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Joe
Deixo meu corpo cair na cama.
— Meu Deus. — Fecho os olhos e tento estabilizar minha respiração. — Se isso não é o paraíso, então não sei o que poderia ser. — Digo sinceramente e escuto uma risadinha ao meu lado. Abro meus olhos e admiro a bela mulher deitada a minha direita.
Demi está deitada de lado, me observando. Ela segura o lençol branco na altura do peito, escondendo suas curvas delicadas, seus cabelos estão espalhados pelo travesseiro, parecendo uma capa de veludo. Suas bochechas estão coradas, seus lábios inchados devido aos meus beijos incessantes e seus olhos brilham com satisfação.
“Deus, como ela é linda!”
Viro-me de lado para ficarmos frente a frente. Não resisto à tentação de tocar sua pele perolada e macia, então estico minha mão e acaricio a pele nua de seu ombro.
— Então? — Pergunto dando-lhe um sorriso de canto. — Acha que eu cumpri com o prometido? — Pergunto subindo minha caricia para seu pescoço.
Ela faz uma cara brincalhona, fingindo avaliar a situação, e então sorri largamente e solta um suspiro.
— Sim, sua promessa foi mais que cumprida. — Chego mais perto, aproximando nossos corpos, e estico meu braço. Demi deita-se nele e se aconchega em mim, sua mão indo até minhas costas e fazendo carrinhos circulares com seus dedos.
— Então você teve o melhor orgasmo da sua vida? — Pergunto com um sorriso convencido no rosto enquanto passo minha mão pelas curvas do seu corpo.
— Sim, mas acho que você já sabe disso, não é? Você e provavelmente todos os seus vizinhos. — Ela dá um sorriso tímido e um tom rosado se espalha por suas bochechas.
Deus, ela é tão adorável. Como ela consegue ser uma mulher extremamente sexy, ávida e sensual numa hora, e na outra ser tão tímida, delicada e encantadora?
— Hey, não tem com que se envergonhar, eu gosto de te ouvir. Uma mulher que não tem medo de mostrar o quanto está sentindo prazer na cama, é muito sexy e excitante. Eu adoro os barulhos que você faz, me deixam louco.
Ela sorri timidamente com minhas palavras e morde o lábio inferior, fazendo um arrepio percorrer todo o meu corpo e indo direto para meu pau.
“Ah, esse lábios!”
— Mas e os seus vizinhos, você acha que eles ouviram alguma coisa? — Ela pergunta franzindo a testa, fazendo um vinco de preocupação se formar ali.
— Não se preocupe, as paredes são grossas. E além do mais, se alguém ouviu, eles devem se considerar uns bastardos sortudos.
— Joe! — Ela diz em tom indignado e esconde o rosto em meu peito. Eu rio e acaricio seus cabelos.
— É brincadeira, baby. Ninguém te ouviu, fique tranquila, não deixe isso te impedir de gritar meu nome quando estiver gozando. Eu fodidamente adoro isso.
Não posso ver seu rosto, mas a certeza de que ela está corando me faz sorrir. Adoro o jeito que ela fica quando está sem graça. É a coisa mais fodidamente cativante que eu já vi.
É engraçado, quando Demi e eu estamos transando, ela adora que eu fale sujo. Ela nunca me disse isso com todas as letras, mas eu percebo o quanto ela fica excitada quando eu sussurro em seu ouvido. Mas quando eu falo coisas assim em outros momentos, ela se comporta como uma virgem, ficando tímida. Eu acho isso extremamente excitante. Essa mistura perfeita que ela tem de uma mulher recatada e uma mulher voraz, me deixa tão duro.
Ficamos um bom tempo assim, calados e com as pernas e os braços entrelaçados. Já estamos tão confortáveis com essa situação de “amigos com benefícios” que nenhum dos dois sente a necessidade de preencher o silêncio conversando sobre qualquer besteira.
Estamos confortáveis assim.
Eu nunca fiquei assim, abraçado, com mulher nenhum depois que transamos. Nem mesmo com...Nem mesmo com ela.
É bom, eu gosto. Nas primeiras noites foi um pouco estranho para mim, mas agora eu gosto muito, eu até anseio por esse momento em que logo depois de ter um orgasmo maravilhoso, Demi se aconchega em mim.
Eu gosto muito de sentir suas curvas contra o meu corpo, o atrito da sua pele com a minha, e até mesmo seus cabelos que insistem em ir na minha cara quando estamos dormindo, eles cheiram tão bem.
