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Joe
Acordo e a primeira coisa de que tenho consciência é do corpo quente aconchegado em mim. Ainda com os olhos fechados, aperto o meu braço que esta repousado na cintura dela e a abraço apertado. Enterro meu rosto no seu pescoço e inalo o delicioso aroma que ela tem enquanto esfrego minha ereção em sua bunda.
Demi geme ainda dormindo e eu me esfrego mais nela.
Lembro que no começo eu fiquei apavorado com o fato dela estar dormindo tão frequentemente aqui em casa que até precisava de um espaço para suas coisas. Lembro também que naquela primeira manhã, quando eu acordei e fui ao banheiro e vi a sua escova de dente junto com a minha, eu achei que ia pirar. Fui até o guarda-roupa, depois abri a gaveta na cômoda e fiquei uns bons 15 minutos encarando as roupas e os pertences dela enquanto ela dormia a menos de 5 metros de mim.
Eu achei que ia começar a surtar, até então minha ficha não tinha caído, Demi estava praticamente se mudando para meu apartamento. Ok, tudo bem, se mudando é exagero afinal ela só trouxe algumas poucas mudas de roupas para ter que evitar o transtorno de sair daqui de manhã com a mesma roupa do dia anterior. E foi eu quem trouxe essa ideia a tona, na hora eu só estava ansiosa para faze-la aceitar dormir comigo sempre e não pensei no que de fato isso significava.
Caralho! Nenhuma mulher, com exceção de Eva Mckenna dormiu – no sentido de dormir mesmo - comigo. E mesmo ela, nunca teve nenhum espaço só dela dentro do meu antigo apartamento. Demi é a segunda mulher com quem eu tive relações sexuais mais de três vezes e é a primeira a conseguir me fazer baixar a guarda a ponto de deixar que ela juntasse sua escova de dente com a minha.
Pensando nisso agora, não sei como isso foi acontecer, e ela ainda conseguiu me enfeitiçar de tal modo, que foi eu quem insistiu para que ela fizesse isso.
Deus, essa mulher é uma coisa! Não sei exatamente que coisa, mas ela é.
Mas tenho que ser justo aqui, depois do meu ataque de pânico e com o passar dos dias, eu percebi que Demi não é nenhuma Eva. Ela não vai dar ataque e me perseguir quando esse nosso lance terminar, igual Eva fez. Esse pensamento me fez relaxar e eu me permiti a aproveitar a presença constante de Demi no meu apartamento.
E agora, depois de tantos e tantos dias com ela dormindo na minha cama a noite toda, eu não podia estar mais feliz com a minha decisão de deixa-la ficar aqui comigo. Acordar sentindo o calor do seu corpo no meu, seu cheiro único e inebriante, ver seu sorriso lindo que me deixa de bom humor logo pela manhã e ouvir sua voz rouca me dizendo “bom dia” me provoca uma porra de uma sensação maravilhosa. Sem contar o bônus de ter sexo logo pela manhã, o que deixaria qualquer um com um ótimo humor, e Demi sempre acorda tão sexy. É uma delicia.
Levanto sua blusa do pijama e espalmo minha mão em sua barriga lisa, lentamente a deslizo para dentro do seu short de algodão. Não sei qual é a desses pijamas velhinhos e de algodão dela, mas eles me dão um tesão enorme.
Imediatamente acho o que estava procurando e começo a acariciar seu clitóris com os dedos. Demi se remexe e geme, mas não acorda. Como essa mulher gosta de dormir, meu Deus, estou para ver alguém com o sono tão pesado e que durma tanto.
Continuo a estimulando pacientemente com os dedos enquanto começo a depositar beijos suaves em seu ombro e pescoço.
Demi geme de novo e eu sei que ela está despertando.
— Acorde, baby. — Digo quando sinto que estou perdendo a batalha contra seu sono e que ela está adormecendo novamente.
Enfio dois dedos dentro dela enquanto continuo acariciando o clitóris com o dedão. Demi abre os olhos, muito desperta agora.
— Bom dia. — Ela diz com a voz rouca e com aquele sorriso capaz de iluminar até o dia mais nublado.
— Bom dia. — Dou-lhe um sorriso malicioso e continuo a penetra-la lentamente com os dedos.
