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MENTIRAS. MENTIRAS. Tudo mentira.
Arrastei-me pela casa na manhã seguinte em busca de café, perguntando como poderia ter inventado tal mentira deslavada sobre não ser do tipo casadora. O que havia acontecido comigo desde que conheci Joe que me fazia comportar-me como uma pessoa completamente diferente?
O sol do início da manhã se derramava na cozinha de um painel de janelas altas a leste. Um aparador elegante perto da copa exibia todos os elementos essenciais para fazer café, desde uma cafeteira supermoderna até o pote de açúcar.
Eu já havia tomado banho e me vestido com a camisa e os shorts que Joe me dera no meio da noite, quando invadimos a cozinha para um lanche. Demos cereais um na boca do outro e tentamos transformar os pedacinhos em uma linguagem de estilo hieroglífica. Achei bem divertido ficar escrevendo coisas safadinhas no abdome nu dele antes de eu… Bem, basta dizer que tentei retribuir a imensa quantidade de prazer que ele tinha me ofertado na cama.
A julgar pela reação de Joe, acho que desempenhei a tarefa muito bem.
Agora, à espera do café coar, passeava descalça pela enorme cozinha. Joe tinha escolhido este lugar para nós na noite passada por causa do pátio privativo e da vista.
Eu tinha de admitir, a outra metade vivia bem.
– Fugindo de mim já? – A voz de Joe me assustou quando ele entrou na cozinha e falou.
Girando perto da janela pitoresca, onde eu estava sonhando acordada, captei seu visual sem camisa. Ele tinha tanquinho mesmo. Selena estava cem por cento correta.
– Eu poderia fugir, se você não tivesse café – provoquei, apontando para a chaleira, onde um arabesco de vapor flutuava. – Mas sou uma prisioneira da cafeína. Agora você não vai me tirar daqui até que o café esteja pronto.
– Excelente notícia. – Joe chegou mais perto, um par de jeans velhos caindo baixo nos quadris estreitos.
Era tudo que eu podia fazer para não lamber meus lábios.
– Hum. – Distraída, tentei lembrar do código que criamos com os cereais para: “Vamos ficar nus.”
– Posso fazer uma observação? – Ele tirou duas canecas de um armário e as colocou em cima do balcão.
Algo em seu tom de voz desencadeou um pouco de cautela. Ele parecia mais solene esta manhã. Isso me deixou tensa, porque não estava pronta para que a coisa toda acabasse. Não tínhamos tido momentos maravilhosos juntos?
Não me esforcei para manter as coisas descomplicadas?
– Hum, com certeza. – Sorri até minhas bochechas doerem.
– Você não gagueja quando está comigo. Em especial recentemente.
– Ah. Certo. – Eu não estava esperando por isso. Relaxei um pouco, sentando-me em um banco embutido perto de uma mesa de canto. Tamborilei os dedos na mesinha em estilo vintage.
– Você reparou? – Ele pegou a garrafa e encheu as canecas.
– Na verdade, não gaguejo muito perto de pessoas com quem fico à vontade. – Embora só de pensar em minha gagueira minha língua já ficasse um pouco viscosa, como se fosse tropeçar nela mesma a qualquer momento. Obriguei-me a falar mais devagar. – Tem mais a ver com situações novas ou pessoas novas… se eu sentir qualquer tipo de pressão ou preocupação.
Ele franziu o cenho.
– Então quando nos conhecemos… Eu estava deixando você nervosa?
Lembrei-me de meio que ter contado uma mentira a ele sobre isso, dizendo que eu não tinha ficado nervosa. Mas que diferença fazia agora?
– Eu…– Respirei fundo quando ele colocou o açucareiro e uma colher na minha frente. – Eu gostei de você.
Fiquei vermelha e me senti ridícula. Como se minha quedinha por ele fosse uma novidade.
– Você disse o verbo no passado. – Ele sentou-se na minha frente e misturou o açúcar em seu café. – O que mudou?