Gosto também das nossas conversas antes de dormir, muitas noites estamos cansados demais para conversar ou até mesmo sem assunto, então aproveitamos do silêncio confortável, mas há noites em que passamos horas conversando. Às vezes desabafando um com o outro, contando algo de bom que aconteceu naquele dia ou revivendo nossas memórias preferidas, preferencialmente as memórias que compartilhamos.
Como naquela vez quando Demi tinha 14 anos e teve o seu primeiro encontro. Lembro que Nick ficou louco quando soube que seus pais tinham deixado sua irmãzinha sair em um encontro com um cara dois anos mais velho. Sem contar para ninguém, ele e eu seguimos Demi e Luke. Ficamos observando enquanto ele a levava para jantar e depois iam ao cinema. Claro que Nick comprou duas entradas para a mesma sessão, então entramos sorrateiramente na sala quando as luzes já tinha se apagado e sentamos cinco filas atrás de Luke e Demi. Ficamos uma hora inteira praticamente deitados em nossas cadeiras para não correr o risco que eles nos vissem. Mas quando Luke abraçou Demi e estava prestes a beija-la na boca, Nick se levantou rapidamente e arrancou o pobre coitado de cima da irmã.
Nick ficou lá exigindo explicações enquanto o coitado do garoto se borrava nas calças e tentava gaguejando explicar o que ele estava querendo fazer com a irmãzinha dele.
Nós quatro fomos expulsos do cinema, Demi ficou tão furiosa com Nick e eu por arruinarmos seu primeiro encontro. Ela ficou duas semanas inteiras sem falar conosco.
Enquanto revivíamos essa memória, ela tentou fingir que ainda não havia me perdoado completamente por aquela noite, mas logo desistiu e começou a gargalhar comigo.
Demi está tão quieta em meus braços que acho que ela adormeceu, mas então ela se mexe e se levanta, sentando na cama. Cobrindo a parte da frente do seu corpo com o lençol, mas deixando suas costas totalmente nuas, para o meu deleite.
— Você me dá uma carona? — Ela pergunta e eu franzo a testa.
— Carona para onde? — Pergunto confuso.
— De volta para meu dormitório. — Ela diz se levantando e levando consigo um dos lençóis, se enrolando nele.
— Como assim? Achei que você fosse dormir aqui, como nas outras noites. — Digo fazendo uma carranca.
Durante todo esse mês que Demi e eu estamos nos relacionando, ela dormiu aqui todas as noites. Todas. Sem exceção. No meu banheiro até tem uma escova de dente para ela e alguns daqueles produtos pós-banho para as mulheres que eu decidi comprar depois que fazia duas semanas que ela estava dormindo no meu apartamento. Também desocupei uma gaveta e um espaço no meu guarda roupa para ela deixar algumas roupas quando ela deu a desculpa que não poderia mais dormir aqui todas as noites porque era muito trabalhoso ficar trazendo mudas de roupas para se arrumar no dia seguinte.
— Eu sei, desculpa, mas hoje não vai dar. — Ela diz colocando a roupa.
— Por que não? — Pergunto bravo.
— Eu tenho uma prova muito difícil semana que vem, o semestre está acabando e a semana de provas se aproxima. Combinei de me encontrar com as meninas da minha turma amanhã na biblioteca, logo de manhã, às 7 horas. Vamos passar a manha toda estudando, depois almoçamos e voltamos para estudar mais.
— Não vejo o porquê você não pode dormir aqui.
— Se eu dormir aqui, para chegar a tempo no horário que eu marquei com elas, eu teria que acordar cedo demais. Além do mais, você sabe muito bem que o horário que eu acordo não é o mesmo que eu me levanto, não é? — Ela me olha com uma expressão acusadora. Não tenho culpa que ela acorda sexy pra caralho todas as manhãs.
— Você não precisa ir, eu prometo que não encosto um dedo em você quando acordar e te levo em tempo recorde até a universidade. Você vai chegar super a tempo de se encontrar com suas colegas, prometo. — Tento soar despreocupado, como se não estivesse implorando.
— Obrigada, mas acho melhor eu dormir no meu apartamento essa noite, faz tantas noites que eu não durmo lá. Acho que vai ser bom dormirmos sozinhos às vezes. Pense assim, você não vai ter ninguém para dividir a cama, vai ter essa King Size só para você. — Ela diz sorrindo, eu retribuo sorriso mas sem vontade, decido não dizer mais nada para não parecer desesperado e concordo com ela, tentando não parecer tão desapontado quanto estou.