— Humm, Joe. — Ela geme e diz meu nome. Ela morde o lábio inferior e fecha os olhos, começando a mexer os quadris.
— Sabe, toda vez que eu fico com saudades de dormir no meu apartamento eu lembro a mim mesma que acordando lá eu tenho que enfrentar aquela vadia, enquanto que quando eu acordo aqui, eu tenho isso. — Ela mexe os quadris provocadoramente e sorri maliciosamente.
— Acho que esse pensamento não te deixa em duvida sobre onde você deve passar a noite. — Digo.
— Nem um pouco. — Ela sorri e eu lhe dou um beijo. O beijo logo passa de algo morno para quente como o inferno. Sinto meu pau doendo de tanto desejo.
Retiro minha mão de dentro do seu short e deslizo-a por baixo de sua blusa, logo alcanço seu seio nu. Demi gosta de dormir de pijama, mas sempre sem calcinha ou sutiã.
“Obrigado, meu Deus.”
Aperto seu seio e brinco com seu mamilo duro enquanto a beijo intensamente, os gemidos que ela solta enquanto nossas línguas brincam uma com a outra percorrem todo meu corpo, me deixando louco.
Rapidamente deito em cima dela e puxo sua blusa, interrompemos o beijo apenas para tirar a blusa e joga-la no chão.
Faço meu caminho da sua boca até seu pescoço, traçando uma linha molhada de beijos. Ela suspira e acaricia minhas costas com uma mão enquanto a outra se perde em meus cabelos.
Vou beijando-a lentamente até alcançar a parte superior de seu seio. Seguro os dois com as mãos e sinto-os, aperto-os e brinco com ambos os mamilos enquanto olho em seus olhos verdes, lindos e hipnotizantes como uma esmeralda.
— Caralho, eu adoro esse dois. Tão grandes, redondos e durinhos. E esses mamilos rosadinhos, humm, são de dar água na boca. — Digo antes de colocar minha boca em um dos seus mamilos e lambe-lo.
— Joe. — Ela geme meu nome. Eu adoro quando ela faz isso.
Lambo o outro sutilmente, apenas provocando-a e ela resmunga. Sorrio e começo a chupar seu seio, intercalando minha atenção entre os dois. Chupo, lambo e dou leves mordidinhas, fazendo com que ela se contorça em baixo de mim.
Lambo o vale entre seus seios e traço um caminho de beijos até seu monte de Vênus, deposito um beijo ali e levanto o olhar, encarando Demi com um sorriso provocador nos lábios.
— Joe, por favor. — Ela pede.
Passo o dedo por seus lábios inchados e molhados.
— Essa bocetinha é muito gulosa. — Digo e Demi geme enquanto brinca com seus seios. — Você quer que eu te faça gozar com a minha boca, baby?
— Por favor, por favor. — Ela implora choramingando.
— Oh meu Deus. — Ela exclama quando minha língua a toca. Lambo-a desde sua entrada até seu clitóris, várias vezes.
Concentro minha atenção no clitóris, acariciando-o com minha língua enquanto a penetro com dois dedos.
— Joe...Oh Deus...Por favor. — Ela geme e eu sinto que posso gozar só de ouvi-la. Os gemidos de Demi são tão sexys, ela não solta aqueles gemidos exagerados e que são tão falsos quanto uma nota de 3 dólares, mas também não tem vergonha de mostrar que está sentindo prazer. Seus gemidos são excitantes e me deixam tão duro que eu sempre tenho medo de passar vergonha e gozar sem nem ao menos ela me tocar.
Quando a sinto pulsando envolta dos meus dedos, chupo-a mais intensamente. Demi geme e se contorce com seu orgasmo.
Não dou-lhe tempo para se recuperar, deslizo meu corpo para cima ficando em cima dela, tomo sua boca com a minha e a penetro com um único golpe. Rápido e duro.
Ela arfa e arranha meus braços com as unhas. Estou tão desesperado para conseguir minha libertação, que lhe penetro com força, nossos corpos se chocando e estalando. Nossos gemidos preenchendo o quarto.