Senti como se não estivesse entendendo nada naquela conversa. Aonde ele queria chegar?
– Acho que me sinto mais confortável com você agora do que… – Como é que eu poderia colocar isso? – Quer dizer, parece que você meio que gosta de mim também, se a noite passada serve de indicação.
Joe largou a colher, dando uma risada.
– Não há segredos aqui. – Ele me estudou com seus olhos castanhos-dourados, como se eu fosse um quebra-cabeça a ser solucionado. – O que acho que quero dizer é isso… Se você for capaz de encontrar maneiras de ficar mais confortável no trabalho, por que não pode assumir o cargo de Selena na Sphere?
Quase engasguei com meu primeiro gole.
Tossindo, tive de largar a xícara. Sim, essa minha graciosidade feminina era uma das muitas razões pelas quais não tinha o cargo de Selena.
– Joe, não sou gerente de contas. Mal consegui passar na minha entrevista na Sphere, tropecei tanto nas palavras. – Era humilhante lembrar. – Nunca seria capaz de me reunir com gente nova o tempo todo e vender nossos serviços.
– Então deixe as vendas para outra pessoa. – Joe cobriu a minha mão com a dele, a pele morena em contraste com meus dedos pálidos. – Mas seus conselhos financeiros são geniais. Esse e-mail que você me enviou, delineando formas de garantir que eu tenha capital para a próxima fase do meu modelo de negócios foi brilhante. Você deve ser um membro altamente valorizado na equipe.
Ele falou com tanta sinceridade que quase acreditei. Mas depois lembrei que o “eu” que Joe conhecia era um híbrido de Demi/Natalie. Uma versão mais ousada de mim mesma. Uma ilusão que tinha inventado em um palco. Eu não trazia essa mesma confiança para o restante da minha vida.
Bebi um gole demorado de café enquanto pensava em como enquadrar minha resposta.
– Estou contente com meu trabalho – falei finalmente. – Embora eu esteja lisonjeada por você ter considerado meu conselho útil, de fato não me aprofundei da forma necessária…
– Mas poderia ter se aprofundado – insistiu ele. – Se eu quisesse explorar essas opções para diversificar meus investimentos, você poderia ter me guiado na direção exata, não poderia?
– Talvez. – Na verdade, era bem difícil ser modesta nessa área da minha vida. Eu era excelente no meu trabalho. Estudava notícias financeiras com mais afinco do que a maioria das pessoas na cidade lia a Variety. Isso fazia sentido para mim.
– Quero você no comando da minha conta na Sphere.
– Ah, não. – Levantei-me da mesa e fiquei caminhando na frente do aparador. – Essa não é uma boa ideia.
– Por quê? Quero meu dinheiro trabalhando a meu favor, e você sabe como fazer isso acontecer.
– Selena também sabe – lembrei a ele. Além disso, ela iria repassar minhas recomendações, de qualquer maneira. Seria o mesmo que trabalhar comigo, só que ela era uma mais articulada, tinha o rosto elegante para o negócio.
– Gosto mais de você – insistiu ele teimosamente.
O nervosismo acionava todos os meus botões de pânico quando eu pensava no quão mal aquilo poderia acabar. Por que inventei de mandar o e-mail para ele? Se eu simplesmente o tivesse deixado decifrar suas finanças por conta própria, nada disso teria acontecido e nós estaríamos tomando um banho longo e voluptuoso juntos agora. Ou talvez perseguindo um ao outro ao redor da enorme banheira de água quente que tinha visto em um canto do quintal na noite passada.
– O que acontece quando nós, isto é, quando as coisas não derem certo entre nós, pessoalmente? – Eu não queria pensar nisso, mas precisava ser realista.
Joe Fraser era o homem dos sonhos.
Ele se levantou da mesa, capturando meus ombros entre as mãos largas.
– Somos adultos – assegurou ele. – Não vou me transformar em um babaca se você concluir não querer mais me ver.
Eu? Não querer vê-lo?
Obviamente, ele estava apenas sendo educado.