De má vontade levanto-me e me visto. Ela pega sua bolsa e se encaminha para a porta. De mau humor pego minha carteira e as chaves do carro e descemos.
Ajeito o travesseiro e deito. Viro para o outro lado e puxo o edredom até meu pescoço. Não fico nem cinco minutos assim e me viro para o outro lado, puxo o edredom para baixo, deixando-o em minha cintura.
Fecho os olhos e tento desligar minha mente de tudo para que eu consiga dormir. Não funciona.
Viro, ficando de barriga para baixo, aperto os olhos com força e solto um suspiro. Preciso dormir, daqui a poucas horas vou ter que levantar e ir trabalhar.
Viro-me de novo, deitando de costas. Olho para o relógio e vejo que são 1:30 da manhã. Eu tenho que acordar às 6h. Ótimo.
Eu sempre dormi como uma pedra, então porque porra eu estou me revirando na cama faz horas sem conseguir dormir? Que saco.
Percebendo que não vou conseguir dormir tão cedo, decido me levantar e trabalhar um pouco. Vou até meu escritório, sento-me na poltrona de couro e ligo o notebook. Começo a trabalhar na nova proposta que vou ter que apresentar para os acionistas da Thompson Reuters Company, na semana que vem.
Peixe grande. Se eu fechar esse negócio, meu chefe vai beijar a sola do meu sapato. Será um dos maiores contratos já assinados por nossa empresa. Sem falar que ter a Thompson Reuters Company na nossa lista de clientes irá atrair muitas outras empresas e companhias de renome para nós.
Já tenho a apresentação toda na minha cabeça, comecei a trabalhar nela alguns dias atrás e tenho mais essa semana para deixa-la perfeita.
As horas vão passando, continuo trabalhando na minha proposta enquanto nas minhas costas Dallas pulsa com sua vida noturna selvagem.
Demi
Visto uma roupa confortável, calça cargo verde musgo e uma regata branca. Desligo o secador e arrumo meu cabelo em um rabo de cavalo funcional.
Graças a Deus que quando voltei da minha maratona de estudos com as meninas, Aletta não estava em casa. Assim pude tomar meu banho tranquilamente e agora, vou poder comer alguma coisa na mais completa paz.
Estou tão cansada para fazer algo mais elaborado, então decido fazer apenas um sanduiche. Depois de comer vou cair na minha cama e desmaiar até amanhã.
Se fosse por Joe, eu estaria fazendo meu caminho para sua casa agora mesmo. No final da tarde, quando eu ainda estava na biblioteca me matando de estudar, recebi uma mensagem dele. Ele queria saber se eu estaria lá no horário de sempre. Respondi dizendo que hoje não poderíamos nos encontrar, pois depois de estudar o dia inteiro, estava sem energia e a única coisa que eu queria era a minha cama.
Ele demorou em responder, e quando o fez, foi um curto e grosso “tudo bem, nos vemos amanhã.” Muito diferente da sua primeira mensagem, que parecia mais animada.
Talvez ele tenha ficado chateado por não tê-lo avisado antes, mas se for isso, ele está exagerando. Nós passamos o último mês inteiro nos vendo todos os dias, além de eu ter dormido todas as noites em seu apartamento. Um ou dois dias sem sexo não deve mata-lo.
Caminho até a cozinha, mas paro no meio do caminho quando escuto alguém batendo na porta, então vou abri-la.
Quando abro a porta, o ruivo do outro lado dela era a última pessoa que eu esperava ver. Desde o dia em que eu joguei aquela caixa em seus braços e disse que tudo entre nós havia terminado definitivamente, Vince não me procurou mais, até hoje.
— Oi Pequena. — Ele me cumprimenta com aquele sorriso que eu tanto amava, surpreendentemente, percebo que ele já não me afeta tanto quanto antes.
— O que você está fazendo aqui? Aletta não está.
— Eu não vim aqui por ela, vim falar com você. Posso entrar?
— Olha, Vincent, se eu me lembro bem, eu havia dito que não queria mais te ver. Então, adeus. — Digo fechando a porta, ele estica o pé, me fazendo abri-la de novo.
— Espere, Pequena.
— O que foi?- Pergunto apoiando uma mão em minha cintura e outra na porta.
— Você gostou das minhas flores? — Ele pergunta e eu o olho com confusão.