Transar com Demi é tão bom. Ficar dentro dela é uma delicia, o seu gosto é uma delicia, as curvas do seu corpo, os sons que ela faz, a forma apaixonada e voraz que ela se comporta na cama mesmo sendo uma pessoa tímida, tudo é sexy, excitante e delicioso.
Quando sinto meu orgasmo caminhando cada vez para mais perto da liberdade, aumento o ritmo e agarro seu seio, apertando-o rudemente.
Quando meu orgasmo chega, é de fazer o chão tremer. Ele vem como uma forte onda, me arrasta e eu me deixo levar. Afogo-me nesse mar de novas sensações que só Demi me faz sentir.
— Vou tomar um banho. — Ela diz depois que meu corpo para de tremer e nossas respirações voltam ao normal.
— Tudo bem, vou fazer nosso café da manhã. — Digo e me retiro de dentro dela. Pego minha calça de moletom e vou até a cozinha.
Como estamos atrasados, não faço nada de especial. Arrumo a mesa com algumas frutas; Morangos, uvas, bluberry, melão em cubos e amoras. Iogurte, leite, suco de laranja, café, pão, pão integral, torradas e cereal.
Alguns minutos depois Demi aparece de banho tomado, toda arrumada e com sua mochila pendurada em seu ombro.
— Estou faminta. — Ela diz se sentando e se servindo de iogurte com cereal, amora, morangos e bluberry.
— Está tudo bem? Normalmente você não é tão quieto assim no café da manhã. — Ela comenta antes de levar uma colherada da sua mistura de café da manhã até a boca.
— Não é nada, é só que hoje eu tenho uma reunião muito importante, tenho que apresentar uma proposta que se aceita, trará um contrato de muitos milhões de dólares para a empresa.
— Você podia ter treinado a apresentação comigo. Eu teria sido super imparcial e honesta. — Ela pisca e sorri. Não posso evitar sorrir também. Ela é tão adorável.
— Obrigado. Mas na verdade eu já apresentei essa proposta, para os acionistas da empresa. Eu tinha que convence-los para que eles convencessem o Sr. Thompson que valia a pena marcar uma reunião comigo. Vou me encontrar com ele hoje à tarde e se ele ficar tão impressionado quanto os outros, esse contrato entre nossas empresas será assinado logo, logo.
— Entendi. Bom, boa sorte então, não que você precise de sorte.
— Obrigado. Acho que dessa vez toda ajuda é bem vinda, um pouquinho de sorte não vai fazer mal nenhum.
Terminamos nosso café da manhã e eu vou tomar um banho super rápido, Demi decide ficar me esperando mesmo já estando bem atrasada.
Depois do banho me visto rapidamente e dentro de poucos minutos estamos entrando no elevador juntos. Aperto o botão e assim que as portas se fecham eu a puxo para junto de mim e lhe dou um beijo.
Quando a porta do elevador se abre separo nossos lábios e ambos saímos ofegantes.
Entramos no carro e eu ligo o radio, está tocando Lady Antebellum, “Just a Kiss” e Demi começa a cantarolar a musica.
I know that if we give this a little time
(Eu sei que se dermos tempo ao tempo)
It will only bring us closer to the love we wanna find
(Só iremos nos aproximar do amor que queremos encontrar)
It's never felt so real
(Nunca foi tão real)
No, it's never felt so right
(Não, nunca pareceu tão certo)
Saio da sala de reuniões muito mais tranquilo do que quando entrei. Tudo saiu exatamente como eu havia planejado, a apresentação saiu perfeitamente. Apesar de eu já tê-la apresentado para os acionistas há duas semanas, hoje a apresentação seria diferente, eu teria que ficar durante uma hora dentro de uma sala apenas com outro homem, e não um homem qualquer. Carlson William Thompson, o fundador e maior acionista da Thompson Reuters Company, e o meu verdadeiro alvo. Se eu conseguisse acerta-lo em cheio com a minha proposta então esse contrato já estaria no papo.
E pela expressão em seu rosto durante toda a apresentação, pelos comentários e interesse que ele demostrou, estou mais que confiante que ele ficou impressionado com a minha proposta, muito bem impressionado.
Tento não deixar o meu sorriso vitorioso se espalhar por meu rosto, ainda não. Até o segundo antes dele assinar o contrato, tudo pode acontecer.
