunto engrossando a voz.
— Olha aqui cara... — O outro homem diz levantando as mãos. — Não estamos fazendo nada que ela não tenha pedido, ok?
— É verdade, eu pedi. — Demi diz, claramente bêbada.
— Ouviu? Então agora dê o fora daqui.
— Seu filho da puta, o que eu ouvi é que ela está bêbada. Vou falar uma última vez antes que eu perca o pouco da paciência que ainda me resta. Deixem.Ela.Em.Paz.
— Mas que porra, cara. Quem você pensa que é?
— Eu sou o irmão dela. — Assim que eles assimilam minhas palavras parecem recuar um pouco.
— Conta outra. — Um dos caras diz com um sorriso de escárnio no rosto.
— Demi, você me conhece ou não? — Pergunto olhando para ela, que parece que vai desabar a qualquer minuto.

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Já que teve um número razoável de comentários, ta ai o próximo capítulo.
Por favor gente, comentem, é importante para nós.
xoxo

5 comentários:

  1. Então uns aninhos passaram, o Joe já trabalha mas ainda faz sexo sem compromisso, agora a Demi está a estudar e o ex-namorado dela é "igual" ao Joe, excepto que pior porque ele traiu-a e o Joe nem sequer chegou a namorar com alguém, por isso não pode trair ninguém...
    Hum vai ser interessante esta história, muito interessante :)

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  2. Ebaa!!! Vcs voltaram!!! Já vi que essa história vai bombar!!! Continua...

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  3. Vish que situação kkkkk a história vai ser boa. Posta mais.

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  4. Eu acho que já li essa historia, se for a que eu to pensando é mt boa.....
    posta maiis!!!!

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  5. Tadinha da Demi, Denise falou tudo, Joe amadurecendo incrível, amando o rumo da historia, super ansiosa pro próximo, só pelos dois primeiros capitulo já vi que a historia vai ser perfeita.

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