— Que flores? — Pergunto.
— Eu te enviei um buquê de rosas vermelhas. Você não recebeu? — Agora ele é quem parece confuso.
— Um momento, o buquê era para mim?
— Como assim?
— Três dias atrás Aletta recebeu um buquê de rosas vermelhas, mas ela disse que era para ela. — Explico.
— Mas que vadia. — Ele sussurra para ele mesmo enquanto esfrega o queixo. — Não era para ela coisa nenhuma, era para você. Eu tinha até escrito um cartão com o seu nome. Pedi que o garoto da floricultura estregasse somente para você, mas que idiota.
— Bem, então obrigada pelas flores. Mas você não deveria ter feito isso, não estamos mais juntos.
— Sinto muito que você não tenha recebido meu presente. Eu sei muito bem que não estamos mais juntos, mas isso não me impede de continuar pensando em você, Pequena. Eu te amo.
— Por favor, não comece. — Peço.
— Estou com tanta saudade de você, linda. Diga-me o que eu posso fazer para te ter de volta.
— Vincent, eu já disse, acabou. — Dizer essas palavras não doeu tanto como na última vez. É claro que eu não superei Vince completamente, ver ele ainda mexe comigo, mas fico aliviada em constatar que ele não me afeta tanto quanto antes, apesar de ainda provocar algumas reações em meu corpo.
— Pequena, minha linda, não seja tão dura comigo, por favor. Eu me arrependi de ter feito o que fiz, eu nunca mais vou olhar para outra mulher, eu prometo. Volte para mim e vamos continuar de onde nós paramos. A gente sempre se deu tão bem, a gente se ama tanto, não deixe Aletta atrapalhar isso.
— Acontece que não dá, Vincent. Eu não consigo esquecer o que você fez, a magia acabou. Mesmo que voltássemos, não seria como antes. Não insista em tentar reviver algo que está definitivamente morto. — Surpreendendo a mim mesma, minhas palavras saem calmamente.
Ele dá um passo para frente e chega muito perto de mim, sua mão vem para o meu rosto, ele acaricia minha bochecha e seu toque já não me provoca mais arrepios.
— Eu quero voltar a ser só Vince para você, quero escutar de novo você me chamando de “meu amor,” quero voltar a passar a maior parte do dia ao seu lado, quero voltar a fazer amor com você, Demi.
Oh caramba! Agora ele conseguiu alguma reação perceptível do meu corpo.
Fazer amor...Eu sinto falta disso. Por mais que as minhas noites com Joe seja arrebatadores e inesquecíveis, o que nós fazemos em sua cama é sexo, e eu sinto falta de fazer amor. De ter essa intimidade com alguém que eu ame e que me ame de volta. Ser selvagem, mas apaixonado ao mesmo tempo. O sexo com Joe é selvagem, feroz, necessitado, mas nunca suave, terno, carinhoso ou apaixonado.
Eu não quero me esquecer de como é isso, não quero só fazer sexo sem amor.
Talvez eu possa ter isso de novo, algum dia. Mas infelizmente, não será com Vince, mesmo que eu me sinta tentada a ceder.
— Sinto muito, mas não tem mais volta para nós. Realmente acabou tudo. Quanto antes você aceitar isso, melhor. Só tente não cometer o mesmo erro com a próxima garota pela qual você se apaixonar, ok?
— Eu sou apaixonado por você, só por você. E eu vou provar isso, vou te mostrar que eu te amo e vou conseguir você de volta, você vai ver. — Ele diz parecendo determinado.
— Adeus, Vincent.
— Adeus não, Pequena. Até logo. — Ele diz e então se afasta, me dá um sorriso um pouco triste e se vai.
Fecho a porta e apoio minha testa nela, fechando os olhos os aperto com força. Depois de alguns segundos me dirijo ao meu quarto. Perdi a fome.
Assim que termino de guardar meus materiais na bolsa escuto meu celular tocando, saindo da sala de aula olho para o visor e sorrio ao ver quem está me ligando.
— Alô?
— Olá, baby. — A voz sexy de Joe diz do outro lado da linha. — Não estou te atrapalhando, não é? Está em aula?
— Não, não. Minha aula acabou de terminar.
— Estou te ligando para avisar que eu vou sair um pouco mais tarde do trabalho hoje, então teremos que nós encontrar uma ou duas horas depois do horário de sempre.