— Joe, estou realmente muito impressionado com a sua proposta. — Ele diz enquanto caminha ao meu lado pelo corredor em direção aos elevadores.
— Quando Robert me disse que a proposta era digna da minha atenção, eu não imaginava que seria algo tão bem elaborado e com tanta probabilidade de funcionar. Admito que estou muito impressionado com seu desempenho e estou tentadíssimo a fechar esse contrato com vocês. — Ele diz e eu tento controlar a minha animação, mas é muito difícil, se esse contrato realmente sair e eu for o intermediário, vai ser uma das melhores coisas que poderia acontecer com a minha carreira aqui na Townsend.
— Fico extremamente feliz de ouvir isso, Sr. Thompson. Seria um prazer para a Townsend ter uma parceria com vocês, e tenho certeza que seria muito vantajosa para ambos os lados. — Digo e chamo o elevador, quando ele chega entramos e continuamos nossa conversa sobre negócios até chegarmos ao térreo. Acompanho-o até a porta e nos despedimos:
— Foi um imenso prazer finalmente conhece-lo Sr. Thompson. — Digo lhe estendendo a mão.
— Igualmente Joe. — Ele aperta minha mão. — Gostaria de convida-lo para almoçar na semana que vem para discutirmos alguns detalhes do contrato, seria possível?
— É claro, seria um prazer esclarecer qualquer duvida que possa ter permanecido. Estou à disposição.
— Maravilha, nesse caso então, minha secretaria liga para sua para combinarmos o horário.
— Perfeito. Tenha uma boa tarde.
Ele entra no seu Rolls Royce cinza e eu observo o carro com um sorriso no rosto até ele sumir de vista.
Tudo esta correndo perfeitamente. Não quero me precipitar e cantar vitória antes da hora, mas só se uma merda muito grande acontecesse para esse contrato não ser fechado.
Demi
Durante o caminho todo até a enfermaria eu fico me perguntando se isso é o certo a se fazer. Talvez o melhor seja deixar ela resolver isso, eu não deveria estar me metendo na vida da minha irmã desse jeito.
Mas droga, eu tive uma conversa com ela e a medrosa da Miley me disse que não pretende convidar Miguel para sair e que não vai deixa-lo saber que ela está caindo de amores por ele. A garota se apaixonou perdidamente a primeira vista, fica sonhando acordada com o cara o tempo todo mas está morrendo de medo de chama-lo para sair e deixa-lo saber do seu interesse.
Eu sei que o que eu estou prestes a fazer pode deixa-la muito, mas muito furiosa. Se ela fizesse o mesmo comigo acho que provavelmente ficaria meses sem falar com ela.
Mas...Eu só quero que ela seja feliz, e além do mais, se ele disser não eu nem conto para ela o que eu fiz, e se ele disser sim, ela vai acabar me agradecendo no fim das contas.
Paro em frente à enfermaria e a encaro. Entro ou não entro? Faço isso ou não faço?
Eu quero tanto ver a Miley feliz, todos merecem encontrar uma pessoa legal e se apaixonar, eu quero que ela tenha isso. E se depender dela, ela vai deixar a oportunidade de ter isso com o Miguel passar sem fazer nada.
Decido que eu vou fazer, não importa que ela fique furiosa depois, então entro na enfermaria rapidamente antes que eu perca a coragem.
Quando entro olho direto para a mesa na entrada, está vazia.
— Miguel? — Chamo um pouco hesitante. Escuto um barulho na sala ao lado e logo um homem alto, moreno e muito gato sai de lá de dentro. “Meu Deus, a Miley tinha razão quando disse que ele é lindo.”
— Oi. — Digo um pouco sem graça. Deus, eu estou mesmo fazendo isso? Vou me passar pela minha irmã? Nós já fizemos isso antes, mas quando éramos crianças.
— Miley? — Ele me olha com a testa franzida.
— Sim, sou eu, a Miley. — Minha voz sai tão falsa e trêmula. Droga, ele vai sacar que eu não sou minha irmã.
— Você está meio...Diferente. — Ele diz ainda me olhando com um pouco de estranheza.
Merda! Eu e Miley somos gêmeas idênticas, como é que ele percebeu alguma diferença?