– Mesmo que quisesse assumir sua conta… – Balancei a cabeça, abordando o problema de outro ângulo – Não poderia. Não é minha função.
– Se um cliente solicita especificamente por você, Demi, vai ser sua função. – Ele beijou meu rosto e algumas das minhas preocupações derreteram um pouco. – Tudo o que quero saber é o seguinte: você tem objecções em relação a trabalhar comigo?
Agora era minha chance de encerrar aquela linha maluca de raciocínio. Isso só iria incitar problemas no trabalho. Mas, sendo bem egoísta, gostava da ideia de ainda poder vê-lo, mesmo depois de não estarmos envolvidos romanticamente mais.
E o orgulho nas minhas habilidades profissionais, o qual eu costumava sufocar, definitivamente estava causando estardalhaço agora. Eu sabia que poderia colocar o dinheiro para trabalhar a favor dele de forma mais eficaz.
– É claro que não vou me opor – concordei. – Vou fazer o que puder para ajudá-lo a erguer esse estúdio de cinema.
UMA SEMANA depois, Joe teve que admitir que Demi tinha mais do que honrado sua palavra.
Ele aguardava por ela na sala de conferência da Sphere, lendo sobre a ampla proposta de pacote de investimentos que ela gerara. Joe tinha telefonado solicitando que Demi supervisionasse suas contas pessoalmente, no mesmo dia em que ela concordara em ajudá-lo, e no dia seguinte ela já estava atolada em pesquisas para ele.
Tanto que, na verdade, Joe não a via pessoalmente desde que tinham passado a noite juntos. A culpa o cutucava agora por colocá-la em uma posição na qual ela sentia que precisava provar algo a ele, ao chefe e aos colegas de trabalho. Ainda assim, enquanto lia as sugestões abrangentes para todo seu patrimônio, desde a venda da propriedade Europeia ao aluguel de um iate que ele raramente utilizava, Joe sabia que tinha tomado uma decisão profissional inteligente ao insistir em ter Demi como sua gerente de contas.
Contudo, o que ele causara à relação pessoal recente entre eles? Ele os colocara em posições diferentes ao se tornar cliente pessoal dela. Praticamente garantiu que Demi estivesse ocupada demais para sair com ele. Pelo que sabia, talvez tivesse sabotado algo realmente especial entre eles para superar o pai. Mas ela montara um perfil dos retornos de investimento de curto prazo baseados em alguns exemplos que ela delineara em suas sugestões para o negócio dele, e Joe sabia bem o quanto ela era boa para os clientes da Sphere.
Tudo isso enquanto os gerentes de contas levavam a maioria do crédito.
– Sinto muito por fazê-lo esperar, Joe. – Demi entrou na sala de reuniões um instante depois, seus tênis brancos em desacordo com o terno cor rosa-shocking que realçava seu cabelo escuro. – Passei meu horário de almoço no estúdio de dança e o trânsito de volta para cá estava uma loucura.
Joe estaria disposto a apostar que ela não fazia ideia de que ainda estava usando tênis. As roupas extravagantes que o teriam feito sorrir uma semana atrás agora o faziam sentir-se um lixo, pois ela estava cheia de pressa por causa dele.
Essa não era a única coisa que Joe notara. O cabelo dela estava preso em um rabo de cavalo baixo que repousava sobre os ombros, a franja jogada para o lado. Um olho ainda estava parcialmente coberto pela franja longa, mas o outro encontrava o olhar dele diretamente.
– Sem problemas. – Joe se levantou para cumprimentá-la, lutando contra o desejo de tomá-la nos braços. Ele olhou por cima do ombro, para a porta aberta da sala de reuniões, e baixou a voz. – Eu beijaria você, mas suponho que você prefira que eu não faça isso.
As bochechas de Demi coraram num tom rosado que combinava com o paletó.
– Ah. Sim. Mas remarcar isso para mais tarde seria bem-vindo.