Ele diz e eu paro. Droga esqueci de avisa-lo. Fico em silêncio tentando descobrir como dizer para Joe que pela terceira noite consecutiva, não irei dormir em seu apartamento.
— Ainda está aí, baby?
— Sim, estou aqui.
— Algum problema?
— Não, é só que...Eu meio que tenho um compromisso hoje a noite, então não poderemos nos ver.
— Ah de novo, Demi? Mas que porra. — Ele parece bravo.
— Sinto muito, amanhã nos vemos, prometo.
— Eu quero te ver hoje, droga. Não dá para você cancelar seu compromisso?
— Não, sinto muito.
— Mas o que de tão importante você vai fazer, afinal? — Ele pergunta e pelo tom de sua voz posso apostar que nesse momento ele está com uma carranca na cara.
— Hoje a noite terá uma exposição no museu Meadown de 62 pinturas raras pintadas por Van Gogh, Monet, Homer e Seurat. A mulher daquele filantropo, Paul Mellon, doou as pinturas depois que ele morreu e será a primeira vez que elas serão expostas ao publico.
— Você vai me trocar por algumas pinturas, é isso? Por que você não vai outra noite?
— Porque essa é a única noite de exibição aberta ao publico. Amanhã os quadros vão para o museu da Califórnia. Combinei com minhas colegas de irmos juntas na exposição.
— Você não precisa ir. — Rio do seu tom de voz.
— Claro que eu preciso, Joe, eu estudo História da Arte.
— Urgh! Tudo bem. Eu te ligo amanhã então, ok? — Ele diz de mau humor.
— Tudo bem, até amanhã, tchau.
— É, tanto faz, tchau. — Ele diz e desliga, não posso evitar e sorrio com o seu jeito. Esse mau humor todo é só porque não vamos nos ver de novo hoje? Nossa!
Eu e as meninas chegamos ao museu Meadown cerca de uma hora depois da exposição ser aberta. O local não estava lotado, mas também não estava exatamente tranquilo, várias pessoas vieram aproveitar, assim como nós, para ver essas pinturas magnificas que nunca tinham sido expostas ao publico.
Eu, como uma apaixonada estudante da História da Arte, estou me sentindo deslumbrada com essa oportunidade de ver tão de perto tais pinturas.
Zoey, Britt, Darla e eu andamos lentamente, parando em frente a cada caixa de vidro, protegida atrás de uma corda vermelha, que guarda as valiosas obras de arte.
— Amei esse, olhe como é maravilhosamente simples. — Digo observando uma pintura de uma paisagem bucólica, com várias pessoas em suas roupas de camponês e uma casa vermelha e simples ao fundo, cercada por colinas verdes.
— Meninas? — Pergunto quando não obtenho resposta ao meu comentário. Viro-me e percebo que perdi de vista Zoey, Britt e Darla.
“Droga, onde essas meninas foram? Não acredito que me perdi delas.”
Acho que eu estava tão absorta com a beleza simplista do quadro que não notei que elas seguiram em frente. Mas que seja, não me importo de ficar sozinha se isso significa que eu posso seguir meu ritmo e admirar os quadros o tempo que eu quiser.
Lentamente, levando o meu tempo, vou passando de quadro em quadro. Admirando, absorvendo a arte e deixando que ela me inspire.
Não gosto de simplesmente passar o olhar pela tela e seguir para a próxima. Não. Eu gosto de observar cada detalhe, cada pequeno e mínimo detalhe, que para mim, faz toda a diferença e só ajuda a me mostrar o porquê isso é considerado um obra de arte. As pessoas que fizeram isso tinham um dom, e não serei eu quem passará apressadamente por cada uma das obras sem dar o devido valor.
Aproximo-me o máximo que posso da corda vermelha que delimita até onde podemos ir, me curvo um pouco sobre ela na esperança de conseguir chegar mais perto da pintura e observa melhor os pequenos detalhes.
— Deus, baby, será que você faz parte da exposição? Porque estou percebendo muitos olhares em você esta noite. — Uma voz sexy sussurra em meu ouvido, me fazendo dar um pulo e me desequilibrar. Antes que eu me enrosque na corda vermelha e caia para o outro lado dela, mãos fortes seguram meus braços e me puxam para junto de um corpo firme.
Viro-me e meu olhar cruza diretamente com os olhos azuis mais lindos que eu já vi, olhos que eu conheço muito bem.