— Estou? — É a única coisa que eu consigo responder.
— É, não sei o que é...Mas deixa para lá. — Ele diz balançando a cabeça e abrindo um sorriso enorme, ele se aproxima um pouco e sua postura delata seu nervosismo.
Ah sim, esse cara está totalmente na da minha irmã. Olha só o jeito que ele olha para ela, quer dizer, para mim, mas ele acha que é ela então dá no mesmo.
— Não me diga que você se machucou de novo? Eu te falei, você deveria andar com um trevo de quatro folhas, uma ferradura e um pé de coelho. — Ele diz rindo.
— Um trevo, uma ferradura e um pé de coelho? — Pergunto levantando as sobrancelhas e rindo.
— É, dão sorte, assim talvez você se machucaria menos.
— O pé de coelho não deu sorte para o coelho. — Digo cruzando os braços e ele ri.
— Verdade. Estou apenas implicando com você, sei que é meio estranho dizer isso, e por favor não me leve a mal, mas eu gosto que você seja desastrada. — Ele diz se apoiando na mesa e me lançando um olhar tímido.
— Ah é? E o porquê disso? — Pergunto.
— Porque assim você vem bastante aqui, e eu posso te ver. — Ele me dá um sorriso tímido e eu sorrio para ele.
“Ah meu Deus, a Miley tem que sair com esse cara, ele é um fofo.”
— Sinto muito te decepcionar, mas hoje eu não estou aqui pelos seus cuidados médicos. — Digo.
— Não?
— Não.
— Então o que te trouxe até aqui? — Ele pergunta com um olhar de flerte.
— Eu vim saber se você por acaso quer sair comigo algum dia desses. — Pergunto e por um momento ele parece surpreso, como se não esperasse que eu fosse ser tão direta. Acho que a minha irmã esteve agindo muito timidamente perto dele, essa não é uma Miley que ele esperava ver, com certeza.
Ele abre a boca mas parece não saber o que dizer. Droga, será que eu interpretei mal os sinais e ele irá me dizer não?
— Eu...Hum...Eu quero sim. Na verdade, eu quero muito sair com você, Miley. — Ele diz sorrindo largamente.
— Ótimo.
— Sinceramente, eu já estava querendo te convidar desde daquela vez que você veio aqui com aquele olho roxo, mas não tive coragem. Fico feliz que você tenha me convidado, porque se dependesse de mim ia demorar. Eu sou tão tímido quando se trata de chamar uma garota para sair. — Ele diz encarando o chão e parecendo envergonhado.
— Para falar a verdade, eu também sou muito tímida quando eu conheço um cara novo. Mas eu quero mesmo sair com você, então... — Deixo o resto da frase morrer no ar.
— Será que você pode me dar o seu numero de telefone para eu te ligar e combinarmos o dia?
— Claro. — Respondo.
Vou até a mesa, parando do seu lado e anoto o número do celular de Miley, quase que escrevo o meu número por engano.
— Prontinho, aqui está. — Entrego o papel para ele.
— Perfeito. Eu te ligo então.
— Vou estar esperando.
— A gente se vê então.
— Certo, até depois.
— Até, tenha uma boa tarde. — Ele diz e se aproxima, segura minha mão e a beija.
“Ah meu Deus, minha irmã encontrou um cavalheiro. Estou tão feliz por ela.”
Sorrimos uma última vez um para o outro e eu vou embora. Uma vez fora da enfermaria, respiro mais aliviada, não tinha certeza se isso ia funcionar e muito menos se ele iria aceitar o convite. Mas ele aceitou, e disse que queria convidar ela para sair desde a primeira vez que eles se viram.
Cara, eu preciso contar isso para a Miley.
Sigo caminhando pelo campus com um sorriso no rosto. O que eu fiz não foi totalmente correto, mas acabou dando certo, agora a minha irmã e o cara que ela está caidinha tem um encontro.
Certamente ela não vai ficar zangada comigo quando eu contar que ele aceitou, ou vai?
Continuo caminhando enquanto penso como contar para Miley o que eu fiz e imaginando diversas reações da parte dela, quando escuto alguém chamando meu nome.
— Pequena.