– Alguém mais vai se juntar a nós? – Ele olhou para a porta novamente. – Se vai ser só a gente, eu poderia levar você para jantar, já que você não almoçou.
– Acho melhor não, mas obrigada. – Ela caminhou de volta para a porta e a fechou, selando-os na privacidade dos lambris de mogno e das estantes pesadas cheias de volumes imponentes. – Pilhas de trabalho para fazer no escritório.
– Desculpe se isso foi demais, Demi…
– Não! – Ela correu para tranquilizá-lo, sentando-se ao lado dele, para que Joe sentisse o cheiro dela, o perfume novo, fresco. – Nem um pouco. Esta nova responsabilidade tem sido uma experiência que está abrindo meus olhos. Tenho andado ocupada, mas é ótimo.
– Mesmo?
– Sim. – Ela sorriu, colocando a mão no braço dele enquanto se aproximava mais. – No começo fiquei preocupada com a reação de todos no escritório, mas eles parecem felizes por mim. Você meio que me obrigou a viver de acordo com meu potencial aqui, e isso foi uma coisa boa.
– Que bom, só que não fiquei sozinho com você a semana toda. – Ele não queria pressioná-la mais, mas droga, recentemente, pensava nela o tempo todo. – Vamos sair amanhã à noite.
– Não posso. – Os dedos dela deslizaram para longe do braço dele.
O nó de decepção em seu peito surpreendeu Joe. Ele não tinha planejado ficar tão íntimo de Demi tão depressa.
Especialmente quando sua vida profissional deveria vir em primeiro lugar, até ele sair da sombra do pai em definitivo.
– Outra hora então – começou ele.
– A menos que você queira vir ao Backstage para meu show – soltou ela.
– O quê? – Ele tinha esperanças de ter ouvido mal.
– Depois do sucesso do meu primeiro show, eles querem que eu volte para repetir o desempenho. – Os olhos cinzentos brilharam com malícia.
– Pensei que a primeira noite tivesse sido um acaso. – Ele tentou se lembrar do que ela dissera sobre a dançar no clube. – Você falou que estava substituindo sua amiga porque ela estava machucada.
Só de pensar em Demi seminua no palco, com uma sala cheia de olhos masculinos gananciosos em cima, Joe ficou tenso.
– E estava. – Ela se inclinou mais perto, como se estivesse com medo de alguém no corredor ouvir sua voz já baixinha. – Mas o show foi um sucesso tão grande que eles ofereceram a Natalie mais um encaixe no espetáculo antes das aparições regulares no outono.
– E você aceitou? – Ele não percebera que tinha falado em voz alta, até que ela respondeu:
– Ainda não aceitei, mas pretendo. – Talvez o alívio dele tenha ficado óbvio, porque ela se apressou em continuar: – Você não faz ideia de como aquele primeiro show mudou minha vida. Enfrentei o público, sendo que sempre fui incrivelmente insegura. Conheci você. Consegui o emprego para minha amiga. – Ela enumerou os pontos nos dedos, as pulseiras de ouro tilintando suavemente com o movimento. – Estou sendo confiada com mais responsabilidades no trabalho, quando nunca teria imaginado operar neste nível.
– Mas os riscos são maiores para o seu emprego agora, certo? Pensei que você precisasse ter cuidado para ninguém reconhecer você, ou poderia ter problemas no trabalho. – Ele imaginou que a recordar sobre os riscos era melhor do que soar como um idiota possessivo autocrático e dizer-lhe diretamente para não dançar.
Porque, droga, ele não a queria nem perto daquele palco novamente.
Ela contraiu os lábios, formando uma linha rija.
– Creio que você está certo. Só pensei que isso ajudaria Natalie. E, claro, deixe-me reviver um momento empolgante.
Joe largou a proposta de investimento na mesa e segurou as mãos dela.
– Correndo o risco de soar arrogante, gostaria de pensar que não seria tão emocionante sem mim. – O coração de Joe golpeava um ritmo pesado no peito enquanto aguardava, cheio de esperanças de que ela concordaria. Ela lhe lançou um olhar enviesado.