— Joe? O que faz aqui? — Pergunto surpresa enquanto o moreno me encara com um sorriso malicioso nos lábios. Suas mãos ainda me seguram e nossos corpos estão colados. Posso sentir o frescor do aroma do seu sabonete e perfume, seus cabelos pretos estão levemente molhados, penteados numa bagunça tão sexy que faz o meio das minhas pernas pulsar.
Deus, esse homem poderia facilmente ser considerado um Deus grego, só que muito mais bem dotado do que as estatuas de mármore que eu vi.
— Vim ver a exposição, não é óbvio? — Ele diz e dá uma piscadinha para mim, aliviando o aperto de suas mãos em meus braços. Dou um passo para trás, essa proximidade é perigosa demais, se ele continuar me olhando da forma que ele está nesse exato momento vou acabar me esquecendo de que temos publico e vou pular em seus braços.
— Esse não é o motivo. Você não estava nem aí para a exposição quando eu te falei dela mais cedo. — Digo cruzando os braços, desconfiada.
— Mudei de ideia. Pensei sobre ela e me pareceu tão interessante. Estou curioso para ver os tais quadros de Van Gogh e não sei mais quem. — Ele diz fazendo um maneio de mão, apontando para as obras expostas.
— Ah sim, posso perceber que você está exalando interesse. — Digo revirando os olhos.
— Vejo que não acredita em mim. Mas estou falando a verdade, por que mais eu viria a um museu se não para ver as obras expostas? — Ele pergunta com ar inocente. Por um momento penso em respondê-lo e dizer que acho que ele veio atrás de mim. Mas refreio minha língua, não quero fazer papel de idiota, é óbvio que não deve ser esse o motivo. Ele deve ter ficado realmente curioso com a exposição, ele não veria até aqui somente para me ver, não é como se ele não conseguisse aguentar mais e precisasse me ver imediatamente.
“Que idiota, Demi. Você nunca foi o tipo de mulher irresistível.”
— Está certo então. Aproveite a exposição. — Digo dando-lhe um sorriso e saindo para o lado, mas logo a mão de Joe me segura pelo cotovelo, me fazendo virar novamente para ele.
— Ei, espera um minuto. Já que nós dois estamos aqui, por que não aproveitamos da companhia um do outro?
— Tenho que achar minhas amigas, eu me perdi delas. — Digo.
— Tenho certeza que elas estão bem com você ficar um pouco comigo. Venha, eu não entendo nada de arte, talvez você possa me ensinar alguma coisa. Como, por exemplo, por que diabos as pessoas ficam admiradas com um quadro de algumas frutas em cima da mesa. — Ele diz e eu não aguento, jogo minha cabeça para trás e solto uma gargalhada. Rapidamente me recomponho quando várias pessoas próximas a nós me olham de cara feia, sinto minhas bochechas pegarem fogo.
— Tudo bem, vamos então.
Joe e eu seguimos observando as pinturas, em todas elas eu tinha que lhe explicar o porquê daquilo ser algo tão admirado pelas pessoas, tentava lhe fazer enxergar como aquilo na nossa frente era algo belo. Ele insistia em dizer que eu era a obra de arte mais linda ali, e que ele preferia ficar observando a mim, então eu ria e seguíamos para a próxima pintura.
Quando estou observando a sétima pintura depois da chegada de Joe, escuto ele soltando um gemido ao meu lado.
— Mas que inferno, não aguento mais isso.
— Como é?- Viro-me para ele e pergunto. Ele se aproxima e encosta sua boca em minha orelha.
— Venha comigo. — Ele sussurra numa voz sensual e meu corpo todo se arrepia ao sentir seu hálito quente.
Antes que eu possa respondê-lo, Joe entrelaça seus dedos nos meus e me puxa consigo, me guiando para Deus sabe onde.
— Joe, espera. Onde estamos indo? — Ele anda com tanta pressa, me puxando com sigo, que tropeço algumas vezes e esbarro em algumas pessoas. Meus pedidos de desculpas ficando para trás enquanto Joe me conduz com demasiada pressa.
— Onde estamos indo, Joe? — Pergunto mais uma vez.
— Tenho que achar um lugar.
— Um lugar para que? — Pergunto e ele para abruptamente, quase me fazendo me chocar contra suas costas. Ele se vira e o que eu vejo em seu olhar faz com que uma corrente elétrica de pura excitação percorra todo meu corpo, desde o topo da minha cabeça até o dedão do pé.
— Acho que não é preciso dizer o óbvio, mas você estava certa, eu não vim aqui pelas obras de arte. Eu vim para te convencer a ir para casa comigo.