Olho para trás e vejo Vince fazendo sinal com a mão e sorrindo para mim. Curiosamente, a visão dele já não me provoca mais borboletas no estômago. Claro que ele continua lindo e gostoso, mas essa beleza não tem mais o mesmo efeito que tinha antes.
— Oi. — Digo quando ele para na minha frente.
— Oi, eu te procurei por toda parte. Fui falar com você depois que sua aula acabou mas você já tinha saído.
— É, foi mal. Estava na enfermaria.
— Você está bem? — Rapidamente seu olhar muda para preocupação.
— Sim, está tudo ótimo comigo. É só que eu tinha que...Fazer uma coisa. — Digo com um sorriso envergonhado. Ainda não acredito que eu fingi ser minha irmã e marquei um encontro para ela.
— Que susto, achei que tinha acontecido algo com você. Que bom que você está bem. — Ele diz chegando mais perto e exagerando na preocupação e principalmente na invasão do meu espaço.
— É, estou. Inteira. Nada de errado. — Olho desconfortavelmente para ele e lhe dou um sorriso nervoso.
— A gente se vê por aí. — Digo e me viro, mas Vince me segura pelo braço e vem ficar na minha frente.
— Espera, achei que você tinha falado que a gente ia se ver hoje. — Ele diz.
— Acabamos de nos ver. — Digo e tento ir embora mas ele me segura de novo.
— Tem alguma coisa errada? Você parecia disposta a ser pelo menos minha amiga quando conversamos na sua varanda.
— Não tem nada errado.
— É aquele cara? — Ele pergunta fazendo uma careta de poucos amigos.
— Que cara, Vince?
— O idiota que eu dei uma surra. Como é o nome dele mesmo?
— Joe.
— Isso, Joe. É por causa dele que você ainda está fugindo de mim? Seu namoradinho não te deu permissão para você ser minha amiga? — Ele pergunta ríspido.
— Você está louco se acha que algum dia vou permitir que um homem me diga de quem eu devo ou não ser amiga. Além do mais, o Joe não é meu namorado. E foi bom você tocar nesse assunto, porque eu ainda estou com aquela briga de vocês dois entalada na garganta. — Digo cruzando os braços e fazendo cara de brava.
— Foi para ele aprender a não mexer com a garota dos outros, espero que ele tenha aprendido. Vocês ainda estão saindo?
— Isso realmente não é da sua conta. — Digo ficando irritada com sua atitude.
— Quer saber, não importa. Eu só quero que a gente deixe para trás tudo isso, ok? Se você não vai voltar comigo, quero pelo menos voltar a ser seu amigo. Pode ser?
— Não sei se isso vai dar certo, Vince.
— Por quê?
— Você não traiu minha confiança só como namorada, mas como amiga também. A amizade que nós tínhamos antes de começar a namorar, simplesmente não sei se tem concerto, entende?
— Acho que sim. Mas e se fossemos devagar? Retomando ela aos poucos?
— Talvez, quem sabe.
— Vamos fazer isso, por favor? Não quero que você saia da minha vida, Pequena.
Encaro seus lindos olhos verdes, que são quase na mesma tonalidade do que os meus, só que muito mais penetrantes. Encaro com saudades o rosto do homem que até pouco tempo atrás eu amava com todo meu coração.
— Tudo bem, Vince. Nós podemos ser amigos, ou pelo menos, tentar. — Ele abre um sorriso do tamanho do Texas e me abraça. Hesito um momento mas acabo retribuindo o abraço.
Ele me puxa para mais perto e eu posso sentir toda a extensão firme e forte do seu corpo contra o meu.
— Que tal nós irmos almoçar para comemorar? — Ele se afasta e pergunta animado.
— Comemorar? — Pergunto sorrindo com a sua empolgação infantil.
— Sim, venha, vamos comer. — Ele agarra meu braço e começa a me puxar.
— Tudo bem, vamos almoçar então. Quer ir ao restaurante universitário ou...
— Mas é claro que não. Vamos comer comida de verdade, eu conheço um restaurante fora do campus que é uma delicia.
Não digo nada e deixo que ele me segure pela mão e me leve até seu carro.