– Isso não é arrogância. Isso é um fato.
– Bem, então. – As mãos dele coçavam para tocá-la. Para lhe acariciar as curvas e deslizar sob a bainha do paletó e sentir o que ela usava por baixo. – Acho que você não tem como assumir o compromisso, porque não pretendo estar no Backstage amanhã à noite.
– Não? – Ela arqueou uma sobrancelha, despindo-o com os olhos. – Onde você vai estar?
– Vou estar amarrado a uma morena inteligente…
– Amarrado, você diz? – Ela se inclinou para mais perto, sorvendo-o.
– É uma figura de linguagem. – Ele passou um dedo no joelho dela, por debaixo da mesa.
– Não se eu transformar em realidade.
A porta da sala de reuniões foi aberta sem aviso. Joe se acomodou lentamente em sua cadeira, mas notou Demi saltar para longe dele como se tivesse sido queimada. Suas bochechas estavam num tom rosado ainda mais intenso do que antes.
A recepcionista entrou de costas na sala, a atenção focada em na bandeja de prata que carregava, com um bule, xícaras de chá e garrafas de água.
– O-o-obrigada, Star. – Demi remexeu em alguns papéis sobre a mesa.
– Claro. – Star deu uma espiada nos dois quando colocou a bandeja em um aparador, na parede oposta. – Desculpe por não ter trazido os refrescos mais cedo.
– Não tem problema. Obrigada – repetiu Demi. Suas mãos tremiam um pouco, os papéis que segurava sacolejavam com o movimento.
Tomado pelo desejo de cobrir os dedos dela com os seus, Joe foi lembrado da mulher estranha que tinha conhecido naquela sala. A confiança de Demi realmente percorrera um longo caminho em um curto espaço de tempo. E se ele estivesse privando-a de uma oportunidade de solidificar a autoestima ao desencorajá-la a dançar no Backstage?
Quando a colega de trabalho partiu, Demi bateu os cotovelos na mesa, seus ombros caindo para a frente.
– A quem estou enganando? – perguntou ela, mais para si do que para ele, quando cobriu os olhos com as mãos. – Isso é loucura.
– Qual é? – Ele se inclinou para a frente também, puxando suavemente um dos braços de Demi, para que pudesse vê-la melhor. – Eu diria que é uma loucura você ter esperado tanto tempo para reivindicar seu lugar de direito aqui. Você tem muito a oferecer para ficar sempre atrás.
Ela revelou um olho, ainda escondendo o outro.
– Nunca gaguejei na frente de Star. Ela deve ter notado que algo estava acontecendo.
– Ela provavelmente pensou que estava nervosa porque essa é uma de suas primeiras reuniões com clientes, o que só seria natural.
Depois de um longo instante, Demi balançou a cabeça. – Talvez.
– Será que realmente ajudaria se você dançasse de novo? – Ele não queria lhe negar algo que tinha sido… terapêutico. A dança seminua na frente de caras salivando podia até causar pesadelos nele, mas se ajudava Demi a lidar com algumas de suas ansiedades, ele era capaz de cerrar os dentes e encarar mais uma performance.
Era o que ele esperava.
– Não sei. – A voz dela estava fraquinha. O rosto pálido. – Definitivamente não posso me dar ao luxo de perder este emprego. Você está certo sobre isso.
– Mas você quer dançar – esclareceu Joe, tentando chegar ao cerne da questão.
Ela deixou cair o outro braço e cruzou as mãos sobre a mesa. Olhando diretamente para ele, disse:
– Só se você estiver lá.
Um raio de calor o atingiu ao pensar naquilo. Ele podia odiar a ideia de que qualquer um iria vê-la. Mas não podia negar o apelo de Demi dançando só para ele.
– Eu não perderia por nada.
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Hey everybody! Desculpem a demora pra postar, final de ano e minha vida escolar vira uma loucura.
Obrigada a todos que comentam e comentaram.
xoxo