— Joe, eu já te disse que eu realmente quero ver essa exposição. Não estou saindo daqui. — Digo determinada e fazendo um biquinho emburrado.
Ele sorri e se aproxima de mim para sussurrar algo.
— Eu sei, baby. Por isso e por causa da minha pressa de estar dentro de você, eu tive que mudar meus planos. Não estamos mais indo para meu apartamento, estamos indo achar um canto nesse lugar onde eu possa levantar seu vestido e me enterrar fundo dentro de você. — Escuto suas palavras com a boca entreaberta e um baixo gemido escapa por meus lábios.
— Isso mesmo, baby. Venha, vamos fazer sexo selvagem no museu. — Ele começa a me puxar novamente e dessa vez eu permito sem nenhum protesto.
Suas palavras me deixaram em chamas, sinto o liquido da minha excitação escorrendo entre minhas pernas.
Joe vai nos guiando por entre os corredores, quanto mais para o norte da construção nós vamos, menos pessoas encontramos. Até que paramos em frente a uma porta com uma placa e com os dizeres:
ATENÇÃO!
ACESSO RESTRITO
APENAS FUNCIONÁRIOS
— Perfeito. — Ele diz e olhando para os dois lados do corredor, abre a porta e me puxa para dentro da sala mal iluminada.
— Joe, não deveríamos entrar aqui. E se alguém nos achar? — Por algum motivo estou sussurrando.
— Não se preocupe, linda. É só não fazermos barulho. — Ele fecha a porta e eu observo a sala que entramos. Está iluminada apenas por fracas luzes amarelas fixadas nas paredes, vejo algumas estátuas, vasos e pinturas. Deve ser alguma exposição ainda não aperta ao publico.
Joe vem faminto para cima de mim, seu braço enlaça minha cintura e puxa meu corpo para junto do seu enquanto sua outra mão sobe até meu pescoço.
Sua boca desce na minha e ele ataca meus lábios, beijando-os, mordiscando-os e lambendo-os. Arrancando-me gemidos com seu ataque voraz a minha boca e sem quebrar o beijo, Joe me arrasta até um canto e me encosta na parede com violência.
Deus, eu adoro essa pressa dele, faz me sentir tão desejada.
Sua mão viaja por minhas curvas e para em minha coxa, ele puxa minha perna para cima e eu enlaço sua cintura com ela, puxando seu quadril de encontro com o meu. Sinto sua ereção se esfregando contra minha carne molhada e necessitada, e gemo.
Joe aperta e acaricia rudemente minha perna que está em sua cintura e com a outra mão aperta meu seio. Seus beijos desesperados descem por meu maxilar até meu pescoço. Ele lambe minha pele desde minha clavícula até o lóbulo da minha orelha, que ele morde provocando uma pontada aguda de dor.
— Joe, por favor. — Imploro sem fôlego em meio aos meus gemidos.
— O que você quer, Demi? Você quer que eu te foda contra essa parede enquanto todas aquelas pessoas estão lá fora, é isso que você quer, baby? — Ele pergunta voltando a atacar minha boca, sua língua provocando a minha. Apenas gemo em resposta.
Escuto o barulho de algo sendo rasgado e percebo o tecido frágil de minha calcinha jogado no chão ao lado.
Levo minhas mãos até os cabelos de Joe e enfio meus dedos entre os fios macios, fazendo com ele gema profundamente.
Joe desabotoa a calça e sem qualquer aviso, dá uma estocada forte contra mim. Sinto seu membro grande e grosso forçando sua entrada pelo meu canal apertado e gemo com a dor sublime.
Joe joga sua cabeça para trás e geme alto, seu gemido ecoa pela sala e tenho medo que alguém possa ter escutado.
Tento escutar atentamente par ver se alguém se aproxima, mas os únicos sons que escuto são os da união de nossos corpos e os gemidos de Joe.
Segurando minha coxa com uma mão e com a outra apertando meu seio, Joe investe contra mim num ritmo frenético e repetidas vezes.
Sua boca viaja por todo meu pescoço, me lambendo e mordendo. Seguro seus ombros com força e gemo com a sensação deliciosa que é o sentir entrar, se retirar e entrar de novo em mim, repetidas vezes.
— Oh meu Deus, Joe, não pare. — Fecho os olhos e gemo descontroladamente.
— Não vou parar, baby, não vou, quero que você goze bem gostoso para mim.