— Demi Lovato, me diga que você não fez isso. — Miley diz num tom baixo e moderado, mas muito ameaçador, depois que ela para de tossir e limpa a bebida que ela derramou em sim mesma quando cuspiu.
Acho que fiz bem em lhe contar o que eu fiz em um lugar publico. Assim ela não pode pular no meu pescoço, não com todas essas testemunhas.
— Foi mal, sis. Eu fiz. — Digo me encolhendo na cadeira do restaurante enquanto ela me fuzila com os olhos.
— Não. Não posso acreditar que você fez isso. Me diga que você não fez.
— Eu fiz, mas eu fiz pensando na sua felicidade.
— Você não tinha esse direito. — Miley se descontrola por um momento e grita. As pessoas nas mesas a nossa voltam nos olham com repreensão. Miley fecha os olhos, aperta o nariz e respira fundo.
— Você não tinha o direito de se meter na minha vida dessa forma.
— Mas Miley...
— Sem essa de Miley. Não acredito que você foi tão intrometida, egoísta e agora eu te odeio Demi.
— Não você não odeia. Eu sei que eu não devia ter me passado por você, mas você não iria convida-lo para sair mesmo estando louca por ele, eu só queria que você desse uma chance para esse sentimento.
— Não acredito que você me fez passar por idiota. Eu confiei em você e você me traiu.
— Não, Miley. Por favor não fale assim.
Ela permanece em silêncio encarando o prato. Dou-lhe o seu tempo e não falo nada.
— Qual foi a resposta dele? — Ela pergunta depois de alguns minutos, ainda encara o prato, talvez com medo da resposta.
Abro um sorriso enorme, é agora que ela vai me perdoar.
— Ele disse que sim. — Digo e ela imediatamente levanta o olhar e me encara com um misto de surpresa e animação.
— Ele aceitou?
— Aceitou. E não foi só isso.
— Não? O que mais ele falou? Anda, me conta tudo. — Ela se remexe na cadeira impacientemente.
— Ele disse que queria te chamar para sair desde o primeiro dia, quando vocês se conheceram. Mas ele é tímido demais quando se trata de garotas.
— Ah meu Deus. Ele queria me chamar para sair esse tempo todo? — Eu apenas balanço a cabeça com empolgação.
— Mas e aí, o que aconteceu depois?
— Eu dei o número do seu celular, ele disse que iria ligar.
Ela caça o celular desesperadamente dentro da bolsa e olha a tela.
— Não tem nenhuma chamada. — Ela diz decepcionada.
— Calma, Miley. Eu falei com ele ontem, logo ele vai ligar, você vai ver.
— Não acredito que eu vou sair com o Miguel. — Ela diz com um olhar apaixonado e um sorriso involuntário surgindo no rosto. Mas logo ele some e ela me encara seriamente.
— Mas eu ainda não te perdoei e estou furiosa com você, hein. — Ela diz me apontando o dedo.
— Mas não me odeia mais, não é? — Pergunto com um sorriso de vitória no rosto
— Odeio só um pouco. — Ela diz tentando esconder o sorriso que se forma em seus lábios.
— Acho que eu posso conviver com isso. — Digo e ambas rimos.
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Gente foi mal a demora pra postar, fiquei sem luz em casa :p
xoxo
estou amando a fic...
ResponderExcluirposta mais!!!
Finalmente arranjei um tempinho para vir ler mais um capítulo :)
ResponderExcluirAquilo que a Demi fez para ajudar a irmã foi muito arriscado, mas correu tudo bem e agora a Miley só tem é que avançar hehe
Tenho a sensação de que alguma coisa má vai acontecer durante o almoço de Joe e que ele não vai conseguir o contrato... talvez isso envolva o parvo do Vince e a Demi ou talvez ele confunda a Demi com a Miley (isto se ela for com o Miguel ao mesmo restaurante onde estará o Joe).... ideias, ideias.... hehe
Ah posta mais por favor, gosto tanto desta fic :)
ResponderExcluirAss: Sara
Desculpa não comentar antes, estava sem internet... se o Joe descobrir que foram almoçar juntos acho que o bicho vai pegar... adorei ela fingindo ser a irmã kkkkkkkk continua...
ResponderExcluirA Demi se passando pela Miley foi perfeito kk. Amei o capitulo ❤
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