— Oh Joe, estou tão perto, estou tão perto. — Ele aumenta o ritmo, fazendo seus quadris se chocarem com força contra os meus.
— Isso, baby, isso...Oh Deus Demi, você é deliciosa, não aguento mais, vou gozar, baby. — Ele diz e nesse momento sinto meu orgasmo explodindo dentro de mim. Joe cobre minha boca com a sua para que eu não grite e goza enquanto continua me penetrando.
Ficamos um minuto abraçados sem nos mexermos, tentando recuperar o fôlego. Então ele se afasta e sai de dentro de mim, me deixando com uma sensação de vazio. Sinto meus joelhos fraquejarem e arrumo meu vestido.
Joe fecha a calça e arruma a camisa, depois passa a mão pelos cabelos que eu baguncei ainda mais.
Faço o mesmo, tendo a certeza que meus cabelos devem estar uma bagunça delatora. Ele se abaixa a pega minha calcinha, levando-a até seu nariz.
— Você cheira tão bem. — Ele guarda a calcinha no bolso da calça, mas não sem antes eu conseguir ver uma mancha molhada enorme.
Olhe a que ponto esse homem consegue me excitar. Meu Deus!
— Não tenho certeza se consigo andar. — Digo com a voz ainda um pouco rouca, Joe sorri maliciosamente e vem me beijar.
Seus lábios acariciam os meus, mas dessa vez não tão desesperados.
— Venha, vamos terminar de ver essa exposição para podermos ir para minha casa para o segundo round. — Ele diz me puxando em direção da porta.
— Primeiro preciso ir ao banheiro. — Digo sentindo o gozo de Joe escorrendo por minha perna.
Ele me olha com um sorriso largo e orgulhoso, eu reviro os olhos e passo pela porta que ele abre para mim.
Joe
Acaricio levemente o braço nu de Demi enquanto observo-a dormir. Ela parece um anjo, tão inacreditavelmente linda.
Ela adormeceu logo depois de transarmos pela segunda vez essa noite, dessa vez mais confortavelmente em minha cama. Mas tenho que confessar que àquela hora no museu, em pé e contra a parede, foi incrível. Demi estava tão necessitada quanto eu, ela me desejava tanto quanto eu a desejava, e apesar de ser desconfortável para ela, encostada naquela parede fria e dura, eu não pude resistir, não estava aguentando mais. Precisava dela naquele exato momento ou ficaria louco.
Deito-me atrás dela, colando a frente do meu corpo com suas costas. Encaixo seu corpo com o meu, meu pau esfregando em sua bunda.
Abraço sua cintura e deito minha cabeça perto da dela, seus cabelos veem na minha cara, fazendo cócegas no meu nariz e eu inspiro profundamente seu perfume.
Abraço-a apertado, ela geme e se mexe um pouco, colocando seu braço em cima do meu que descansa na curva de sua cintura. Entrelaço nossos dedos e com um sorriso no rosto fecho os olhos.
Aos poucos sinto minha consciência deslizando em direção ao sonho. Sinto-me tranquilo e relaxado, o sono vem facilmente.
Eu sei o que você está pensando, eu também notei isso. Mas eu vou fingir que não percebi que a minha insônia dos dois últimos dias se deve ao fato de que Demi não dormiu comigo. Vou fingir também que o fato de estar me sentindo incrivelmente em paz e feliz nesse momento, não tem nada a ver com ela estar aconchegada em meus braços.
Vou fingir, porque não quero pensar no que isso significa. Não agora.
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Amando vocês comentando.
xoxo
Kkkkkk Adorei ele fingindo que não sabe o que esta acontecendo!!! Vai ter cena de ciúmes? Quando eles vão enxergar que já estão completamente envolvidos? Continua por favor !!
ResponderExcluirEle já nem consegue esconder que está apaixonado, nem vale a pena ele negar, ela arrebatou-lhe o coração :)
ResponderExcluirEstou a adorar isto :)
SOCOOORRO ELE TÁ SE APAIXONANDOOOOOOOOO! Posta mais!
ResponderExcluirQue fogo é esse desses dois!!! Posta logo!!!!
ResponderExcluirOMG o Joe esta apaixonado por ela <3
ResponderExcluirdois safadinhos kkkk
posta maiiis!!!!!!!!!!!!
Joe já ta percebendo que esta apaixonado, daqui a pouco a Demi também vai se encontrar apaixonada, mas algo me diz que eles dois vão negar. Amei posta logo linda :)
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